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GEGe/UFSCar
PALAVRAS E CONTRAPALAVRAS
Entendendo o cotejo como proposta metodológica
Cadernos de Estudos IX
Para iniciantes
N
Pedrosjoão
suliinees
ISBN 978-85-7993-451-3
5. Vida. I.
1. Cotejo. 2. Bakhtin. 3. Trabalho com Textos. 4. Arte.
Título.
CDD - 410
s (pixabay.com))
Capa: Hélio Márcio Pajeú (CCO Creative Common
igo de Moura
Editores: Pedro Amaro de Moura Brito & João Rodr
Brito
Apresentação ”
Matéria outra 25
Cotejamento entre o humano e a natureza
Daniel Stoziek
De Platão a Lacan: 42
a construção amorosa entre professores e alunos
o que há entre o amante e o amado?
Kátia Vanessa Tarantini Silvestri
S
único do pesquisador
Alline Duarte Rufo
Ana Carolina Siani
O
Valdemir Miotello
O
Aline Maria Pacífico Manfrim
Explorando a startização
O
em análise de discursos
Ana Beatriz Ferreira Dias
Patrícia Zaczuk Bassinello
Bifro
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Referências
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Referências Bibliográficas
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Valdemir Miotello
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Introdução
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Atuação do professor:
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contrapalavras do leitor:
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Trecho 3:
Lá estava ela. Imóvel. Fria. Sem vida.
Era minha bússula. Minha referência.
(MORAES, p. 253)
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Referências
? Como tal, a leitura tem relação direta com a escrita, que pode ser
entendida como prática que materializa leituras de mundo do autor,
; “A que leva à reflexão sobre as vozes sociais que encontram espaço para
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Bakhtin (2017) ao dissertar sobre uma possível
metodologia das ciências humanas desconstrói o
pensamento da maioria dos pesquisadores que estão
na academia. Pesquisadores esses, cujos olhares estão
ancorados em uma abordagem positivista-mecanicista
de se olhar para o mundo e para as relações e
interações que temos com ele. Para esses
pesquisadores as coisas (objetos humanizados),
quando estudadas, apresentam a construção de um
limite, a busca de uma exatidão, o que implica em um
ato investigativo determinado por um afastamento
metodológico do pesquisador e seu objeto
humanizado. Nessa forma de se fazer pesquisa,
podemos afirmar que essa é uma forma monológica de
produção de conhecimento.
Ao propor uma metodologia para as ciências
humanas, Bakhtin (2017) enfatiza que o estudo do
homem só é possível cognitivamente por meio da
interpretação dos sentidos, ou seja, o olhar sobre o
mundo ocorre de forma inversa às práticas
interpretativas científicas denominadas positivistas
que ocorre com os objetos humanizados. Nas ciências
sociais aplicadas a interpretação de um texto
necessariamente necessita de outro texto, ou seja, um
texto somente se revela no mundo concreto por meio
de outro texto. Há um contato entre textos, não
necessariamente físico, pois esta interação ocorre entre
pessoas e não entre os objetos humanizados.
Na literatura essa forma de coleta de enunciados
apresenta algumas conduções e abordagens distintas,
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Fa
e o outro, ou seja, nossas condições de produção que