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MARIA TAMIRIS

KAREN SOPHIA
RAFAEL LEANDRO
VICTOR FELICIANO
JAMILY DAVID

DISPOSITIVO EXTRATOR DE TRÊS PERNAS

MACEIÓ – AL
MAIO, 2023
DISPOSITIVO EXTRATOR DE 3 PERNAS GRUPO 04

MARIA TAMIRIS
KAREN SOPHIA
RAFAEL LEANDRO
VICTOR FELICIANO
JAMILY DAVID

DISPOSITIVO EXTRATOR DE 3 PERNAS

Projeto Mecânico apresentado com a


finalidade de obtenção de conceito
avaliativo na disciplina Projeto
Mecânico (PRME) do 4º ano do Curso
Integrado de Mecânica do Campus
Maceió do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de
Alagoas.

Orientador: Profº. Sandro Beltrão

MACEIÓ – AL
MAIO, 2023
DISPOSITIVO EXTRATOR DE 3 PERNAS GRUPO 04

SUMÁRIO

Pág

1. APRESENTAÇÃO 4

2. JUSTIFICATIVA 5

3. OBJETIVO 6

4. ESCOPO
4.1. Pesquisa de Mercado (marketing contínuo)
4.2. Concepção da Idéia
4.3. Histórico / Fundamentação Teórica
4.4. Dispositivo, Mecanismo, Sistema Idealizado
4.5. Partes Constituintes
4.6. Dimensionamento
4.6.1. Memorial de Cálculo
4.6.2. Materiais
4.6.3. Design e Aspectos Ergonômicos
4.7. Processos de Fabricação
4.8. PERT/CPM da Produção
4.9. Recursos Aplicáveis
4.9.1. Mão-de-Obra
4.9.2. Materiais
4.9.3. Ferramentais, Dispositivos Especiais, Guindaste,
Contratação Externa, etc
4.10. Custos de Produção
4.11. Aspectos Mercadológicos
4.11.1. Formas de Disponibilização / Comercialização do Produto
para o Mercado
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4.11.2. Marketing de consumo (propaganda)

4.12. Aspectos Mercadológicos


4.12.1. Formas de Disponibilização / Comercialização do Produto para
o Mercado
4.12.2. Marketing de consumo (propaganda)

4.13. Resultados Esperados


4.13.1. Formas de Aferição da Aceitação do Produto pelo Mercado
Consumidor
4.13.2. Formas de Aferição dos Lucros

5. CONCLUSÃO

6. FONTES DE CONSULTA
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1. APRESENTAÇÃO

Ao longo do tempo, a necessidade humana tem-se traduzido na criação


de alternativas que, dentre outras coisas, facilite a sua adaptação ao meio em
que vive.
No ambiente de trabalho não é diferente. Seja através de pesquisas
acadêmicas ou de inventos não acadêmicos, o homem tem buscado soluções
que possibilitem facilitar, reduzir o tempo e a melhorar a segurança na realização
do trabalho.
Desta forma, este projeto apresenta um dispositivo mecânico idealizado
com a finalidade de facilitar a remoção de polias, engrenagens e rolamentos de
máquinas e equipamentos, a partir de um tipo de gancho, composto por um
fuso central, com uma rosca, e garras.

A ideia foi precedida de um minucioso estudo de mercado:


− identificou-se a demanda regional para a utilização do extrator de 3 pernas;
− verificou-se a capacidade produtiva industrial em relação a produção do
extrator de 3 pernas;
− verificou-se a capacidade produtiva industrial em relação a produção do
extrator de 3 pernas;
− questionou-se a necessidade do aumento da manutenção em relação a
remoção de componentes fixados e montados aos eixos;
− levantou-se o potencial mercadológico para compra da ferramenta extrator.

Em decorrência do promissor mercado consumidor, orienta este projeto o


protótipo desta ferramenta, o seu dimensionamento material e físico, as etapas
da sua produção, a aplicação dos recursos fabris, os custos envolvidos neste
processo, os aspectos de comercialização e a aceitabilidade do mercado
consumidor.
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2. JUSTIFICATIVA

Estrategicamente, a criação da ferramenta proposta neste projeto é


justificada pela necessidade de se agilizar e aperfeiçoar o método de extração
de polias, engrenagens ou rolamentos de eixos sem que ocorra danos à este ou
à peça.

