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o
13 Congresso
de Estudos Espíritas
Temas gerais sobre a Ciência
e a Filosofia Espírita
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24 de abril de 2022
24/4/2022 Complexos
Psíquicos
Transtornos da Mente
PATRONESSE:
Vida Profissional
“Sua vida familiar foi, na verdade, um drama. Em 1901, ano em que faleceu sua irmã mais velha,
Maria Antonieta Gama, a poetisa conhecida pelo pseudônimo de Marieta. Assumiu Zilda Gama a
progenitura e a chefia da família, por morte de seus pais, ocorrida, no ano seguinte, com o espaço de
apenas quatro meses. Deixando para ela a responsabilidade da criação de cinco irmãos menores.
O destino, porém, reservara-lhe duas provas para lhe dar maior merecimento, na vida espiritual;
provas que ela soube vencer com galhardia e conquistar, como conquistou, a admiração e o louvor
unânime de todos com os quais convivia. Uma delas, quando seu noivo, prestes a consorcia-se com
ela, depois de um noivado demorado, apaixonou-se e casou-se com outra, tendo sido infeliz; a outra,
quando faleceu sua querida irmã, Adélia Maria, enchendo o seu modesto lar com cinco criancinhas,
sequiosas de carinho e de amor, e que se tornaram o principal alvo de sua vida de muitas lutas e
sofrimentos.” (Francisco Klörs Werneck. Prefacio do Livro Seara Bendita de Victor Hugo, psicografia de Zilda Gama)
O Despontar da Mediunidade
Por volta de 1912, Zilda Gama já era adepta da Doutrina Espírita, embora, não ostensivamente.
Em fins do referido ano, combalida por íntimos dissabores, sentiu que uma entidade do mundo invisível
desejava corresponder-se com ela. Pegou do lápis e, prontamente, veio-lhe, pela psicografia, salutar
conselho, dado por seu pai, e outro, por sua adorada irmã, Maria Antonieta Gama, a poetisa.
Pouco depois, ela passava a psicografar mensagens de “Mercedes”, entidade que lhe foi de
inexcedível dedicação, consorcia-se de todos os seus instantes de dor e de raras alegrias. Enfim, um
dos seus mais desvelados guias espirituais, que lhe revelara a importante missão, que o Alto lhe
reservava, no Espiritismo.
Com surpresa, ainda no ano de 1912, Zilda Gama psicografava a primeira mensagem assinada
por Allan Kardec:
“Sobre tua fronte está suspenso um raio luminoso, que te guiará através de todas as dificuldades, de
todos os obstáculos, e será a tua glória ou a tua condenação – conforme o desempenho que deres aos
teus encargos psíquicos. Cinge-te de coragem, fé, benevolência, cumpre, sem desfalecimento e sem
deslizes, todos os teus deveres sociais e divinos, e conseguirás ser triunfante.” (Allan Kardec. Diário dos
Invisíveis, psicografia de Zilda Gama)
Os romances que escreveu, mediunicamente, sob a tutela do Espírito Victor Hugo, escritor
francês do século XIX, um dos maiores expoentes da literatura moderna, mais tarde foram publicados
em várias edições pela Federação Espírita Brasileira, a única editora espírita da época.
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13º Congresso de Estudos Espíritas
Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
INTRODUÇÃO:
LE 22 -“Define-se geralmente a matéria como sendo o que tem
extensão, o que é capaz de nos Impressionar os sentidos, o que
é impenetrável. São exatas estas definições?”
“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais
senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que
ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil que nenhuma
impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria.
Para vós, porém, não o seria.”
(Allan Kardec, “O Livro dos Espíritos. Capítulo II. Questão 22 . CELD)
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13º Congresso de Estudos Espíritas
Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
OBJETIVO GERAL:
- Abordar a vida e a obra da médium Yvonne do Amaral Pereira, no aspecto mediúnico, no seu contato
com os espíritos sofredores.
Neste capítulo, Yvonne nos narra um atendimento, feito por ela, em 1958, um dos
muitos, realizados por ela, na sua imensa lavra de trabalhos, dentro da Doutrina Espírita e
que nos revela aspectos muito importantes da mediunidade.
—" Pelo ano de 1958, um parente meu, a quem, nestas páginas, tratarei pela inicial C,
adoeceu, gravemente, declarando os médicos consultados tratar-se de úlcera do duodeno. Chamada que
fui, do Estado de Minas Gerais, onde, então me encontrava, a fim de auxiliar no tratamento ao doente,
logo de início constatei, por minha vez, que, além da enfermidade física, muito bem diagnosticada pelos
médicos, existiam ainda, na pessoa de C, as influências psíquicas deletérias de duas entidades
desencarnadas sofredoras, agravando-lhe o mal, as quais eu distinguia facilmente, através da vidência,
detendo-se, de preferência, no próprio aposento particular de C, uma delas com a particularidade de se
deixar ver deitada no soalho, sobre uma velha esteira e um travesseiro roto e seboso, sem fronha, e
coberto com uns miseráveis restos de cobertor”. (Grifo nosso) (Yvonne do A. Pereira. Recordações da
Mediunidade, pág. 125, 12ª ed. FEB)
DEFINIÇÃO: COMPLEXOS
Todos temos complexos de vários tipos e, a consciência não possui domínio sobre as associações, pois
elas são automáticas e vão se realizando, a cada nova experiência do Espírito.
“Os complexos são agrupamentos de conteúdos psíquicos carregados de emoções. Quanto maiores
são as emoções e o campo de associação maior são os complexos. Os complexos possuem o poder
impulsionador da vida psíquica.” (Carl Jung. A Teoria dos Complexos de Jung)
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Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
“Os conteúdos psíquicos exteriorizados pelo inconsciente através dos sutis mecanismos cerebrais
ressurgem como complexos quando possuem conteúdo perturbador, efeitos naturais das ações
morais iníquas que as soberanas Leis de Causa e Efeito impõem ao espírito como necessidades de
reparação e de reeducação.” (Joana de Ângelis. Triunfo pessoal pg. 24).
“Quanto menos consciente for um complexo, iremos projetar o seu conteúdo sobre os outros. Vale
dizer, veremos nas outras pessoas, aquilo que nos recusamos a ver em nós mesmos.” (Rosana de
Rosa. Os Complexos e a Mediunidade)
(...) “Tratava-se, a segunda entidade, do Espírito suicida de um primo de C, por nome Adão, o
qual ingerira formicida dois anos antes e, apesar de haver residido em outro Estado da República e
nem mesmo ser muito afim com C, agora se plantava no domicilio deste, como Espírito, e era
então por mim visto em desatinos pela casa, contorcendo-se em dores e sofrimentos violentos,
tais como vômitos constantes, tosse, sufocações, asfixia, aflições desesperadoras,
alucinações, etc., e com tais complexos atingindo fluidicamente o enfermo, que externava os
mesmos sintomas e tinha os seus males agravados.” (Grifos nossos) (Yvonne do A. Pereira.
Recordações da Mediunidade, pág. 126, 12ª ed. FEB)
L.E. 957. Em geral, quais são as consequências do suicídio, relativamente ao estado de espírito?
