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ABORDAGEM CTS NO CURRICULO DE GEOGRAFIA: UM ESTUDO DE CASO

PARA O CONTEÚDO DE URBANIZAÇÃO NO 7º ANO DO ENSINO


FUNDAMENTAL

CTS APPROACH IN THE GEOGRAPHY CURRICULUM: A CASE STUDY FOR


THE CONTENT OF URBANIZATION IN THE 7TH YEAR OF FUNDAMENTAL
EDUCATION

Luís Guilherme Gonçalves Cunha – Mestrando em Ensino de Ciências e Tecnologia –


SEED Paraná - luis.2017@alunos.utfpr.edu.br (titulação e e-mail em nota de rodapé
Eloiza Aparecida Silva Avila de Matos – Doutorado em Educação – UTFPR Ponta Grossa –
elomatos@utfpr.edu.br (titulação e e-mail em nota de rodapé

Resumo: O objetivo da pesquisa é relacionar e analisar uma prática pedagógica desenvolvida


na aula de geografia sobre urbanização com enfoque em CTS (Ciência, Tecnologia e
Sociedade) e o despertar do ativismo no aluno. Trata-se de um estudo de caso visando o
debate a respeito de uma prática realizada na disciplina de geografia com alunos do 7º ano do
ensino fundamental de uma escola pública no sul do país e relacioná-la com o enfoque em
CTS. O enfoque em CTS está presente na legislação educacional, o que demonstra a
necessidade em se desenvolver práticas pedagógicas que problematizem e contextualizem
questões de relevância social apoiada no debate do uso da tecnologia. Dessa forma, torna-se
importante a análise da prática pedagógica que se apresenta. A pesquisa é qualitativa pois
busca dar qualidade e interpretações às informações produzidas durante a aula. A abordagem
em CTS neste caso, se utiliza de metodologias transpostas pelo professor como o de exercício
do ativismo ao final.
Palavras-chave: CTS. Urbanização. Geografia. Prática Pedagógica

Abstract: The objective of the research is to relate and analyze a pedagogical practice
developed in the geography class on urbanization with a focus on CTS (Science, Technology
and Society) and the awakening of activism in the student. It is a case study aimed at the
debate about a practice carried out in the discipline of geography with students of the 7th
grade of a public school in the south of the country and relate it to the CTS approach. The
CTS approach is present in educational legislation, which demonstrates the need to develop
pedagogical practices that problematize and contextualize issues of social relevance supported
by the discussion on the use of technology. Thus, it becomes important to analyze the
pedagogical practice that presents itself. The research is qualitative because it seeks to give
quality and interpretations to the information produced during the lesson. The CTS approach
in this case, uses methodologies transposed by the teacher as the exercise of activism at the
end.
Keywords: CTS. Urbanization. Geography. Pedagogical Practice
.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente nota-se a influência da ciência e tecnologia na sociedade. Esta é tão
notadamente presente na vida das pessoas que é possível verificar um comportamento de
dependência de artefatos tecnológicos na vida dos indivíduos. Os mitos presentes na discussão
da ciência e tecnologia estarão presentes na discussão que coloca ambas como capazes de
resolver todos os problemas da sociedade. Entretanto, sabe que além dos benefícios a ciência
e a tecnologia também causam sérios impactos, concluindo-se que a mesma não é neutra
(JAPIASSU, 1999) e que seus caminhos são norteados por questões políticas, econômicas e
sociais. Essas concepções nortearam nas últimas décadas a discussão de que nos currículos
não se deve compreender que a escola deva formar um minicientista.
O objetivo presente no trabalho é demonstrar como a alfabetização científica e
tecnológica pode ajudar a despertar no aluno o conhecimento a respeito do uso da tecnologia e
a influencia que esta tem sobre a sociedade. Além disso, destacar que nesta abordagem
presente nos currículos escolares privilegia o despertar do ativismo social na sociedade.
Através dessa abordagem realizada em sala de aula, mais especificamente na
disciplina de geografia, foi possível trabalhar em diversas etapas questões do
desenvolvimento científico e tecnológico no processo de urbanização. Para tanto, o trabalho
destaca um estudo de caso do Projeto Meu bairro desenvolvido com alunos dos 7º ano B e C
do Colégio Estadual Presidente Kennedy na cidade de Ponta Grossa -Paraná.
O Projeto é uma prática pedagógica de relevância que integrou os trabalhos
desenvolvidos em sala de aula (científica e tecnológica), participação em saídas de campo,
ativismo social e conhecimento das dinâmicas políticas que interferem diretamente nas
políticas públicas desenvolvidas no município.
Algumas questões puderam ser levantadas como a necessidade de políticas públicas
para os bairros investigadas, bem como a participação da população na tomada de decisões
junto ao legislativo e executivo e também na postura que o cidadão deve tomar a frente dos
espaços que realizam suas relações cotidianas.

