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EDITOR
Angelina’s PC
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Moisés Benjamim Miguel
CAPA E PRODUÇÃO GRÁFICA
Moisés Miguel
FONTE DO CONTEÚDO
estudosaluzdapalavra.blogspot.com
REVISÃO
Gramática luso-brasileira. Dic. Distribuição grátis e reprodução livre
IMPRESSÃO E ACABAMENTO deste livro à MobenjEditora.
MobenjaGraphic’s Luanda - Angola
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS por tudo. Foi ele
quem concedeu que estas informações chegassem ao
conhecimento do leitor. Agradeço também a direcção
do blog Estudos a Luz da Palavra, aos autores que
juntaram os seus trabalhos para a elaboração deste
livro. Que a graça do SENHOR que é Pai, JESUS
CRISTO nosso Salvador e na comunhão do ESPIRITO
SANTO esteja convosco.
DEDICATÓRIA
Este Manual é de todos e para todos aqueles que
buscam o conhecimento evangélico cristão e não só.
"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria; o
bom entendimento tem todos os que cumprem os
seus mandamentos; o seu louvor permanece para
sempre.” (Salmos 111: 10)
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Capitulo 1:
A CIÊNCIA REVELA, E O "PAPÁ DOS ATEUS" CONFIRMA: DEUS EXISTE!
Por Ariel A. Roth
4
Porque vivermos de acordo com a Palavra de Deus é necessário para sermos CO-
HERDEIROS COM JESUS CRISTO.
E
minentes intelectuais do mundo ficaram chocados! Não poderia ser verdade o
que estavam ouvindo! Em 9 de Dezembro de 2004, a agência Associated
Press divulgou a notícia de que o legendário filósofo britânico Antony Flew, que
liderou a causa ateísta durante mais de meio século, havia mudado de opinião e
decidido que Deus deve existir. A estonteante notícia espalhou-se rapidamente
por todo o mundo. A mudança de Flew se dava exactamente no sentido oposto ao
dos “etos” ora dominante, promulgados pela maioria dos círculos científicos.
A impressionante reviravolta de Flew, ocorrida cerca de um ano antes, não foi
uma conversão a alguma religião tradicional. Ele passou a crer em um Deus que
tinha de ser o Originador de tudo o que encontramos, e não um Deus que tenha
produzido uma revelação sobrenatural de si mesmo, como a Bíblia. Não obstante,
ele comenta que está aberto à possibilidade de que esse Deus poderia, ou deveria,
ter-Se revelado.
Papá dos ateus afirma: Deus existe!
Flew é bastante conhecido. Escreveu quase duas
dúzias de livros sobre filosofia, e tem sido considerado
como o mais influente filósofo ateísta em todo o mundo.
Por que razão, esse tão famoso e proeminente pensador
teria mudado e declarado que Deus tem de existir? A
resposta é simples. Por causa dos dados científicos.
A ciência que hoje rejeita Deus como explicação para a natureza, ao mesmo
tempo está provendo abundantes dados em favor da Sua existência. Flew declarou
numa entrevista: “Penso que os argumentos mais impressionantes a favor da
1
http://estudosaluzdapalavra.blogspot.com/2012/02/ciencia-revela-e-o-papa-dos-
ateus.html
2
ARIEL A. ROTH (Ph. D. pela Universidade de Michigan) foi diretor do Geoscience Research
Institute e editor da revista Origins. Publicou mais de 150 artigos em revistas científicas e
outras. Seu livro Origins: “Linking Science and Scripture” foi traduzido em 13 línguas,
inclusive em português. Embora aposentado, continua a pesquisar, escrever e fazer palestras.
5
existência de Deus são os que se apoiam nas
recentes descobertas científicas.” De especial
importância para ele é o modelo “Bing Bang”
da origem do Universo, e a necessária precisão
das forças físicas para que a matéria possa
existir.
Mais de 50 anos de estudos sobre o D.N.A só
reforçam as evidências de que Deus existe, diz Flew.
Flew também se impressionou com as descobertas no mundo biológico. A vida
é muito complexa, e ele se refere especialmente ao “poder reprodutivo” dos seres
vivos, para o qual os evolucionistas não conseguiram explicação.
Ele comenta ainda: “Parece-me hoje que as descobertas de mais de cinquenta
anos de pesquisas sobre o D.N.A proporcionaram material para um novo
argumento extremamente poderoso em favor do desígnio. Por “argumento em
favor do desígnio” Flew entende as evidências em prol de um arquitecto, que seria
Deus. Flew está desejoso de lançar por terra a dominante, mas restritiva, filosofia
da ciência naturalista (mecanicista) que exclui Deus, permitindo que os dados da
natureza falem por si mesmos. Esses dados apontam para a necessidade de Deus.
Em suas próprias palavras, ele “teve de se dirigir para onde as evidências
conduzem”. (Saiba mais sobre seu livro "Um ateu garante: Deus existe")3.
N
umerosas evidências indicam que o
Universo tinha de ser exactamente como
é, senão sua existência, e especialmente a
vida que nele se encontra, não seriam
possíveis. O cosmólogo Hugh Ross enumera 45
diferentes tópicos relacionados com as
características físicas do Universo, que
precisam estar devidamente ajustadas.
Um exemplo conhecido é provido pelo nosso próprio Sol. Sem ele a vida na
Terra não seria possível, porque a superfície do planeta se apresentaria
3
http://aluzdapalavradicasdeleitura.blogspot.com/2012/02/um-ateu-garante-deus-existe-
de-antony.html
6
extremamente fria. Assim, precisamos da luz
solar para provimento de energia às plantas, que
mantêm a vida através da cadeia alimentar.
O Sol produz energia combinando hidrogénio
para produzir hélio. Esse é um processo complexo
de liberação de energia. É o mesmo processo que
tem lugar quando uma bomba de hidrogénio explode; assim podemos imaginar
nosso Sol como uma bomba de hidrogénio bem controlada. Nesse processo estão
envolvidos valores precisos para as forças físicas que mantêm sob controlo a fusão
do hidrogénio. Contamos com a constância do Sol, e raramente a apreciaram
quando, dia após dia, ele torna possível a vida.
De fato, ele tem continuado a fazer exactamente o mesmo durante um tempo
extremamente longo. Não há possibilidade para muita variação dentro do que já
descobrimos. Por exemplo, se a Terra estivesse apenas 5% mais próxima do Sol,
ou 1% mais distante, isso eliminaria toda a possibilidade de vida em nosso
planeta.
O
valor exacto das quatro forças básicas da física é um dos mais fortes
argumentos científicos a favor da existência de Deus.
Poderia suceder que somente por acaso existissem esses valores exactos, com o
seu preciso campo de actuação? A existência de uma Inteligência superior parece
ser necessária a fim de planejar tudo isso.
As quatro forças básicas são a força nuclear forte, a força nuclear fraca, a
força electromagnética e a gravidade.
A força nuclear forte, por exemplo, é extremamente poderosa, mas felizmente
se manifesta somente no núcleo atómico, senão quase tudo no Universo seria
compactado.
Por outro lado, a gravidade é muito fraca, mas actua a distâncias bastante
grandes, mantendo a conformação do nosso sistema solar e das galáxias.
Experiências e cálculos indicam que uma mudança de apenas alguns pontos
percentuais nas forças básicas faria com que todo o Universo entrasse em colapso.
O Universo parece equilibrar-se no fio de uma navalha. A relação entre algumas
dessas forças tem de ser extremamente precisa.
7
Referindo-se à gravidade e à força electromagnética, o
físico Paul Davies comenta: “Os cálculos mostram que
alterações na intensidade de cada uma dessas forças, de
somente 1 parte em 1.040, significariam catástrofe para
estrelas como o nosso Sol”. Esse é um valor extremamente
preciso. Significa que se deve ter precisão de 1 em 10 seguido de 40 zeros.
A chance de essa precisão ocorrer por via do acaso é extremamente remota,
mas isso é insignificante ao se combinarem as várias probabilidades existentes.
Para sermos matematicamente correctos, ao combinarmos improbabilidades,
devemos multiplicá-las entre si. Isso resulta em cifras extremamente improváveis
para o que os cientistas estão descobrindo. Roger Penrose, matemático e físico da
Universidade de Oxford, fez a conta e descobriu que a precisão necessária para o
Universo era de 1 parte em 10 seguidos de 10.122 zeros. Essa é uma
probabilidade extremamente diminuta.
Se tentássemos escrever esse número marcando um zero em cada átomo
existente no Universo, faltariam átomos logo ao iniciarmos esse processo.
O
mais desconcertante problema enfrentado pela evolução é a origem da vida.
Após um século de pesquisas e proposições de vários tipos de cenários, não
surgiu ainda um modelo plausível.
O problema hoje é muito mais agudo do que há décadas, porque estamos
descobrindo sistemas cada vez mais intrincados nos seres vivos, que são complexos
e que não poderão operar a menos que todas as partes estejam juntas.
Às vezes isso é chamado de complexidade irredutível, e representa a principal
pedra de tropeço para o processo evolutivo gradual, porque não existiria nenhuma
vantagem evolutiva para a sobrevivência, até
que todas as partes necessárias estivessem
presentes.
A maioria dos sistemas biológicos é desse
tipo, e assim Deus parece essencial à origem de
qualquer espécie de vida.
8
A forma mais simples de vida independente que
conhecemos é a de um ínfimo micróbio denominado
Micoplasma. Os vírus, que são muito mais simples,
não se qualificam como a primeira forma de vida
supostamente evoluída na Terra, porque não podem
se reproduzir por si mesmos, mas só pela sua
associação a células vivas onde são encontrados. O minúsculo Micoplasma, nada
tem de simples; de fato, é extremamente complexo. Seu D.N.A fornece mais de
meio milhão de bits de informação, que, mediante o código genético, ditam a
fórmula de quase 500 diferentes espécies de moléculas de proteína que executam
uma multidão de funções químicas específicas essenciais ao micróbio.
Uma só molécula de proteína é extremamente complexa e difícil de ser
elaborada com a configuração exacta e necessária para a sua função adequada.
Com frequência, várias centenas de aminoácidos ligados uns aos outros estão
presentes, e pouca variação pode ocorrer para que a proteína não deixe de
funcionar adequadamente.
H
elbert Yockey, biólogo molecular da Universidade da Califórnia, em
Berkeley, calculou o tempo que levaria para produzir um tipo específico
de proteína na Terra, antes do início da vida. Ele supôs que isso poderia acontecer
em qualquer local dos oceanos terrestres, e que esses mares já estivessem bem
abastecidos de aminoácidos.
Seus cálculos indicaram que levaria 1023 anos para ser produzida uma
proteína específica. Em outras palavras, os quase 5 bilhões de anos que os geólogos
comumente atribuem à idade da Terra, são 10 triliões de vezes menores que o
tempo necessário para produzir uma espécie especifica de molécula de proteína.
Ora, são necessárias numerosíssimas espécies específicas de moléculas de
proteína para a vida, todas no mesmo local e ao mesmo tempo. As moléculas de
proteína são frágeis e por isso, decorrido o tempo esperado para o aparecimento
de uma segunda molécula específica de proteína, provavelmente a primeira já se
teria desintegrado muito antes, tornando assim impossível a origem espontânea
da vida.