Ao longo do tempo observou-se a dificuldade de extrair tais elementos de


forma manual, sem a devida ferramenta, incorrendo-se em danos causados à
peça.

Efeitos dessa natureza, diga-se de passagem indesejáveis, associados à


perda de tempo, além de comprometerem a velocidade de produção, trazem um
acréscimo considerável aos custos ao processo produtivo, acrescendo ao valor
do produto final e dificultando a sua competitividade frente ao mercado
consumidor.

Considerando-se a necessidade por soluções que eliminem este


desperdício e os gastos decorrentes das perdas, buscou-se a idealização de
uma ferramenta que, seguramente, pudesse conjugar a precisão e o melhor
aproveitamento da mão-de-obra no momento de extrair polias, engrenagens e
rolamentos de peças, no caso, “o extrator de três pernas, objeto deste projeto
mecânico”.

3. OBJETIVO

Considerando a necessidade de se eliminar os problemas de retirar


alguns elementos de máquinas como polias, rolamentos e engrenagens, mas
em elementos com resistência menor este projeto apresenta um dispositivo
para:

− Auxílio para a retirada dos elementos de máquinas para uma manutenção.


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– evitar danos aos matérias mais frágeis com retiradas de formas erradas.
Aumentando a área de contato com uma perna a mais do que o de 2 pernas .

– garantir uma retirada segura do elemento de máquina retirado.

Em um equipamento com uma operação adequada para o elemento de


máquina com o material mais frágil, terá o material preservado, a retirada
garantida e a produtividade aumentada.

Em decorrência, os custos com os danos e a manutenção estarão


reduzidos e a produtividade aumentada resultando em um maior lucro com as
máquinas operando corretamente.

4. ESCOPO

4.1. Pesquisa de Mercado

Tomando-se por base o ferramental disponível no segmento metal-


mecânico e considerando-se a constante mutação do mercado consumidor,
torna-se imprescindível à comercialização de novos produtos, pesquisas de
mercado com fins identificar as necessidades existentes.
Esse projeto foi desenvolvido com o objetivo de criar um produto de
agarrar e segurar peças redondas que não têm pontos de apoio. Já que
diversas indústrias e empresas passam por problemas, como, por falta de
produto eficaz e por funcionários se colocarem em risco de aplicar ou retirar
algum objeto cilíndrico.

Esse invento se chama Extrator de três Pernas, tem a finalidade de remover


peças cilíndricas que estejam conectadas ao eixo com folga e com transmissão
sendo feita por uma conexão chavetada. Essas peças cilíndricas seriam
com polias rodas dentadas e similares.
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O resultado deste esforço traduziu-se no invento de um dispositivo


que possibilite a desmontagem e montagem de rolamentos e polias com
eficiência, em substituição à manufatura na remoção dos rolamentos e polias,
com grau de precisão em conformidade com as exigências do mercado.

4.2. Concepção da Ideia

O idéia do “dispositivo extrator de três pernas” foi concebida pelo


grupamento de técnicos da área de mecânica de manutenção industrial do
Instituto Federal de Alagoas (IFAL).
A princípio observou que, para a remoção de rolamentos e polias
não se tinha uma ferramenta própria, somente era possíveis retirar os rolamentos
e polias dos eixos utilizando martelo o que poderia causar danos a peça.
Idealizou-se, portanto, um conjunto mecânico articulado, concebido
para ser encaixado/fixos nos rolamentos ou polias, que deverá servir, para
remover os mesmos sem danificar as peças, com as suas três garras/penas que
são fixadas na peça é realizado um movimento de rotação do fuso central assim
extraindo o rolamento ou Polia do eixo.
Há que se salientar que a dispositivos extrator com menos de três
pernas.