2. O QUE É A ABORDAGEM EM CTS?


Historicamente o movimento CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) surgiu em países
desenvolvidos como EUA (Estados Unidos da América), e da Europa Ocidental nas décadas
de 60 e 70. Isso porque o desenvolvimento alcançado por estes esteve muito ligado à evolução
científica. Esta por sua vez, gerou impactos socioambientais nesse período que elevou a
preocupação da comunidade internacional a respeito de contradições presentes na sociedade.
Até então, defendia-se a neutralidade da ciência, ou seja, que estava alheia aos
problemas gerados pelo desenvolvimento da tecnologia no mundo. A partir da disseminação
das ideias desse movimento passou-se a defender que o desenvolvimento da tecnologia
através da ciência não pode ser dissociado de interesses econômicos, sociais, ambientais e
políticos. Dessa forma, a ideia que se tinha de uma ciência neutra passa a ser questionada.
Outro mito é referente a valorização da salvação que emerge do cientificismo.
Observa-se facilmente na sociedade, os benefícios gerados pelo desenvolvimento tecnológico,
como por exemplo artefatos que facilitam a vida em sociedade. Porém, é um risco defender
que o desenvolvimento tecnológico só beneficia a sociedade e não causa impactos. Para
muitos, como Walter Bazzo o desenvolvimento científico-tecnológico é carregado de
interesses sociais, políticos, militares e econômicos (Bazzo, 1998). Faz-se necessário
compreender então, que essa abordagem CTS é um movimento educativo que promove a
alfabetização científica e tecnológica dos cidadãos para que possam participar do processo
democrático de tomada de decisão e na resolução de problemas relacionados com a ciência e
tecnologia (MEMBIELA, 1997, p.51).
Existe uma contradição presente a respeito das concepções de ciência e a tecnologia na
sociedade. Percebe-se que as pessoas acreditam que quanto mais produção científica, maior
será também o aumento da riqueza e por consequência o bem-estar. É um “modelo linear” de
desenvolvimento proposto por Lopez Cerezo (1998) em que + ciência = + tecnologia = +
riqueza = + bem-estar social. Essa concepção gera um sentimento e a impressão de que
progresso faz com que a ciência e a tecnologia sejam vistas como atividades capazes de trazer
somente o bem-estar à sociedade (PINHEIRO et al. 2009, p. 3). Não é preciso citar exemplos
de artefatos tecnológicos que são recebidos pela sociedade com um sentimento positivista,
porém é necessário destacar que este otimismo existe desde a década de 50, no pós-Segunda
Guerra Mundial.
Ainda se tratando desse modelo linear proposto por Lopez e Pinheiro (2003) explicam
que nele a tecnologia seria uma aplicação da ciência e por isso é preciso definir a suposta
neutralidade de ambas, que não podem ser dissociadas quanto aos mitos. Para a autora a
neutralidade pode ser dividida em:
a) neutralidade ontológica – ciência e tecnologia não modificam o
mundo, deixam as coisas como estão; b) neutralidade gnosiológica –
as ciências são objetivas e compatíveis entre si, sem conflitos entre os
conteúdos; c) neutralidade axiológica – os científicos e tecnológicos
estão livres de valores e isentos de deformações ideológicas.
(PINHEIRO et al., 2009, p. 3-4)
As relações entre a ciência, tecnologia e sociedade são marcadas por três períodos: o
primeiro refere-se ao pensamento positivista a respeito da ciência e tecnologia; o segundo
pelo despertar acerca dos problemas gerados pelo seu desenvolvimento e o terceiro que tem
origem a partir da década de 70 que é o despertar e debates em diversos países sobre o
desenvolvimento científico-tecnológico (PINHEIRO et al., 2009).