As proteínas são apenas o início dos problemas para a evolução da vida por si
mesma. O D.N.A é muito mais complexo do que as proteínas, e necessário para
9
produzi-la; e as proteínas são necessárias para a produção do D.N.A! Para existir
vida, ambos são necessários — o D.N.A e as proteínas — e qualquer deles que
evoluísse primeiro não apresentaria o valor para sobrevivência que a evolução
necessitaria para acontecer. São necessárias também espécies de moléculas como
lipídios e carbo-hidratos, e muitas estruturas altamente especializadas que se
encontram nas células vivas. Além do mais, é necessário o código genético. Como
produzir um complexo código genético mediante mudanças evolutivas aleatórias?
O código é inútil até que o D.N.A que o dita, e as moléculas especiais que o lêem,
entendam a mesma linguagem.
Após a evolução da primeira vida sobre a Terra, o organismo resultante
desapareceria caso não pudesse reproduzir-se.
A reprodução é uma das principais características dos organismos vivos — e é
extremamente complexa. Na reprodução tem-se de duplicar todas as muitas
partes necessárias da célula, sem o que o novo organismo não sobreviverá. Às
vezes o processo pode ser muito sofisticado.
Por exemplo, quando o D.N.A é copiado
para uma nova célula ou organismo, podem
ocorrer erros na cópia da informação. Esses
erros são bastante comuns, e a vida se
tornaria impossível se não houvesse um
sistema de revisão e edição.
Há na célula um conjunto de proteínas
que conferem o novo D.N.A produzido, e quando detectam um erro de cópia,
removem-no e o substituem por uma versão correta. A complexidade é ainda
maior em organismos avançados.
Órgãos como o olho humano, que apresenta complexos sistemas de
acomodação, e o cérebro, com seus 100 bilhões de conexões nervosas, também
têm de ser levados em conta.
No decorrer de todo o processo evolutivo, muitos milhares de novas espécies
de proteínas seriam necessários. Actualmente,
entretanto, os bilhões de anos propostos para
a evolução são um intervalo de tempo muito
curto para produzir sequer uma molécula
específica de proteína! Deus é essencial.
10
UM PARADOXO!
E
m vista dessas evidências avassaladoras da necessidade de Deus, por que a
comunidade científica não divulga tudo isso?
Em primeiro lugar, encontramos um número significativo de cientistas
tentando ardorosamente demonstrar como a vida poderia ter surgido por si
mesma. Outros cientistas alegam que toda sintonia fina do Universo é somente
uma sequência de acasos bem-sucedidos.
Ainda muitos outros cientistas que crêem em Deus guardam silêncio quando
vem a foco a questão da Sua existência. Essencialmente, Deus é excluído dos
compêndios e revistas científicas.
Como actualmente praticada, a ciência é uma combinação peculiar de
pesquisa em busca da verdade sobre a natureza, e de filosofia secular excludente
de Deus.
Lidamos hoje com uma comunidade científica
que tem esse forte compromisso materialista
(mecanicista, naturalístico), que considera
anticientífico incluir Deus como factor
explanatório na ciência. Não é permitida a
presença de Deus no cardápio das possíveis
explanações científicas.
Isso desmente o quadro usual da ciência, que
é apresentada como pesquisa aberta da verdade,
que segue os dados da natureza para onde eles possam conduzir.
Esse potente secularismo existe na ciência, a despeito do fato de que 40% dos
cientistas nos EUA crêem num Deus que responde a suas orações, contra 45% que
não crêem, e 15% que não têm certeza.
Parece que aquilo em que os cientistas crêem, e aquilo que publicam quando se
revestem do secularismo da ciência, podem ser coisas bastante divergentes.
11
NOS SÉCULOS PASSADOS, A CIÊNCIA NÃO ERA UMA FILOSOFIA SECULAR.
A
lguns dos maiores cientistas de todos os
tempos, como Isaac Newton, incluíam Deus em
suas explanações acerca da natureza. Outros
eminentes cientistas que ajudaram a estabelecer os
fundamentos da ciência moderna, como Kepler,
Boyle, Galileu, Lineu e Pascal, todos criam em um
Deus que se manifestava na natureza, e a Ele se
referiram em seus escritos científicos.
Eles não viam nenhum conflito entre suas
descobertas e Deus, pois criam ser Ele quem estabeleceu as leis e a consistência da
natureza, que tornam possível seu estudo científico. Demonstravam que Deus e
boa ciência podem coexistir.
Hoje a norma é que se deve tentar explicar tudo materialisticamente, sem a
presença de Deus.
D
eve-se conservar a perspectiva de que, no decorrer dos séculos, os padrões do
pensamento humano mudaram dramaticamente. As prioridades intelectuais
na Antiguidade eram diferentes daquelas durante a Idade Média, como essas
foram diferentes das de nossa era científica. E podemos esperar maiores
mudanças no futuro. Isso levanta uma importante questão: a ciência é boa ou má?
A resposta é que uma das lições mais importantes que podemos tirar desta
era científica é que existe tanto a boa como a má ciência. Descobrir a intensidade
das forças da física é boa ciência. Descrever o fóssil 4 Archaeoraptor como um
intermediário evolutivo entre dinossauros e aves é má ciência. Realmente, esse
fóssil mostrou ser uma composição fraudulenta. A cauda de um dinossauro foi tão
habilmente acrescida ao corpo de uma ave por um coleccionador de fósseis, que
conseguiu iludir numerosos cientistas os quais, por sua vez, estavam muito
desejosos de demonstrar que as aves evoluíram dos dinossauros.
4
http://descontradizendocontradicoes.blogspot.com/2010/09/cientistas-desvendam-fraude-
do.html
12
Não desejamos esquecer o lado bom da ciência, que é tão importante, mas não
queremos ser iludidos pela má ciência.
I
nfelizmente, não se pode acreditar sempre no que dizem os cientistas. Por
exemplo, se transparece na natureza que tem que existir um Deus presente
para a explicação das complexidades descobertas, alguns cientistas podem
submeter-se ao “etos” secular e à pressão sociológica da comunidade científica e
não relatar esse fato.
Preconceitos como esse exigem que cavemos mais fundo nos questionamentos,
para descobrirmos o que realmente está acontecendo. Isso pode ser trabalhoso, e
muitos não disporão de tempo para assim proceder.
Contudo, deve-se ser pelo menos cauteloso para aceitar pronunciamentos
científicos. Tendo-se oportunidade para
estudar mais profundamente certo tópico,
algumas das características de uma firme
conclusão científica são: concordância com
todos os dados disponíveis; possibilidade de
testar as ideias, especialmente mediante
experimentos repetíveis que possam refutá-
las; previsibilidade de conclusões não
conhecidas; não ocultação da conclusão pela
teoria ou por controvérsia.
Muitos cientistas não compreendem como é difícil demonstrar um simples fato
científico, e infelizmente muito do que se publica em ciência é somente
especulação.
CONCLUSÃO
13
essencial para explicar o que a ciência tem descoberto.
As observações sobre as forças da física, as proteínas e o DNA, são todas
repetíveis, e, portanto, provêm evidências científicas altamente qualificadas sobre
a existência de Deus.
Infelizmente, o ideal secularista é tão forte na ciência, que a ideia de um Deus
Planejador hoje é geralmente rejeitada pela comunidade científica. Essa rejeição é
baseada em factores pessoais e sociológicos, e não em dados científicos.
14
Capitulo 2:
A VERDADEIRA ORIGEM DO NATAL
Por: Edemar Vitorino
15
A VERDADEIRA ORIGEM DO NATAL 5
Por: Edemar Vitorino
S
erá o Natal realmente a celebração do nascimento de Jesus Cristo? Nasceu
Jesus em 25 de Dezembro?
Será que os primeiros apóstolos que foram ensinados pessoalmente por Jesus,
alguma vez celebraram o nascimento do “menino” Jesus? Será que eles o
comemoravam no dia 25 de Dezembro? Ou em qualquer outro dia?
Se o Natal é uma das maiores festas da cristandade, por que será que os
pagãos o celebram também? Você sabe?
E os símbolos do natal, você conhece a origem deles? Do “Papai Noel”, da
“Árvore”, das “Luzes”, das “Guirlandas”, da troca de “Presentes”?
Vamos então aos fatos!
I – O SIGNIFICADO DE “NATAL”
5
http://estudosaluzdapalavra.blogspot.com/2011/12/verdadeira-origem-do-natal.html
16
naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam os seus
rebanhos, durante as vigílias da noite.”
Dezembro é tempo de inverno. Costuma chover e nevar na região da
Palestina6.
Consequentemente, os pastores não poderiam permanecer ao ar livre nos
campos durante as vigílias da noite. Naquela região, as primeiras chuvas
costumam chegar nos meses de Outubro e Novembro.
Durante o inverno os pastores recolhem e guardam as ovelhas no aprisco…
Eles só permanecem guardando as ovelhas ao ar livre durante o verão!
Com certeza, o nosso Senhor não nasceu em 25 de Dezembro, quando
nenhum rebanho estava no campo!
A data exacta do nascimento de Jesus é inteiramente desconhecida. O mais
plausível é que tenha sido no começo do outono - provavelmente em Setembro,
aproximadamente seis meses depois da Páscoa.
Tem a ver com a festividade da brunária pagã (25 de Dezembro), que seguia
a Saturnália (17-24 de Dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o “Novo
Sol”…
Essas festividades pagãs eram acompanhadas de bebedices e orgias…
Pregadores cristãos do ocidente e do oriente próximo protestaram contra a
frivolidade indecorosa com que se
Pe. Carreira das
celebrava o nascimento de Cristo,
Neves confirma a
enquanto os cristãos da Mesopotâmia
adoção de festas
acusavam os irmãos ocidentais de
pagãs pela Igreja
idolatria e de culto ao Sol, por
Católica, inclusive o
aceitarem como Cristã a festividade
natal.
pagã.
Com a aprovação dada por Constantino para a guarda do domingo, dia em
que os pagãos adoravam o Sol, e como a influência do maniqueísmo pagão que
identificava o filho de Deus como o Sol físico, proporcionou a esses pagãos do
século IV, agora “convertidos” em massa ao “cristianismo” o pretexto necessário
para chamar a festa de 25 de Dezembro (dia do nascimento do deus-Sol) de dia
6
(Confira na Bíblia em Cantares de Salomão 2: 11 e Esdras 10:9-13))Jermias 36:22)
17
do nascimento do filho de Deus, assim foi que “o Natal” se enraizou no mundo
ocidental!
O Natal é, portanto, a mesma velha festividade pagã de adoração ao Sol. A
única coisa que mudou foi o nome.
Veja o vídeo do Padre Carreira das Neves, considerado o maior estudioso
português da Bíblia, confirmando a adopção de festas pagãs pela Igreja Católica,
inclusive o natal7.
