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DISCIPLINA
BIOLOGIA CELULAR
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Biologia Celular |
Sumário
Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1 Introdução a Biologia Celular -------------------------------------------------------------------- 5
2 Tipos de Células -------------------------------------------------------------------------------------- 6
2.1 Procariontes -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
2.2 Eucariontes --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
2.3 Célula Animal ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 7
2.4 Célula Vegetal------------------------------------------------------------------------------------------------------ 8
2.4.1 Componentes da Célula Vegetal ---------------------------------------------------------------------------------------- 8
4 Células ------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
4.1 Célula: uma unidade de eficiência na estrutura e funcionamento dos seres vivos. ---------- 16
4.2 A Célula Viva ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 16
4.3 Células Procarióticas ------------------------------------------------------------------------------------------- 17
4.4 Composição Química das Células: Água e Sais Minerais --------------------------------------------- 19
4.5 Água ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20
4.6 Sais minerais ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 23
4.7 Junções célula-célula------------------------------------------------------------------------------------------- 24
4.7.1 Plasmodesmata ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 24
4.7.2 Junções comunicantes --------------------------------------------------------------------------------------------------- 25
4.7.3 Junções impermeáveis --------------------------------------------------------------------------------------------------- 26
4.7.4 Desmossomos -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 27
5 Citoesqueleto ---------------------------------------------------------------------------------------- 28
5.1 Modelo da estrutura do citoesqueleto de uma célula mostrando os diferentes
componentes contidos na matriz citoplasmática. ----------------------------------------------------------------------- 29
6 Estrutura Celular ------------------------------------------------------------------------------------ 31
6.1 Síntese de Macromoléculas ---------------------------------------------------------------------------------- 33
6.2 Polirribossomos ------------------------------------------------------------------------------------------------- 34
6.3 Retículo Endoplasmático ------------------------------------------------------------------------------------- 34
6.4 Retículo Endoplasmático Rugoso --------------------------------------------------------------------------- 35
6.5 Retículo Endoplasmático Liso ------------------------------------------------------------------------------- 35
6.6 Complexo de Golgi --------------------------------------------------------------------------------------------- 36
6.6.1 Destinação e exportação de macromoléculas --------------------------------------------------------------------- 37
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Sumário
7 Vesícula ----------------------------------------------------------------------------------------------- 38
7.1 Tipos de vesículas ----------------------------------------------------------------------------------------------- 39
7.1.1 Vacúolos --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 40
7.1.2 Lisossomas ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 40
7.1.3 Vesículas de transporte -------------------------------------------------------------------------------------------------- 40
7.1.4 Vesículas secretoras ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 41
7.1.5 Outros tipos de vesículas ------------------------------------------------------------------------------------------------ 41
7.2 Formação e transporte de vesículas ----------------------------------------------------------------------- 42
7.2.1 Captura das moléculas a transportar -------------------------------------------------------------------------------- 43
7.2.2 Revestimento de vesículas ---------------------------------------------------------------------------------------------- 43
7.2.3 União das vesículas a membranas ------------------------------------------------------------------------------------ 44
7.2.4 Fusão de vesículas--------------------------------------------------------------------------------------------------------- 44
7.2.5 Regulação dos receptores vesiculares ------------------------------------------------------------------------------- 44
7.2.6 Preparação de vesículas ------------------------------------------------------------------------------------------------- 45
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Sumário
12.1.2 Especificação sincicial ------------------------------------------------------------------------------------------------ 66
12.1.3 Especificação condicional ------------------------------------------------------------------------------------------- 67
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Tipos de Células
Nos anos seguintes, foram sendo descobertas diversas estruturas em seu interior
e as funções desempenhadas por eles. Em 1858, um médico alemão afirmou que as
células também eram responsáveis pela hereditariedade e evolução.
▪ Todos os seres vivos possuem células; porém, alguns são formados por
apenas uma célula;
▪ As condições vitais dos seres vivos vão depender de suas propriedades
celulares;
▪ Elas surgem sempre a partir de uma já existente.