“As consequências do suicídio são muito diversas; não há penas fixas e, em todos os casos,
são sempre relativas às causas que o produziram; mas existe uma consequência à qual o suicida
não pode escapar: é o desapontamento (...)” (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Capítulo I. Questão 957.
CELD)
L.M. 237 – (...) “a obsessão, isto é, o domínio que alguns Espíritos sabem exercer sobre certas
pessoas. Ela nunca ocorre, senão através dos Espíritos inferiores, que procuram dominar; os bons
Espíritos não infligem qualquer constrangimento; aconselham, combatem a influência dos maus e,
se não os ouvem, retiram-se. (...)” (Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Capitulo XXIII, item 237. CELD)
E.S.E. XXVIII – 81. “A obsessão é a ação persistente que um mau espírito exerce sobre um
indivíduo. Ela apresenta características muito diferentes, desde a simples influência moral, sem
sinais exteriores sensíveis, até uma perturbação completa do organismo e das faculdades
mentais.”
(...) A obsessão é, quase sempre, o resultado de uma vingança exercida por um espírito
que, na maior parte das vezes, tem sua origem nas relações que o obsidiado teve com o
obsessor em uma existência precedente. (Ver cap. X, item 6 e cap. XII, itens 5 e 6.)
(Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo XXVIII. Item 81. CELD)
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Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
“Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem
frequentemente se encontra nas relações que o obsidiado manteve com o obsessor, em
precedente existência.”, (Allan Kardec. A Gênese, capítulo XIV, item 48. CELD)
Continua, Yvonne:
“Médium de faculdades positivas, absolutamente afim com Espíritos de suicidas,
dessa vez eu nada sentia de anormal no contacto com as duas entidades, limitando-se a
minha ação, no caso, apenas ao fenômeno da vidência. No entanto, a entidade suicida,
Adão, foi facilmente retirada pela ação da caridade espiritual em conjunção com a terrena
e encaminhada a uma sessão do “Grupo Espírita Meimei”, de Pedro Leopoldo, em Minas
Gerais, comunicando-se ostensivamente, através do fenômeno de incorporação, por um dos
médiuns do Grupo, apresentando todas as particularidades da própria personalidade e do gênero de
morte que tivera, inclusive os vômitos, a tosse e a asfixia, conquanto o médium permanecesse alheio à
existência da mesma entidade e dos fatos em geral a ela relacionados, sendo, ao demais, vista e
descrita com minudências pela vidência do médium Francisco Cândido Xavier, que igualmente
desconhecia a existência do suicida e os laços de parentesco entre este e C.” (Grifo nosso) (Yvonne do A.
Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 126, 12ª ed. FEB)
L.M. 193. 3) Médiuns positivos: suas comunicações têm, em geral, um caráter de nitidez e
precisão que se presta, de boa vontade, aos detalhes circunstanciais, às informações exatas.
Bastante raros. (Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Questão 193. Item 3. CELD)
VAMOS REFLETIR: Depois do que leu você já é capaz de responder a essa pergunta?
Continua Yvonne no seu relato, dando-nos informações sobre o aspecto físico da primeira
entidade, que se mostrava à sua vidência, tal como estava, quando desencarnou:
“Entrementes, a primeira entidade acima citada não fora retirada e continuava sendo vista
por mim frequentemente materializada e externando singulares particularidades. Tratava-se
do fantasma de um homem de cor negra, regulando quarenta anos de idade, alto e corpulento, obeso,
indicando enfermidade grave, pois dir-se-ia atacado de inchação geral, como quem padecesse de
grandes males renais. Os pés, muito visíveis, estavam descalços e traziam inchação impressionante e a
entidade se deixava ver muito pobremente trajada.
O meu parente C residia numa casa recém- adquirida, no Rio de Janeiro, que fora reformada
pelo anterior proprietário e que, por isso mesmo, tomara aspecto assaz agradável. Essa casa, no
entanto, fora erguida em terreno onde existira um casebre, sendo este demolido para a nova
construção. (...) (Grifo nosso) (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 127, 12ª ed. FEB)
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Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
DEFINIÇÃO: MATERIALIZAÇÃO
Yvonne, agora, vai nos descrever a sua rotina de trabalho, na casa de C, e a sua percepção do
ambiente:
“Como de hábito, ao ingressar na residência de C, comecei a orar diariamente, à
hora do trabalho psicográfico, que não fora interrompido. E nessas ocasiões, e ainda em
outras mais, às vezes até inesperadamente durante as lides domésticas, minha visão
espiritual, ou o que quer que seja, talvez até mesmo a faculdade psicométrica do
ambiente, surpreendia, no local da casa, um casebre, e, em vez do jardim com suas
bonitas árvores e folhagens e o piso de cerâmica e cimento, um pobre terreno em ruínas,
com canteiros de hortaliças ressequidas e alguns poucos galináceos enfezados, além de utensílios
imprestáveis esparsos por toda a parte. (...)” (Grifos nossos) (Yvonne do A. Pereira. Recordações da
Mediunidade, pág. 127, 12ª ed. FEB)
DEFINIÇÃO: PSICOMETRIA
1 - Registro e medida dos fenômenos psíquicos, por meio de métodos experimentais.
2 – Na mediunidade, estudada à luz da Doutrina Espírita, a psicometria é uma variedade de
psicoscopia, isto é, uma faculdade que tem o médium de estabelecer contato com toda a vida psíquica
de alguém, coisa ou ambiente podendo perscrutar o passado, o presente e futuro. O médium localiza
no tempo e no espaço o objeto de suas perquirições, seguindo-o por uma espécie de “rastreamento”
psíquico. (L. Palhano Jr. Dicionário de Filosofia Espírita. Ed. CELD)
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Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
A alma humana percorre seu caminho cercada de uma atmosfera brilhante ou turva,
povoada pelas criações de seu pensamento. É isso, na vida do Além, sua glória ou sua vergonha.”
(Léon Denis. O Problema do Ser e do Destino. Terceira Parte. Capítulo XXIII. CELD)
L.E. 242. Como os espíritos têm o conhecimento do passado? E esse conhecimento para eles não
tem limite?
“O passado, quando dele nos ocupamos, é presente; exatamente como te lembras de uma
coisa que te impressionou no decorrer do teu exílio. Simplesmente, como não temos mais o véu
material que obscurece tua inteligência, nós nos lembramos de coisas que se te apagaram da
memória; mas, nem tudo é conhecido pelos espíritos: a começar pela sua própria criação.” (Allan
Kardec. O Livro dos Espíritos; Capítulo VI. Questão 242. CELD)
L.E. 914. Estando o egoísmo baseado no sentimento do interesse pessoal, parece bem difícil
extirpá-lo inteiramente do coração do homem; chegaremos a consegui-lo?
“À medida que os homens se esclarecem sobre as coisas espirituais, menos valor dão às
coisas materiais; e, além disso, é preciso reformar as instituições humanas que o entretêm e o
excitam. Isso depende da educação.” (Alla Kardec. O Livro dos Espíritos. Capítulo I. Questão 914. CELD)
OBJETIVO:
- Compreender os recursos mediúnicos utilizados por Yvonne
Pereira para auxiliar os espíritos sofredores.