3. CTS E EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA


Saber utilizar os artefatos tecnológicos não faz do indivíduo um ser tecnológico. Por
isso, faz-se necessário que a sociedade opine sobre o uso desses produtos, percebendo que não
são neutros, nem definitivos, tampouco absolutos. (PINHEIRO et al., 2009). Acredita-se que
através das práticas pedagógicas desenvolvidas em sala é possível alfabetizar científica e
tecnologicamente o indivíduo e sensibilizar para participação democrática e resolução dos
problemas que envolvem seu cotidiano.
Sociologicamente, as relações culturais presentes no convívio com o ser humano e
com o ambiente são controversas. Os temas de relevância social com uma abordagem
científica e tecnológica devem ter um caráter efetivo e afetivo, possibilitando o envolvimento
do cidadão e não somente a participação na decisão final (PINHEIRO et al., 2009), ou seja,
sensibilizar a partir da familiarização dos problemas gerados pelo desenvolvimento científico
e tecnológico e torná-lo ativo durante todo o processo da resolução dos mesmos.
Diante disso, as temáticas escolhidas e abordadas no âmbito do CTS, contemplam
problemas similares em diversas áreas. Dessa forma, para Hickman; Patrick e Bybee (1987,
apud MEMBIELA, 1997) citam que cinco seriam os critérios fundamentais em sua escolha
dos temas a serem abordados:

1- É diretamente aplicável à vida atual dos estudantes?


2- É adequado ao nível do desenvolvimento cognitivo e na maturidade
dos estudantes?
3- É um tema importante no mundo atual para os estudantes e
permanecerá como tal em uma proporção significativa de sua vida
adulta?
4- Podem os estudantes aplicar seu conhecimento em contextos
distintos do escolar?
5- É um tema que os estudantes mostram interesse e entusiasmo?

As crenças e mitos já citados no texto determinaram como deveria ser a abordagem


científica dentro dos espaços escolares durante muito tempo. É o que explica Santos (2002,
2002, p. 2) de que durante os anos 50 a orientação curricular era de formar um minicientista.
Esse método teve grande influência sobre o ensino de ciências nesse período.
As abordagens com ênfase em CTS nas ciências envolvem o cientificismo,
planejamento tecnológico, soluções para problemas e a tomada de decisões baseada no
ativismo. Para ROBERTS Roberts (1991) os currículos baseados na ciência delimitam a
ciência como atividade humana para controlar o meio e a sociedade; a sociedade que procura
alcançar na comunidade como são tomadas as decisões a respeito de problemas; ao aluno
como capaz de compreender a base científica e a prática na tomada de decisões e o professor
como responsável por desenvolver o conhecimento das relações entre ciência-tecnologia e a
sociedade.
Nos currículos de CTS o objetivo é formar o cidadão em ciência e tecnologia e
incorporam questões relacionadas à aspectos econômicos, políticos e éticos da ciência. No
Brasil, em função do seu tardio desenvolvimento econômico as discussões também se
iniciaram tardiamente, no período de 1950 e 1985. Os currículos se adaptaram às concepções
vigentes em cada período desses. Na década de 70, a ciência era considerada o produto do
contexto econômico, político e social. Já na década de 80, o objetivo passa a ser de analisar as
implicações sociais do desenvolvimento científico e tecnológico. (SANTOS, 2002).
Nesse contexto, compreende-se que através da alfabetização científica e tecnológica, o
aluno possa tomar decisões acerca dos problemas do cotidiano e das implicações da ciência e
seu papel na sociedade. Ou seja, desenvolver no indivíduo, através das práticas pedagógicas
realizadas no espaço escolar, o ativismo democrático.
Nos documentos que norteiam as ciências nas escolas, é possível verificar que em
muitas disciplinas não se dá o enfoque necessário à ciência e tecnologia. Por exemplo, Dentre
os objetivos propostos para a área das Ciências da Natureza, a Base Nacional Comum (BNC)
apresenta em seu texto, objetivos que contemplam a compreensão das interações CTS:
Interpretar e discutir relações entre a ciência, a tecnologia, o ambiente e a sociedade, em seu
próprio contexto e em âmbito maior no espaço e tempo. (BRASIL, 2015, p.186 apud BLOTZ,
p. 3).
A Geografia é uma disciplina escolar, cuja a abordagem com enfoque em CTS pode e
deve ser realizado durante o processo educacional. A alfabetização científica e tecnológica
ganha força tendo em vista que a mesma através do seu objeto de estudo valoriza questões
culturais, políticas, econômicas, sociais e ambientais. Entretanto, nota-se que se por um lado
nas ciências naturais esse enfoque ganha valor, na geografia não é assim. Analisando a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), existe pouco destaque para uma orientação no sentido
da alfabetização científica e tecnológica, entretanto compreende-se que esta é fundamental
para tratar qualquer temática. Segundo Brasil (2017, 315)

No Ensino Fundamental – Anos Finais, essa unidade temática ganha


relevância: incorpora-se o processo de produção do espaço agrário e
industrial em sua relação entre campo e cidade, destacando-se as
alterações provocadas pelas novas tecnologias no setor produtivo,
fator desencadeador de mudanças substanciais nas relações de
trabalho, na geração de emprego e na distribuição de renda em
diferentes escalas. (BRASIL, 2017, p.315).