4.3. Histórico e Fundamentação Teórica

A ferramenta é uma das provas de que o homem iniciou a sua


evolução há pelo menos dois milhões de anos. No ano de 1959 foram
encontradas na África ferramentas de um milhão e setecentos milhões de anos
atrás. São martelos e choppers (instrumento de corte) que comprovam a
existência de uma técnica já em desenvolvimento.
As ferramentas do longo período que se chama Paleolítico (Idade
da Pedra) eram feitas de sílex, um tipo de pedra que era retirado de grandes
bancos rochosos, através de picaretas feitas com chifre de veado. Os blocos de
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pedra retirados eram talhados através da percussão até a formação de um


núcleo, a base da futura ferramenta.
A forma e as técnicas básicas da utilização de vários instrumentos que
usamos até hoje já humana. A pinça, por exemplo, já usada para a depilação,
era feita com conchas de mexilhão (Figura 1).

Figura 1

Abaixo, podem ser visualizadas alguns modelos do surgimento das


primeiras ferramentas (Figura 2).

Figura 2

Havia o endireitador de flechas, perfuradores, que eram usados


através de rotação, martelos e machados específicos para funções diversas,
buris e raspadores.
Nossos ancestrais já sabiam de diversas relações entre o tamanho
do cabo e peso do percutor para que um martelo pudesse, ou quebrar pedras
duríssimas, ou talhar uma colher de madeira; já usavam contra-pesos para
controlar o impacto e a direção dos golpes e usavam espécies de amortecedores
para aproveitar os estilhaços da pedra.
Podemos observar, durante todo o período da Idade da Pedra, uma
evolução importante na história da ferramenta. As primeiras ferramentas de
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corte tinham um tamanho que variava de quarenta centímetros até um


metro. Em um período de tempo que chega a quinhentos mil anos, os
instrumentos de corte vão sendo reduzidos em de tamanho, até se tornarem
micro-lâminas (os micrólitos, que não chegavam a 2 cm), que eram encabados
com madeira ou osso.
Foi no período chamado Neolítico, que se conheceu uma das
maiores revoluções na história da humanidade. Nele surge, há 8.000 anos atrás,
a agricultura, a domesticação de animais e a cerâmica. Desenvolve-se assim, a
fabricação de ferramentas específicas para estes trabalhos.
Entretanto, na história das ferramentas, o fato mais importante
acontece há mil e duzentos anos atrás, com o domínio da técnica de fusão e
tratamento do ferro.

Figura 3

A evolução das ferramentas na era do metal:

Figura 4

Apesar de o metal já ser conhecido, pois muitos povos usavam o metal de


meteoros para fazer facas, pontas de flechas e instrumentos para perfurar, este
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era tratado como a pedra, através da percussão e do polimento. O forno, o fole,


a bigorna, o martelo, revolucionaram o uso dos metais, possibilitando o
surgimento de uma indústria metalúrgica, com a qual o homem passa a
reproduzir a própria matéria de que será feita a ferramenta.
Até o século XVIII d.C. apesar das modificações importantes que
aconteceram com as ferramentas, todo o trabalho era realizado através de dois
tipos de motores: o motor humano e o motor animal.