- Ressaltar a importância do Evangelho, visando a educação e a
sensibilização do espírito.
DEFINIÇÃO: MEDIUNIDADE
A mediunidade é um grande instrumento de iluminação, quando
vinculada ao Evangelho de Jesus, o grande código moral para todas as
realizações humanas. Porém, quando exercida distanciada da proposta
cristã, não passa de simples fenômeno destituído das condições pelas quais foi oferecida ao ser humano:
tornar-se um caminho de elevação moral. (Grifo nosso) (Alírio Cerqueira Filho. Prática da Mediunidade com
Jesus. ED. Espiritualizar)
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Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
“O cenário dava, pois, até a mim mesma, a ilusão da mais positiva realidade, quando
nada mais era que criação mental, inspirada nas recordações fortes do passado, sobre a matéria
quintessenciada, ou força cósmica universal, disseminada, como sabemos, por toda a parte. Yvonne
Pereira. Recordações da Mediunidade. (Grifo nosso) (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 128 12ª ed.
FEB)
“Se o pensamento e a vontade podem exercer tal influência sobre a matéria corporal,
compreender-se-á que essa influência seja ainda maior e produza efeitos mais intensos quando for
aplicada à matéria fluídica, imponderável, de que o perispírito é formado.” (...) (Léon Denis. O Problema
do Ser e do Destino. Segunda parte: O Problema do Destino, pág. 215. RJ, CELD)
E Charles acrescentou:
“Entrego-te esse pobre irmão para que o consoles dos seus infortúnios, instruindo-o nos
princípios da renúncia aos bens terrenos, que ainda aprecia, pela aquisição dos bens espirituais. “Podes
fazer isso. Faze-o, e serás auxiliada.” (Yvonne Pereira. Recordações da Mediunidade. (Grifo nosso) (Yvonne do A.
Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 128 12ª ed. FEB)
E.S.E. XX - 4. Ide, portanto, levando a palavra divina aos grandes, que irão desprezá-lo; aos
sábios, que desejarão provas; aos simples e humildes, que aceitarão, porquanto é principalmente
entre os mártires do trabalho, desta expiação terrena que encontrareis entusiasmo e fé.
Ide, pois eles receberão com alegria, louvando e agradecendo a Deus, pela santa Consolação
que lhe derdes, e, baixando a fronte, renderão graças pelas aflições que a Terra lhes reservou.
(...)
Ide agradecei a Deus a gloriosa tarefa que ele lhe confiou; .... (Allan Kardec. O Evangelho
Segundo o Espiritismo. Capítulo XX. Item 4. CELD)
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E Charles insistia:
— Será necessário socorrê-lo, não só a bem dele mesmo, como de todos vós. Entrego-te para
que o ajudes. Os médiuns são colaboradores dos seus mentores espirituais e devem aprender os
serviços comuns à vida espiritual, quanto antes, visto que muito auxílio recebe para facilitar-lhes os
desempenhos. O amigo em questão apenas necessita de amor e caridade. Os médiuns
forçosamente devem ser habilitados, antes que qualquer outra pessoa, para esses certames
humanitários. Se não os realizam é porque não querem. E a mulher, com as tendências maternais
que lhe são próprias, obterá resultados superiores com a prática da mediunidade, bem sentida e
compreendida, em todos os seus ângulos. (Grifo nosso) (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade,
pág. 1430 12ª ed. FEB)
E.S.E. XXVI - 1. “Devolvei a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os
demônios. Dai gratuitamente o que recebestes gratuitamente.” (Mateus, X: 8.) (Allan Kardec. O Evangelho
Segundo o Espiritismo. Cap. XXVI, item 1. CELD)
“Mais uma vez se revela à mulher em sua sublime função de mediadora, que o é em toda a
Natureza. Dela provém a vida; é ela a própria fonte desta, a regeneradora da raça humana, que não
subsiste e se renova senão por seu amor e seus ternos cuidados. E essa função preponderante que
desempenha no domínio da vida, ainda a vem preencher no domínio da morte. (...)
A grande sensibilidade da mulher a constitui o médium por excelência, capaz de exprimir, de
traduzir os pensamentos, as emoções, os sofrimentos das almas, os altos ensinos dos Espíritos
celestes. Na aplicação de suas faculdades encontra ela profundas alegrias e uma fonte viva de
consolações. (...)” (Léon Denis. No Invisível. Cap. VII – O Espiritismo e a Mulher. CELD)
E.S.E. IX - 8. A doutrina de Jesus ensina, por toda a parte, a obediência e a resignação, duas
virtudes que acompanham a doçura, e que são muito ativas, embora os homens as confundam,
erradamente, com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da
razão; a resignação é o consentimento do coração. As duas são forças ativas, pois levam o fardo
das provas que a revolta insensata deixa cair(...) (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Cap IX - item 8 CELD)
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Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
E.S.E. XX – 4. (...)” Ide e pregai: os espíritos elevados estão convosco. (...) Aos avarentos pregareis
o desinteresse; aos dissolutos, a abstinência; aos tiranos domésticos, como aos déspotas, a
mansidão. Palavras perdidas, eu o sei; mas que importa! É preciso que regueis com o vosso suor o
terreno em que tendes de semear, porque ele não produzirá nem frutificará, a não ser com
reiterados esforços da enxada e da charrua evangélica. Ide e pregai! aos dissolutos, a mansidão aos
tiranos domésticos, como aos déspotas! Palavras perdidas, eu o sei; mas não importa. Faz-se
mister regueis com os vossos suores o terreno onde tendes de semear, porquanto ele não frutificará
e não produzirá senão sob os reiterados golpes da enxada e da charrua evangélicas. Ide e pregai!
(...)” (grifo nosso) (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XX. Item 4.. CELD)
DEFINIÇÃO: DESDOBRAMENTO. “
Transe, no qual o espírito do percipiente, desloca-se e vai até outros
lugares, distantes ou não, fora da dimensão tempo/espaço, e descreve
o que vê e o que faz.
“Não me atemorizei, porém, pois tudo me parecia natural, e lembro-me ainda de que, da
primeira vez que me defrontei com a entidade em questão, de modo a poder falar-lhe a
fim de iniciar a tarefa que me fora confiada, passou-se o seguinte:
— Bom dia, Pedrinho, como tem passado você? Exclamei, saudando a
entidade.
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A.G. XIV – 24. “Visto que a visão espiritual não se efetua pelos olhos do corpo, segue-se
que a percepção das coisas não acontece por meio da luz comum: de fato, a luz material é feita
para o mundo material; para o mundo espiritual existe uma luz especial cuja natureza nos é
desconhecida, mas que, sem dúvida, é uma das propriedades do fluido etéreo, adequada às
percepções visuais da alma. Há, portanto, a luz material e a luz espiritual. A primeira tem focos
circunscritos nos corpos luminosos; a segunda tem seu foco em toda a parte (...)” (Allan Kardec. A
Gênese. Cap. XIV, item 24. CELD)
L.E. 257. O corpo é o instrumento da dor; se não é a causa primeira, é, pelo menos, a causa
imediata. A alma tem a percepção dessa dor: esta percepção é o efeito. A lembrança que dela
conserva pode ser muito penosa, mas não pode ter ação física. Com efeito, nem o frio nem o
calor podem desorganizar os tecidos da alma; a alma não pode enregelar-se nem se queimar (...)
