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Ementa de Antropologia 1

Funcionalismo, Estrutural-funcionalismo britânico, Escola de Manchester, Escola


Sociológica Francesa. Diferenças e desigualdades. Repensando o relativismo cultural.

Objetivos:

Levar o aluno a compreender as primeiras abordagens da antropologia moderna, o início


da prática etnográfica e o desenvolvimento analítico da antropologia britânica e francesa
na primeira metade do século XX.

Conteúdo Programático:

1. A escola sociológica francesa de Durkheim.


2. Antropologia de Mauss.
3. A primeira escola britânica e o início da prática etnográfica. Malinowski e o
funcionalismo.
4. Radcliffe-Brown e o surgimento da noção de estrutura.
5. O estrutural funcionalismo de Edward Evans-Pritchard.
6. Os trabalhos inovadores de Max Gluckman, Victor Turner e Mary Douglas.

Procedimentos de Ensino:

Cada aula será dividida em dois períodos, considerando estratégias de ensino


relacionadas às metodologias ativas: O primeiro período se caracterizará pela exposição
dialogada, de modo a estabelecer a discussão em torno da bibliografia básica previamente
disponibilizada para a turma. Essa dinâmica terá início com a apresentação de
comentários breves ao texto básico. Assim, o texto básico de cada aula será comentado
livremente por uma ou mais duplas de estudantes (aprendizagem por pares/ sala de aula
invertida), constituindo-se uma primeira abordagem, que prossegue e se desenvolve em
debate mais amplo com a mediação do professor. As exposições breves dos estudantes
serão agendadas com antecedência observando um cronograma de leituras
disponibilizado aos mesmos. Sempre que se tornar adequado aos propósitos da aula, o
segundo período de aula será organizado mediante discussão em grupo de trechos dos
textos selecionados para esse propósito; seguido de relatos dessas discussão em plenária
e encaminhamento de ideias e conceitos-chave e conclusão.

Cronograma:

AULA 1 - 24/01/24 Apresentação da disciplina.


AULA 2 - 31/01/24 A Escola Sociológica Francesa: E. Durkheim
AULA 3 - 07/02/24 A Escola Sociológica Francesa: Marcel Mauss
AULA 4 - 21/02/24 A Escola Sociológica Francesa: princípio da reciprocidade
AULA 5 - 28/02/24 Antropologia britânica moderna: B. Malinowski
AULA 6 - 06/03/24 Antropologia britânica moderna: Radcliffe-Brown
AULA 7 - 13/03/24 Antropologia britânica moderna: Evans-Pritchard
AULA 8 - 20/03/24 Primeira avaliação da disciplina.
AULA 9 - 27/03/24 Gluckman e as análises de situações sociais
AULA 10 - 03/04/24 Turner, liminaridade e communitas
AULA 11 - 10/04/24 Mary Douglas
AULA 12 - 17/04/24 Rituais de iniciação.
AULA 13 - 24/04/24 Florestan Fernandes
AULA 14 - 08/05/24 A fricção interétnica
AULA 15 - 15/05/24 Segunda avaliação.
AULA 16 - 22/05/24 Devolutiva das atividades
Formas e critérios de avaliação:

Em cada bimestre a avaliação será composta por três instrumentos:

Relatórios em duplas, relativos a atividades propostas (peso 3).

Comentários orais breves aos textos indicados para as aulas, conforme cronograma
ajustado previamente com os estudantes. A elaboração escrita dos comentários deverá
ser entregue ao professor na mesma data. A sugestão é de que o tamanho médio desse
texto tenha entre meia e uma página (entre 1.500 e 3.000 caracteres com espaço) -
contando espaçamento 1,5 entre linhas. Cada dupla apresentará um comentário no 1º
bimestre e um do segundo bimestre (peso 2,5).

Comentários escritos referentes às dinâmicas em grupo desenvolvidas em sala (peso 1,5)

Prova escrita ao final do bimestre (peso 3).

Bibliografia Básica:

1. A escola sociológica francesa:

Durkheim DURKHEIM, Émile & MAUSS, Marcel. ¿Algumas formas primitivas de


classificação¿. In: MAUSS, Marcel. Ensaios de sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1981
(pp. 183-203)

DURKHEIM, Émile. ¿As formas elementares da vida religiosa¿. In: Coleção Os pensadores.
São Paulo: Abril Cultural, 1985. (pp. 27-68).