Figura 5

O ferreiro passa a ser o mestre e o fabricante de ferramentas, adquirindo,


em todos os povos que dominam a metalurgia, um papel de destaque. Com
seus segredos, rituais e tecnologia, os ferreiros passam a influenciar a
representação dos deuses de vários povos, além de criarem uma série de novos
tabus.
Surgem os deuses ferreiros ou os deuses que usam o martelo, a bigorna
ou mesmo o fogo, na forma de raio, para simbolizar o poder e a força. Surgem
os tabus que afastam as oficinas das aldeias impedindo o acesso de pessoas
estranhas à atividade metalúrgica e, principalmente, a presença de
mulheres. Acreditava-se que se a mulher olhasse o trabalho do ferreiro, uma
grande praga cairia sobre ela.
O poder do ferro e, consequentemente, do fole, do martelo e da bigorna é
tão grande. que estas ferramentas passam a ser vistas como mágicas, atuando
por conta própria.
A origem do universo e do próprio homem passa a ser explicada como um
processo de fabricação semelhante ao processo de fabricação do objeto de
ferro. Deus produziu o homem através da transformação (ou sacrifício) de uma
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matéria original, da mesma forma que o ferreiro produz uma faca através da
transformação do minério de ferro.
Há mais de duzentos anos atrás, o homem começou efetivamente a
substituir o esforço manual pelo esforço mecânico, com o advento motores de
propulsão a vapor. No ano de 1775 James Watt inventou a máquina a vapor,
que principiou a substituição da força animal e humana na realização de
trabalhos.
As ferramentas passaram então a ser movidas pela força do motor. Com
ele (movido a vapor, a combustível líquido, ou elétrico), foi possível fazer vários
martelos, furadores, raspadores, etc, funcionarem ao mesmo tempo, com uma
velocidade maior, com movimentos mais precisos, por um tempo bem mais
longo.
A ferramenta funciona junto com a máquina, constituindo assim a
máquina-ferramenta, a condição para que pudesse ocorrer a revolução industrial
que se alastrou por todo o mundo.
O ferreiro cede lugar ao cientista que a inventa, ao industrial que a financia
e ao operário que comanda a máquina. A ferramenta deixa de ser mágica, para
ser produto da ciência. O mundo deixa de ser pensado como resultado do
trabalho de um deus-ferreiro e passa a ser representado como uma máquina
perfeita. O modelo dessa máquina, que o homem moderno passa a fabricar, é
o relógio.
A partir da Segunda Guerra Mundial, com o desenvolvimento do
computador, inicia-se um novo período de revolução na história da
ferramenta. Com a união entre o motor elétrico, a ferramenta e o computador,
surge a máquina mais perfeita já construída pelo homem: o rôbo, a máquina que
pode realizar tarefas variadas como bater, prender, cortar, soldar, a partir de um
programa.
O computador trouxe para dentro da máquina-ferramenta a capacidade
de memorizar informações, de efetuar operações lógicas, de ordenar as tarefas,
registrar e avaliar o que faz, além de detectar problemas e prováveis defeitos. A
ferramenta, então, trabalha automaticamente durante todo o processo de
fabricação independente da presença do homem.
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A atual revolução da ferramenta continua em outros campos da ciência,


atingindo a física, onde surge ferramentas tão fantásticas, como o acelerador de
partículas, que tem a capacidade de, a partir da energia, criar matéria; ou,
atingindo a biologia, que conseguiu instrumentalizar verdadeiras ferramentas
vivas, as enzimas, responsáveis pela manipulação genética.

Figura 6 Figura 7

Figura 8

A história do homem pode ser vista como a história das suas


ferramentas. Uma história que vai da pedra ao átomo e que sempre colocou o
homem frente à origem de todas as ferramentas: a capacidade de criar.
Conceitualmente, partindo-se do histórico das ferramentas e observando-
se as demandas de mercado em relação a dispositivos que proporcionem
facilitação ao desenvolvimento das atividades características dos técnicos
mecânicos em suas diversas atribuições, nos mais diversos segmentos
produtivos, concebe este projeto um dispositivo extrator para a aplicação na
desmontagem dos rolamentos e polias sem danificar os mesmos ou o eixo.
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Conforme pode-se observar no desenho de projeto (Anexo 1), trata-se de


conjunto mecânico constituído por quatro partes constituintes, a saber, Manípula,
Aranha, fuso central e Garra, todos confeccionados em aço carbono, tratados
termicamente e submetidos a operações de usinagem tipo perfuração,
rosqueamento, fresagem, etc.
Este deverá atender às mais diversas operações de desmontagem
rápidas do rolamentos e polias. Os rolamentos e polias deverão ser
posicionados em ferramenta a ser encaixada nas garras e centralizado o fuso
central no eixo do dispositivo, o fuso central que é rosqueado realiza a rotação
assim extraindo o rolamento ou Polia do eixo.
Tendo em vista a larga necessidade dos rolamentos e polias, a
expectativa de aceitação do dispositivo projetado, principalmente nos segmentos
metal-mecânico leve, de produção de artefatos plásticos, de madeira e de
materiais de pequena espessura e/ou ductilidade, é grande. Identificou-se
demanda por parte do mercado industrial consumidor de rolamentos e polias,
elementos de máquinas e de composição de conjuntos montados, bem como
pelas áreas de manutenção e de atuação dos profissionais autônomos.
Assegurando-se o fácil acesso ao produto, a sua aquisição, em grosso ou a
varejo, poder-se-á fazer-se através de contato direto com o fornecedor, via
“internet”, ou nos diversos estabelecimentos comerciais de ferragem espalhados
pelo País.
O dispositivo proposto projeta um alto potencial mercadológico, devendo-
se, no entanto, a partir da elaboração e qualificação do protótipo, ser produzida
escala inicial limitada, para que se possa verificar a aceitação do mercado
consumidor.