7
http://www.youtube.com/watch?v=eHz-FHLlf2Q
8
(Walsh Curiosities of popular customs, pág. 242)
18
V - O “PAPAI” NOEL E A PRÁTICA DE SE DAR PRESENTES ÀS ESCONDIDAS
19
VII - VELAS OU LUZES
VIII – PRESÉPIO
CONCLUSÃO
Qual deve ser o nosso procedimento, agora que descobrimos a verdade quanto às
origens pagãs inseridas nas comemorações do natal?
1 – Nos libertarmos das simbologias e práticas associadas aos ídolos pagãos.
“…e não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as;”
20
(Efésios 5:11). “Se de todo o vosso coração voltais para o Senhor, lançai do meio
de vós os deuses estranhos e as astarotes, preparai o vosso coração para com o
Senhor, e servi a ele só.” (I Samuel 7:3.)
2 - Instruirmos nossos filhos e discípulos: “conhecereis a verdade e a verdade
vos libertará.” (João 8:32) “E não vos conformeis a este mundo, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2): Jesus disse: “Mas
em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem.” (Mateus
15:9); Além disso, Jesus disse: “E assim por causa da vossa tradição invalidastes a
palavra de Deus.” (Mateus 15:6).
3 - Resistirmos ao espírito satânico do consumismo no Natal.
4 - Não é errado desejar um feliz Ano Novo para alguém; porém, agora que
sabemos da origem pagã dos símbolos e práticas do natal, não se mostra
adequado desejar tão somente: “Feliz Natal”, sobretudo ao não cristão! Seria mais
conveniente se disséssemos algo mais ou menos assim: “Que o Senhor Jesus Cristo
te abençoe nestes dias…”; ou “Desejo bênçãos abundantes do Senhor sobre a sua
vida neste natal.”; ou ainda: “Que Jesus Cristo encontre hospedagem no seu
coração e possa nascer na sua vida neste natal”.
Expurgadas das nossas vidas, e das nossas celebrações, os símbolos e práticas
pagãs, penso que, a exemplo da chamada “semana santa” em que as Igrejas
sempre souberam aproveitar bem para evangelizar, podemos e devemos
aproveitar a semana natalina para realizar cultos evangelísticos genuinamente
cristãos, e anunciar ao mundo o verdadeiro sentido do natal, que poderá até
começar com a manjedoura, mas deverá incluir
sempre a história da cruz! Natal sem a cruz não é
o verdadeiro natal de Jesus!
Não há mandamento ou instrução alguma na
Bíblia para se celebrar o nascimento de Cristo!
Somos orientados sim a lembrar da sua morte e
ressurreição que nos proporcionou a Vida9.
9
(I Cor. 11:24-26; Jo. 13:14-17).
21
DEZ (10) MOTIVOS PARA NÃO CELEBRAR O NATAL
22
Ninrode era tão perverso que se diz que casou-se com sua mãe, cujo nome era
Semíramis. Depois de sua morte prematura, sua mãe-esposa propagou a doutrina
maligna da sobrevivência de Ninrode como um ente espiritual. Ela alegava que um
grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore
morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida.
Todo ano, no dia de seu aniversário de nascimento ela alegava que Ninrode
visitava a árvore “sempre viva” e deixava presentes nela. O dia de aniversário de
Ninrode era 25 de Dezembro, e esta é a verdadeira origem da “árvore de natal”.
Por meio de suas artimanhas e de sua astúcia, Semíramis converteu-se na
“Rainha do Céu” dos babilónicos, e Ninrode sob vários nomes, converteu-se no
“Divino Filho do Céu”. Por gerações neste culto idólatra. Ninrode passou a ser o
falso Messias, filho de Baal: o deus-sol. Nesse falso sistema babilónico, “a mãe e a
criança” ou a “Virgem e o menino” (isto é, Semíramis e Ninrode redivivo)
transformaram-se em objectos principais de adoração. Esta veneração da
“virgem e o menino” espalhou-se pelo mundo afora; o presépio é uma
continuação do mesmo em nossos dias, mudando de nome em cada país e língua.
No Egipto chamava-se Isis e Osíris, na Ásia Cibele e Deois, na Roma pagã Fortuna
e Júpiter, até mesmo na Grécia, China, Japão e Tibete, encontra-se o equivalente
da Madona (minha dona ou minha senhora), muito antes do nascimento de Jesus
Cristo.
7- Esta festa não glorifica a Jesus pois quem a inventou foi a igreja católica
romana, que celebra o natal diante dos ídolos (estátuas). Jesus é contra a
idolatria e não recebe adoração dividida.
8- Porque os adereços (enfeites) de natal são verdadeiros altares de deuses da
mitologia antiga que (que são demônios): Árvore de Natal – é um ponto de
contacto que os demónios gostam.
No ocultismo oriental os espíritos são invocados por meio de uma árvore. De
acordo com a enciclopédia Barsa, a árvore de natal é de origem germânica,
datando o tempo de São Bonifácio, foi adoptada para substituir o sacrifício do
carvalho de ODIM, adorando-se uma árvore em homenagem ao Deus menino.
Leia a bíblia e confira em Jeremias 10:3,4; I Reis 14:22,23; Deuteronómio
12:2,3; II Reis 17:9,10; Isaías 57:4,5; Deuteronómio 16:21 e Oseias 4:13.
As velas acendidas – fazem renascer o ritual dos cultos ao deus sol.
As guirlandas – são símbolos da celebração memorial aos deuses, significam
um adorno de chamamento e legalidade da entrada de deuses.
23
A Bíblia nunca anunciou que Jesus pede guirlandas, ou que tenha recebido
guirlandas no seu nascimento, porque em Israel já era sabido que fazia parte de
um ritual pagão. O presépio – seus adereços estão relacionados directamente com
os rituais ao deus-sol. É um altar de incentivo à idolatria, que é uma visão pagã.
A Palavra de Deus nos manda fugir da idolatria (I Coríntios 10: 14,15;
Gálatas 5:19,21). Papai Noel – é um ídolo, um santo católico chamado Nicolau,
venerado pelos gregos e latinos em Dezembro, sendo que sua figura é a de um
gnomo bochechudo e de barba branca. O gnomo de acordo com o dicionário
Aurélio é um demónio da floresta.
Troca de presentes – na mitologia significa eternizar o pacto com os “deuses”.
Ceia de Natal – um convite à glutonaria nas festas pagãs ao deus-sol o
banquete era servido à meia-noite.
9- O natal de Jesus não tem mais nenhum sentido profético pois na verdade
todas as profecias que apontavam para sua primeira vinda à terra já se
cumpriram. Agora nossa atenção de se voltar para sua Segunda vinda.
10- A festa de natal traz em seu bojo um clima de angústia e tristeza, o que
muitos dizem ser saudades de Jesus, mas na verdade é um espírito de opressão
que está camuflado, escondido atrás da tradição romana que se infiltrou na igreja
evangélica, e que precisamos expulsar em nome de Jesus.
PROCEDIMENTO PRÁTICO
T
emos um Deus que transforma maldição em bênção. Agora não somos mais
ignorantes quanto a festividade iniciada na Babilónia. Qual deve ser então
nosso procedimento prático?
1 - Lançar fora toda dependência sentimental da data do “sol invictus” (25
de Dezembro).
2- Instruirmos nossos filhos e discípulos: “conhecereis a verdade e a verdade
vos libertará”. João 8:32 – Vamos livrar-nos de todos enfeites com motivos
natalinos pois sabemos suas origens.
3- Não ficarmos sujeitos financeiramente à comidas importadas típicas. É um
dia como outro qualquer.
4- Resistirmos ao espírito satânico de gastos no natal, principalmente se
houverem dívidas. Vigiar as “ofertas do papai noel”. Só devemos comprar o
necessário. Mamon, demónio das riquezas (luxuria), criou dependência na mente
24
humana onde as pessoas têm de estar nas festividades de fim de ano com casa
nova, roupa nova, etc.
5- Devemos aproveitar a data (Andai em sabedoria para com os que estão de
fora, usando bem cada oportunidade. Colossenses 4:5) para estar com parentes e
amigos em suas casas, falando da necessidade do nascimento de Jesus em seus
corações, pois este é o verdadeiro presente que o “aniversariante” quer receber. É
um propício momento evangelístico, quando encontramos pessoas com o coração
aberto para ouvir de Jesus.
6- Entender que a maioria dos crentes não visualiza a situação do natal,
preferindo viver segundo seus sentimentos e tradições.
7- Não confundir Passagem do Ano com Natal. Não é errado desejar feliz Ano
Novo para alguém, mas sim, Feliz Natal. Podemos usar algumas expressões: Que
Jesus nasça no seu coração (ou na sua vida)!
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação
de vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa , agradável, e perfeita
vontade de DEUS.” (Romanos 12: 2)
25
Capitulo 3:
UMA OLHADA DE PERTO NA PORNOGRAFIA E SUAS INFLUÊNCIAS TÓXICAS
Por: Gene McConnell
26
UMA OLHADA DE PERTO NA PORNOGRAFIA E SUAS INFLUÊNCIAS TÓXICAS
Por: Gene McConnell10
N
uma noite fria e escura, não há nada melhor que o calor do fogo de uma
lareira. Você pode empilhar a lenha e deixá-la queimar bem. É seguro,
quente, relaxante e romântico. Agora tire esse fogo de dentro da lareira (que foi
feita para queimar) e deixe cair no meio da sala – de repente o fogo se torna
destrutivo, podendo queimar a casa toda e matar todos que estão dentro. Sexo é
como esse fogo. Enquanto é expresso dentro de um relacionamento protegido e
comprometido como o casamento, é maravilhoso, quente e romântico. Mas a
pornografia tira o sexo de dentro deste contexto.
É um grande negócio que faz muito dinheiro e que não se importa como. Vão usar
todas as estratégias para fazer você comprar mais. “Lançaram 11.000 vídeos
pornográficos ano passado contra 400 filmes lançados por Hollywood… e 70.000
web sites pornográficos”. (New York Times, 20 de Maio de 2001, “Naked
Capitalists”)
Uma das partes mais vitais do ambiente mental é a ideia saudável de quem somos
sexualmente. Se essas ideias estão poluídas, uma parte fundamental de quem
somos fica destorcida. A cultura pornográfica ensina que sexo, amor e intimidade
são tudo a mesma coisa. Tudo o que importa é a satisfação. Não importa o corpo
de quem se está usando, contanto que se possa possuí-lo.
A pornografia leva você a pensar que sexo é algo que se pode fazer a qualquer
hora, em qualquer lugar, com qualquer pessoa, sem nenhuma consequência.
10
http://www.suaescolha.com/vidareal/desafios/toxica/
27
Neste contexto, como o fogo dentro da lareira, sexo é maravilhoso. Estar com
alguém que ama e aceita você, alguém que está comprometido a viver a vida toda
com você, alguém a quem você pode se entregar completamente, isso é o que
torna o sexo realmente maravilhoso.
“Você é escravo da pornografia tanto quanto qualquer actriz pornô. Se você
está vendo pornografia ou está viciado à pornografia, você está tentando encher
um vazio dentro de você que só Deus pode preencher. Toda vez que você olha
pornografia, você está aumentando o vazio, e você destruirá sua vida. A
pornografia é maligna, uma droga, um veneno, uma mentira. Se você pensa que
poderá guardá-la no escuro, Deus a tirará para fora, para a luz, para deter você
e curar você”. Jennifer Case11, ex-actriz pornô, liberta pelo Evangelho de Jesus
Cristo.