2. A antropologia de Marcel Mauss. MAUSS, Marcel. O Ensaio sobre a dádiva. In: MAUSS,
Marcel. Sociologia e Antropologia, vol. II. São Paulo: Edusp, 1974. (Introdução: ¿Da dádiva
e, em particular, da obrigação de retribuir os presentes¿ ¿ pp. 39-48; Cap. 1: ¿As dádivas
trocadas e a obrigação de retribuí-las¿ ¿ pp. 49-67 & Cap. 4 ¿Conclusão¿ ¿ pp. 163-184).

3. A primeira escola britânica e o início da prática etnográfica. Malinowski e o


funcionalismo. LAPLANTINE, François. ¿Os pais fundadores da antropologia: Boas e
Malinowski¿. In: LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense (pp.
75-86).

MALINOWSKI, Bronislaw. ¿Introdução, teoria, método e objetivo desta pesquisa¿ e Cap. 1.


In: Argonautas do Pacífico Ocidental ¿ (Coleção Os pensadores). São Paulo: Abril Cultural,
1984 (pp. 17-34).

4. Radcliffe-Brown e o surgimento da noção de estrutura. RADCLIFFE-BROWN, Alfred R.


Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis: Vozes, 2013 (Cap. 09 - ¿Sobre o
conceito de função em ciências sociais¿, pp. 161-168 & Cap. 10 - ¿Sobre a estrutura
social¿, pp. 169-182).

5. O estrutural funcionalismo de Edward Evans-Pritchard EVANS-PRITCHARD, Edward.


¿Tempo e espaço¿. In: EVANS-PRITCHARD, Edward. Os Nuer. São Paulo: Perspectiva, 1988
(pp. 107- 150). EVANS-PRITCHARD, E. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande.
Introdução e apêndice IV. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.

6. Os trabalhos inovadores de Max Gluckman, Victor Turner e Mary Douglas GLUCKMAN,


Max. ¿Análise de uma situação social da Zululândia moderna¿. In: FELDMAN-BIANCO, Bela
(Org). Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo: Global, 1987 (pp. 227-
267)

TURNER, Victor W. ¿Liminaridade e Communitas¿. In: TURNER, Victor W. O processo ritual:


estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes, 2013 (pp. 97-126)

DOUGLAS, Mary. Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva, 2012 (Introdução e Cap. 1, pp.11-
55).

7. Repercussões na antropologia brasileira CLASTRES, Pierre. ¿Da tortura nas sociedades


primitivas¿. In: CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. São Paulo: Cosac & Naify,
2003.

FERNANDES, Florestan. A Função da Guerra na sociedade Tupinambá. São Paulo: Globo,


2006. (Introdução ¿ pp. 21-32). Fernandes, Florestan. Fundamentos empíricos da
explicação sociológica. São Paulo: Editora Nacional, 1972. (Parte III ¿ Introdução e Cap. II).

8. A fricção interétnica CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. ¿Introdução: a noção de fricção


interétnica¿. In CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. O índio e o mundo dos Brancos. Editora
da UNB; Pioneira, 1981. (Capítulo I. pp. 15-30).

RAMOS, Alcida R. ¿Revisitando a Etnologia à Brasileira¿. In Carlos Benedito Martins


(coord.). Horizontes da Ciências Sociais no Brasil: antropologia. São Paulo: ANPOCS, 2010.
(pp. 25-49).

Bibliografia Complementar:

DAWSEY, John. Victor Turner e a antropologia da experiência. In: Cadernos de campo, vol.
13, n. 13, 2005

KUPER, Adam. Malinowski. In: Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco


Alves, 1978 (pp.11-50).

KUPER, Adam. As décadas de 1930 a 1940: da função à estrutura. In: KUPER, Adam.
Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978. (pp. 87-119).

PONTES, Heloisa. Durkheim: uma análise dos fundamentos simbólicos da vida social e dos
fundamentos sociais do simbolismo. In: Cadernos de campo, ano III, n. 3, 1993. (pp. 89-
102).

DAWSEY, John. Victor Turner e a antropologia da experiência. In: Cadernos de campo, vol.
13, n. 13, 2005. RAMOS, Alcida R. Revisitando a Etnologia à Brasileira. In Carlos Benedito
Martins (coord.). Horizontes da Ciências Sociais no Brasil: antropologia. São Paulo:
ANPOCS, 2010.

FERNANDES, Florestan. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. São Paulo:


Editora Nacional, 1972. (Parte III ¿ Introdução e Cap. II).

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