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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade de Psicologia – Unidade educacional São Gabriel

Igor Hempfling

A EJACULAÇÃO PRECOCE SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA COGNITIVO


COMPORTAMENTAL

Belo Horizonte
2022
Igor Hempfling

A EJACULAÇÃO PRECOCE SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA COGNITIVO


COMPORTAMENTAL

Projeto apresentado à disciplina de Orientação


de Monografia II da Faculdade de Psicologia da
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como requisito para a aprovação na
disciplina

Orientadora: Erica Silva Frois

Belo Horizonte
2022
Igor Hempfling

A EJACULAÇÃO PRECOCE SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA COGNITIVO


COMPORTAMENTAL

Projeto apresentado à disciplina de Orientação


de Monografia II da Faculdade de Psicologia da
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como requisito para a aprovação na
disciplina

Orientadora: Erica Silva Frois

________________________________________________________________
Prof. Erica Silva Frois

________________________________________________________________
Prof. Mônica Silveira Barrouin

Belo Horizonte, maio de 2022


RESUMO

A ejaculação precoce é a ejaculação ocorrida de maneira indesejada durante a fase


do orgasmo no ciclo sexual devido à falta de habilidades de autocontrole
ejaculatório. Esta disfunção sexual faz parte do grupo de disfunções sexuais
masculinas mais acarretadas entre os brasileiros, tendo sua frequência de 15,8% na
vida sexual do homem brasileiro. A saúde mental e sexual do homem com
ejaculação precoce sofre consequências devido a presença da disfunção sexual,
afetando não somente sua vida individual como o relacionamento com sua parceria,
visto que a ejaculação não controlada afeta a relação sexual, e como consequência,
o prejuízo no prazer do casal. Realizado uma leitura bibliográfica a partir livros e
artigos acadêmicos, que abordam o tratamento da ejaculação indesejada na teoria
cognitivo comportamental, o processo terapêutico ajuda o indivíduo diagnosticado
com a disfunção a partir do desenvolvimento de habilidades sexuais no controle da
própria ejaculação, além de desmistificar crenças distorcidas construídas ao longo
do histórico sexual.

Área do conhecimento: Psicologia Clínica.


Palavras-Chave: Sexualidade masculina; Ejaculação precoce; Terapia Cognitivo
Comportamental; Saúde sexual.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6

2 METODOLOGIA 8

3 A EJACULAÇÃO PRECOCE NA VIDA SEXUAL MASCULINA 9

3.1 O ciclo de resposta sexual humana 9

3.2 Disfunção da ejaculação indesejada 10

3.3 O tratamento da disfunção sexual na teoria cognitivo comportamental 12

REFERÊNCIAS 18
6

1 INTRODUÇÃO

A ejaculação precoce (EP) é caracterizada pela ejaculação prematura e


indesejável masculina. A Sociedade Internacional de Medicina Sexual (ISSM) definiu
a ejaculação prematura como:

Uma disfunção sexual masculina caracterizada pela ejaculação que ocorre


sempre ou quase sempre antes ou aproximadamente um minuto após a
penetração vaginal; e incapacidade em retardar a ejaculação em todas ou
quase todas as penetrações vaginais; e que cause consequências pessoais
negativas como sofrimento, aborrecimento, frustração e/ou evitação de
intimidade sexual (ISSM, apud TORRES, 2013 p. 192).

De acordo com a pesquisa realizada por Abdo et al. (2002) sobre o perfil
sexual da população brasileira, a ejaculação prematura foi a segunda disfunção
sexual mais presente entre os homens participantes do estudo, sendo que, 15,8%
dos respondentes alegam sofrer/ter com a EP frequentemente e 41% às vezes. Em
relação a idade destes homens diagnosticados, a variação foi pouco significativa
pois os indivíduos de até 25 anos, dentre eles, 22% dizem ter a EP frequentemente,
comparado aos de 61 anos com 16,4%.
A qualidade de vida do homem diagnosticado com ejaculação prematura é
influenciada, de forma negativa, pelas causalidades da disfunção sexual. Segundo
Silva e Maia (2008, p. 93) “a ejaculação precoce traz consigo ansiedade e uma
grande parcela de culpa sobre o homem por não ter um bom desempenho sexual;
sendo o prazer sexual incompleto e muito rápido”. A autoestima e autoconfiança
masculina são as principais características afetadas mediante a perda de confiança
sexual, por não se ter obtido o desempenho sexual esperado e a permanência do
sentimento de frustração durante e após o ato sexual. Além disso, a sociedade
cobra ao homem uma imagem masculina de boa performance sexual, pois é imposto
sobre ele que o seu prazer sexual e de seu (ua) parceiro (a) é de sua total
responsabilidade, corroborando com a piora de seu quadro psicológico já abalado
(SARDINHA, 2017).
A saúde mental do homem com a EP não é o único elemento de sua vida
afetado de maneira negativa. O relacionamento conjugal do indivíduo com EP é
interferido pelo desapontamento masculino e sentimento de culpa sobre a mulher. A
parceira fica sexualmente insatisfeita e muitas vezes é culpada pelo fracasso da
relação sexual, podendo causar sintomas depressivos, e inviabilizando a criação de
7