Ainda se tratando da alfabetização científica e tecnológica, no documento da BNCC,


onde trata-se sobre as competências específicas de geografia para o ensino fundamental o
termo tecnologia aparece apenas uma vez no item 4: Desenvolver o pensamento espacial,
exercitando a leitura e produção de representações diversas (mapas temáticos, mapas mentais,
croquis e percursos) e a utilização de geotecnologias para a resolução de problemas que
envolvam informações geográficas. (BRASIL, 2017, p. 318)
Esses são os únicos momentos em que se utiliza o termo tecnologia na BNCC para o
ensino fundamental de geografia. Nota-se que a maior ênfase se dá no conteúdo que se trata
de questões urbanas, rurais e indústria. Além disso, é possível inferir que a tecnologia é
utilizada como aparato tecnológico, ou seja, um artefato e não orienta para uma
problematização a respeito de malefícios e benefícios oriundos do desenvolvimento científico
e tecnológico. Entretanto, entende-se que a concepção de ciência e tecnologia pode ser
inserida em qualquer momento. A discussão do artigo envolve exatamente este conteúdo que
aborda urbanização, espaço este que envolve temáticas e interesses políticos, econômicos,
culturais e ambientais.
Em concordância com as ideias citadas, ou seja, partindo-se de um problema local de
alunos do 7º ano de uma escola pública do município de Ponta Grossa, escolheu-se a temática
do “Meu Bairro” para ensinar a respeito das questões urbanas (conteúdo presente no ano
referido). Procurou-se dar ênfase aos temas que envolvem o conhecimento dos principais
conceitos urbanos e implicações do uso da tecnologia nesses espaços. Além disso, partiu-se
para uma abordagem sociológica e de ativismo social onde buscou-se estimular entre alunos a
investigação, a reflexão e o ativismo.
Essa é a diferença entre uma abordagem mais tradicional para aquela com uma
abordagem em CTS (SANTOS, 2012). Buscou-se então desenvolver uma atividade que vai de
encontro com o que defendem Santos; e Mortimer (2001, p. 103)
É a partir da discussão de temas reais e da tentativa de delinear
soluções para os mesmos que os alunos se envolvem de forma
significativa e assumem um compromisso social. Isso melhora a
compreensão dos aspectos políticos, econômicos, sociais e éticos.
Além disso, é dessa forma que os estudantes aprendem a usar
conhecimentos científicos no mundo fora da escola. (SANTOS;
MORTIMER, 2001, p.103).

Esse ativismo que se buscou na prática pedagógica remete a tomada de decisões, a


participação com responsabilidade para atender o coletivo e desenvolver a capacidade de
interagir com ideias diferentes, assim como afirma Blotz (2016, p. 8)

A tomada de decisão que é discutida na ECTS (Ensino de Ciência e


Tecnologia) é entendida, de modo geral, como a participação no
debate público e a busca de uma solução que atenda ao interesse da
coletividade - implica capacidade de fazer julgamento, avaliar as
diferentes opiniões que surgem neste debate o saber negociar a
solução de interesse comum.

Dessa forma, entende-se que o projeto Meu Bairro, procurou destacar a relação entre a
Ciência e Tecnologia no tema Urbanização do conteúdo de geografia, com ênfase no ativismo
social do aluno.

4. PROJETO MEU BAIRRO


O trabalho foi desenvolvido com os alunos dos 7º anos B e C do Colégio Estadual
Presidente Kennedy no município de Ponta Grossa – Paraná. A temática envolve o conteúdo
de Urbanização presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares
Estaduais do Estado do Paraná. Trata de uma abordagem que buscou através de
contextualização do conteúdo, análise das implicações do uso da tecnologia no
desenvolvimento dos espaços urbanos, socialização dos problemas presentes nos bairros em
que convivem, participação popular, tomada de decisões e ativismo social.