Não se pode aprender a verdade sobre sexo com a pornografia. Ela não lida
com a verdade. Pornografia não foi feita para educar, mas para vender.
Ela usará de qualquer mentira que vá atrair e segurar a audiência. A
pornografia faz sucesso com a mentira – mentiras sobre sexo, mulheres,
casamento e muitas outras coisas. Vamos examinar algumas dessas mentiras e ver
que grande estrago elas podem fazer na sua vida e nas suas atitudes:
11
http://www.blogger.com/
28
MENTIRA #2 - MULHERES SÃO UM “ESPORTE”
Algumas revistas de esporte têm uma sessão de “roupas de banho”. Isto sugere
que as mulheres são apenas um tipo de esporte. A pornografia vê sexo como um
jogo, deve-se “ganhar”, “conquistar”, ou “marcar pontos”. Homens que pensam
da mesma forma gostam de falar sobre “marcar pontos” com mulheres. Eles
julgam sua masculinidade por quantas “conquistas” conseguem fazer. Cada
mulher que “conquista” é um troféu novo na sua prateleira para validar a própria
masculinidade.
Todos já vimos fotos de um super carro com uma garota debruçada sobre ele.
A mensagem sem palavras: “Compre um, e ganhará os dois”. Pornografia que
mostra o sexo explícito vai ainda mais longe: mostra mulheres como uma
mercadoria num catálogo, expondo-as o mais abertamente possível para que o
consumidor veja. Não me surpreende que muitos rapazes pensem que porque
gastaram uma boa quantia de dinheiro levando uma garota para sair, têm o
direito de fazer sexo com ela. A pornografia ensina que mulheres podem ser
compradas.
“ – Quando ela diz não, ela quer dizer sim”. É um típico cenário pornográfico.
Mostram mulheres sendo estupradas, lutando e chutando primeiro e depois,
começando a gostar. A pornografia ensina os homens a gostar de machucar e
abusar das mulheres por diversão.
29
MENTIRA #6 – MULHERES DEVERIAM SER DESPREZADAS
EFEITOS DA PORNOGRAFIA
30
O PODER DAS IMAGENS
É estupidez pensar que as coisas que vemos e ouvimos não nos afectam. Todos
admitimos que boa música, bons filmes e bons livros só têm a acrescentar nas
nossas vidas. Não é difícil acreditar que imagens ruins podem nos fazer mal.
As imagens também podem nos persuadir. Empresários sabem que se
conseguirem pôr uma imagem persuasiva do seu produto na sua frente durante
um momento emocional intenso, ela vai penetrar no seu subconsciente. Os
cientistas de propaganda são tão bons no que fazem, que podem até predizer
quanto mais do seu produto você irá comprar se vir seus anúncios. Algumas vezes,
nem mesmo se vê o nome do produto. “Reeses Pieces” pagou um preço muito
caro para ter seus doces aparecendo por alguns segundos no filme “E.T.”, e as
vendas de “Reese’s Pieces” subiram nas alturas. Por quê? Porque as emoções
conectadas a assistir aquele menino ajudando o alienígena foram transferidas
para a imagem visual do doce. Se uma rápida
olhada no produto — mesmo quando não é o
centro da atenção — pode afectar o
comportamento das pessoas, imagine os efeitos
de um filme que mantém a sua atenção grudada
numa tela por uma hora e meia com imagens de
sexo explícito.
Que tipo de ideias a pornografia está colocando nas nossas cabeças? Se coisas
erradas continuarem sendo absorvidas, seu ambiente mental pode ficar tão
poluído que você terá problemas na sua vida. Uma das partes mais vitais do
ambiente mental é uma ideia saudável de quem somos sexualmente. Se essas
ideias estão poluídas, uma parte fundamental de quem somos fica destorcida.
Nem todo mundo que vê pornografia ficará viciado. Alguns apenas ficarão com
algumas ideias tóxicas sobre mulher, sexo, casamento e crianças. Porém, alguns
terão algum tipo de abertura emocional que permitirá que o vício tome lugar. As
empresas pornográficas não se importam de maneira alguma se você irá se
tornar um completo viciado nos produtos deles. É um grande negócio.
31
Dr. Victor Cline dividiu a progressão do vício em vários estágios; vício,
agravamento, anulação dos sentimentos (insensibilidade), actuação. Para viciados
em pornografia, percebi que existe outro estágio que vem primeiro — exposição
precoce. Vamos examinar esses estágios:
EXPOSIÇÃO PRECOCE
VÍCIO PORNOGRÁFICO
Você continua retornando à pornografia. Ela se torna uma parte da sua vida.
Você está atado e não consegue se livrar.
AGRAVAMENTO
Você começa a buscar por mais e mais materiais pornográficos. Você começa a
usar materiais que antes lhe causavam repulsa. Agora, lhe causam excitação.
INSESIBILIDADE
Você começa a ficar insensível às imagens que vê. Até a imagem mais
pornográfica não o excita mais. Você fica desesperado para sentir a mesma
sensação novamente, mas não consegue.
ACTUANDO SEXUALMENTE
32
Se você identifica algum desses padrões na sua vida, você precisa pisar nos
freios agora. A pornografia está tomando mais e mais controle da sua vida? Você
tem alguma dificuldade em parar? Você continua buscando por mais?
A primeira coisa que você tem de fazer é admitir que tem problemas com a
pornografia. Acredite em mim, você não é estranho ou anormal se tem esse
problema. Milhões de homens estão em vários estágios na luta com a pornografia.
Não é nenhuma surpresa. A indústria pornográfica gastou bilhões de dólares
tentando conquistar você. Realmente é surpresa que eles tenham tido sucesso?
Para alguns de vocês pode haver também algumas questões no seu passado, como
abuso ou exposição sexual, o que faz com que seja muito difícil se livrar do vício
pornográfico.
Você pode muito pouco na luta contra o vício sem ter ajuda. É preciso que
alguém o ajude a quebrar esse vício. Superar o segredo é vital. Você
provavelmente não pode escapar do vício sem isso; o que não quer dizer que todo
mundo tem que saber que você tem dificuldades. Escolha alguém que aconselha
homens com problemas com vícios em quem possa confiar – um pastor, um
conselheiro ou um líder que trabalhe com jovens. Alguém em quem possa confiar
plenamente, se sentir seguro e que tem alguma experiência na área de vício não
ficará surpreso com isso.
33
punição de Deus. Mesmo assim, Deus, que é santo e amável, providenciou uma
solução para o nosso pecado, para que não tivéssemos que ser justamente
condenados. Ele pessoalmente tomou sobre si a punição que merecíamos.
Jesus Cristo, o Filho de Deus, foi torturado e morreu na cruz pelo nosso
pecado para que nós pudéssemos ser perdoados. Três dias depois Jesus ressuscitou
dos mortos, como Ele disse que faria. E agora Ele oferece a você um
relacionamento com ele.
Uma das afirmações mais incríveis na Bíblia diz assim: “Se confessarmos os
nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de
toda injustiça” (1 João 1:9).
34
35
Capitulo 4:
MEDITAÇÃO DA PALAVRA
Por Josué Gonçalves
36
MEDITAÇÃO À LUZ DA PALAVRA
Porque vivermos de acordo com a Palavra de Deus é necessário para sermos CO-
HERDEIROS com JESUS CRISTO.
O
que vale mais no relacionamento de casal não é quem está certo, mas o que
está certo12.
Vigie sempre o seu coração. “Haverá momentos no seu casamento em que você
terá a impressão que casou com a pessoa errada. É nesse tempo que pode haver
um esfriamento do amor”.
Verifique com frequência os movimentos da sua alma, supervisione o seu
coração, faça perguntas para você mesmo. Quando isso começou? Por que eu
passei a enxergá-lo (a) desta forma? O que me atraia que não me atrai mais nele
(a)? Se eu sempre o (a) amei, por que estou em dúvida hoje?
Amar é mais do que um sentimento, é uma decisão. A saída para qualquer
crise no amor é a oração e a leitura da Palavra. Orar é reconhecer que quando
Deus assume o controle da nossa vida, ele corrige aquilo que está errado em nós.
Nas minhas orações eu sempre peço ao Senhor que me ensine a amar minha
esposa como Cristo ama a igreja e aos meus filhos como Ele nos ama. Ler a Bíblia
é manter os olhos na bússola de Deus para não se perder na caminhada.
Já ouvi muitos maridos e esposas dizendo: “Estou angustiado (a) no meu
casamento, a impressão que tenho é que não amo mais meu cônjuge”. Quando
isso acontece, o homem ou a mulher tem que perguntar para si mesmo: Nós nos
amávamos quando começamos a construção do relacionamento conjugal? Todo
12
http://aluzdapalavrameditacao.blogspot.com/2011/12/o-que-vale-mais-no-
relacionamento-de.html
37
efeito tem uma causa. Será que este esfriamento do amor não foi porque de
repente os meus olhos mudaram de foco, de direcção? Será que eu parei de colher
por que deixei de semear o melhor de mim no meu cônjuge? Será que a falta de
diálogo fez crescer uma barreira entre nós e hoje estamos juntos, porém
separados na alma? Será que eu permiti que outra pessoa ocupasse em meu
coração o lugar que por direito é exclusivo do meu cônjuge? As respostas para
estas perguntas podem ajudar aqueles que precisam superar a crise do amor.
Jesus disse para a igreja que estava em Éfeso uma frase que muitos gostariam de
dizer para o cônjuge: “Alguma coisa esta errada: você não me ama como no
princípio! Pense naqueles tempos do seu primeiro amor, como está diferente
agora! E volte-se para mim outra vez…” (Ap. 2:4,5 – Bíblia Viva).
A maioria dos casamentos cansados tem como causa principal o esfriamento
do amor. Hoje é um dia oportuno para você colocar o termómetro no coração e
conferir a temperatura do seu amor pelo cônjuge.
38
Capitulo 5:
CONVERSÕES ABORTIVAS: CULPA NOSSA OU DE SATANÁS?
Por: John White
39
CONVERSÕES ABORTIVAS: CULPA NOSSA OU DE SATANÁS? 13
EXISTÊNCIA HONESTA
O
ra, para que a luz do crente brilhe, nada é mais importante do que a
honestidade. Temos de ser honestos perante os incrédulos. De fato, essa
honestidade, por si mesma, constitui noventa por cento do testemunho. O
testemunho não consiste em levantar uma fachada cristã com o propósito de
convencer possíveis clientes. Testemunhar é ser honesto, é ser veraz quanto ao que
Deus nos fez, tanto em nosso falar como em nossa conduta diária.
Tal honestidade exigirá que você fale a respeito de Cristo aos incrédulos com
quem estiver conversando. O fato de que, no passado, você teve de criar
oportunidades para falar sobre assuntos espirituais comprova que, no
subconsciente, você estava evitando as oportunidades que lhe eram
constantemente apresentadas.