um ambiente tranquilo para uma boa performance sexual para o casal (SILVA;
MAIA, 2008).
Na busca pelo tratamento da disfunção ejaculatória, a terapia sexual com a
base teórica cognitivo comportamental (TCC) ganha destaque como escolha de
tratamento psicológico, pois trabalha-se com o paciente na aquisição de habilidades
sensitivas e sentimentais, melhorando sua comunicação com o parceiro (a) e
aumentando as competências sexuais, juntamente com exercícios práticos,
passados pelo psicólogo, que irão contribuir no controle do padrão ejaculatório
(FRANCISCHI et al, 2011, p. 547). Ao longo do processo terapêutico, o
terapeutizando pode contar com a ajuda de seu cônjuge na realização das sessões
e práticas terapêuticas, colaborando nos resultados e visando a melhora do
relacionamento.
Neste contexto, o artigo tem o intuito de apresentar o tratamento psicológico
com base na TCC para a ejaculação prematura, no objetivo de compartilhar
conhecimento sobre uma das intervenções psicológicas existentes na resolução da
disfunção sexual. Assim sendo, divulga-se uma forma de trabalho com
possibilidades de auxiliar os pacientes a conquistarem uma melhor qualidade de
vida sexual, tanto individual quanto em conjunto, além de contribuir na melhora da
saúde mental.
8

2 METODOLOGIA

A metodologia adotada para a realização do projeto foi a pesquisa qualitativa,


a qual “considera a ciência como uma construção da subjetividade humana, em uma
forma particular e dentro de um determinado sistema teórico” (PINTO, 2004, p.74);
sendo assim, trouxe o tratamento da vida sexual masculina diagnosticada com a
disfunção sexual de maneira singular e particular, de natureza exploratória,
explorando e entendendo as técnicas e metodologias adotadas pela TCC no
tratamento psicológico, com o intuito de estudar e aperfeiçoar os conhecimentos
previamente adquiridos da produção do trabalho acadêmico. Outro ponto estudado
foi o entendimento e a reflexão da eficácia das técnicas e teorias apresentadas em
produções científicas na prática clínica do tratamento da EP.
O trabalho acadêmico realizado teve início na pesquisa bibliográfica, com
uma abordagem qualitativa, pautada em leituras de artigos, pesquisas e livros
teóricos, selecionados a partir de pesquisas referenciadas nas palavras chaves
“ejaculação precoce e teoria cognitivo comportamental” no site Google acadêmico,
tendo continuidade em outros sites como Scielo e Pepsic. Outro critério usado na
escolha dos materiais a serem estudados foi o tempo de publicação, com a
finalidade de tentar manusear instrumentos mais recentes, obtendo uma idade de
aproximadamente 20 anos atrás, salvo os autores Master e Johnson (1970), e
Kaplan (1974-1977), precursores nos estudos da terapia sexual. Os instrumentos
acadêmicos apresentados como resultado da busca nos sites citados, 28 foram
escolhidos para ler o resumo dos mesmos, e desta quantia, 18 foram selecionados
para ler por completo seu conteúdo didático, tendo como propósito a verificação de
averiguar se iriam coincidir com o intuito do texto acadêmico. Ressalta-se os autores
Silva e Maia (2008), como principal referência didática utilizada na orientação da
construção do trabalho acadêmico. Além desta escolha dos artigos a serem
utilizados, se pesquisou livros pedagógicos relacionados a terapia sexual das
disfunções sexuais e, assim, foi lido suas sinopses para observar a presença de
algum material referente a EP e a TCC, e avaliados se encaixavam com os objetivos
a serem alcançados com a produção do trabalho acadêmico, tendo como resultado
6 livros utilizados como referenciais teóricos.
9