4.1 Escala e Público


A expansão urbana é um dos processos mais concretos na sociedade contemporânea.
Isso acontece graças à valorização de serviços e a concentração do capital nesses espaços.
Entretanto, além de ser espaço de concentração de capital e produtos é um importante lócus
de vida humana onde se manifestam diversos agentes sociais. E na maioria das cidades, esse
crescimento foi acompanhado de problemas. A cidade de Ponta Grossa no Paraná, possui
341.130 habitantes, segundo dados preliminares do IBGE (2016), sendo cerca de 97%
vivendo na área urbana. O crescimento acentuado da área urbana em relação à rural chama-se
processos de urbanização e esse crescimento desordenado gerou problemas, assim como as
cidades de grande porte.
Figura 1 - Localização de Ponta Grossa - PR

Fonte: Disponível em: https://goo.gl/NYuxvZ Acesso em: 28/08/2017


Em Ponta Grossa, não foi diferente e por isso foi proposta esta intervenção pedagógica
com os alunos de 7º ano B e C do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Presidente
Kennedy. Este trabalho foi realizado em 7 etapas:
1ª etapa: Contextualização do conteúdo em sala de aula com a explanação inicial dos
principais conceitos de urbanização e que são fundamentais para o aluno. Os principais
conceitos abordados foram Urbanização, Crescimento Urbano, Hierarquia Urbana e a
formação das regiões metropolitanas. Nesse momento, foram propostas algumas questões aos
alunos: Que elementos ligados à tecnologia foram capazes de transferir a população do
campo para a cidade? Isso causou que tipos de impactos tanto no campo como na cidade? A
discussão inicial se deu primeiramente sobre essas questões.
2ª etapa: Abordagem dos principais problemas presentes no espaço urbano. A ênfase
principal foi acerca dos problemas em escala global que afetam quase todos os espaços
urbanos pelo mundo. São eles: O lixo, excesso de automóveis nas ruas e uso dos combustíveis
fósseis, a questão do lazer que envolveu além de carência de espaços verdes o uso de espaços
fechados construídos pelo homem. Neste último caso, o exemplo de shoppings que são
espaços de lazer presentes em áreas urbanas, mas que nem todos têm acesso. Neste momento
foi realizada uma abordagem no sentido da reflexão acerca da segregação social presente nos
espaços urbanos. Ainda sobre os problemas abordados, procurou-se dar destaque à
especulação imobiliária e a questão do emprego.
3ª Etapa: O professor solicitou que os alunos investigassem os espaços que convivem
e que registrassem utilizando-se de artefatos tecnológicos (celular, tablet, máquinas digitais)
problemas e qualidades que seus bairros possuem, assim como o espaço aos arredores da
escola.
4ª Etapa: Discussão coletiva acerca dos registros realizados em seus bairros. Neste
momento os alunos são instigados a pensar de uma maneira mais crítica e reflexiva sobre os
problemas que envolvem seu cotidiano e da responsabilidade de cada um no espaço, seja
poder público ou a sociedade.
5ª Etapa: Consiste na elaboração de um texto coletivo com as principais reflexões do
trabalho. Neste momento os alunos realizaram três saídas de campo com o objetivo de
observar problemas ambientais que envolvem os espaços próximos à escola e também à
Câmara de Vereadores do Município de Ponta Grossa em duas oportunidades.
6ª Etapa: Compartilhamento da informações e levantamentos obtidos. O trabalho foi
na mídia, através de uma reportagem veiculada na RPC TV, afiliada a Rede Globo em Ponta
Grossa e nos Campos gerais. Além disso, participaram de uma Sessão na Câmara dos
Vereadores a fim de conhecer como se propõe e vota-se projetos para o município.
7ª Etapa: Esta foi a última etapa e consistiu nas conclusões finais de cada aluno acerca
da abordagem do problema e das etapas presentes acima.

4.2 CTS nas Etapas do Projeto


1ª Etapa
O livro didático utilizado no Colégio Estadual Presidente Kennedy para o Ensino
Fundamental II, é o da Coleção Expedições Geográficas da Editora Moderna – 7º ano.
Procurou-se seguir a mesma linha que o livro trabalha. As discussões se iniciam com questões
que buscaram identificar o que é processo de urbanização e como aconteceu, bem como os
impactos desse processo na vida das pessoas.
Nesse instante, foram propostas questões aos alunos: Que elementos ligados à
tecnologia foram capazes de transferir a população do campo para a cidade? Isso causou
que tipos de impactos tanto no campo como na cidade?
As respostas dos alunos para as mesmas foram diversas, mas de maneira geral os
alunos não conseguiam compreender que relações estavam presente entre o crescimento de
pessoas vivendo em áreas urbanas e a área rural. Por isso, com uso de Data Show, procurou-se
demonstrar aos gráficos e tabelas que demonstram o crescimento das áreas urbanas em
comparação às rurais.