Todos nós ocultamos a nossa verdadeira personalidade por trás de uma
fachada. Para preservarmos a imagem que criamos é necessário que falemos e nos
comportemos de determinada maneira. Nossa conversa é designada a criar certa
impressão nas pessoas com quem falamos, a fim de que edifiquemos ou
preservemos a nossa própria imagem, que desejamos vender. Ora, para muitos de
nós, o “testemunho” significa adicionar determinadas características cristãs a essa
imagem.
O verdadeiro testemunho, por outro lado, consiste em abandonar a fachada
por trás da qual nos escondemos, e não em modificar tal fachada. Viver por trás
de uma fachada é o mesmo que ocultar a
lâmpada debaixo de um balde. E a falsidade é
opaca em relação à luz divina.
Ora, se você é honesto, ao menos parcialmente
(a honestidade total é rara e difícil), na conversa
que tiver com o incrédulo, descobrirá que é
extremamente difícil não falar sobre coisas
pertencentes ao cristianismo bíblico. Você diz que
13
http://aluzdapalavrameditacao.blogspot.com/2011/09/conversoes-abortivas-culpa-nossa-
ou-de_29.html
40
é difícil testemunhar? Eu lhe asseguro, porém, que com um pouco de honestidade
é quase impossível não testemunhar.
IGNORÂNCIA HONESTA
O
ra, a honestidade também exige que admitamos não saber tudo. Um bom
vendedor jamais fica sem resposta. Mas você não foi chamado para ser um
vendedor, e sim uma testemunha. E isto significa que você deve ser franco a
respeito do que sabe e do que tem experimentado.
Você está esperando até que tenha todas as respostas, antes de começar a
testemunhar? Não o faça. De todos os modos, busque meios de responder às
questões, mas não adie seu testemunho até que obtenha todas as respostas. Esteja
preparado para dizer que não sabe isto ou aquilo. Ninguém ficará surpreendido.
Deus não depende dos poderes de argumentação dos crentes.
Há algum tempo, estudantes do Instituto Bíblico Moody tiveram uma reunião
na Universidade de Chicago. Durante o período de debate, foram apresentadas
algumas perguntas difíceis. Os estudantes do Instituto Moody tiveram o bom-
senso de admitir que não podiam responder certas inquirições. A honestidade
deles fazia parte integral do seu testemunho.
E isto cumpriu o seu propósito. Um membro do corpo docente da
Universidade de Chicago expressou publicamente seu interesse por ouvir mais.
Afirmou que, pela primeira vez, havia encontrado crentes que admitiam não
saber tudo. Ele afirmou que isto, ao invés de diminuir sua confiança neles, na
realidade, despertou-a.
AVALIAÇÃO HONESTA
A
honestidade também exige que reconheçamos nossos fracassos. Fracassar é
algo ruim, mas enganar a respeito do fracasso é muito pior. O fim nunca
justifica os meios.
Não quero dizer com isto que a honestidade consiste em extravasar os nossos
piores instintos. Afirmo, porém, que admitir a própria indignação é melhor do
que fingir não estarmos indignados. Também afirmo que admitir o fracasso, em
nossa vida cristã, ao invés de ser prejudicial ao nosso testemunho, pode até
constituir uma parte dele. Nossa própria honestidade é um testemunho. É mister
grande graça e coragem espiritual para admitir o fracasso. Somente o homem
41
que não se preocupa consigo mesmo, nem com sua imagem pública, tendo em
vista exclusivamente o seu Senhor, será capaz disso.
O pecado e o fracasso não expõem Cristo ao opróbrio? É verdade. No entanto,
o opróbrio não é removido quando encobrimos o pecado. É evidente que ninguém
pode cuidar deste problema, enquanto não for suficientemente honesto consigo
mesmo e, quando necessário, com seus semelhantes no que diz respeito a este
assunto.
Não espere até ser perfeito para testemunhar de Cristo. O testemunho envolve
a franqueza em todas as ocasiões, inclusive agora. Jamais encubra uma fraqueza
sua com a finalidade de testemunhar. O que o mundo espera ver não é um crente
perfeito, e sim o milagre da graça de Deus agindo em um crente fraco e
imperfeito.
Muitos crentes de nossos dias têm a trágica e errónea ideia de que
desempenham um papel extremamente importante na conversão de um pecador.
Devemos exortar o pecador, não porque nossa exortação seja capaz de salvá-lo, e
sim porque não podemos agir de outra maneira. Fazendo isto, seremos autênticos
em relação ao que o Espírito Santo está fazendo em nós. O Espírito Santo é
Aquele que verdadeiramente tem a incumbência de cuidar de uma alma recém-
nascida. Desempenhar o papel dele é perigoso, imoral e blasfemo.
Acredito que, no evangelismo moderno, tanto público como pessoal, estamos
trocando nosso direito de primogenitura por um prato de lentilhas. Julgamos
estar seguindo o Espírito Santo, quando, na realidade, estamos seguindo apenas
uma psicologia barata. Não estamos apresentando uma Pessoa, e sim promovendo
um símbolo. Fomos chamados à glória e à honra de sermos testemunhas do
Senhor da História e do Redentor da humanidade, porém temos apenas
produzido confusão por meio de todas as nossas técnicas que visam “obter
decisões”.
É tempo de abandonarmos nossos enganos blasfemos, permitindo que nossa
luz brilhe diante dos homens, a fim de que glorifiquem nosso Pai, que está no céu.
MOTIVOS FALSOS
O
utro problema que está por trás de nossa paixão por resultados: é que
pertencemos à cultura do agente de vendas. O verdadeiro representante de
nossa época não é o cientista, nem o herói do espaço, e sim o vendedor. Este é o
homem que realmente mantém as rodas girando.
42
Ora, o sucesso de um vendedor é medido pelo número de coisas que ele pode
vender. Se estiver vendendo, então, ele é sucesso.
Muitos vendedores são assaltados por dúvidas secretas quanto à qualidade do
produto que vendem. Têm de reprimir essas dúvidas, usando as técnicas nas quais
foram treinados. Na realidade, as grandes companhias têm as suas próprias
técnicas que visam manter em alto nível a moral dos vendedores.
O vendedor deve vestir-se bem e dirigir um automóvel. Isto cria uma aura de
sucesso; e isto gera mais sucesso. O vendedor deve estar interessado nos seus
clientes, e seu interesse deve ser “genuíno”. (Todavia, qualquer interesse pode ser
genuíno quando o motivo final é uma venda, a comissão e o sucesso?) O vendedor
tem de mostrar não apenas a virtude de seus produtos, mas também que o seu
produto é exactamente aquilo do que seu cliente necessita.
Vivendo em um mundo de vendedores que batem de porta em porta, em um
mundo de seus parentes mais sofisticados: os comerciais de rádio e televisão, a
propaganda de revistas e os milhares de truques publicitários, é natural muitos
imaginarem que o evangelho é apenas mais alguma coisa a ser vendida. Por isso,
muitos ensinam abertamente que o evangelismo é uma questão de boa técnica de
vendas.
As comparações são óbvias. Na realidade, possuímos algo do que o mundo
inteiro necessita. Temos a responsabilidade de levar o conhecimento desse Algo
(ou Alguém) a toda criatura. O factor tempo é importante. Homens e mulheres
deveriam estar fazendo decisões favoráveis por nosso Produto (desculpem esta
palavra tão repugnante).
No entanto, há certos perigos nesta comparação. D. Maria pode (devido às
técnicas do vendedor) comprar vassouras, para mais tarde perceber que isso não
era o que ela queria. Até certo ponto, embora muito sutilmente, ela foi vítima de
“lavagem cerebral”. Isso poderá deixá-la
perturbada, mas não será uma grande tragédia.
Muito mais trágica é uma decisão de seguir a
Cristo que representa apenas a anuência do
decidido à “técnica de vendas” do evangelista.
43
ESPERANÇA FALSA
E
m primeiro lugar, se o Espírito Santo não tiver agido em seu coração, esse
indivíduo não terá nascido de novo. Sua “fé” não será a fé que conduz à
salvação. Terá uma esperança falsa.
Se, por outro lado, ele reagir contra a sua “conversão”, sua resistência ao
evangelho aumentará muito no futuro. Em todo o mundo, existem grandes
multidões que estão duplamente vigilantes contra o evangelho, por haverem
passado por uma experiência espúria de conversão.
Acrescente-se a isto o fato de que a filosofia de vendedor está repleta de
precipícios morais. É contrária à própria natureza do testemunho do evangelho.
Vestir-se bem? Para quê? Para impressionar? Por amor ao testemunho? Será que
o testemunho consiste de um terno impecável e roupas bem passadas? Ou
estaremos confundindo testemunho com reputação e “imagem pública”?
E, o que é pior, você é um daqueles que está procurando exibir uma aparência
vitoriosa, “para atrair pessoas a Cristo”? Isto, naturalmente, é o equivalente
espiritual das roupas bem passadas. Você sorri (ou pelo menos espera-se que o
faça), visto que o crente é um homem cheio de alegria. Você tenta ser semelhante
a Cristo, embora não tenha uma ideia clara do que significa ser semelhante a Ele.
Faz parte da técnica. Você deve atrair pessoas a Cristo. E, se isto significa que
deve suprimir uma parte do seu verdadeiro “eu”, desempenhando um grande
papel em público, isto faz parte do testemunho. Mas o seu verdadeiro “eu” surge
repentinamente no dormitório, onde não há ninguém, excepto Deus, para vê-lo.
E, quanto a Ele, isso não tem importância. Ele não é um cliente; Ele já se
encontra do lado certo.
Nunca lhe passou pela mente que a essência do testemunho (parte
importantíssima da evangelização) é apenas honestidade franca? Você é sal, quer
sinta isso, quer não. A Bíblia não ensina que o crente deve agir como sal, somente
declara que ele é sal. Você é luz. Deus realizou algo em sua vida. Não tente brilhar.
Permita que resplandeça a luz que Deus colocou ali.
44
uma armadilha que a levara a tomar uma decisão apressada. Sua angústia e
confusão perturbaram-me profundamente.
Alguém poderia argumentar que a conversão da jovem foi genuína e que sua
reacção subsequente foi inspirada por Satanás. Lembro-me de que naquela ocasião
adoptei esta opinião. Agora, porém, estou mais inclinado a pensar que sua
conversão foi psicológica e não espiritual.
Deixe-me definir meus termos.
Em certo sentido, toda conversão é psicológica. Toda conversão inclui uma
decisão e uma mudança de perspectiva. Ora, decisão e mudança de perspectiva
são fenómenos psicológicos. Mas, enquanto as alterações emocionais de uma
conversão espiritual resultam da acção de Deus, em uma conversão puramente
psicológica tais alterações resultam de uma técnica empregada ou de uma pressão
emocional. Não representam um milagre da graça.
Esta distinção começou a resplandecer em minha mente quando ouvi falar
sobre as técnicas de “doutrinamento” usadas pelos comunistas chineses, logo
depois da revolução na China. Eles organizavam grandes concentrações com
testemunhos pessoais, coros, oradores “dinâmicos”, apelos e obreiros pessoais —
tudo comunista. Imitação fraudulenta do diabo? Não exactamente. Pelo contrário,
era a maneira chinesa de empregar, aberta e deliberadamente, as técnicas que
alguns evangelistas (talvez de modo inconsciente) usam para obter convertidos.