4.4. Dispositivo, Mecanismo, Sistema Idealizado

O “dispositivo Extrator de 3 pernas” é apresentado abaixo em vistas


explodida (Figura 10).
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Figura 10

4.5. Partes Constituintes

O “dispositivo Extrator de 3 pernas”, com suas quatro partes constituintes


pode ser visualizado, em corte, na Figura 11.

1 – Manípula
2 – Aranha
3 – Fuso central
4 – Garra

Figura 11

4.6. Dimensionamento

4.6.1. Memorial de Cálculo


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O memorial de cálculo pertinente à confecção do “dispositivo extrator de


três pernas , tem as finalidades de:
− mensurar as cargas e esforços a que serão submetidas cada uma das suas
partes constituintes;
− projetar os diversos materiais potencialmente aplicáveis suas partes
constituintes;
− dimensionar as suas partes constituintes e esboçá-las separadamente, na
forma de conjunto e em vista explodida;
− analisar criticamente as viabilidades dimensionais e técnico-econômica do(s)
conjunto(s) pré-concebido(s)
− determinar aquele conjunto que melhor represente a necessidade e aceitação
do mercado consumidor.
Considerando-se:
− as circunstâncias em que a disciplina PRME se apresenta;
− as limitações de tempo para o seu adequado desenvolvimento;
− a necessidade de domínio de cálculo diferencial e integral, assim como de
mecânica clássica avançada; e
− tratar-se de projeto de ferramenta de domínio público;
entenda-se o memorial de cálculo como elemento já incorporado à ferramenta,
não sendo o mesmo aplicável, em função do que se apresenta.

4.6.2. Materiais

Observada no memorial de cálculo a melhor relação “custo x benefício”,


projeta-se no Quadro 1 as partes constituintes do “dispositivo extrator de três
pernas ” e os seus respectivos materiais de fabricação.

Parte Tratamento
Item Quantidade Material Dimensões
Constituinte Térmico
Ø 3/8” x
1 Manipulo 1 Aço NB 1020
220
Aço Fundido 6015
2 Aranha 1 -
AF
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3 Fuso central 1 Aço NB 1030 Ø 22 x 230


4 Garra 3 Aço NB 1020 Ø 15 x 190
5 Jumelo 6 Aço NB 1020 70 X 15 X 6
Rebite
6 3 Aço NB 1030 Ø 6 x 50
c/ cab.red
Rebite
7 3 Aço NB 1030 Ø 6 X 40
c/ cad.red.

Quadro 1

4.7. Processos de Fabricação

Tomando por base a concepção construtiva de cada uma das partes


constituintes do “dispositivo extrator de três pernas ”, projeta-se, para a sua
confecção, os seguintes processos de fabricação.

Parte Processos de Tratamento


Item Material Base
Constituinte Fabricação Térmico
1 Manípulo Barra cilíndrica de aço. Corte.
Corte.
Obtido através de
2 Aranha Perfuração.
fundição.
Abertura de rosca
Corte
Torneamento.
3 Fuso central Barra cilíndrica de aço.
Rosqueamento
Perfuração.
4 Garra Barra de aço Perfuração.
Quadro 2
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4.8. PERT/CPM da Produção

Considerando-se a fabricação de apenas uma peça, com linhas de


produção independentes para cada parte constituinte, obtém-se a projeção
apresentada no Quadro 3.