Gráfico 1 - População residente no campo e cidade

Gráfico 2 - População Urbana e Rural

Concomitante a demonstração dos gráficos, foi realizado um levantamento do


contexto histórico-geográfico e a realização de anotações no caderno do aluno. Essas
anotações correspondem a realização de uma linha do tempo que exatamente o período em
que a população urbana começa a crescer e a rural a diminuir até ambas se igualarem. Foram
levantadas informações que levaram os alunos a refletir acerca das causas da urbanização no
Brasil, que estão ligadas principalmente a industrialização nos espaços urbanos e problemas
no espaço rural.
Neste momento, discutiu-se o Êxodo Rural com suas causas e consequências. Os
alunos puderam compreender justamente um dos mitos presentes na abordagem em CTS, a do
salvacionismo. Já que foi possível verificar e refletir que apesar do desenvolvimento
tecnológico incorporado pelas indústrias na agricultura, principal atividade econômica do
espaço rural, a produção de máquinas pode ter aumentado a produtividade, porém causou
impactos sociais no campo. Esses impactos estão ligados diretamente ao desemprego
estrutural causado neste espaço. As máquinas produzidas nas indústrias da cidade
substituíram o trabalho braçal no campo o que forçou aqueles que dependiam de suas funções
a migrar para as áreas urbanas em busca de emprego. Isso demonstrou aos alunos que a
ciência e a tecnologia não são neutras. Porém, algumas observações foram realizadas pelos
alunos: Professor, mas o aumento da produtividade também não ajuda a população? As
pessoas desempregadas foram para a cidade e não conseguiram melhorar de vida? Essas
questões reorientaram as discussões em sala. E aí foram inseridas novas questões ao debate
referente à temática de sociedade.
Se por um lado a tecnologia pode vir a resolver problemas, por outro ela causa
problemas. E por isso não é neutra. Assim, a abordagem realizada neste momento foi de
encontro aos questionamentos de que a ciência e a tecnologia não são neutras, ou seja, que
possuem interesses distintos (Bazzo BAZZO, 1998) e como afirmam Laranja; Simões e
Fontes (1997, p.23) de que a ciência e tecnologia não são neutras, pois refletem as
contradições das sociedades que as engendram, tanto em suas organizações quanto em suas
aplicações. Na realidade, são formas de poder e de dominação entre grupos humanos e de
controle da natureza.

2ª Etapa
Nessa etapa foram realizadas abordagens acerca dos principais problemas presentes no
espaço urbano. A ênfase principal foi acerca dos problemas em escala global que afetam
quase todos os espaços urbanos pelo mundo. São eles: O lixo, excesso de automóveis nas ruas
e uso dos combustíveis fósseis, a questão do lazer que envolveu além de carência de espaços
verdes o uso de espaços fechados construídos pelo homem. Neste último caso, o exemplo de
shoppings que são espaços de lazer presentes em áreas urbanas, mas que nem todos têm
acesso. Neste momento foi realizada uma abordagem no sentido da reflexão acerca da
segregação social presente nos espaços urbanos. Ainda sobre os problemas abordados,
procurou-se dar destaque à especulação imobiliária e a questão do emprego sempre em uma
ótica que valoriza as questões de Ciência e Tecnologia.