Nossas mentes estão sujeitas a determinadas leis e, em grau limitado, estão
abertas a manipulações. Se, em uma multidão numerosa, me fizerem rir e,
depois, chorar; e, em seguida, rir e chorar novamente; e se, em adição a isso,
repetirem certas frases com insistência e, alternadamente, me falarem e me
consolarem, a minha mente, se eu não estiver vigilante, se tornará cada vez mais
flexível nas mãos daqueles que assim agem para comigo.
Poderei chegar a um ponto em que farão comigo o que desejarem. Meu juízo
perde a sua sensibilidade, minha consciência se inflama, minhas emoções fazem
tudo parecer diferente. Se, em tal condição, eu tomar a decisão que desejarem
que eu tome, não importando qual seja esta “decisão”, provavelmente
experimentarei alívio, alegria e paz. Este é um fenómeno psicológico bem
conhecido. As suas técnicas também são bastante conhecidas. Ainda que eu
permaneça alerta, talvez seja difícil resistir, pelo menos temporariamente.
A conversão espiritual autêntica é muito mais profunda. Possui uma dimensão
imaterial, não-psicológica. É acompanhada por uma alegria e uma paz mais do
45
que temporária. A conversão autêntica dá lugar à mansidão, à fome e sede de
justiça, à humildade de espírito e a todos os frutos da justiça.
Se você é um pregador do evangelho, compete-lhe saber o que está fazendo.
Tenha cuidado para não utilizar suas habilidades como pregador na realização de
psicoterapia colectiva. Lembre-se de que está colaborando com o Espírito Santo.
Você deve ter cautela em almejar grandes números de conversões, para que não
tente realizar a obra que compete ao Espírito Santo. Seu trabalho, como
pregador, consiste em explicar a Palavra de Deus, mostrando como ela se aplica.
A obra do Espírito Santo consiste em fazer a Palavra arraigar-se na consciência
do homem, a fim de que este permaneça sob o efeito da convicção. Portanto, não
brinque com a consciência do pecador, relatando-lhe histórias espantosas.
Permita que o Espírito Santo realize a convicção e desperte o temor. As histórias
servem para esclarecer pontos obscuros da mensagem, não para produzir calafrios
na congregação.
Isto significa que todas as técnicas de evangelismo estão erradas?
Não, não penso assim. É impossível fazer qualquer coisa sem alguma técnica.
Precisamos de técnicas para comunicar a verdade com clareza. Prefiro dizer que
as técnicas se tornam imorais quando, consciente ou inconscientemente, nós as
utilizamos para manusear a vontade, as emoções ou a consciência de outrem;
quando adquirem maior importância, em nossos pensamentos, do que o Espírito
de Deus; quando os resultados se tornam mais importantes do que as pessoas.
EMOÇÕES FALSAS
N
ão sou contra as emoções na pregação, e sim contra o emocionalismo. Não
me declaro contrário à persuasão fervorosa, e sim contra os truques
utilizados para levar um homem a mudar de opinião. Paulo pleiteava com
homens e mulheres, chorando enquanto os exortava. Uma atitude magnífica!
Porquanto o evangelho de Jesus Cristo não consiste de uma inexpressiva
proposição intelectual, e o destino de um homem impenitente não é uma questão
de simples interesse académico.
Por conseguinte, que haja lágrimas e não os
que “arrancam lágrimas”; que haja persuasão e
não as técnicas persuasivas. Em áreas não-
espirituais, quando tratamos sobre algo que nos
preocupa, lemos livros e manuais para aprender
46
técnicas persuasivas, a fim de levarmos os indivíduos a tomarem decisões. Porém,
na pregação, prefiro mais um pregador que chora e uma congregação de olhos
enxutos do que o contrário. O pregador tem algo a respeito do qual pode chorar.
Ele enxerga, ou deveria enxergar, como as pessoas realmente são, e sua tarefa
consiste em transmitir o que vê. E neste processo talvez não seja capaz de
controlar suas emoções.
O perigo das manipulações psicológicas não se limita às grandes concentrações
de pessoas. As técnicas de evangelismo pessoal podem ser igualmente perigosas.
Vocês já se encontraram com pessoas que lhes perguntaram: “Oh! Será que
passei pela experiência?” Ao questioná-las, vocês descobriram que elas haviam
“aceitado o Senhor”, quando algum evangelista pessoal excessivamente zeloso
apenas as pressionou demais. É verdade que alguns desses “convertidos” podem
ser pessoas regeneradas que estão se afastando do Senhor. Mas estou igualmente
certo de que a maioria destes casos resulta da “lavagem cerebral” evangelística
aplicada por certos “obreiros pessoais”.
Parte de nossa dificuldade se origina de nosso desespero em busca de
resultados. Os pastores que trabalham de “tempo integral” têm de provar que
estão labutando de tal modo que merecem seu salário. São obrigados a obter
resultados e se desesperam por desejarem ser bons agentes de vendas do seu
produto. Os que estudam para o ministério evangélico tentam provar seu
desempenho cristão (como alguns guerreiros índios provam sua masculinidade)
arrancando alguns escalpos.
Ora, os resultados nos deixam perplexos. Não estou dizendo que não devemos
ficar preocupados, quando as pessoas ao nosso redor não se deixam levar à
salvação. De fato, neste caso deveríamos ficar extremamente preocupados.
Entretanto, os resultados precisam ser genuínos, a fim de que tenham qualquer
valor. É a regeneração que torna o pecador apto para o céu, e não a manipulação
de uma conversão psicológica.
O que posso dizer sobre os motivos que tenho em mente, quando busco
resultados? Eles se originam de um sincero interesse pelo meu próximo?
Originam-se do amor de Cristo que me constrange? Anseio pela glória de Deus?
Ou simplesmente estou procurando comprovar algo?
47
Capitulo 8:
CRISTIANISMO DE CONSUMO VS CRISTIANISMO BÍBLICO.
QUAL FAZ PARTE DE SUA VIDA?!
Por: T. A. Mcmahon
48
CRISTIANISMO DE CONSUMO VS CRISTIANISMO BÍBLICO.
QUAL FAZ PARTE DE SUA VIDA?!
Por: T. A. Mcmahon14
O
que quero dizer com cristianismo de consumo? Em termos gerais, é qualquer
tentativa de construir o Reino de Deus ou edificar o cristão individual (ou
atrair o convertido potencial ao cristianismo) por meios e métodos que apelam à
carne – ou seja, o coração enganoso e egoísta do homem. O começo de tal
cristianismo consumista foi no jardim do Éden quando Satanás manipulou Eva
para que desobedecesse a Deus, deixando que ela cresse, no entanto, que estava
aperfeiçoando a si mesma (Génesis 3:1-6).
Especificamente relacionado com o que está acontecendo hoje em dia, o
cristianismo de consumo é um esforço para ajudar igrejas cristãs a crescerem em
tamanho e a se tornarem eficientes através da aplicação de princípios comerciais,
estratégias de marketing e conceitos de
gerenciamento. Esse é o empreendimento
mais popular do cristianismo actual, fato
bastante estranho, até mesmo preocupante,
para qualquer pessoa que tenha entendimento
de “consumismo” e “cristianismo”. Por quê?
Porque esses dois termos são antagónicos.
Consumismo, no senso de negócios, é um
conceito baseado em satisfação do freguês, a qual é a chave para qualquer
transacção comercial de sucesso. O produto ou serviço oferecido deve ser ajustado
aos desejos e necessidades expressas pelo freguês, ou não haverá lucro sustentável.
O freguês sempre tem razão, porque onde não há freguês, não há lucro e,
portanto, não há transacção comercial.
Deus reina no cristianismo bíblico. A Sua revelação para a humanidade são
“tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade” (II Pedro 1:3 NVI).
Cristianismo bíblico é simplesmente tudo o que a humanidade necessita saber
para ser reconciliada com Deus, para fazer a Sua vontade diariamente e para
viver com Ele por toda a eternidade. Não é uma estratégia de marketing e, de
fato, não tem nenhuma associação ao mundo de negócios e seus conceitos.
14
http://aluzdapalavrameditacao.blogspot.com/2011/06/cristianismo-de-consumo-x-
cristianismo.html
49
Qualquer tentativa de aperfeiçoar a prática do cristianismo bíblico através de
princípios comerciais está, no melhor dos casos, adicionando metodologias fúteis à
Palavra de Deus. No pior dos casos, tal tentativa rejeita a suficiência das
Escrituras em favor das obras da carne, apaga o Espírito Santo e sujeita aqueles
que assim procedem ao serviço do deus deste mundo, a serem enganados por ele
e, finalmente, a se tornarem seus escravos. De qualquer modo, leva à destruição
espiritual na igreja e tem consequências eternas.
O cristianismo de consumo está no centro do movimento de crescimento de
igrejas e seu efeito letal pode ser encontrado em todas as denominações (também
pseudocristãs). Muitas igrejas evangélicas têm se entregado de coração a uma
estratégia de marketing designada primeiramente a atrair os perdidos, que são
vistos como fregueses em potencial. À medida que os não-cristãos frequentam os
cultos e se misturam com os membros (novos e mais antigos), não se pode evitar
que o conceito de consumismo se espalhe por toda a congregação.
Inevitavelmente, isso afectará a pregação, a música, a Escola Dominical, as
programações, etc., o que, por sua vez, produzirá uma falta de profundidade
através da igreja inteira.
Frequentemente, as estratégias de marketing têm tido sucesso em adicionar
números a uma congregação. Dezenas de milhares de pastores nos EUA e
internacionalmente têm sido influenciados por ministérios altamente populares,
colocando em prática metodologias de marketing usadas por eles, visando ganhar
almas e aumentar o número de membros em suas igrejas. Será essa a maneira
bíblica de ganhar almas e efectivar o crescimento na igreja?
Para alguns cristãos bíblicos a resposta é obviamente “não!”, mas para um
número cada vez maior dos que proclamam ter a Bíblia como autoridade e fonte
totalmente suficiente da verdade de Deus, esse “não!” tem mudado para
“possivelmente... talvez...” ou “sejamos cuidadosos em não jogar fora o que é bom
junto com o que não tem valor”. Vejamos, portanto, se há algo de valor a ser
salvo em tudo isso.
O consumismo tem apoio nas Escrituras? Será que Deus formatou o Evangelho
para gratificar os desejos mundanos da humanidade? Existem certas coisas na
Bíblia que devem ser evitadas para que não assustem os que poderiam se
converter? Será que a Palavra de Deus reflecte uma preocupação de que as
pessoas possam tomar outro rumo se as necessidades que sentem não forem
saciadas? A Bíblia nos manda tornar a verdade mais aceitável ao oferecê-la aos
50
perdidos de uma forma diluída ou
usando entretenimento? Ainda se
trata do Evangelho que salva quando
a mensagem é alterada para agradar
ao paladar dos não-cristãos? Se
algum cristão acha que a resposta a
essas perguntas é “sim”, creio que o
pensamento do mundo já influenciou
profundamente seu entendimento
bíblico.
