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Finanças Sustentáveis:

“As finanças sustentáveis são entendidas como finanças destinadas a apoiar o crescimento
económico, reduzindo simultaneamente as pressões sobre o ambiente e considerando os
aspetos sociais e de governação.”

O principal objetivo das finanças sustentáveis é promover o desenvolvimento económico de


longo prazo, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade ambiental e o bem-
estar social.

Objetivos:

 Integração de Critérios ESG;


 Promoção de Investimentos Verdes;
 Desenvolvimento de Produtos Financeiros Sustentáveis;
 Avaliação de Riscos Climáticos;
 Transparência e Relato Sustentável;
 Inclusão Financeira e Social;
 Envolvimento e Regulamentação;
 Eficiência nos Recursos;
 Responsabilidade Corporativa;
 Desenvolvimento de Talentos Sustentáveis

Desafios:
 Falta de Transparência e Informação
 Riscos Financeiros e Sustentáveis
 Falta de Educação Financeira Sustentáveis
 Desafios Regulamentares

O financiamento sustentável, vulgarmente chamado de financiamento verde, é um dos


pilares do plano de ação europeu para o crescimento sustentável, que vai permitir criar
condições para apoiar as empresas e a economia no seu esforço de convergência para a
sustentabilidade.

Do sistema financeiro espera-se o redireccionamento dos fluxos de capital para


investimentos alinhados com os requisitos ESG em matéria de desenvolvimento
sustentável, uma adequada gestão de riscos, e uma postura de transparência, que
salvaguarde interesses de investidores nas suas decisões de investir em sustentabilidade.

Finanças sustentáveis referem-se a práticas financeiras que incorporam considerações


ambientais, sociais e de governança. Essa abordagem visa alinhar os investimentos e
decisões financeiras com critérios que promovam o bem-estar a longo prazo da sociedade
e do meio ambiente.

O financiamento verde, por sua vez, concentra-se especificamente em canalizar recursos


financeiros para projetos e iniciativas que promovam a sustentabilidade ambiental. Esses
fundos são destinados a setores como energias renováveis, eficiência energética,
transporte sustentável e preservação da biodiversidade.

os bancos terão, de acordo com a regulamentação em vigor, a partir deste ano (2024), a
obrigatoriedade de divulgar informação qualitativa e quantitativa sobre as suas práticas e
gestão de riscos a que a sua atividade está exposta em matéria de ESG. (as grandes
empresas são as primeiras a serem visadas nesta nova legislação)

Pequenas empresas: A falta de recursos financeiros e técnicos pode dificultar a


implementação de medidas sustentáveis e a recolha de dados necessários para relatórios
ambientais precisos. Podem encontrar maneiras criativas de reduzir sua pegada de
carbono, adotar práticas mais eficientes e, ao mesmo tempo, criar valor para os
stakeholders.

Desvantagens do financiamento verde:

 Falta de Padrões e Definições Claras


 Mensuração de Impacto Ambiental
 Falta de Consciência e Educação Financeira
 Custos Iniciais Elevados
 Incerteza Política e Regulatória
 Liquidez e Falta de Produtos Financeiros
 Desafios na Implementação de Projetos Sustentáveis
 Falta de Cooperação Internacional

Vantagens do financiamento verde:

 Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa


 Estímulo à Inovação Tecnológica
 Resiliência Climática e Adaptação
 Aumento da Conscientização e Envolvimento Social
 Rentabilidade a Longo Prazo
 Redução de Riscos Financeiros
 Estímulo ao Desenvolvimento Sustentável em Países em Desenvolvimento

Quadro regulatório europeu para a sustentabilidade:

No quadro da sua estratégia de financiamento sustentável, e em linha com os


compromissos da Agenda 2030 das Nações Unidas, a UE tem vindo a aprovar um conjunto
de diretivas e regulamentos, que constituem a moldura legal do processo de transição para
um modelo económico de crescimento baseado nos objetivos da sustentabilidade

Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis: Conhecido pela sigla inglesa SFDR


(Sustainable Finance Disclosure Regulation), o Regulamento UE 2019/2088 do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 27 de novembro de 2019, é um dos diplomas mais relevantes
no âmbito da estratégia europeia de financiamento sustentável

Dirigido a todos os agentes ligados ao setor financeiro, o diploma visa garantir uma maior
transparência em matéria de divulgação de informação relacionada com produtos ou
ativos financeiros, que passam a ser classificados em função dos riscos e impactos que
comportam em matéria de sustentabilidade. Neste momento, para rotular um produto
como sustentável ou garantir que cumpre critérios ESG (requisitos indexados ao nível de
responsabilidade ambiental, social, e de ética na governação) é preciso comprová-lo.