O perispírito é o elo que une o espírito à matéria do corpo; ele é haurido do meio ambiente,
do fluido universal; participa, ao mesmo tempo, da eletricidade, do fluido magnético e, até um certo
ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria; é o princípio da vida
orgânica, mas não o é da vida intelectual: a vida intelectual está no espírito. É, além disso, o agente
das sensações exteriores. No corpo, a recepção destas sensações localiza-se nos órgãos que lhes
servem de canais. Destruído o corpo, as sensações tornam-se gerais.” (Allan Kardec. O Livro dos
Espíritos. Capítulo IV. Questão 257 CELD)
“Ele aceitou o oferecimento e eu me pus a ajudá-lo no trato às queridas plantas. O que não deixava
dúvidas era que as minhas próprias vibrações se conjugavam positivamente com as ondas vibratórias
que dele se distendiam e eu via o terreno tal como fora noutro tempo, enquanto as hastes das ervilhas e
as estacas de taquara pareciam tão sólidas ao meu contacto como se se tratasse, efetivamente, de
realizações terrenas, a tira de imbira inclusive, que eu ouvia estalar ao ser, por um de nós dois, sacudida
para amarrá-la aos arbustos.” (Grifo nosso) (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 131, 12ª ed. FEB)
DEFINIÇÃO: SINTONIA
“Termo aproveitado da eletrônica para designar a condição de um circuito
mental ou psíquico cuja frequência de oscilação é igual á um outro circuito
mental. Estado de quem se encontra em correspondência ou harmonia
com outrem, mesmo que seja espírito. (L. Palhano Jr. Dicionário de Filosofia
Espírita. Ed. CELD)
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SINTONIA VIBRATÓRIA
Estamos intimamente relacionados com as forças que se sintonizam conosco, associando- nos às
energias edificantes, se o nosso pensamento frui em direção à vida superior ou às forças perturbadoras e
deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada. (André Luiz. Nos
Domínios da Mediunidade. Introdução) ( L. Palhano Jr. Dicionário de Filosofia Espírita. Ed. CELD)
“Seguiu-se conversação amistosa, por assim dizer diária, durante cerca de dois
meses. Na maioria das ocasiões em que assim conversámos, não foi possível recordar
integralmente o assunto de que tratávamos. Em transes como esse, as lembranças se
conservam intermitentes e muita coisa se esvai ao despertar do mesmo
Lembro-me, entretanto, de que, chorando, Pedrinho se queixava amargamente de
uma pessoa, um homem, que muito o prejudicara, chamando-o frequentemente pelo nome de “Seu
Romano”, e ao qual responsabilizava pela miséria em que se encontrava. (Grifo nosso) (Yvonne do A.
Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 132, 12ª ed. FEB)
L.E. 895. Postos de lado os defeitos e os vícios sobre os quais ninguém poderia enganar-se, qual
o sinal mais característico da imperfeição?
“É o interesse pessoal. (...)
“O apego às coisas materiais é um sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais o
homem se prende aos bens deste mundo, menos compreende o seu destino; pelo desinteresse,
ao contrário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista mais elevado.” (Allan Kardec. O Livro
dos Espíritos. Capítulo XII. Questão 895. CELD)
E.S.E. VI - 6. “Venho ensinar e consolar os pobres deserdados; venho dizer-lhes que elevem
sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, visto que a dor foi consagrada no Jardim
das Oliveiras, mas que esperem, pois os anjos consoladores também virão enxugar suas
lágrimas (...)” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo VI. Item 6. CELD)
E.S.E. VI - 8. “Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que imploram por ela. Seu poder
cobre a Terra inteiramente e, por toda a parte, ao lado de cada lágrima ele colocou um
bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua, e encerram um
ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Que todos os
espíritos sofredores possam compreender essa verdade, em vez de se revoltarem contra as
dores e os sofrimentos morais que são o seu quinhão aqui na Terra. (...)” (Allan Kardec. O
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo. VI. Item 8. CELD)
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Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
L.E. 941. O temor da morte é, para muitas pessoas, uma causa de perplexidade; de onde se
origina esse temor, visto que elas têm diante de si o futuro?
“É sem motivo que têm esse temor; mas, que queres? Se procuram persuadi-las,
quando jovens, de que há um inferno e um paraíso, mas que é mais certo irem para o inferno,
porque lhes dizem que o que está na Natureza constitui um pecado mortal para a alma. Então,
quando se tornam adultas, se têm um pouco de juízo, não podem admitir isso e se tornam
ateias ou materialistas; é assim que são levadas a acreditar que, além da vida presente, nada
mais há. Quanto às que persistiram nas suas crenças de infância, elas temem aquele fogo
eterno que deve queimá-las sem as consumir.
A morte nenhum temor inspira ao justo, porque, com a fé, ele tem a certeza do futuro; a
esperança faz com que aguarde uma vida melhor e a caridade, cuja lei praticou, dá-lhe a
certeza de que não encontrará, no mundo onde vai entrar, nenhum ser cujo olhar deva temer.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Capítulo I. Questão 941. CELD
“Pedrinho gostava das histórias evangélicas e costumava rir-se, encantado, ao ouvir que o
Samaritano passava pela estrada «que ia de Jerusalém a Jericó, e socorria o infeliz ferido
pelos salteadores”, ao marrar-lhe a Parábola do Bom Samaritano; e lembro-me ainda da
satisfação com que ouvia a comovente história do Filho Pródigo, perdoado pelo pai depois
de tantas peripécias sofridas
Ao ouvir as palavras de Pedrinho, Yvonne continua o seu trabalho de doutrinação e
evangelização desse espírito, com o objetivo de mostrar-lhe os ensinamentos de Jesus e o amor e a
misericórdia de Deus. (...)
L.E. 255. Quando um espírito diz que sofre, experimenta que tipo de sofrimento?
“Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente que os sofrimentos físicos.” (Allan
Kardec. O Livro dos Espíritos. Capítulo VI. Questão 255. CELD)
— “Quer um médico para se consultar, Pedrinho? Essa doença não vale nada, isso é
apenas o seu pensamento, que recorda o tempo em que a doença existiu, fazendo você
sofrer novamente... Contudo, ainda assim, você precisa de certo tratamento para a
enfermidade da alma, pois é a sua alma que está doente... Será melhor você ir para um
hospital, porque lá haverá conforto, tratamento adequado, enfermeiros para atendê-lo,
além dos médicos, e tudo será gratuito. Se você quiser, arranjarei sua entrada num hospital
muito bom, que eu conheço...