Certamente, os pastores e padres é que deveriam saber melhor. No entanto,
na maioria dos casos em que o consumismo afectou uma igreja, os pastores e
padres foram o instrumento em implementá-lo. Os pastores e padres aos quais
estou me referindo, e com os quais estou muito preocupado, são aqueles que se
consideram bíblicos, que sinceramente querem ver almas salvas e que
honestamente querem cumprir seu chamado e seu ministério de maneira
agradável a Deus. Como pode tal pastor de ovelhas e padres de seus filhos serem
atraídos para o cristianismo de consumo?
O processo frequentemente se desenvolve de forma sútil. Imaginemos que um
pastor ama os membros de sua igreja e quer que sejam felizes. Ele também quer
que cresçam espiritualmente e está sempre procurando meios pelos quais novas
ovelhas possam ser adicionadas ao rebanho. Quando conflitos acontecem e
expectativas de crescimento não se realizam, as soluções são frequentemente
procuradas com outros que tiveram sucesso nesses aspectos. Os remédios
recomendados quase sempre envolvem alguma forma de ajustamento.
Por exemplo, um conflito muito comum que existe hoje em dia é sobre os
diferentes gostos em música, o qual é usualmente resolvido estabelecendo-se cultos
separados – um com hinos tradicionais e outro com cânticos atuais. Como essa
solução parece satisfazer a maioria dos membros, muitos pastores sentem-se
encorajados a adicionar mais almas à sua igreja ao combinar a atracção da
música contemporânea com mensagens ao gosto do público (ou seja, atraentes e
que não o façam sentir-se ameaçado), apresentadas num culto casual e
conveniente de sábado à noite. Programas inovadores são, então, formulados para
sustentar o interesse desses membros em potencial e para motivar os membros
51
desinteressados e inactivos, com ênfase particular em actividades de
entretenimento para atrair jovens e mantê-los na congregação.
Alguns pastores me têm contado que, relutantemente, colectam ideias já
usadas pelo mundo para que possam competir com ele, de maneira a alcançar os
perdidos para salvá-los do mundo. Eles estão cientes da ironia desse método, mas
argumentam que é o único jeito de não ter que ficar pregando para bancos vazios.
A propósito, a pregação é frequentemente diminuída e suplementada por visuais,
produções musicais e teatrais.
Esse é um caminho que, embora pareça inofensivo a princípio, leva ao
caminho largo do cristianismo de consumo. Apesar de simpatizarmos com
pastores que se sentem compelidos (alguns até coagidos pela própria igreja) a
descer até esse caminho, a verdade é que ele é pavimentado com meios-termos
bíblicos e leva a um beco espiritual sem saída.
Essa metodologia para o crescimento da igreja não é algo novo na
cristandade. Trata-se de uma forma crónica de fazer as coisas do jeito do homem
ao invés de seguir o modo de Deus. O imperador Constantino, que viveu no século
IV, ainda está para ser igualado em suas estratégias de sucesso para o
“crescimento da igreja”. Ele professou ter se tornado cristão e induziu a metade
do Império Romano a fazer o mesmo. Essa era de compromissos assumidos pelo
imperador (que intitulou a si mesmo “Vigário de Cristo” e “Bispo dos Bispos”) de
modo a atrair novos convertidos é caracterizada por Will Durant como um tempo
em que “o mundo se converteu ao cristianismo”. Outro historiador escreveu: “Ao
invés de ser uma fonte de melhorias (em relação às perseguições que os cristãos
sofriam antes), essa aliança (política) foi uma fonte de ‘maior perigo e tentação’...
Enchendo as igrejas indiscriminadamente com pagãos... simplesmente acabou com
as claras demarcações morais que separavam a ‘igreja’ do ‘mundo’.”
Um milénio mais tarde, “Martim Lutero encontrou uma Roma pagã
totalmente entregue ao dinheiro, à luxúria e a males semelhantes”, escreve Edwin
Booth. Ele se “espantou e não conseguiu compreender o porquê disso”. O grito de
guerra da Reforma foi “Sola Scriptura!” e, apesar desse lema não ter sido seguido
totalmente, a Palavra de Deus e Seu caminho foram restaurados como
autoridade e regra de vida para milhares de pessoas enganadas pela acomodação
devastadora que se abatera sobre a Igreja Católica Romana.
O cristianismo de consumo nunca foi uma prática de um lado só. É necessário
que haja um ofertante e um receptor. Tetzel, um monge dominicano do século
52
XVI, famoso vendedor de indulgências, foi um grande manipulador. Ainda assim,
seu trabalho foi facilitado por “indulgir” a natureza egocêntrica dos seus fregueses
católicos. Tanto ricos quanto pobres estavam dispostos a pagar qualquer coisa
para evitar as chamas do inferno e o purgatório.
O protestantismo tem tido sua quota de exploradores espirituais e de
consumidores a serem explorados. Da mesma maneira que a “campanha de
levantamento de fundos” de Tetzel foi fundamental para a construção da Basílica
de São Pedro em Roma, os evangelistas de “saúde e prosperidade” do século XX
(muitos continuando do mesmo jeito actualmente) ajudaram a transformar a
Trinity Broadcasting Network (canal de TV nos EUA) na maior rede televisiva
religiosa do mundo. Distorcendo a doutrina bíblica da fé e tornando-a em uma
força que qualquer pessoa pode usar para obter poder e cura, esses espertalhões
ajuntaram fortunas às custas de pessoas biblicamente fracas e iletradas, como
também daqueles cujo “deus é o estômago e (...) têm orgulho do que é vergonhoso;
só pensam nas coisas terrenas.” (Filipenses 3:19 NVI).
Durante os últimos quinze anos, os mais susceptíveis às maquinações de
charlatães religiosos eram crentes professos que tinham mais afinidade com
experiências do que com a sã doutrina. Eles se achavam usualmente entre os
pentecostais e carismáticos. Crentes mais cuidadosos, cientes da doutrina,
pareciam estar imunes a ideias como a da “Semente de Fé” de Oral Roberts, ou
aos shows blasfemos de “Poder do Espírito Santo” de Benny Hinn, dois líderes
entre muitos que promovem a linha de “sinais e maravilhas”.
Contudo, a credulidade espiritual agora achou solo fértil – ou melhor, um
charco profundo – entre aqueles que tradicionalmente se ativeram ao
discernimento bíblico. Apesar das metodologias sedutoras serem um pouco
diferentes, as bases para o engano espiritual efectivo são as mesmas: nenhum
cristão, evangélico ou não, está imune a “tudo o que há no mundo a cobiça da
carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens” (I João 2:16 NVI). Além do
53
mais, a única protecção contra tal engano – a leitura e a obediência à Palavra de
Deus no poder do Espírito Santo – está sendo sistematicamente diluída por toda
a igreja evangélica.
A
História da Igreja tem demonstrado a necessidade de se aderir à Palavra de
Deus e quando isto acontece o resultado pode ser visto em santidade e frutos.
Quando o cristianismo bíblico é adulterado (por adicionar-se métodos de
homens), ou completamente abandonado, as distorções religiosas dos homens
prevalecem, levando a Igreja a uma cegueira e anemia espiritual: “Há caminho
que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte” (Provérbios 14:12
NVI). Existe uma correlação entre o nível de apoio nas Escrituras que uma igreja
demonstra e sua aceitação de práticas e crenças heréticas. À medida que uma
igreja se esvazia de entendimento bíblico, a habilidade de seus membros de
discernirem falsas doutrinas torna-se praticamente nula.
O efeito mais perigoso do cristianismo de consumo é o que ele faz da
apresentação do Evangelho da Salvação, a única esperança que as pessoas têm de
se reconciliar com Deus. No cristianismo de consumo ouve-se uma propaganda
subtil, mostrando todas as coisas que Deus oferece à humanidade: “Ele nos ama
tanto que deseja que passemos toda a Eternidade com Ele, a humanidade é muito
importante e de valor infinito”. Isso torna-se a razão do sacrifício de Cristo na
cruz. A essa mistura de verdades e distorções voltadas para o ego, adiciona-se
uma breve “oração de conversão” que deve ser repetida por aqueles que foram
persuadidos a aceitar a oferta sedutora. Esse método tornou-se tão comum que é
até difícil para alguns cristãos reconhecerem que há algum problema com ele, sem
falar em discernirem quão duvidoso é se as pessoas alcançadas foram realmente
salvas.
Como? Comecemos por alguém que foi genuinamente salvo e vamos examinar
a situação a partir daí. Qualquer pessoa que é nascida de novo pelo Espírito de
Deus tem um coração novo, cheio de amor genuíno por Deus e pelos outros, como
também pela Palavra. Ele ou ela é uma nova criatura e, ainda que não seja
perfeita, dentro dela existe um coração que deseja agradar a Deus mais do que a
si mesma.
Um exemplo específico é encontrado em Lucas 7:36-50, envolvendo uma
mulher de má reputação que entrou na casa de Simão, o fariseu, por quem Jesus
54
tinha sido convidado. Ela lavou os pés dele com suas lágrimas, secou-os com os
seus cabelos e beijou-os repetidamente. Jesus declarou que ela amou muito porque
muito lhe fora perdoado.
Essa passagem nos mostra como é essencial a convicção de pecado quando
alguém vem a Cristo. Os fariseus, cheios de si e virtuosos aos seus próprios olhos,
tinham pouca ou nenhuma convicção de pecado, portanto, não procuravam
perdão. A mulher, pelo contrário, não pensou em si mesma, ou no desprezo dos
convidados daquele jantar. Sua gratidão a Jesus, por ter lavado os seus pecados, a
compeliu a morrer para si mesma e a viver para Ele.
O evangelho de acordo com o cristianismo de consumo, por outro lado, tem
que apelar para o ego, colocando a ênfase em coisas (verdadeiras ou distorcidas)
que vêm ao encontro das necessidades expressas dos perdidos. Isso restringe
seriamente quase todas as doutrinas bíblicas que possam trazer convicção de
pecado. Qual é o problema? É que Jesus veio salvar os pecadores, não os
consumidores.
Fonte: Chamada
Renê Terra Nova, consagrado Patriarca, irá ungir 1000 Apóstolos no próximo
dia 12 de Junho. E eu me pergunto: qual será o próximo título a ser pleiteado?!
Isto é bíblico?! Meditemos já!15
“Devemos, cada vez mais, atentar ao que nos diz a Palavra de Deus” Márcia
Cruz
Ano passado, em 19 de Junho de 2010, o apóstolo René Terra Nova, do
Ministério Internacional da Restauração (MIR), foi reconhecido publicamente,
diante de sua igreja, em Manaus, como patriarca, título dado a Abraão, Isaque,
Jacó e até mesmo ao rei Davi, como vemos em At. 2.29.
Este versículo, porém, está dentro do contexto da passagem na qual o
Apóstolo Pedro explica ao povo o momento do dia de Pentecostes e deixa claro
que o rei Davi estava morto, e seu túmulo permanecia entre eles, mas quanto a
Jesus, era o descendente que Davi, também como profeta, sabia que viria de sua
descendência e que seria ressurrecto, pois seu corpo não seria deixado na morte,
nem experimentaria corrupção (At. 2.14-36).