3 A EJACULAÇÃO PRECOCE NA VIDA SEXUAL MASCULINA

3.1 O ciclo de resposta sexual humana

A sexualidade é uma parte presente em nossas vidas antes mesmo de nós


nascermos e só se encerra com a morte (GALATI et al, 2014). Na tentativa de
compreendê-la, estudos são realizados frequentemente desde a década de 60,
marcado pelos pesquisadores Masters e Johnson (1970; cit. por MARQUES;
CHEDID; ELZERIK, 2008) quando, então, foi apresentado um dos modelos de
compreensão do funcionamento sexual humano, caracterizado como ciclo da
resposta sexual humana, e dividido em quatro etapas:

1) Excitação: duração de minutos a horas. É a estimulação psicológica e/ou


fisiológica para o ato. Corresponde à lubrificação vaginal na mulher e à
ereção peniana no homem. Caracteriza-se basicamente por dois
fenômenos: vasocongestão e miotonia, culminando na formação da
plataforma orgástica;
2) Platô: excitação contínua; prolonga-se de 30 segundos a vários minutos;
3) Orgasmo (orge, do Latim, significa agitação, irritação). É uma descarga
de imenso prazer, representada no homem pela ejaculação peniana.
Segundo Wilhelm Reich, é “Tensão que aumenta, atinge o auge, e é
descarregada, gerando relaxamento corporal”. É a fase de excitação
máxima, com grande vasocongestão e miotonia rítmica da região pélvica,
acompanhada de grande sensação de prazer, seguida de relaxamento e
involução da resposta (resolução). É o clímax da resposta sexual e constitui
uma série de contrações rítmicas (3 a 15) da plataforma orgástica, com
intervalo de 0,8 segundos;
4) Resolução: Também chamada fase de detumescência, é um estado
subjetivo de bem-estar que se segue ao orgasmo, no qual predomina o
relaxamento muscular, a lassidão e certo torpor. Tem duração de minutos a
horas. Nos homens, caracteriza-se por um período refratário no qual o
organismo necessita estar em repouso, não aceitando mais estimulação
(MASTERS JOHNSON, 1970; cit. por MARQUES, CHEDID & ELZERIK,
2008, p. 176-177).

Após alguns anos de pesquisas e dando continuidade aos estudos


realizados por Masters e Johnson, a pesquisadora Kaplan (1970, cit. por ABDO;
FLEURY, 2006) alterou a sequência do ciclo sexual, acrescentando o desejo
previamente a excitação e retirando a fase do platô, tendo em vista que a excitação
crescente é o que conduz ao orgasmo. Levine (2003, cit. por GLINA, 2013) para
compreender a fase do desejo de maneira mais clara, tendo em vista que esta etapa
sexual sofre influências biológicas, psíquicas e culturais, dividiu o desejo em três
partes: “(...) o impulso, provavelmente de origem cerebral, o motivo, que depende do
10

relacionamento interpaceiros, e o cultural, que impõem ao homem um padrão de


comportamento sexual” (LEVINE, 2003, cit. por GLINA, 2013, p.13).
Reformulado o esquema da resposta sexual, agora composta por quatro
fases e atualmente utilizada para classificar o funcionamento sexual humano
masculino: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Ressalta-se que “essas fases
não ocorrem obrigatoriamente de maneira distintamente separadas e podem variar
de pessoa a pessoa, ou, ainda, a cada encontro sexual” (GALATI et al, 2014, p.244).