ESPECIALISTA Hh TOTAL
TEMPO DO
TAREFAS REQUISITO ESPECIALIDADE QTDD REQUERIDO
SERVIÇO (h)1 TIPO
(Homens)2 1x2

Confecção A1 Técnico de
A 0,25 - Usinagem 1 0,25
do manipulo Corte Usinagem I
B1 Técnico de
6,0 - Siderúrgica 1 6,0
Fundição Fundição II
B2 Técnico de
Confecção 0,25 B1 Usinagem 1 0,25
B Perfuração Usinagem II
da Aranha
B3 Técnico de
0,25 B2 Usinagem 1 0,25
Roscamento Usinagem II

C1 Técnico de
0,25 - Usinagem 1 0,25
Corte Usinagem I
C2 Técnico de
Confecção 0,25 C1 Usinagem 1 0,25
Perfuração Usinagem II
C do fuso
central C3 Técnico de
1,0 C2 Usinagem 1 1,0
Torneamento Usinagem II
C4 Técnico de
0,25 C3 Usinagem 1 0,25
Roscamento Usinagem II
Confecçã D1
D 0,25 - Usinagem Comprador I 1 0,50
de garras Perfuração
Inspeção e G1
A1, B3, C3, Técnico
E Montagem Inspeção e 0,25 Metalúrgica 1 0,25
D1,E1, F5 Mecânico II
do Conjunto Montagem
Embalagem Aux Técnico de
H1 Movimentação de
F da 0,25 G1 Movimentação 1 0,25
Embalagem Produto
Ferramenta de Produto

Quadro 3
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OBS: Há que se considerar que, pensando-se na produção em série de um lote


inicial de 1.500 “dispositivo extrator de três pernas ”, haverá que serem diluídos,
proporcionalmente, os tempos do Quadro 3, em função da quantidade de
ferramentas a serem produzidas.

4.8.1. Diagrama de Flechas

4.8.2. Diagrama de Blocos – Método Francês

A1
0,25

B1 B2 B3
6,00 0,25 0,25

C1 C2 C3 C4 E1 F1 H1
0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25

G1 D1
0,25 0,25
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4.8.3. Caminho Crítico

Considerando-se as estimativas postas para a confecção de uma


ferramenta, protótipo, se apresentam os seguintes caminhos e tempos para as
tarefas consideradas no Quadro 3, apresentadas graficamente nos subitens
4.8.2 e 4.8.3:

− caminho 1: A1,E1, F1 = 00:45 (h) / Folga = 06:15 (h);


− caminho 2: B1, B2, B3, E1, F1 = 07:00 (h) / Folga = 00:00 (h);
− caminho 3: C1,C2,C3, C4, E1, F1 = 01:30 (h) / Folga = 05:30 (h);
− caminho 4: D1, E1, F1 = 00:45 (h) / Folga = 06:15 (h);

Apresenta-se desta forma o “caminho 2” como sendo o “caminho


crítico”, com folga 00:00 (h) em relação aos demais caminhos de produção.

4.9. Recursos Aplicáveis

4.9.1. Mão-de-Obra

Tomando-se a produção de uma única ferramenta:

Hh Total
Especialista
Requerido (h)
Técnico de Usinagem I 0,50
Técnico de Usinagem II 2,25
Técnico de Fundição II 6,00
Técnico Mecânico II 0,25
Aux Técn Movimentação Produto I 0,25

Compra da porca e da arruela realizadas no mesmo ponto comercial.


Quadro 4
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OBS: Há que se considerar que, pensando-se na produção em série de um lote


inicial de 1.500 “dispositivo extrator três pernas ”, haverá que serem
redimensionados os tempos de produção, como também os recursos aplicáveis.

4.9.2. Materiais
Inevitavelmente, a produção de uma única ferramenta conduz a um
custo de protótipo elevado em relação à produção em série de um lote de 1.500
“dispositivo extrator de três pernas ”, projeção inicial para comercialização desta
ferramenta.
Em sendo assim, inexistindo a oferta de seções de barras
redondas, barrotes ou lingotes de aço no mercado, será considerada a aquisição
de peças inteiras, aproveitando-se a sobra para a confecção de mais protótipos.