As células podem ser diferenciadas através de sua morfologia, porque cada uma
delas é adaptada a sua função. Elas também podem ter sua forma influenciada por
diversos fatores. As células vegetais têm um formato anguloso graças à parede de
celulose que elas possuem e as células animais não têm uma parede celular e, por
isso, são mais curvas.
2 Tipos de Células
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Tipos de Células
uma célula, ou pluricelulares, para os que são formados por várias células.
2.1 Procariontes
Esses organismos são unicelulares e fazem parte do grupo Monera, que pode ser
exemplificado pelas bactérias. Esse tipo de célula tem o DNA que não é envolvido por
uma membrana e ele fica mergulhado no citoplasma. Esse é formado por diversas
substâncias dissolvidas em água e no citoplasma são encontrados os ribossomos que
realizam a síntese de proteínas. Esse tipo de célula é envolvida pela membrana
plasmática, que também é envolvida pela parede celular, formada por glicídios e
aminoácidos.
2.2 Eucariontes
Esses organismos podem ser uni ou pluricelulares. Comparada à célula
procariótica, essas células são maiores e mais complexas. Ela possui um material
genético com DNA associado às proteínas. São envolvidas por uma membrana nuclear
e possuem um núcleo individualizado, além de diversos organismos que não constam
nas células eucariontes.
1. Retículo Endoplasmático;
2. Ribossomos;
3. Complexo de Golgi;
4. Lisossomos;
5. Peroxissomos;
6. Vacúolos;
7. Centríolos;
8. Cílios e Flagelos;
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9. Mitocôndria;
10. Núcleo Celular.
▪ Núcleo;
▪ Retículo endoplasmático;
▪ Citoplasma;
▪ Ribossomos;
▪ Complexo de Golgi;
▪ Mitocôndrias;
▪ Lisossomos;
▪ Plastos;
▪ Vacúolos;
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3.1 Microtomia
Em sua maioria as células fazem parte de tecidos que precisam ser cortados em
fatias finas. Para obtenção dos cortes a serem estudados nos microscópio óptico, os
tecidos devem ser embebidos e envolvidos por uma substância de consistência firme.
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Limite de resolução é a menor distância que pode existir entre dois pontos para
que eles apareçam individualizados (Junqueira e Carneiro, 2005).
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Células
4 Células
A Citologia é a área da Biologia que estuda a célula em sua organização,
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Células
Dizemos que todos os seres vivos são formados por células, com exceção dos
vírus, sendo conhecidos desde formas unicelulares até formas pluricelulares.
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Células
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Células
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Células
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Células
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Células
bem como uma célula muscular é diferente de um neurônio. Todavia, todas as células
possuem alguns componentes: uma membrana celular, um citoplasma contendo
organelas e, geralmente, um núcleo.
Esquema de uma célula ideal contendo todas as organelas e estruturas dos tipos
padrões intracelulares dos seres vivos
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Células
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Células
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Células
As Substâncias Inorgânicas
4.5 Água
A vida na Terra começou na água e, ainda hoje, a ela se associa. Só há vida onde
há água. As propriedades da água que a tornam fundamental para os seres vivos se
relacionam com sua estrutura molecular que é constituída por dois átomos de
hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio por ligações covalentes. Embora a
molécula como um todo seja eletricamente neutra, a distribuição do par eletrônico
em cada ligação covalente é assimétrica, deslocada para perto do átomo de oxigênio.
Assim, a molécula tem um lado com predomínio de cargas positivas e outro com
predomínio de cargas negativas. Moléculas assim são chamadas polares.
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Células
Essa ligação garante a coesão entre as moléculas, o que mantém a água fluida e
estável nas condições habituais de temperatura e pressão. Algumas das mais
importantes propriedades da água se relacionam com suas ligações de hidrogênio:
Tensão Superficial
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Células
Capilaridade
Capacidade do Solvente
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Células
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Células
4.7.1 Plasmodesmata
As células vegetais, cercadas por uma parede celular, não estão em contato umas
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Células
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Células
diferentes.