3.2 Disfunção da ejaculação indesejada

De acordo com a APA (2014, p. 423) por meio do DSM-V, uma disfunção
sexual é definida por “uma perturbação clinicamente significativa na capacidade de
uma pessoa responder sexualmente ou de experimentar prazer sexual''. Dentre as
disfunções sexuais apresentadas no DSM-V, existem subtipos para indicar a origem
do problema sexual e com isso, direcionar o tratamento a ser realizado com o
indivíduo diagnosticado. A primeira divisão se refere à quando a disfunção sexual
apareceu na vida sexual do indivíduo, sendo ao longo da vida, desde o primeiro ato
sexual até os mais recentes, e o adquirido, apresentado em algum momento de sua
vida sexual. Já a segunda divisão, aborda o como a disfunção sexual ocorre, de
maneira generalizada, sendo em qualquer contato sexual, ou situacional, que
acontece com determinados tipos de estimulação, situações ou parceiros (APA,
2014).
Masters e Johnson (1970) fizeram parte dos precursores nos estudos da
ejaculação prematura. O casal definiu a disfunção sexual como a incapacidade
masculina de retardar a ejaculação, de maneira temporária, o suficiente para que a
parceira sexual obtenha orgasmo também de, no mínimo, 50% do tempo.
Após alguns anos, Kaplan (1977) fez alguns estudos e que contrariaram os de
Masters e Johnson. Ela trouxe a luz que o orgasmo feminino se altera de mulher
para mulher, e a ejaculação masculina alterada não deve ser conceptualizada, de
forma central, pelo tempo em que o homem consegue retardar, mas sim, pela
ausência do controle voluntário, tornando-se o tempo de resistência ejaculatória e o
orgasmo feminino irrelevantes para a patologização da disfunção sexual.
Outro ponto apresentado por Kaplan (1977), que contribuiu na construção do
conceito da ejaculação distorcida, foi a ausência ou diminuição da percepção sob a
11

sensação erótica. A pesquisadora percebeu, em seus estudos, que os homens


diagnosticados com a disfunção passam por uma experiência relativa a uma
anestesia sobre o órgão genital quando estão intensamente excitados e próximos ao
orgasmo.
Ao passar dos anos e com estudos realizados, o conceito de ejaculação
precoce foi-se alterando, mas não se chegou a uma definição única, tendo em vista
a presença de várias outras conceitualizações na literatura.
O meio científico atual tem o conhecimento de duas EP que podem ser
diagnosticadas na vida do homem: a ejaculação precoce primária e a secundária. A
primária é a ejaculação indesejada apresentada desde o primeiro ato sexual do
homem, usualmente a causa é biológica, e a secundária, ocorrida desde um
determinado contato sexual após início da vida sexual, sendo frequente a origem
psicológica e tratada por meio de tratamento psicológico.
A ejaculação indesejada ocorre entre as fases de excitação e orgasmo do
ciclo sexual masculino, tendo como um marco importante o ponto de não retorno, a
“sensação de inevitável”. Kaplan (1977, cit. por CAMERINE, 2018) apresenta esta
“sensação de inevitável" como marco da impossibilidade de retardar a ejaculação,
ou seja, a ejaculação irá ocorrer de maneira desejada ou indesejada. Em outras
palavras, a ejaculação, em seu nível máximo de excitação, pode ser caracterizada
como nível 10, e o ponto de não retorno será o nível 9; sendo assim, o homem com
ejaculação precoce não o conhece, podendo ser explicado a uma escassez de
divulgação do conhecimento sexual atualmente, ou reconhece esta divisão, além de
não ter a habilidade de retardar previamente a excitação antes do nível 9.
Silva e Maia (2008) em seu artigo sugerem alguns fatores que possam atuar
como predisponentes e mantenedores da EP do homem. Tais fatores podem ter
ocorrido na vida do mesmo, bem como estarem presentes no cotidiano dele, tais
como o nível de estresse anterior a uma relação sexual. Assim, sua percepção em
relação a sensação erótica pode aumentar ou diminuir e, quando intensamente
excitado, pode levar a uma noção de muita sensibilidade de seu órgão sexual –
ocorrência, esta, a responsável pelo orgasmo prematuro. Outro fator mantenedor da
prevalência da disfunção sexual na atualidade é a cobrança cultural, do homem ter
um bom desempenho sexual e a sua responsabilidade pelo prazer sexual de sua
(eu) parceira (o). Silva e Maia (2008, p.93) ressaltam que:
12

Vários casamentos têm um final infeliz em função desta disfunção


masculina, pois o homem, não sabendo lidar com este problema, deixa a
parceira à mercê de uma boa satisfação sexual e, muitas vezes, culpa a
parceira pelo seu fracasso ejaculatório.