15
http://aluzdapalavrameditacao.blogspot.com/2011/06/rene-terra-nova-consagrado-
patriarca.html
55
A beleza e a grandeza da nova aliança, na qual herdarmos em Cristo Jesus a
ressurreição e a vida eterna em comunhão com o Pai, estão no plano de Deus
desde quando Ele deu a sentença na queda do homem, em Gn. 3.15, na sua
aliança feita com Abraão e na vinda do descendente da promessa: Jesus!
Na vida de Jesus, o Emanuel, "Deus connosco"... no seu ministério... no seu
exemplo... nas suas atitudes... no seu amor... na sua misericórdia... e também na
sua autoridade... mas, principalmente, na sua obediência ao Pai, sem a qual Ele
não teria cumprido o que estava escrito, nem tampouco teria passado pela
humilhação de ser julgado e condenado injustamente... surrado... cuspido...
humilhado... traído... abandonado...
Sem a sua grandeza de espírito, despida de vaidade de títulos e de honrarias
humanas e riquezas materiais, corrompidas por satanás e sua trupe, Jesus não
teria ido até a crucificação... não teria passado por tudo aquilo... não teria...
Só que a morte de Jesus seria necessária, porque onde há testamento, é
necessário que intervenha a morte do testador, pois de maneira nenhuma tem
força de lei enquanto vive o testador (Hb 9.16). E o testador é Jesus Cristo! É
através dele, o descendente que feriu a cabeça da serpente e que é o descendente
da promessa feita a Abraão, que nos tornamos herdeiros do reino de Deus.
Somente através dele chegamos ao Pai. Não há outro caminho... Nem outro
Mediador!
Não importa o que os homens nos digam, mas o que a Bíblia nos diz. E ela nos
mostra que somos herdeiros de Jesus através da promessa feita por Deus
a Abraão, este sim, patriarca da aliança da qual nos interessa fazer parte. O resto
é resto! É vaidade. É engodo. É anátema!
"Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratifica-
da, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa. Ora, as promessas foram
feitas a Abrãao e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se
falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo. E
digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio 430
depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa. Porque,
se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa
que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.
Qual, pois a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões,
até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por
56
meio de anjos, pela mão de um mediador. Ora, o mediador não é de um, mas
Deus é um.
E, porventura, a lei contraria às promessas de Deus? De modo nenhum!
Porque se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade,
seria procedente da lei. Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que,
mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem."
(Gálatas 3.15-22)
O
que a Palavra nos diz é que existe uma promessa, da qual são herdeiros os
filhos da fé, e que esta promessa foi concedida ao patriarca Abraão.
Realmente fico preocupada quando vejo líderes assumindo cargos de
patriarcas. E eu me pergunto: onde a vaidade os levará?! Qual o próximo título a
ser pleiteado?! E, o mais importante: isto é bíblico?!
Jesus disse que no reino de Deus é diferente! Quem quiser ser maior faça-se
menor!
Estão indo na contramão do que disse
Jesus!!!
Será que não percebem isto?!
Agora, no próximo dia 12 de Junho, Renê
Terra Nova, chamado de patriarca pelos seus
seguidores, irá ungir 1000 apóstolos durante o
14° Congresso Internacional da Visão Celular no
Modelo dos 12. "O dia 19 de Junho ficará na história! 1000 Apóstolos serão
ungidos! Fecharemos um ciclo para dar início a um novo tempo... E, para isso,
estaremos capacitando os que serão ungidos para o tempo da maturidade que
será estabelecido sobre eles", diz Terra Nova16.
A Palavra de Deus diz que a quem mais é dado, mais será cobrado. Vejo
pessoas querendo títulos e cargos no Corpo de Cristo, mas sem o devido
entendimento da responsabilidade espiritual que estes cargos lhes trazem.
Vejo líderes brigando por seus próprios reinos, no caso, seus ministérios...
Como se fossem donos de alguma coisa... Como se, por acaso, suas vidas não
16
http://servosembelem.blogspot.com/2011/06/patriarca-rene-terra-nova-ungira-
mil.html
57
pudessem ser ceifadas a qualquer momento e despreocupadas em relação ao juízo
final, quando se colocarem diante do Pai e prestarem conta dos seus actos e
forem julgados pela Palavra de Deus, deixada aqui na terra, escrita, para ser lida
e manuseada, vivida, meditada dia e noite... escrita em nossos corações!...
J
esus disse: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem
crer e for baptizado será salvo; quem não crer será condenado. Estes sinais
hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demónios;
falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão
curados". (Mc 16.16-18). E hoje vejo pessoas achando que precisam de cargos
para ter estes sinais em suas vidas. Não! Jesus disse que estes sinais seguirão aos
que crêem. Você crê? Estes sinais te seguem? Se não, repense sua fé!
É A PALAVRA DE DEUS SE CUMPRINDO.
Eu sei que todos estes problemas que vivenciamos é a Palavra de Deus se
cumprindo. Como está escrito em Mt 24.3-14. Muitos hão de se escandalizar,
trair e odiar uns aos outros... Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão
a muitos... E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos...
Aquele, porém, que perseverar até o fim, será salvo.
Por isso eu rogo, meus irmãos, que estejamos
mais ligados a Cristo e menos aos homens.
Que sigamos mais a Palavra de Deus e
menos a doutrinas de homens. Os tempos do
fim estão próximos... já vivemos princípios de
dores... é tempo, mais que nunca, de
vigiarmos e orarmos, e de termos temor a
Deus... respeito à sua Palavra e a sua
autoridade suprema e eterna.
É tempo, meus irmãos, de deixarmos, verdadeiramente, Cristo viver em nós. E
isto significa abri mão de nossos sonhos e vontades humanas e de nos ligarmos ao
plano maior do nosso Pai... se estamos no Espírito, vivamos no Espírito... e
estejamos em obediência ao Pai e em unidade com Cristo, porque sem Ele nada
podemos fazer. Nada!
FICO COM O QUE NOS DISSE JESUS
58
Quanto a estes títulos de patriarca, que daqui a pouco estarão pipocando em
diversos ministérios, fico com o que nos disse Jesus em Mt 23.9: "A NINGUÉM
SOBRE A TERRA CHAMEIS VOSSO PAI; PORQUE SÓ UM É VOSSO PAI,
AQUELE QUE ESTÁ NOS CÉUS."
Para encerrar, deixo um texto da Palavra de Deus, para meditação, em Mt
23.1-33.
"Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés, se
assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos
disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem.
Atam fardos pesados (e difíceis de carregar) e os põem sobre os ombros dos
homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam,
porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam
os seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos
banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o
serem chamados mestres pelos homens.
Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós
todos sois irmãos.
A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que
está nos céus.
Nem sereis chamados guias, porque só um é vosso Guia, o Cristo.
Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será
humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante
dos homens; pois não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!
[Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e,
para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!]
ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para
59
fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do
que vós!
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas, se
alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou! Insensatos e
cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro? E dizeis:
Quem jurar pelo altar, isso é nada, quem, porém, jurar pela oferta que está sobre
o altar fica obrigado pelo que jurou. Cegos! Pois qual é maior: a oferta ou o altar
que santifica a oferta? Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo o
que sobre ele está. Quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele
habita; e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nos trono
está assentado.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei:
a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir
aquelas! Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do
prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança! Fariseu
cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique
limpo!
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros
caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos
de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos
aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque edificais os sepulcros dos profetas,
adornais os túmulos dos justos e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos
pais, não teríamos tido seus cúmplices no sangue dos profetas! Assim, contra vós
mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a
medida de vossos pais. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da
condenação do inferno?"
60
com as ovelhas que, no final das contas, não são suas, mas do verdadeiro Pastor,
Jesus, o Rei dos reis, Senhor dos senhores, príncipe da paz, o alfa e o ómega, o
princípio e o fim.
Aquele que tem a espada afiada de dois gumes, o Filho de Deus, que tem os olhos
como chama de fogo e os pés semelhantes ao bronze polido... o que tem os sete
Espíritos de Deus e as sete estrelas... o santo, o verdadeiro, o que tem a chave de
Davi... o Amém... a testemunha fiel e verdadeira... o princípio da criação de Deus...
o Verbo que se fez carne e habitou entre nós... o Cordeiro de Deus que tirou o
pecado do mundo e que é digno de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e
força, e honra, e glória, e louvor... o primeiro e o único! A raiz e a geração de
Davi... a brilhante Estrela da manhã!...
Liguemo-nos a Jesus e agarremos nossa
salvação, nos dada por Deus por meio da graça Escolher onde congregar
concedida através de Jesus Cristo (um virou um labirinto confuso?!
presente imerecido!) e tenhamos zelo pelo Então medite nesta palavra
nosso maior tesouro: o retorno ao Pai! Isto abençoada do Pr. Ebeneser
sim, é o que nos importa... e não cargos... e não Nogueira.
reinos na terra... e não a vaidade... e não as
concupiscências da carne... e não as honras humanas... Amém.
marciacruz@aluzdapalavra.com.br - marciacruzsrosa@hotmail.com
61
Capitulo 9:
PORQUE MUITOS ESTÃO DECEPCIONADO COM A IGREJA
Por Ebeneser Nogueira
62
POR QUE MUITOS ESTÃO DECEPCIONADOS COM A IGREJA?17
Por Ebeneser Nogueira
17
http://aluzdapalavrameditacao.blogspot.com/2011/05/por-que-muitos-estao-
decepcionados-com.html
63
não estão encontrando lá dentro o que elas mais precisam: perdão, apoio,
compreensão, empatia, profundidade, amor, lealdade e respeito.
Não estou querendo defender a ideia utópica de se ter uma igreja perfeita na
terra. Concordo com Kelsey que a igreja é um hospital para pecadores. No
entanto, não devemos permitir que ela assuma a forma de um clube farisaico. O
chamado da igreja não é para excluir pecadores e catalogar pecados, e sim incluir
outros pecadores e perdoar os pecados. É ser promotora da cura e da
reconciliação.
A igreja primitiva caiu na simpatia do povo porque se dispôs a repartir o pão,
abrir as casas; compartilhar da vida em comum. Talvez o pecado da igreja hoje
seja comportar-se mais como empresa da fé do que como família da fé. Ao invés
de apresentar Cristo ao pecador, está mais interessada em divulgar seus produtos
e vender suas bênçãos e indulgências pós-modernas.
A importância dada aos visitantes e a maneira que são tratados diferencia a
Igreja de Cristo dos demais clubes religiosos. Cristo nunca rejeitaria ou trataria
com indiferença, um pecador, nem esboçaria a menor reacção de preconceito a
quem quer que fosse. As crianças eram abençoadas uma a uma em seu colo
amoroso, pecadores despedidos em paz sem lições de moral, famintos
alimentados, oprimidos libertos e todos, sem excepção, amados.
Não se conforme apenas em ser membro de alguma igreja. Deus te convida para
ser igreja e fazer diferença!
Fonte: Ebeneser Nogueira em Pedra de Ajuda
64