— Mas... — respondeu, interessado, não compreendendo o meu intuito, que era afastá-lo
daquele ambiente, ao mesmo tempo proporcionando-lhe ensejo de melhoras espirituais. “— Eu quero ir
para um hospital, sim, a questão é encontrar uma pessoa para tratar das minhas galinhas e das minhas
plantas... Não posso ir porque, além de tudo, preciso refazer minha hortinha para ganhar alguma coisa,
não posso continuar nessa miséria...” (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 134, 12ª ed. FEB)
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13º Congresso de Estudos Espíritas
Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
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L.E. 895. O apego às coisas materiais é um sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais o
homem se prende aos bens deste mundo, menos compreende o seu destino; pelo desinteresse,
ao contrário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista mais elevado. (Allan Kardec. O Livro dos
Espíritos. Capítulo XII. Questão 895. CELD)
E.S.E. XXV - 6. “Não acumuleis para vós tesouros na Terra, onde a ferrugem e as traças os
consomem, e onde os ladrões os desenterram e roubam. Fazei vossos tesouros no céu, onde
126 Tobias: ao fazer uma viagem a mando de seu pai (também chamado Tobias, um judeu
célebre por sua piedade, pertencente à tribo e cidade de Nefta li, Galileia nem a ferrugem, nem a
traça os consomem, e nem os ladrões os desenterram e roubam. Porque onde está o vosso
tesouro, aí está também o vosso coração. (...)
Procurai, pois, primeiramente o reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos
serão dadas por acréscimo. Eis por que não deveis vos inquietar pelo amanhã, visto que o
amanhã se ocupará do bem-estar de si mesmo. A cada dia basta o seu mal.” (Mateus, VI: 19 a
21 e 25 a 34.) (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXV, item 6. CELD)
— “Ora, em primeiro lugar está a sua saúde, porque doente ninguém pode
trabalhar... Eu tomarei conta de tudo, para você poder ir... Acaso você não confia em
mim? Pois, conforme você sabe, eu também gosto de criar galinhas, até já possuí
grande criação de galinhas... e, também gosto de tratar de plantas...
Esse serviço de persuasão, porém, nem foi rápido nem fácil. Levou cerca de dois meses de
dedicação e coragem, enquanto o meu parente C era submetido a tratamento rigoroso de passes a fim
de desintoxicar o próprio organismo das irradiações deletérias da entidade invisível, fortalecendo-se
mental e fisicamente a fim de resistir ao delicado complexo. E todo aquele trabalho requeria de mim
inteiro senso de responsabilidade, visto que me fora confiado por uma entidade espiritual de categoria
elevada, que respeito e amo pelo muito que me tem amado e servido. “(Yvonne do A. Pereira. Recordações
da Mediunidade, pág. 134, 12ª ed. FEB)
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E.S.E. XI - 10 “Amar, no sentido mais profundo da palavra, é ser leal, honesto, consciencioso,
para fazer aos outros o que se deseja para si mesmo. É procurar à sua volta a razão íntima de
todas as dores que oprimem vossos irmãos, para levar-lhes um alívio; é olhar a grande família
humana como a sua, ... (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XI, Item 10. CELD)
E.S.E. XIII - 17. “A piedade, uma piedade bem sentidas, vem do amor; o amor é devotamento; o
devotamento é o esquecimento de si mesmo, e este esquecimento, esta abnegação em favor dos
infelizes, é a virtude por excelência, aquela que o divino Mestre praticou em toda a sua vida e
ensinou na sua doutrina tão santa e tão sublime” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capítulo XIII. Item 17. CELD)
E.S.E. XVIII - 10. “O servidor que conheceu a vontade do seu amo e que, apesar disso, não
se preparou e não procedeu de acordo com a vontade dele, será rudemente castigado. Mas
aquele que não sabendo da sua vontade, fez coisas dignas de castigo, será menos castigado.
Muito se pedirá àquele a quem muito foi dado, e maiores contas serão pedidas àquele a
quem muito foi confiado.” (Lucas, XII: 47 e 48.) (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo,
Capítulo. XVIII. Item 10. CELD)
L.E. 250. Sendo as percepções atributos do próprio espírito, é-lhe possível subtrair-se a elas?
“O espírito apenas vê e ouve o que quer. Diz-se isto, de maneira geral e, sobretudo, com
relação aos espíritos elevados, pois os que são imperfeitos, estes, ouvem e veem, frequentemente,
contra a sua vontade, o que pode ser útil para seu melhoramento.” (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos.
Capítulo. VI. Questão 250. CELD)
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VAMOS RECORDAR...
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OBJETIVOS
Reconhecer os recursos utilizados pelo plano espiritual para remover o espírito sofredor da sua
criação psíquica.
Utilização da médium, através da sua faculdade mediúnica de desdobramento
Yvonne continuava com denodo e initerruptamente a tarefa a ela confiada por Charles, de
doutrinação e evangelização do espírito Pedrinho, porém, embora, já menos conturbado, ainda
mantinha a mente presa aos antigos complexos.
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Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
L.M. XVI – 197. Bons médiuns - podem classificar se: em médiuns sérios, modestos,
devotados e seguros.
Os médiuns sérios: não se servem de sua faculdade se não para o bem e para as coisas
verdadeiramente úteis;
Médiuns modestos: não se atribuem nenhum mérito pelas comunicações que recebem e não
se julgam ao abrigo das mistificações; longe de fugir dos avisos acerca de sua faculdade, eles
o solicitam;
Médiuns devotados: compreendem que é o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir e
deve, quando necessário, sacrificar seus gostos, seus hábitos, seus prazeres, seu tempo e
mesmo seus interesses materiais, para o bem dos outros;
Médiuns seguros: são os que, além de facilidade de execução, merecem maior confiança por
seu caráter e pela natureza elevada dos Espíritos que os assistem, e são menos expostos a
serem enganados;
(Allan Kardec. O Livro dos médiuns. Capítulo XVI. Item 197. CELD)
“Amarrávamos, como sempre, as queridas ervilhas, pois eram essas plantas que
maiores cuidados exigiam do antigo horticultor, não obstante já se fazer notória a
fadiga que se ia apossando dele, levando-o ao desinteresse pela horta. Chorava
enquanto trabalhava, como se as recordações das passadas angústias se
aviventassem sobremodo na ocasião. Penalizada, falei-lhe:
— Não chore, Pedrinho, você então não tem fé em Deus? Vamos orar, para que
o Senhor nos ajude... Tudo há de melhorar para você, tenhamos um pouquinho mais de paciência...
— Sim, minha Sinhá, eu tenho fé em Deus, sim Senhora... Deus Nosso Senhor até é muito bom,
na verdade — respondeu, chorando —, e não sei como agradecer tanta bondade que tenho recebido
dele... Não vê a Senhora, minha Sinhá, que, se eu estou sofrendo tanto assim, também tenho quem me
ajude muito, graças a Deus... O culpado da minha desgraça foi o “seu” Romano. A Senhora conhece o
“seu” Romano?
— Não, Pedrinho, não conheço, não...
— Pois ele é o vendeiro dali, da rua de cima, um “intaliano’’ muito “inzigente” e “ambicioneiro”...