Taxonomia Ambiental: O Regulamento relativo à Taxonomia Ambiental, ou taxonomia


verde (Regulamento UE 2020/852), em vigor desde 12 de julho de 2020, é outra das peças
chave, que integra o pacote legislativo associado às finanças sustentáveis. O diploma cria
um sistema de classificação comum, que permite identificar as atividades económicas
consideradas ambientalmente sustentáveis, com contributos ativos para o Pacto Ecológico
Europeu e para as metas da neutralidade carbónica.

Para cumprir o critério de ambientalmente responsável, uma atividade deverá contribuir


para pelo menos um dos 6 objetivos ambientais definidos pela Taxonomia,
designadamente:

 Mitigação das alterações climáticas


 Adaptação às alterações climáticas
 Utilização sustentável e proteção dos recursos hídricos e marinhos
 Transição para uma economia circular
 Prevenção e controlo da poluição
 Proteção e restauro da biodiversidade e dos ecossistemas

Para além de contribuir para pelo menos um destes seis objetivos ambientais elencados
anteriormente, a Taxonomia determina que uma atividade para ser sustentável deverá ainda
cumprir como critério adicional o facto de não prejudicar significativamente nenhum dos
restantes objetivos (conceito conhecido por ‘DNSH’, na sigla inglesa), e assegurar as
salvaguardas sociais mínimas, em termos de direitos humanos e do trabalho. Adicionalmente,
deverá ainda ser assegurada a conformidade das atividades com os critérios técnicos em
preparação pelo Grupo de Peritos Técnicos da UE, e formalmente divulgados sob a forma de
Atos Delegados.
Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativa: Vulgarmente conhecida pela sigla
inglesa CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive), trata-se da nova diretiva, que
define as regras relativas ao reporte de informação sobre indicadores de desempenho das
empresas em matéria de sustentabilidade (Diretiva UE 2022/2464). Adotada formalmente pela
UE a 28 de novembro de 2022, veio substituir a anterior Diretiva de Reporte de Informação
Não-Financeira, a NFRD (Non-Financial Reporting Directive), transposta para a legislação
nacional através do Decreto-Lei n.º 89/2017. Entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2024,
com base em informação relativa ao exercício de 2023. Até lá, são aplicáveis os termos da
anterior diretiva.
A rentabilidade pode ser definida como o potencial de obter retornos financeiros positivos a
partir de um investimento. É um aspeto crucial para os investidores, pois está diretamente
ligada ao crescimento do capital. O risco representa a probabilidade de perdas financeiras ou
resultados desfavoráveis decorrentes de flutuações nos preços dos ativos, condições
económicas adversas ou outros eventos imprevisíveis.

Ativos com maior potencial de retorno tendem a ser associados a níveis mais elevados de risco.
Títulos de rendimento fixo, como títulos do governo, tendem a oferecer retornos mais estáveis,
mas geralmente apresentam taxas de juros mais baixas em comparação com investimentos em
ações, que têm o potencial de oferecer retornos significativamente maiores, mas também são
mais suscetíveis a oscilações no mercado.

O risco sistemático, também conhecido como risco não diversificável, é uma forma de risco
financeiro que afeta todo o mercado ou uma parte significativa dele, em vez de ser específico
de uma única empresa, setor ou investimento. Esse tipo de risco está associado a fatores
macroeconómicos, políticos e outros eventos amplos que podem afetar a economia como um
todo ou setores específicos de maneira similar. Ele não pode ser eliminado por meio da
diversificação de carteira, pois afeta todos os ativos em um mercado.

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