Parte Constituinte Material Forma Bitola


1 Manípulo Aço NB 1020 Barra Redonda Ø 3/8”
2 Arranha Aço Fundido 6015 AF Lingote Ø 6”
3 Fuso central Aço NB 1030 Barra Redonda Ø 22 mm
4 Garra Aço NB 1020 Barra retangular Ø 15 mm
Quadro 5

4.9.3. Ferramentais, Dispositivos Especiais, Guindaste, Contratação


Externa,

Parte Constituinte Dispositivos de Produção, Acessórios e Insumos


Máquina de serrar – serra de corte de fita ou alternativa.
1 Manípulo
Paquímetro.
Forno basculante para 50kg de aço e material para confecção de
moldes de areia.
2 Aranha Furadeira de coluna.
Torno mecânico.
Paquímetros e micrômetros.
Máquina de serrar - serra de corte de fita ou alternativa.
Paquímetro.
3 Fuso central Furadeira de coluna.
Torno mecânico.
Paquímetros e micrômetros.
DISPOSITIVO EXTRATOR DE 3 PERNAS GRUPO 04

Furadeira de coluna.
4 Garras
Torno mecânico.
Inspeção e Paquímetros.
5 Montagem do Micrômetros.
Conjunto Lupa.
Embalagem da
6 Material de preservação, proteção e embalagem.
Ferramenta
Quadro 6

4.10. Custos de Produção

4.10.1. Mão de Obra

Hh Total Custo Hh Custo Total


Especialista
Requerido (h) (R$) (R$)
Técnico de Usinagem I 0,50 10,00 5,00
Técnico de Usinagem II 2,25 12,00 27,00
Técnico de Fundição II 6,00 10,00 60,00
Técnico Mecânico II 0,25 12,00 3,00
Aux Técn Movimentação Produto I 0,25 5,00 1,25
TOTAL R$ 96,25
1
Compra da porca e da arruela realizadas no mesmo ponto comercial.
Quadro 7

4.10.2. Materiais

Parte Constituinte Material Forma Bitola Preço (R$)


1 Manípulo Aço NB 1020 Barra Redonda Ø 3/8” 20,00
2 Arranha Aço Fundido 6015 AF Lingote Ø 6” 100,00
3 Fuso central Aço NB 1030 Barra Redonda Ø 22 mm 30,00
4 Garra Aço NB 1020 Barra retangular Ø 15 mm 30,00
TOTAL 230,00
Quadro 8
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4.10.3. Ferramentais, Dispositivos Especiais, Guindaste, Contratação


Externa

Parte Constituinte Dispositivos de Produção, Acessórios e Insumos Custo (R$)


Máquina de serrar – serra de corte de fita ou
1 Manípulo alternativa. 4,00
Paquímetro.
Forno basculante para 50kg de aço e material para
confecção de moldes de areia.
2 Aranha Furadeira de coluna. 62,00
Torno mecânico.
Paquímetros e micrômetros.
Máquina de serrar - serra de corte de fita ou
alternativa. Paquímetro.
3 Fuso central Furadeira de coluna. 14,00
Torno mecânico.
Paquímetros e micrômetros.
Furadeira de coluna.
4 Garras 14,00
Torno mecânico.
Inspeção e Paquímetros.
5 Montagem do Micrômetros. 1,50
Conjunto Lupa.
Embalagem da
6 Material de preservação, proteção e embalagem. 4,50
Ferramenta
TOTAL R$ 100,00
Quadro 9

4.10.4. Custo Total

Item Custo (R$)


Custos Diretos
1 Mão de Obra 96,25
2 Materiais 230,00
3 Ferramentais, Dispositivos Especiais, Guindaste, Contratação Externa 100,00
Total 1 R$ 426,25
Custos Indiretos
4 EPIs 10,00
5 Seguro de Vida 1,25
6 Plano de Saúde 15,00
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7 Transporte 5,00
8 Alimentação 10,00
9 Exames Médicos Periódicos 1,00
Total 2 R$ 42,25
Custos Diretos e Indiretos
10 Remuneração de Capital (1% Sobre o Total 1) 3,90
11 Custo Financeiro Sobre o Capital de Giro (2% Sobre o Total 1) 7,81
12 Administração Central (3% Sobre o Total 1) 19,51
Total 3 R$ 31,22
Margem de Lucro
13 Margem de Lucro (5% Sobre o Total 1) 19,51
Total 4 R$ 19,51
Encargos e Tributos
14 COFINS (3% Sobre o Total 1) 11,71
15 CSLL (1% Sobre o Total 1) 3,90
16 IR (4,8% Sobre o Total 1) 18,73
17 PIS (0,655% Sobre o Total 1) 2,54
18 INSS (11% Sobre o Total 1) 42,93
Total 5 R$ 79,81
Custo Total do Protótipo
19 Total 1 426,25
20 Total 2 42,25
21 Total 3 31,22
22 Total 4 19,51
23 Total 5 79,81
TOTAL R$ 599,04