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Células
oposta. Os grupos são agrupados em fios que formam uma rede, com vários grupos
de fios compondo junções mais fortes.
O objetivo das junções impermeáveis é impedir que escape líquido por entre as
células, permitindo que uma camada de células (por exemplo, as que revestem um
órgão) atuem como uma barreira impermeável. Por exemplo, as junções impermeáveis
entre as células epiteliais revestindo sua bexiga impedem que a urina vaze para o
espaço extracelular.
4.7.4 Desmossomos
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Citoesqueleto
5 Citoesqueleto
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Citoesqueleto
1. Filamentos de Actina
2. Microtúbulos
3. Filamentos Intermediários
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Citoesqueleto
Cada tipo é formado a partir de uma subunidade protéica diferentes: actina nos
filamentos de actina, tubulina nos microtúbulos e uma família de proteínas fibrosas,
como vimentina e lâmina nos filamentos intermediários.
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Estrutura Celular
6 Estrutura Celular
O citoplasma, localizado entre a membrana celular e o núcleo, é o espaço intra-
celular em que as organelas - como complexo de golgi, mitocôndria e ribossomo -
estão dispostas. Apesar de possuírem uma alta diversidade, todas as células
compartilham ao menos três características: apresentam membrana plasmática,
citoplasma e material genético (DNA). As células se diferenciam em eucariótica (ou
eucariontes) e procariótica (ou procariontes), sendo que a primeira tem núcleo e
organelas, enquanto a segunda não possui núcleo organizado e o material genético
não é delimitado por uma membrana.
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Estrutura Celular
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Estrutura Celular
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Estrutura Celular
6.2 Polirribossomos
Os polirribossomos (ou polissomas) resultam da associação de uma molécula de
mRNA com diversos ribossomos, podendo se apresentar aderidos ao retículo
endoplasmático ou livres no citoplasma.
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Estrutura Celular
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Estrutura Celular
Sua face convexa é chamada de cis, e é onde as cisternas formam a rede pré-
golgiana. Já a face côncava, por sua vez, se chama trans, e suas cisternas formam a
rede pós-golgiana. As cisternas presentes entre as faces são chamadas de cisternas
médias. Possuem vesículas secretoras, que transportam material do Golgi para outras
organelas.
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Estrutura Celular
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Vesícula
7 Vesícula
Dado que as vesículas têm um aspecto muito parecido, é muito difícil descrever
a diferença entre os diferentes tipos.
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Vesícula
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Vesícula
7.1.1 Vacúolos
As células vegetais distinguem-se por ter um grande vacúolo central que ocupa
a maior parte do volume celular, e que a célula da planta usa para o controlo osmótico
e o armazenamento de nutrientes, mas também pode armazenar outros produtos e
possui enzimas.
7.1.2 Lisossomas
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Vesícula
amadurecem no aparelho de Golgi antes de alcançarem o seu destino final, que pode
ser um lisossoma, um peroxissoma ou o exterior da célula. Estas proteínas viajam no
interior da célula dentro de vesículas de transporte.
As vesículas secretoras contêm substâncias que devem ser excretadas para fora
da célula. As células têm necessidade de excretar substâncias por vários motivos,
nomeadamente a eliminação de resíduos ou a secreção de substâncias produzidas
pela célula que desempenham uma função no organismo (hormónios,
neurotransmissores, etc.), como acontece em células especializadas que armazenam
esses produtos em vesículas secretoras e depois libertam-nos quando necessário.
Alguns exemplos de vesículas secretoras de células especializadas são:
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Vesícula
Células eucariota com os seus organelos, na qual é vista uma 'vesícula (4)' , e
estruturas relacionadas com as vesículas como o retículo endoplasmático rugoso (5),
e aparelho de Golgi (6).