Eu tinha uns negócios com ele, quer dizer, comprava no armazém dele os “mantimentos” para mim, o
milho para as galinhas, que era bem pouco, porque elas pastavam bem, o querosene para a candeia, o
carvão para cozinhar e o sabão para lavar a minha roupa, os pratos e as panelas. Mas depois eu
adoeci, fiquei ruim como a Senhora não imagina, não pude trabalhar mais, não ganhei nada, pois como
era que eu havia de bater enxada e sair por aí vendendo as verduras, com a febre que me atacou?
Fiquei três meses muito mal, sim Senhora, mas continuei comprando no armazém do “seu” Romano.
Pois então eu havia de passar fome? E as galinhas então não precisavam do milho? Mas, não pude
pagar nada disso com pressa. Então, minha Sinhá, foi que o “seu” Romano me fez uma traição tão
grande que me deixou na miséria que a Senhora vê...” (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade,
pág. 139, 12ª ed. FEB)
E.S.E. IX - 11. Não julgueis para não serdes julgados. Que aquele que está sem pecado, atire a
primeira pedra. “Não julgueis para não serdes julgados; pois sereis julgados segundo houverdes
julgado os outros; e com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também a vós.”
(Mateus, VII: 1 e 2.) (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. IX. item 11. CELD)
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—" Não pense mais nisso, Pedrinho! O que passou não mais deve ser comentado.
Lembrando-se desse triste passado, você se martiriza novamente, sem razão de ser, e
piora do seu estado geral... Pense antes em Deus e no futuro e peça forças para
esquecer o mau passado e começar vida nova, que será muito melhor do que essa, que
tanto o fez sofrer... — acudi eu, desejando arredá-lo dos dissabores que justamente eram
os fatores do seu complexo psíquico. (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág.
139, 12ª ed. FEB)
E.S.E. VI - 6. “(...) Bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para um dia vos
lançardes, livres e felizes, no seio daquele que vos criou frágeis, para vos tornar perfectíveis, e
deseja que modeleis, vós mesmas, a vossa própria argila, a fim de serdes os artesãos da vossa
imortalidade. (O Espírito de Verdade. Paris, 1861.) Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Capítulo VI. Item 6. CELD)
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Capítulo IX. Questão 803. CELD)
“Nem as galinhas, nem meus galos de briga e os ovos escaparam da ladronice dele, e levou
até as minhas ferramentas, tudo para pagar a tal dívida. Então eu devia tanto assim a “Seu”
Romano? Foi ou não foi ladronice dele? Mas eu ia pagar a dívida, sim Senhora, a questão
era eu ficar bom para poder trabalhar e ganhar o dinheiro. Não era preciso ele fazer isso,
não é mesmo? Só ficou aquela esteira velha, acolá... porque mesmo o travesseiro foi a
vizinha aí do lado que me favoreceu, por bondade. Os vizinhos pediram a “seu” Romano para
não fazer essa maldade comigo, mas ele respondeu com má-criação, dizendo que ia chamar a polícia
para me levar para um hospital, que eu devia muito a ele e ele não podia perder... mesmo porque eu não
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ficaria bom, mesmo, nunca mais, ia morrer, e, antes que outra pessoa arrecadasse o que era meu,
arrecadava ele, a quem eu devia muito... A Senhora já viu coisa igual na sua vida? Ah, eu chorei muito, e
então foi que fiquei sem recursos para poder trabalhar, piorei muito da minha doença devido ao desgosto
sofrido, e até hoje estou assim... e se não fosse a bondade das minhas vizinhas eu até teria morrido de
fome, elas é que me traziam a comida, fiquei vivendo de esmolas, minha Sinhá...(Yvonne do A. Pereira.
Recordações da Mediunidade, pág. 140, 12ª ed. FEB)
E.S.E. XVI - 14. “(...) Nós nos devemos uns aos outros, e somente por uma união sincera
e fraterna entre os espíritos e os encarnados é que a regeneração será possível.
Vosso amor pelos bens terrenos é um dos fortes empecilhos ao vosso adiantamento
moral e espiritual; por esse apego às posses materiais, destruís as faculdades de amar levando-
as todas para as coisas materiais. (...) (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XVI.
Item 14. CELD)
“Entregue seu desgosto a Deus, Pedrinho, e não pense mais nisso, para você
conseguir a paz do coração — repeti, penalizada. — Mais possui Deus para conceder
a você do que “seu” Romano teve para levar daqui. Ele é mais infeliz do que você, pois,
praticando tal violência, em vez de observar os deveres da Fraternidade para com o
próximo, saiu da graça de Deus, enquanto que, se você perdoar, estará na mesma graça. Não se
lembra da resposta de Jesus, quando o apóstolo perguntou quantas vezes deveria perdoar ao ofensor?
Jesus respondeu: Perdoa até setenta vezes sete... isto é, perdoa sempre... O melhor é você concordar
em ir para o hospital a fim de se restabelecer e poder trabalhar nos serviços de Deus... e não mais com
a enxada nas mãos... (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 141, 12ª ed. FEB)
E.S.E. X - 2. “Se perdoardes aos homens as faltas que fazem contra vós, vosso Pai Celeste,
também perdoará vossos pecados; mas se não perdoardes aos homens, quando vos ofendem,
vosso Pai também não perdoará os vossos pecados.” (Mateus, VI: 14 e 15.) (Allan Kardec. O Evangelho
Segundo o Espiritismo. Cap. IX. Item 2. CELD)
“Mas ele prosseguiu, a mente sufocada pelo complexo que lhe impedia o
progresso, talvez impelido por uma necessidade de expansão que lhe forneceria
benefícios:
— Que Deus Nosso Senhor perdoe a ele e a mim ....... Para dizer a verdade,
minha Sinhá, eu já odiei “seu” Romano muito mais do que odeio agora. Mas “no
princípio” senti um ódio por ele que, se pudesse, eu o teria devorado “vivinho”... Fiz até
um trabalhinho” com fogo e pólvora, para ver se ele devolvia o que era meu. Quis pôr “um mal” nele,
para me vingar. Mas qual! “Seu” Romano parece até o próprio “manhoso”. Tem o “corpo fechado” a sete
trancas, sim Senhora, não pegou nada nele, minha Sinhá, perdi o tempo, piorei da saúde porque me
levantei e abusei sem poder, e ainda gastei o último dinheirinho que tinha, para comprar os
apetrechos...” (Grifo nosso) (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 141, 12ª ed. FEB)
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E.S.E. X - 15. “Perdoar aos seus inimigos é pedir perdão para si mesmo; perdoar aos seus
amigos é lhes dar uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar que se está melhor.
Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porque se fordes duros, exigentes,
inflexíveis, se usardes de rigor, mesmo para uma leve ofensa, como podeis querer que Deus
esqueça de que cada dia tendes mais necessidade de indulgência? Oh! Infeliz aquele que diz: “Eu
nunca perdoarei,” pois que pronuncia a sua própria condenação.” (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Cap. X. Item 15. CELD)
— “Nisso você fez mal, Pedrinho, porque, desejando o pior para o próximo, você
saiu da graça de Deus e se aliou ao Espírito das trevas. A lei de Deus recomenda perdoar
e esquecer as ofensas, e Jesus-Cristo, nosso Mestre, aconselha-nos a amar os próprios
inimigos, sem jamais desejar-lhes qualquer mal. Não devemos, portanto, exercer
vinganças, seja contra quem for. Deus, nosso Pai, é o único que saberá e poderá corrigir
com justiça as nossas faltas. Perdoe, pois a “seu” Romano e vá sossegado para o
hospital, porque eu garanto que dentro em breve você estará forte e alegre para o trabalho
que Deus confiar às suas forças.” (Yvonne do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 142, 12ª ed. FEB)
E.S.E. XXVIII - 46. Prefácio Disse Jesus: “Amai os vossos inimigos”. Estas palavras são o que há de
mais sublime na caridade cristã; entretanto, ao pronunciá-las, Jesus não quis dizer que devemos ter
pelos inimigos a ternura que temos pelos nossos amigos. Ele nos disse, por essas palavras, para
esquecer suas ofensas, perdoar-lhes o mal que nos fazem e, em troca desse mal, oferecer-lhes o
bem. Além do mérito que essa conduta traz aos olhos de Deus, ela mostra aos homens a verdadeira
superioridade. (Ver cap. XII, itens 3 e 4.) (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXVIII, item
46 – Prefácio. CELD)
“Ele ia responder, mas, inesperadamente, apareceu entre nós a figura amável de José
Evangelista, apresentando-se tal como se ainda fora um homem e declarando-se
comprador de imóveis. Chegou-se a ‘Pedrinho, cumprimentou-o com atenção,
apertando-lhe a mão, e afirmando que fora informado de que ele, Pedro, desejava
vender sua propriedade. O antigo horticultor protestou fracamente, sem convicção
na negativa. E quem os visse conversando tão naturalmente, sem misticismo nem
afetação transcendental, julgaria tratar-se de dois cidadãos terrenos empenhados
em negócios e não seres espirituais a quem somente questões espirituais poderiam
interessar. A certa altura da conversação, demonstrando inequívoca vivacidade, José
exclamou, retirando do bolso uma carteira e conservando-a na mão para ser vista pelo interlocutor:
— Desejo comprar, sim, um terreno por estas imediações, e, dentre alguns que sei estarem à
venda, o seu é o que mais me convém, pela proximidade da Estação da Estrada de Ferro. A você, meu
amigo, conviria muito o negócio. Está doente, e assim não poderá trabalhar para desenvolver sua
lavourazinha, porque não tem saúde nem recursos e por isso sofre dificuldades sem fim. Venda, pois, o
terreno, eu compro e pago à vista... depois trataremos da escritura... Coloque o dinheiro no Banco, vá
para o hospital tratar-se... e ao restabelecer-se, deixando o hospital, terá uma quantia razoável para
comprar outra propriedade maior e melhor do que esta, e tocar a lavourazinha... Afinal, sou seu amigo e o
aconselho bem... Somos da mesma raça, da mesma cor. Nossas avós e nossas mães foram escravas,
choraram e gemeram no cativeiro, e isso nos deve unir... E esteja certo, amigo Pedro, que em mim você
terá um irmão leal ao seu dispor, para protegê-lo e defendê-lo de hoje em diante... Suas infelicidades
passaram, confie em Deus e nada receie... A pobre entidade pôs-se a rir, encantada com o amigo que o
Céu lhe enviava. Pediu minha opinião para vender ou não a propriedade, já plenamente familiarizada
comigo. Aprovei a proposta de José, incentivando-o a aceitá-la, pois era o melhor que tinha a fazer,
compreendendo a caridosa tentativa de José Evangelista a bem de todos nós. E finalmente Pedrinho
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aceitou a proposta, contagiado pela persuasão do “comprador”. Vi, então, José retirar o dinheiro da
carteira e passá-lo a Pedrinho, que o recolheu febrilmente, guardando-o, ligeiro, no bolso da calça. Assisti-
o a preparar-se para sair demandando o hospital, pois José prontificou-se a acompanhá-lo até lá.” (Yvonne
do A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 142/143, 12ª ed. FEB)
E.S.E. VI – 6. “(...) bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para um dia vos
lançardes, livres e felizes, no seio daquele que vos criou frágeis, para vos tornar perfectíveis, e
deseja que modeleis, vós mesmas, a vossa própria argila, a fim de serdes os artesãos da vossa
imortalidade. (O Espírito de Verdade. Paris, 1861). Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. VI, item
6. CELD)
Vestiu um pobre paletó de brim surrado, tal qual um homem, colocou na cabeça o
chapéu seboso e tomou de uma pequena mala de mão, quase imprestável, enquanto
repetia em surdina, como que para si mesmo:
— Deus Nosso Senhor é muito bom, na verdade, e Jesus-Cristo é o nosso Mestre
e Protetor, conforme explicou a minha Sinhá... “Seu” Romano foi que me fez uma traição
muito grande, mas agora, vejam só, encontro gente boa para me ajudar. O que “seu”
Romano me fez não se faz com um bicho...
— Esqueça o passado, Pedrinho, esqueça e perdoe, para Deus perdoar também as suas faltas.
Agora, pense no futuro para recuperar o tempo perdido nas trevas do ódio... E vá com Deus... (Yvonne do
A. Pereira. Recordações da Mediunidade, pág. 143, 12ª ed. FEB)
E.S.E. XIII – 19. “É preciso sempre ajudar os fracos, mesmo sabendo, antecipadamente, que
aqueles a quem se faz o bem não agradecerão. Sabei que, se aquele a quem prestastes um
benefício esquecer o bem que recebeu, Deus o levará mais em conta do que se tivésseis sido
recompensados pelo reconhecimento do vosso beneficiado. Deus permite que por vezes sejais
pagos com a ingratidão, para provar vossa perseverança em fazer o bem.” (Allan Kardec. O Evangelho
Segundo o Espiritismo. Cap. XIII, item 19. CELD)
“Não respondeu e saiu naturalmente, pela porta da rua, onde José o esperava,
tranquilamente.
Parecia aturdido, sonolento, distraído.
Não se despediu de mim. Compreendi então que ele se encontrava exausto e
que não demoraria a se deixar vencer pelo chamado “sono reparador”, fenômeno
importante, que se dá com o desencarnado, após o decesso físico, sem o qual este não poderá,
realmente, estabilizar-se no verdadeiro estado espiritual.” (Grifo nosso)
C.I. I – 6. “Na passagem da vida corporal para a vida espiritual, produz-se ainda um outro
fenômeno de uma importância capital: o da perturbação. Nesse momento a alma experimenta um
entorpecimento que paralisa momentaneamente suas faculdades e neutraliza, pelo menos em
parte, as sensações; ela está, por assim dizer, cataleptizada, de maneira que quase nunca é
testemunha consciente do último suspiro. (...)