3ª e 4ª Etapas
Nesse momento, foi solicitado que os alunos investigassem os espaços que convivem e
que registrassem utilizando-se de artefatos tecnológicos (celular, tablet, máquinas digitais)
problemas e qualidades que seus bairros possuem, assim como o espaço aos arredores da
escola. As etapas 3 e 4 do projeto podem ser analisadas de maneira concomitante, tendo em
vista que através das imagens obtidas foi possível fazer observações acerca de possíveis
causas e soluções de maneira coletiva em sala de aula.
Alguns dos problemas registrados podem ser observados nas imagens a seguir. No
bairro Jardim Los Angeles, alguns alunos registraram imagens que demonstram muitas ruas
sem asfalto. Os alunos elencaram que isso é ruim porque tem muita poeira quando não chove
e muita lama quando chove. Causa problemas de saúde, principalmente respiratórios. Causa
danos aos veículos e prejudica a segurança tanto de pedestres como os motoristas dos
carros. Outro problema observado é a ausência de calçadas por conta da falta de asfalto. A
falta de iluminação a noite e o mato alto em muitos terrenos. Em relação aos espaços de lazer
registraram que o Campinho de futebol está abandonado, uma área de lazer do bairro que
poderia ser melhor cuidada. As pessoas se drogam nesse lugar, pois a iluminação é muito
ruim. Tem uma creche abandonada onde moradores de rua vão e usam drogas ali. O Centro
Municipal de Educação Infantil (CMEI) SOFIA está faz muito tempo em obras e abriga
andarilhos e drogados. A Capa de asfalto não está aguentando e quebra. Os carros andam
muito rápido já que não tem sinalização e por isso a via principal é muito perigosa. Falta
lombada elevada, placas e redutores de velocidade. Posto de saúde funciona, mas o mato
está muito alto e as ruas ao redor não possuem asfalto. Afirmaram ainda, que a calçada de
acessibilidade está colocada em local errado
.
Figura 2 - Rua sem asfalto no Jardim Los Figura 4 - Calçada quebrada
Angeles

Autora (as): Kauane, Kaliane e Maria


Eduarda

Autora: Amanda – 7º B
Figura 5 - CMEI SOPHIA
Figura 6 - Asfalto se desfazendo

Autora (as): Kauane, Kaliane e Maria


Autora (as): Kauane, Kaliane e Maria Eduarda
Eduarda
Figura 2 - Calçada de Acessibilidade Figura 7 - CMEI SOPHIA
quebrada

Autora (as): Kauane, Kaliane e Maria


Autora (as): Kauane, Kaliane e Maria
Eduarda
Eduarda

Esse é o exemplo de apenas um bairro, inúmeros outros bairros foram analisados e


discutidos em sala de aula. Os problemas mais elencados foram ruas sem asfalto e
comentaram sobre as diversas consequências para a vida dos mesmos.

5ª e 6ª Etapas
Consiste na elaboração de um texto coletivo com as principais reflexões do trabalho.
Neste momento os alunos realizaram três saídas de campo com o objetivo de observar
problemas ambientais que envolvem os espaços próximos à escola e também à Câmara de
Vereadores do Município de Ponta Grossa em duas oportunidades.
A primeira saída de campo à Câmara Municipal de Ponta Grossa, foi em parceria com
um vereador da cidade que propôs um projeto chamado Câmara Jovem, que tem por objetivo
principal aproximar a comunidade mais jovem do legislativo. Os mesmos conheceram o
espaço, tiveram acesso aos gabinetes e à plenária onde foram submetidos a uma dinâmica
onde sentaram no espaço dos vereadores e tiveram a oportunidade de discutir com dois
vereadores da cidade.
Figura 8 - Alunos no hall de entrada da Figura 10 - Alunos na Câmara Municipal de
Câmara Municipal de Ponta Grossa Ponta Grossa

Autor: Luís Guilherme Gonçalves Cunha Autor: Luís Guilherme Gonçalves Cunha

Figura 9 - Alunos na Câmara Municipal Figura 11 - Alunos da Câmara Municipal de


Ponta Grossa

Autor: Luís Guilherme Gonçalves Cunha

Autor: Luís Guilherme Gonçalves Cunha

Ainda referente a este momento, os alunos foram levados para observar um local
próximo a escola que possui sérios problemas socioambientais. É o Arroio Pilão de Pedra que
compreende 8,48 km2. Atende a 30 mil pessoas aproximadamente em cinco grandes bairros
da cidade. A RPC TV afiliada a Rede Globo de Ponta Grossa acompanhou esta saída de
campo com o objetivo de registrar a atividade e divulgar nas mídias tendo em vista que para
os mesmos isso é uma boa ação para a disseminação de ativismo social. A reportagem foi
veiculada em rede local1. No mesmo dia da saída de campo ao Arroio Pilão de Pedra, os
alunos foram acompanhar uma sessão na Câmara Municipal de Vereadores de Ponta Grosa
para acompanhar a votação de projetos e discussões que aconteciam. Um dos projetos de lei
que mais chamou a atenção dos alunos foi referente a criação de nome para uma Quadra de
Futebol Society. O vereador, autor do projeto, propôs que a quadra recebesse o nome de sua
irmã. E um dos alunos que vive nesse bairro e estava acompanhando a sessão questionou o
fato da quadra nem estar pronta e já receber o nome. Questionou também o fato dessa quadra
receber o nome de uma pessoa que nem faz parte do bairro, acreditava ele que a quadra
deveria receber o nome de alguém do bairro ou um desportista de renome nacional. O que
demonstra que neste momento os alunos passaram a manifestar seu raciocínio mais crítico e
reflexivo.