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Vesícula
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Vesícula
Para que ocorra a fusão das vesículas com as membranas alvo é necessário que
ambas se aproximem até uma distância de 1,5 nm. Para que isso ocorra, a água deve
ser deslocada da superfície da membrana vesicular. Isto é energeticamente
desfavorável, e diversos estudos sugerem que o processo requer ATP, GTP e acetil-
CoA.
As proteínas de membrana que servem como receptores são por vezes marcadas
com ubiquitina para a sua eliminação e diminuição da sua quantidade. Quando
chegam a um endossoma pela via anteriormente descrita, começam a formar vesículas
no endossoma, que levam com elas as proteínas de membrana destinadas à
degradação. Quando o endossoma matura convertendo-se em lisossoma ou quando
se liga um lisossoma, as vesículas que estão no seu interior são completamente
degradadas. Sem este mecanismo só a parte extracelular das proteínas de membrana
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Vesícula
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Vesícula
Qualquer que seja a explicação, é dada uma aura de autoridade e certeza pela
frequente repetição nos livros de biologia celular. Muitos estudantes acham isso
convincente. Porém, como muitas ideias evolucionistas, estas hipóteses parecem
sólidas à distância, mas apresentam lacunas em um exame mais criterioso.
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DNA mitocondrial
8 DNA mitocondrial
A teoria endosimbionte implica que a mitocôndria deveria possuir uma
considerável autonomia. Isto não acontece. As mitocôndrias estão longe de serem
auto-suficientes mesmo com seu DNA, que é sua característica mais autônoma. Elas,
na verdade, têm a maioria de suas proteínas codificadas por genes nucleares,
incluindo suas enzimas de síntese de DNA. Por exemplo, a mitocôndria humana possui
83 proteínas, mas apenas 13 delas são codificadas pelo DNAmt (DNA mitocôndrial).
Mesmo essas proteínas que são codificadas pelo DNAmt frequentemente possuem
subunidades maiores, as quais são codificadas pelo DNA nuclear. Essas proteínas
mitocondriais codificadas pelo núcleo devem ser rotuladas e transportadas do
citoplasma para o interior das mitocôndrias através de duas membranas. Esse trabalho
de parceria intrincado entre o DNAmt e o DNA nuclear representa uma grande
dificuldade para os evolucionistas. Eles ainda têm que propor um mecanismo razoável
pelo qual tantos genes poderiam ser transferidos intactos (junto com a rotulação
apropriada e os mecanismos de controle) para o núcleo.
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DNA mitocondrial
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DNA mitocondrial
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DNA mitocondrial
8.2 Cloroplasto
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DNA mitocondrial
Cloroplasto é uma organela presente nas células das plantas e outros organismos
fotossintetizadores, como as algas e alguns protistas. Possui clorofila, pigmento
responsável pela sua cor verde. É um dos três tipos de plastos pigmentados, ou
cromoplastos (organelos citoplasmáticos cujo formato varia de acordo com o tipo de
organismo e célula em que se encontra), sendo os outros dois os cromoplastose os
leucoplastos. Os plastídeos não pigmentados são chamados leucoplastos, podendo
ser amiloplastos (armazenam amido), elaioplastos (armazenam lipídeos), ou
proteinoplastos (armazenam proteínas). Há uma interconversão entre os tipos de
plastídeos. Isto ocorre no esverdeamento dos tubérculos de batatinha expostos à luz,
onde os amiloplastos se diferenciam em cloroplastos. Os diferentes tipos de plastídeos
se diferenciam a partir de proplastídeos, presentes em células meristemáticas.
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O Núcleo Interfásico
8.2.1 Estrutura
9 O Núcleo Interfásico
9.1 O Núcleo: Características Gerais
Uma célula bacteriana, por não possuir carioteca o envoltório nuclear, é
classificada como procariótica. Células de animais e vegetais, que possuem núcleo
individualizado e delimitado pela carioteca, são eucarióticas.