A saúde mental do homem diagnosticado com a ejaculação indesejada é


uma outra parte de sua vida afetada de maneira negativa pela disfunção sexual. Ros
et al (2001) apresentaram em seu trabalho acadêmico que, a EP não tratada pode
trazer algumas consequências psicológicas para a vida do homem diagnosticado,
como depressão, ansiedade, desordens da personalidade, disfunção erétil, baixa da
autoestima, dano ao relacionamento conjugal, aversão ao sexo e diminuição da
libido. Oliveira et al (2013) citando Rowland et al (2007) relataram em outro artigo:

Homens com EP demonstram várias consequências negativas, tais como


afectos negativos associados às relações sexuais, sentimentos intensos de
vergonha, culpa, preocupação, tensão e medo de fracasso. Uma vez que a
satisfação do parceiro, desempenha nesta disfunção sexual, um papel
importante nas outras disfunções sexuais masculinas, não é de surpreender
que um mal estar na relação seja referenciado como a segunda
consequência mais prejudicial desta disfunção sexual (ROWLAND et al,
2007 apud OLIVEIRA et al, 2013, p. 8).

Nascimento et al (2014), citando Riera (2012), contribuem com o discurso da


presença de consequências que a disfunção da ejaculação indesejada pode trazer
para a saúde mental do homem diagnosticado, relatando que sentimentos de
angústia, frustração e incômodo podem aparecer quando existe a dificuldade, por
parte do indivíduo com EP, em retardar sua ejaculação.

3.3 O tratamento da disfunção sexual na teoria cognitivo comportamental

Os métodos mais comuns utilizados atualmente para o tratamento da EP


pelos profissionais da saúde são o farmacológico e psicoterapêutico. Sabe-se que o
tratamento farmacológico apresenta resultados positivos em pouco tempo após o
começo da intervenção, como no caso do uso de antidepressivos, como IMAO
(inibidores da monoamina oxidase), e de pomadas anestésicas. Assim, o uso desses
fármacos consegue cumprir com as expectativas de maior duração performática
sexual, entretanto, possui duas complicações: o controle do homem sob a própria
ejaculação não é conquistado e, caso o abandono dos produtos farmacêuticos
13

ocorra, os problemas que haviam sidos "resolvidos", voltam a aparecer (CAMERINI,


2018). Rodrigues (2011, online) relata também que:
Tratamentos medicamentosos apresentam baixa percentagem de sucesso e
interferem com o desejo, diminuindo-o ou mascarando a insatisfação com o
comportamento e menor frequência sexual que ocorre na sequência do uso
de medicamentos antidepressivos.

O tratamento psicoterapêutico na abordagem teórica da TCC tem como


principais objetivos:

A) Definir a natureza da disfunção sexual e quais são as mudanças


desejadas; B) Obter informações que permitam ao terapeuta propor uma
formulação em termos de fatores pré disposicionais, precipitantes e
mantenedores; C) Com base nesta formulação, definir qual o melhor tipo de
intervenção terapeutica; D) Iniciar o processo terapêutico; E) Avaliar o
processo e introduzir eventuais mudanças no planejamento, se necessário;
F) Tomar medidas para prevenção de recaídas. (Silva e Maia, 2008, p.93)

Além destes objetivos mais focados no indivíduo diagnosticado com a


disfunção, a terapia sexual trabalhará também o relacionamento afetado
negativamente pela disfunção, promovendo uma maior e melhor comunicação
sexual entre o casal, dando a conhecer um ao outro os estímulos que são mais
adequados e preferidos (MEIRELES, 2019).
Para o início do tratamento psicoterapêutico, o psicólogo necessita realizar
uma investigação da origem da disfunção sexual e do histórico da vida sexual do
paciente, tendo como objetivo identificar como e quando apareceu a EP, seus
relacionamentos afetivos passados e atuais, as experiências sexuais passadas e as
mais recentes, as mudanças que ocorreram em seu funcionamento e/ou satisfação
sexual, a flexibilidade nas atitudes e comportamentos sexuais, dificuldades sexuais
em relação a parceria, quando o homem tem um(a) parceiro(a) fixo(a), como pontos
fortes e fracos da pessoa e as preferências e desagrados em relação ao
comportamento sexual dela(e) (LIDÓRIO; TATAREN, 2012). Carey (2011; apud.
OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2019) ressalta que, caso o homem com EP tenha uma
parceria fixa que realiza relações íntimas, é preferível que o psicólogo trabalhe com
o casal, visando que o progresso irá ocorrer de maneira mais efetiva e duradoura.
A necessidade de comprometimento com o processo terapêutico do homem
com ejaculação prematura deve ser abordada desde o início do tratamento para que
ele fique consciente de que a eficácia do processo é influenciada, principalmente,
por sua participação ativa na realização das orientações e exercícios a serem
14