4.10.5. Análise e Considerações

Levando-se em conta a produção de apenas uma unidade, no


caso, o protótipo, aparentemente, o custo final de fabricação na ordem de R$
599,04 (quinhentos e noventa e nove reais, quatro centavos) inviabilizaria
economicamente a comercialização do “dispositivo extrator de três pernas ”.
No entanto, considerando-se a produção de um lote inicial de 1.500
conjuntos, a diluição dos custos diretos projeta uma redução no custo final de
cada unidade em torno de 87%. Desta forma, o valor final previsto para o produto
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para a comercialização direta situar-se-á em torno de R$ 73,20 (setenta e três


reais e vinte centavos).

4.11. Aspectos Mercadológicos

4.11.1. Formas de Disponibilização/Comercialização do Produto para o


Mercado

Potencializando-se a aplicação do “dispositivo extrator de três


pernas” , há que se projetar a sua disponibilização para o mercado consumidor,
tanto na forma em grosso, quanto a varejo.
O fornecimento/comercialização se dará das seguintes formas:
− em grosso: pedido direto ao fabricante, ao fornecedor regional/local, ou ao
representante regional/local do fabricante;
− a varejo: diretamente, nos diversos estabelecimentos comerciais de ferragem
espalhados pelo País ou via “internet”.
Paralelamente, a projeção da ferramenta será incrementada
através de mala direta ao mercado consumidor e com a sua apresentação nas
feiras tecnológicas do segmento metal-mecânico do País.

4.11.2. Marketing de Consumo (propaganda)

Percebendo-se a aceitabilidade do “dispositivo de furar anéis” na


pesquisa de mercado que precedeu a sua idealização, bem como a
sustentabilidade da sua produção e comercialização em larga escala, há que se
adotar duas linhas de “marketing” de consumo:
− a propagandística, voltada à divulgação do produto: internet; catálogos de
ferramentas; revistas do segmento metal-mecânico; mala direta; visita técnica;
− a de consumo, objetivando-se mensurar a aceitação, melhoria e adequação
ao uso do produto: SAC; consulta direta ao consumidor (amostragem).
Para tal, canais midiáticos e de pesquisa especializados devem
ser considerados.
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4.12. Resultados Esperados

4.12.1. Formas de Aferição da Aceitação do Produto pelo Mercado


Consumidor

A expectativa é de consumo do lote inicial de 1.500 unidades nos


três primeiros meses pós-lançamento do produto. Confirmando-se este cenário,
paga-se o investimento inicial.
Paralelamente há que se observar, inclusive através do “marketing”
de consumo a formação de novas demandas de fornecimento, seja a grosso ou
em varejo.

4.12.2. Formas de Aferição dos Lucros

A margem de lucro de 5% foi preestabelecida no subitem 4.1.4


anterior. Considerando-se que todos os custos, encargos e impostos foram
previstos antecipadamente e que a ferramenta deverá ser comercializada ao
preço R$ 73,20 (setenta e três reais e vinte centavos), projeta-se, para o primeiro
lote de 1.500 unidades, um lucro líquido de R$ 5.490,00 (cinco mil, quatrocentos
e noventa reais).

5. CONCLUSÃO

Observando o lucro líquido de apenas R$ 5.490,00 (cinco mil,


quatrocentos e noventa reais), haveria que se pensar tratar-se de muito esforço
para um resultado financeiro de proporções limitadas. No entanto, a projeção
tecnológica envolvida na concepção do “dispositivo de três pernas ”, bem como
a otimização dos processos produtivos com a sua utilização, consolidam o seu
lançamento no mercado.
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Associadamente, considerando-se que o mesmo será incorporado


segmento metal-mecânico, diversificando a sua linha de produção, há que se
considerar que o produto só agregará valor à marca do fabricante que o produzir.
Somando-se a isto, a expectativa de expansão do mercado
consumidor projeta a demanda de novos lotes de produção e a definitiva
consolidação do uso da ferramenta.

6. FONTES DE CONSULTA

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