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O Núcleo Interfásico
9.2.2 Cariolinfa
9.2.3 Nucléolos
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O Núcleo Interfásico
9.2.4 Cromatina
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O núcleo tem atividade auto-sintética. Cada uma de suas moléculas de DNA pode
originar uma cópia idêntica de si mesma, em um processo chamado replicação. As
informações do DNA são passadas para o citoplasma por moléculas de RNA
mensageiro, cuja produção é a transcrição, que emprega as moléculas de DNA como
"molde".
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O ciclo celular pode ser considerado como um o ciclo de vida de uma célula. Isto
é, é a série de estágios de crescimento e desenvolvimento que uma célula passa entre
seu "nascimento" - formação pela divisão de uma célula mãe - e reprodução - divisão
para gerar duas células filhas.
Durante a fase mitótica (M), a célula separa seu DNA em dois conjuntos e divide
seu citoplasma, formando duas novas células.
10.2 Interfase
Vamos entrar no ciclo celular assim que uma célula se forma, pela divisão de sua
célula-mãe. O que esta célula recém-nascida deve fazer, em seguida, para crescer e se
dividir? A preparação para a divisão acontece em três etapas:
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As fases G11 e G22 juntas são chamadas de interfase. O prefixo inter significa
entre, refletindo que a interfase ocorre entre uma fase mitótica (M) e a próxima.
Crédito da Imagem: "The cell cycle: Figure 1" por OpenStax College, Biology (CC BY
3.0).
10.3 Fase M
Durante a fase mitótica (M), a célula divide seu DNA duplicado e o citoplasma
para formar duas novas células. A fase M envolve dois processos distintos relacionados
à divisão: mitose e citocinesis.
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célula, criando uma nova parede celular que divide a célula-mãe para formar duas
células-filhas.
Células de plantas são muito mais duras que células animais; elas são cercadas
por uma parede celular rígida e têm uma pressão interna alta. Por isto, as células de
plantas se dividem em duas através da construção de uma nova estrutura no meio da
célula. Esta estrutura, conhecida como lamela média, é feita de membrana plasmática
e componentes da parede celular disponíveis em vesículas, e ela divide a célula em
duas.
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Imagem adaptada de "Neurons and glial cells: Figure 3" por OpenStax College
(CC BY 3.0).
Diferentes tipos de células também dividem seu tempo entre as fases do ciclo
celular de formas diferentes. Em embriões novos de rã, por exemplo, as células quase
não gastam tempo em G_11 e G_22 e, ao invés disso, passam rapidamente pelas fases
S e M - resultando na divisão de uma grande célula, o zigoto, em muitas células
menores. Você pode ver um vídeo, abaixo, com imagens aceleradas de embriões de
rã em divisão.
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10.5 Citocinese
Este processo indica o fim da divisão celular, com a formação de duas células-
filhas idênticas à célula-mãe. Saiba mais sobre a citocinese nesta página!
Normalmente começa na anáfase, mas não é finalizada até que os dois núcleos-
filho sejam formados. Enquanto a mitose envolve uma estrutura transiente baseada
em microtúbulos – o fuso mitótico –, a citocinese, nas células animais, envolve uma
estrutura transiente baseada em filamentos de actina e miosina – o anel contrátil. No
entanto, o plano de clivagem e o tempo de citocinese são determinados pelo fuso
mitótico (ALBERTS, 2006, p.652).
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Quando o fuso mitótico está em uma posição central na célula (a situação mais
comum da maioria das células em divisão), as duas células-filha produzidas serão de
igual tamanho. Durante o desenvolvimento embrionário, entretanto, há algumas
situações nas quais o fuso mitótico se posiciona assimetricamente e,
consequentemente, o sulco cria duas células que diferem em tamanho. Na maioria
dos casos, as células resultantes também deferem nas moléculas que herdam e,
normalmente, se desenvolvem em diferentes tipos celulares. Mecanismos especiais
são necessários para posicionar o fuso mitótico excentricamente em tais divisões
assimétricas (ALBERTS, 2006, p.653).