A perturbação, portanto, pode ser considerada como o estado normal no instante da morte;
sua duração é indeterminada, ela varia de algumas horas a alguns anos. (...) (Allan Kardec. O Céu e o
Inferno. Segunda Parte. Capítulo I. Item 6. CELD)
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próprias possibilidades, para com o nosso amigo Pedro? Não foi Caridade com o pobre C, chefe de
família carregado de responsabilidades, necessitando trabalhar para manter os seus, e que havia três
meses sofria os terríveis reflexos das vibrações nocivas daquele cujo corpo físico tombara com um
câncer generalizado? Não foi Caridade com o próprio Pedro, livrá-lo da fixação mental nesse câncer,
que o fez desencarnar há tanto tempo, mas cuja lembrança o afligia ainda, conservando-o
imaginariamente doente? Não foi Caridade com a família de C, que sofria por vê-lo sofrer e temendo um
desenlace do corpo carnal, e que se fatigava nas lides e peripécias que a grave enfermidade do seu
chefe arrastava? E não foi Caridade também com a Senhora, que se esgotava fisicamente nos serviços
de ajuda ao enfermo e aos labores domésticos, e à noite continuava a se esgotar mental e
psiquicamente, no penoso contacto com uma entidade endurecida nas próprias opiniões, enredada em
distúrbios mentais provindos da amargura do ódio e do agarramento à matéria? Com a Senhora,
incumbida de ensiná-lo a amar e perdoar, dedicando-se a ele com paciência maternal, e que levou
cerca de dois meses nesse penoso trabalho, quando outras tarefas lhe competiam junto a outros
sofredores, talvez mais graves do que o mesmo Pedro? Às vezes, minha filha, nós, os servos
desencarnados, nos vemos na contingência de nos valermos de «farsas desse tipo para impedir que o
mal se alastre, provocando crises imprevisíveis, e para preparar o ensejo de o amor resplandecer e a
verdade se manifestar, reeducando o ignorante...
— Tem razão, caro irmão — retorqui, edificada —, compreendo e agradeço a lição... e peço
perdão pela minha impertinência. Mas quando Pedrinho descobrir tudo o que se passou poderá
aborrecer-se conosco e nos querer mal...
Ele sorriu para sua médium e acrescentou, convictamente: — Quando ele compreender já estará
adaptado ajusta razão e não mais poderá querer mal a quem o ajudou na desgraça. De outro modo, por
muito ignorante e preso às coisas terrenas que um Espírito seja, ao se reconhecer favorecido pela
justiça da Espiritualidade acomodar-se-á a ela de boa mente e o passado de amarguras que viveu na
Terra ser-lhe-á incômodo, mesmo pungitivo, muitas vezes, às recordações. Nosso amigo Pedro
depressa esquecerá sua hortazinha de couves, suas estacas de taquara e a pobre casa onde tanto
sofreu. E ao reconhecer a “farsa da compra”, como a Senhora diz, não se zangará: Rir-se-á da própria
ignorância, admirar-se-á do pesadelo que o encegueceu durante tanto tempo e do triste papel que
desempenhou, tratando de hortaliças que só existiam nas suas forças mentais de criação, tal como o
adulto, que se ri dos folguedos dos seus tempos de menino... “(Yvonne do A. Pereira. Recordações da
Mediunidade, pág. 146, 12ª ed. FEB)
“No trato com os nossos irmãos desequilibrados, é preciso afinar a nossa boa vontade à
condição em que se encontram, para falar-lhes com o proveito devido.
Vocês não desconhecem que cada criatura humana vive com as ideias a que se afeiçoa.
(...)
Mesmo entre vocês, não é difícil observar mendigos esfarrapados que, por dentro, se acreditam
fidalgos, e pessoas bem-nascidas, conservando a humildade real no coração, entre o amor ao
próximo e a submissão a Deus!
Aqui, na esfera em que a experiência terrestre continua a si mesma, os problemas dessa ordem
apenas se alongam.
Temos milhares de irmãos escravizados à recordação do que foram no passado, mas, ignorando
a transição da morte, vivem por muito tempo estagnados em tremenda ilusão!…
Sentem-se donos de recursos que perderam de há muito e tiranos de afeições que já se
distanciaram irremediavelmente do trecho de caminho em que paralisaram a própria visão.”
(Francisco Cândido Xavier. Instruções Psicofônicas, por diversos Espíritos. Organizado por Arnaldo Rocha. 9. ed. Rio
de Janeiro. FEB, 2006. Capítulo 4 (No intercâmbio - mensagem do Espírito José Xavier), p. 31-33
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13º Congresso de Estudos Espíritas
Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
CONCLUSÃO:
Diz Yvonne Pereira:
“Os homens são os colaboradores do Senhor para auxílio uns dos
outros e, também, dos Espíritos desencarnados mais necessitados. Por
isso mesmo, ambos seriam socorridos, de qualquer forma, senão pelos
homens, ao menos por servos espirituais da seara do Bem. E, assim, o
Espiritismo é, em qualquer situação, a grande ciência que enaltece e
orienta as criaturas na marcha evolutiva para a conquista do reino de Deus,
o doce Consolador que protege e fortalece as almas doloridas que
bracejam na torrente da adversidade, dizendo-lhes sempre que o Amor é,
com efeito, o supremo bem que redime a Humanidade.” (Yvonne do A. Pereira.
Recordações da Mediunidade, pág. 147, 12ª ed. FEB)
VAMOS RECORDAR...
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13º Congresso de Estudos Espíritas
Mulheres Espíritas – Vida e Obra de Yvonne do Amaral Pereira – Tema 1: Complexos Psíquicos
Temas 2: Mediunidade com Jesus e a Evangelização de Espíritos / Tema 3: Recursos Divinos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PEREIRA, Yvonne do Amaral (Espírito). Mediunidade: Tarefa com Jesus, psicografia de Alda Maria.
BH, CEMFS, 2012
XAVIER< Francisco Cândido. Instruções Psicofônicas, por diversos Espíritos. Organizado por Arnaldo
Rocha. 9. ed. Rio de Janeiro. FEB, 2006
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13o Congresso de Estudos Espíritas
Temas gerais sobre a Ciência e a Filosofia Espírita
Filhos,
Os estudos do Congresso aprofundarão os conceitos básicos da Doutrina
Espírita, que sempre necessitam ser melhor entendidos por todos: a Ideia de Deus,
a continuidade da vida, a Criação do Universo, a pluralidade dos mundos habitados,
a reencarnação e o Evangelho de Jesus.
Embora alguns estudos remetam às coisas do passado, do ponto de vista
histórico, eles não serão menos importantes, pois que darão a ideia de quanto
preparo houve para a chegada de Jesus.
Que os estudos revigorem as vossas forças para que possam seguir àquela
máxima de Jesus: “Aquele que quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo e siga-me”.
Esperamos que terminem esses estudos, no final da manhã, com a fé
renovada, reconhecendo que a Doutrina Espírita traz bastantes esclarecimentos
capazes de vos fazerem lembrar sempre Daquele que é “o Caminho, a Verdade e a
Vida”.
Busquem, pois, na Doutrina Espírita, o fortalecimento nas lutas que
atravessam na certeza de que com Jesus vocês vencerão.
Que o Senhor da Vida a todos abençoe,
Paz,
Vitor
(Mensagem psicográfica recebida pelo médium Mário Coelho, em 01/04/2022.)