7ª Etapa
É referente as manifestações finais acerca do trabalho que foi desenvolvido. Foi
solicitado aos alunos que manifestassem por escrito sobre as contribuições práticas do
trabalho e suas reflexões acerca da prática desenvolvida, onde se procurou conciliar sala de
aula com o ativismo e participação fora do espaço de sala de aula.
Segundo a aluna Camila Loureiro da Silva em suas considerações aprendeu que o
vereador não são aqueles que decidem qual bairro será arrumado e sim levar até o poder
executivo as necessidades e urgências de um determinado local.
Segundo a aluna Marcela Mami Begha os principais problemas observados são ruas
sem asfalto, sem calçadas, manilhas quebradas, falta de sinalização e coleta de lixo. Para a
mesma as pessoas deveriam cuidar mais do meio ambiente, não jogar lixo nas ruas, devem
plantar mais árvores e ter mais consciência e ainda complementa afirmando que seria muito
chato viver em uma cidade cheia de poluição e sem áreas adequadas de lazer.
O Aluno Taylor destaca em sua manifestação que em primeiro lugar que o professor
mostrar o problema na prática, tirando de sala de aula é mais interessante e que pode
aprender melhor do que se ficasse em sala. Isso demonstra que atividades pedagógicas
práticas que demanda a participação e a reflexão são bem recebidas pelos alunos. O aluno
destacou ainda que se os vereadores e prefeitos se dedicassem mais aos problemas da cidade
e menos aos enfeites de natal e etc, a cidade iria ser melhor. Isso demonstra que os alunos,

1
Link da reportagem: http://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/paranatv-1edicao/videos/t/edicoes/v/
problemas-dos-bairros-viram-assunto-de-materia-em-escola-publica-de-ponta-grossa/6071464/
apesar da pouca idade, observam as necessidades e fazem relações com outras ações tomadas
pelo poder executivo e legislativo.
A aluna Maria Eduarda Santos Pereira levantou em seus comentários que existem
problemas de infraestrutura na cidade, porém compreende também a necessidade da
população cuidar dos espaços e assumir suas responsabilidades com o local onde vivem.
A aluna Giovana Amanda Dutra também destaca os problemas, mas salientou que
seria interessante mais áreas de lazer e que os moradores precisam tomar conta dos espaços
que convivem. Nos últimos comentários é importante destacar que os mesmos compreendem a
responsabilidade do poder público na manutenção da infraestrutura, entretanto enfatizam que
a sociedade tem responsabilidade pela manutenção dos espaços que convivem. Dessa forma, é
possível inferir que o objetivo do trabalho foi alcançado que era o de despertar nos alunos o
sentimento de familiaridade com o espaço, ou seja, que se sentissem parte integrante do
mesmo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As práticas pedagógicas realizadas em sala de aula são importantes instrumentos para
o desenvolvimento de uma visão mais crítica, reflexiva e participativa na sociedade. Com este
trabalho e a abordagem em CTS foi possível estabelecer uma relação entre a ciência,
tecnologia e a implicação do aprendizado na sociedade.
Com o trabalho desenvolvido ainda foi possível definir questões no discurso dos
alunos referente à responsabilidade e a participação da sociedade nas decisões e no
comportamento dos mesmos perante os problemas existentes na cidade.
Uma das conclusões mais importantes refere-se a responsabilidade da sociedade sobre
os espaços. Os alunos citaram muitas vezes a responsabilidade que as pessoas precisam ter
acerca do patrimônio existente e do cuido com o mesmo. Além disso, conseguiram definir o
que seria a responsabilidade do poder legislativo e executivo. Compreenderam que é preciso
observar melhor a infraestrutura e cobrar das autoridades, a melhoria dos espaços que
convivem. Além disso, por conta da idade, percebe-se uma preocupação muito grande com a
manutenção e criação de áreas de lazer que atendam as necessidades da sociedade.
É importante destacar nessa abordagem que se faz necessário o trabalho prévio das
questões que envolvem a ciência e a tecnologia na melhoria da sociedade, mas também
compreender que apesar da ciência e tecnologia ajudarem, podem causar danos. E que a
mesmas não são neutras e que são norteados por diversos interesses externos, como por
exemplo, políticos e econômicos.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS (eliminar o termo BIBLIOGRÁFICAS)
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