passadas pelo terapeuta sexual durante o tratamento. Caso ele tenha parceria fixa,
a pessoa também terá influência na terapia sexual pois alguns exercícios sexuais
utilizados para o tratamento podem, e são recomendados, ser realizados em
conjunto. Assim, a empatia desse parceiro (a) em relação ao tratamento deve estar
presente. Silva e Maia (2008, p.94) comentam que “(...) é orientado ao casal que
cabe exclusivamente a eles a responsabilidade do sucesso do tratamento, expondo
ao casal um quadro realista do que pode ser esperado”.
O psicólogo durante todo o tratamento psicológico da disfunção sexual deve
se atentar aos relatos do paciente, com o objetivo de identificar os mitos sexuais
predominantes na vida sexual do mesmo. De maneira frequente, estes mitos sexuais
têm sua origem a partir de um histórico sexual de repetidasocorrências da disfunção
sexual nesse período de vida de sexualidade ativa, tendo ocorrido experiências
sexuais não prazerosas que levaram à construção desses mitos que passam a ser
creditados como verdades. Além destas relações sexuais ocorridas com o
surgimento da EP, a cultura predominante na sociedade que o homem vive é um
reforçador para que os mitos sejam mais cristalizados na vida do homem com EP,
tendo em vista que, a ideia imposta a esse indivíduo masculino de que ele é o
responsável pelo próprio prazer e o de sua parceria, torna-se obrigatório cumprir
esta responsabilidade.
A focalização sensorial I e II, proposta por Masters e Johnson, (cit. por
TONIETTE, 2001) consiste na suspensão do coito, pelo terapeuta, com o objetivo de
retirar a atenção do homem, com disfunção, da penetração pênis na vagina e
trabalhar as habilidades sensoriais do corpo. Essa técnica possibilita o despertar de
habilidades básicas de autopercepção das sensações, das mais amplas às mais
específicas, como as premonitórias da ejaculação, bem como contribui para que o
contato entre o casal seja enriquecido, uma vez que a presença da EP possa ter
gerado um possível desgaste e empobrecimento da vida sexual ao longo dos anos.
Massagens com cremes ou óleos sem cheiro é um exemplo para pôr em prática o
reconhecimento das sensações, tendo como primeiro momento, as massagens no
corpo todo e com roupas, e ao longo do tempo, retira-se as vestimentas,
reconhecendo, no próprio corpo e do outro, as partes sensíveis e agradáveis de
serem acariciadas (SILVA e MAIA, 2008).
Uma vez reconhecidas as sensações de prazer e o momento antes da
ejaculação, sendo mais específico o ponto de não retorno, será passado ao paciente
15