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Sinalização celular
11 Sinalização celular
A sinalização celular é a forma como as células conseguem comunicar-se.
Durante esse processo, uma molécula sinalizadora é produzida e, então, liga-se à
célula-alvo.
A sinalização celular é a forma como uma célula comunica-se com outra a partir
de sinais por elas emitidos. São esses sinais que determinarão quando e como uma
célula deverá agir. Por esse processo, torna-se possível a integração das células de um
organismo multicelular.
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Sinalização celular
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Diferenciação celular
12 Diferenciação celular
Na biologia do desenvolvimento, diferenciação é o processo na qual as células
vivas se "especializam", gerando uma diversidade celular capaz de realizar
determinadas funções.
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Diferenciação celular
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Morte celular
“doador de forma”).
13 Morte celular
Os organismos vivos são compostos de unidades funcionais conhecidas como
células. No interior de cada uma destas unidades ocorrem inúmeras reações e
processos metabólicos, os quais são regulados e levados a cabo por mais um sem
número de macromoléculas biológicas, em sua maioria proteínas. As células não
param, têm de se manter em funcionamento contínuo e ainda produzir o que
necessitam para continuar funcionando de maneira adequada.
Tais máquinas incríveis encerram em si um universo que nos parece tão caótico e
impossível para algo tão pequeno como o é uma célula, mas todos os processos são
finamente regulados e orquestrados pela própria célula com maestria. Mesmo essa
incrível máquina que parece ser capaz de qualquer coisa não pode escapar do
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Morte celular
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Morte celular
bem sabemos, efêmeras. Após cumprirem a sua função, as pétalas das flores murcham
e caem, e outras estruturas das flores também morrem, enquanto outras são
preservadas e modificadas. Em toda essa dinâmica de transformação sofrida por uma
flor, a morte celular programada está presente desempenhando o seu papel.
Enfim, até aqui já podemos talvez enxergar a morte celular como algo totalmente
diferente: o que deveria ser simplesmente o fim de toda uma unidade funcional que
já não é mais necessária passa a ser um novo evento que também deve ser bem
regulado e preciso.
O estímulo para a morte celular pode ser também externo, como é o caso de
células portadoras de patógenos (vírus e bactérias, por exemplo). A célula infectada
irá expressar receptores de superfície sinalizando que porta um patógeno. Tal receptor
será reconhecido por um linfócito T citotóxico (célula do sistema imune), o qual irá
induzir a morte dessa célula infectada e consequentemente a destruição do patógeno
que ela carrega. Outro tipo de estímulo externo pode ser por meio de fatores de
sobrevivência, os quais são enviados por outras células. Se a célula receptora não
recebe esses sinais ela entra em processo de morte celular. Alguns desses fatores
podem ser linfocinas (sobrevivência de timócitos), fatores de crescimento de nervos
(sobrevivência de neurônios) e outros provenientes da matriz extracelular
(sobrevivência de células epiteliais). Enfim, os estímulos que podem desencadear a
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Morte celular
morte de uma célula são inúmeros. É importante saber que esses estímulos podem
ser recebidos e interpretados de diferentes formas por diferentes tipos celulares. Por
exemplo, um mesmo estímulo que promoveria a sobrevivência de um determinado
tipo celular pode induzir a morte de outro tipo de célula, bem como estímulos opostos
podem causar um mesmo efeito. Para ilustrar, o aumento de níveis hormonais
(glicocorticóides) provoca a morte de timócitos, mas a queda de níveis hormonais
também pode fazê-lo (morte de células da próstata ventral após castração, por
exemplo).
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Morte celular
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Morte celular
apresentarem nenhum tipo de dano. Este processo inicia-se com uma diminuição do
tamanho da célula, em contraste com o que vimos anteriormente sobre a necrose.