com EP pelo terapeuta, exercícios de manipulação do pênis, proposta por Semans


(1956, cit. por TONIETTE, 2001), nomeados de técnicas do parar-recomeçar e da
compressão, podendo serem realizados tanto individual quanto conjunta com a
parceria. A primeira prática citada ocorre de maneira que o homem se deite na cama
com as costas no colchão e, individualmente ou seu (ua) parceiro (a), masturbe o
pênis do indivíduo com a disfunção sexual, até um momento antes de atingir o ponto
de impossibilidade de retardar a ejaculação, assim, irá parar o movimento
masturbatório até que esta sensação de quase ejacular passe, retornando a
masturbação novamente, repetindo esta prática por 3 a 4 vezes, ocorrendo na última
vez a ejaculação.
Já a segunda técnica, o homem com a disfunção ejaculatória irá se masturbar
ou ser masturbado pela parceria de maneira igual a primeira supracitado, porém ao
atingir a sensação anterior ao ponto de retorno, a glande do pênis deve ser
pressionada, impedindo de ocorrer a ejaculação, e o ato deve se repetir de 3 a 4
vezes, acontecendo na última execução, a ejaculação. Por fim, deve-se utilizar um
lubrificante nas últimas realizações deste exercício, no intuito de simular uma
penetração intravaginal. Estas práticas sexuais tem o objetivo de dar mais controle
sob a ejaculação, podendo “(..) desenvolver a habilidade de retardar voluntariamente
o nível de excitação sexual, aumentando a autoconfiança (..)” (TONIETTE, 2001,
p.211).
Após a realização dos exercícios sensoriais e masturbatórios, com as
habilidades sensitivas e de autocontrole ejaculatório desenvolvidas, o coito é
sugerido a ser realizado. Nas primeiras relações sexuais e com uso de vaselina ou
outros cremes desensibilizadores penianos, a penetração deve ocorrer de maneira
que a parceria esteja na posição superior em relação ao homem com EP, para que o
individuo com a disfunção possa controlar a os movimentos do quadril da(o)
parceira(o), assim, quando a sensação pré-orgasmica seja atingida, pare a
penetração, a fim de diminuir a sensação e, assim, possa retornar o coito (SILVA;
MAIA, 2008). Realizado esta prática durante algum tempo, a relação sexual deve
acontecer de maneira usual, tendo o orgasmo durante a penetração intravaginal,
porém de maneira diferente comparada com o sexo realizado previamente ao
tratamento psicológico, pois habilidades sensitivas e de autocontrole foram
praticadas e aprimoradas com o indivíduo disfuncional, assim, seu prazer e de sua
parceria estarão presentes durante o ato sexual.
16
17

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ejaculação precoce na atualidade é uma das disfunções sexuais que mais


afeta negativamente os homens, tanto de maneira psicológica em sua saúde mental,
quanto na qualidade de vida sexual, impossibilitando o prazer durante as relações
sexuais. Um dos fatores presentes na nossa sociedade que contribui para a
permanência deste cenário prejudicial é a cultura machista e performática, replicada
diariamente pelas pessoas em nossa sociedade, e uma das principais responsáveis
pela criação dos mitos sexuais predominantes no cotidiano do homem com EP,
assim, reforçadora do constante aumento de novos casos da disfunção sexual e de
sua permanência atualmente.
Visando solucionar a disfunção sexual, o homem diagnosticado busca
tratamentos mais rápidos, como os ofertados pela medicina por meio do uso de
medicamentos, reforçando assim, a cultura farmacológica de solucionarmos os
problemas de saúde presentes em nossa vida por meio do uso de remédio. Porém,
não refletimos sobre esta escolha, sendo ela uma alternativa eficaz apenas a curto
prazo. Além deste fato presente em nossa realidade, o meio acadêmico da
psicologia sofre a perda de investimentos na produção de novos conhecimentos
para tratar a EP, pois com a constante busca dos homens diagnosticados e que
desejam resolver sua disfunção de maneira imediatista, as empresas farmacêuticas
tornam-se mais incentivadas a investir financeiramente na medicina, em detrimento
da psicologia.
A terapia sexual com abordagem TCC tem foco no tratamento de duas
vertentes principais atingidas de maneira prejudicial pela EP, as crenças
previamente criadas por parte do histórico sexual pejorativo deste homem com a
ejaculação indesejada, atingindo como consequência o relacionamento com seu (ua)
parceiro (a), e a falta de prazer na vida sexual. Esta metodologia de tratamento
psicológico traz consigo benefícios a longo prazo para este indivíduo sexualmente
insatisfeito e psicologicamente abalado, desenvolvendo com ele habilidades para
solucionar a falta de controle sob a ejaculação, além de desmistificar formas de
pensar prejudiciais para a vida sexual, tanto individual quanto conjunta, contribuindo
também com a diminuição da propagação da mentalidade machista e performática
cristalizada no mundo contemporâneo.
18

REFERÊNCIAS

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Estudo do Comportamento Sexual (ECOS) do brasileiro. Revista Brasileira de
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Estudo do Comportamento sexual (ECOS) do brasileiro. Revista Brasileira de
Medicina, v.59, p.250-257, 2002. Disponível em:
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/19449/2/Abdo%20CHN%20Perfil
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ABDO, João; ABDO, Carmita. Abordagem e tratamento da ejaculação precoce.


Urologia de consultório, Urologia essencial, v. 3, ed. 1, p. 16-22, 2013. Disponível
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Abdo-J.-Abordagem-e-Tratamento-da-ejaculacao-precoce.pdf. Acesso em: 11 ago.
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