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Morte celular
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Morte celular
Precisamos tomar cuidado com uma confusão muito comum quando estamos
estudando morte celular. Muitas pessoas se confundem e acreditam que morte celular
programada é sinônimo de apoptose, porém isso não é verdade. A apoptose é de fato
um tipo de morte celular programada, porém existem outros tipos de morte celular
programada. Estes outros tipos de morte celular programada não irão apresentar
algumas das etapas da apoptose que estamos discutindo aqui, ou ainda podem
apresentar passos diferentes. Dessa forma, temos que estar atentos com o que temos
em mente quando falamos de apoptose e quando falamos de morte celular
programada. Portanto, apesar dessa divisão clássica entre necrose e apoptose,
recentemente os pesquisadores têm reportado outros tipos de morte celular
programada que incluem entre outros a necrose regulada, autofagia, necroptose. Para
quem quiser saber um pouco mais sobre esses processos, há artigos citados nas
referências no final deste texto os quais podem ser consultados.
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Morte celular
Muitos estudos têm sido feitos para entender melhor como funciona o processo
de apoptose mais detalhadamente, e quais elementos celulares seriam mais
importantes no desencadeamento desse processo. Em estudos feitos em C. elegans,
alguns genes foram identificados como relacionados à apoptose. Tais genes podem
ser organizados em 3 grupos de acordo com a sua função geral: I- genes relacionados
à marcação da célula para posterior entrada em processo de morte celular; II- genes
envolvidos no processo de morte celular em si, e em sua regulação; e III- genes
envolvidos na fagocitose dos restos celulares e em processos subsequentes.
Poderíamos nos perguntar porque estamos falando de genes envolvidos em apoptose
em células de um animal tão diferente dos seres humanos como o pequeno verme C.
elegans. Este pequeno animalzinho é considerado um organismo modelo para
estudos genéticos. Em estudos desse tipo, busca-se compreender o funcionamento
de genes homólogos aos de seres humanos, ou seja, genes que foram conservados
evolutivamente, nesse caso, desde os pequeninos vermes até nós. Assim, entender o
funcionamento de genes relacionados à apoptose nesses animais nos dá pistas para
entender o funcionamento de genes homólogos a esses nos seres humanos. A tabela
1 abaixo mostra algumas proteínas de C. elegans envolvidos com a apoptose e seus
respectivos homólogos em mamíferos.
C. elegans Mamíferos
ced-3 caspases
ced-4 Apaf-1
ced-9 família da Bcl-2 (anti-apoptótica)
egl-1 família da Bcl-2 (pró-apoptótica)
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formato sem ser em itálico. Os genes ced-3; ced-4 e ced-9 (ced= cell death abnormal)
de C. elegans são os mais famosos e codificam as primeiras 3 proteínas que aparecem
na tabela acima. ced-3 e ced-4 são indispensáveis para a morte celular programada, e
ced-9atua como regulador de ced-3 e ced-4. Na tabela são mostrados seus
homólogos em mamífero e faremos uma breve explicação de sua função na regulação
da apoptose:
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Referências Bibliográficas
apoptose. Foi com surpresa quando os cientistas perceberam esse papel alternativo
do citocromo c, uma proteína tão importante na cadeia de transporte de elétrons
mitocondrial na respiração celular, na indução da apoptose. Afinal, não é de se esperar
que uma proteína tão importante para a sustentação da vida tenha um papel
contrastante induzindo a célula à morte.
14 Referências Bibliográficas
DiMauro, S. and Schon, E., Mitochondrial respiratory-chain diseases, New England
Journal of Medicine 348(26):2656–2668, 2003; p. 2656.
Karp, G., Cell Biology, 2a. edição, McGraw-Hill, New York, p. 773, 1984. Publicado em
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Referências Bibliográficas
Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, 3a. edição, Garland Publishing Inc., New
York, p. 715, 1994. Publicado em português como Biologia Molecular da Célula, por
Artmed (atualmente na 5a. edição).
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Referências Bibliográficas
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