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ESQUEMAS E DISPOSITIVOS DE MANOBRA - GRUPO PROMINAS

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ROMINAS
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Núcleo de Educação a Distância
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PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. -

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. M
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O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por N
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fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. B
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GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO OS
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Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino

DISPOSITI
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós
depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela
sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação
soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além
disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e
econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de
conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento
de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o
momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar,
incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil
profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido
mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem
deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais
ROMINAS
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GRUPO
para o magistério nos demais níveis de ensino.
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E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa
jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos
nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos.
MANOBRA
DE
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Um abraço,
DISPOSITI
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Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

ESQUEMAS

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ESQUEMAS E DISPOSITIVOS DE MANOBRA - GRUPO PROMINAS


Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal


de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao
aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem
administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e
organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as
aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi
elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade
e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora: Adriana Penna


O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo
dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de
aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu
sucesso profisisional.

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DISPOSITI
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CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 02
OS ESQUEMAS

Esquema Unifilar 12

Esquema Multifilar 12

Esquema Funcional 13

CAPÍTULO 03
DISPOSITIVOS DE MANOBRA

Seccionador 18

Interruptores 19
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Tomadas 31
GRUPO
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MANOBRA
DE
CAPÍTULO 04
OS
V
INSTALAÇÃO DE ANTENAS

DISPOSITI
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ESQUEMAS CAPÍTULO 05
TUBULAÇÕES TELEFÔNICAS

Referências 59

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INTRODUÇÃO

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Os esquemas são as representações de uma instalação ou parte dela,


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por meio de símbolos gráficos. Esses esquemas geralmente são unifilares, R
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multifilares e funcional. P
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Os dispositivos de manobra também chamados de dispositivos de
comando são aqueles que interrompem os circuitos, isto é, impedem a
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passagem de corrente. Estamos falando de seccionadores, interrup- tores, A
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tomadas e outros. O
B

A instalação de antenas, a questão da segurança e tubulações R


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telefônicas são os conteúdos que completam o módulo, o qual está reche- ado de D
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ilustrações que enriquecem e fazem a ponte entre teoria e prática. OS


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Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmi- ca


tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da DISPOSITI
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academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e
para que os temas abordados cheguem de maneira clara e
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objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que
este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, in- cluindo
aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação
original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, en-
contram-se outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que,
de todo modo, podem servir para sanar lacunas que por ven- tura venham a
surgir ao longo dos estudos.
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OS ESQUEMAS

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Para executar uma instalação elétrica qualquer, torna-se ne- cessário


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localizar os elementos, o percurso da instalação, os conduto- res, a distribuição R
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da carga, etc.; para o que se utiliza a planta baixa do imóvel, seja ele uma casa, P
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um prédio, enfim, no entanto, como a planta baixa se encontra reduzida numa


proporção 50 ou 100 vezes menor, seria impossível representarmos os
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componentes de uma instalação tais como eles se apresentam. Como seria A
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trabalhoso reduzir o tama- nho dos desenhos, são utilizados formas de O
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esquemas reduzidos. R
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Entende-se por esquema, a representação de uma instalação, ou parte D


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dela, por meio de símbolos gráficos, ou ainda, um diagrama onde as ligações OS


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são desenvolvidas através de símbolos. Todo ou qual- quer projeto será


desenvolvido através de símbolos, e para isso são utilizados os esquemas DISPOSITI
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unifilar, multifilar e funcional.
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ESQUEMA UNIFILAR

Ele representa um sistema elétrico simplificado, que identifica o


número de condutores e representa seus trajetos por um único traço.
Geralmente, representa a posição física dos componentes da instalação,
porém não reproduz com clareza o funcionamento e sequ- ência funcional
dos circuitos. Na figura abaixo temos um esquema de um circuito elétrico
composto de interruptor simples, tomada, lâmpadas, rede de eletrodutos e
fiação, todos representados na forma unifilar (CA-
VALIN; CERVELIN, 2011).

Esquema unifilar

Fonte: Cavalin; Cervelin (2011, p. 115).

ESQUEMA MULTIFILAR

O esquema multifilar representa todo o sistema elétrico, em seus


detalhes, com todos os condutores. Na representação abaixo, cada traço é um
fio que será utilizado na ligação dos componentes.
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Esquema multifilar

Fonte: Cavalin; Cervelin (2011, p. 114).

Sempre que for representado um símbolo, ele deve estar ins- talado
em uma caixa de passagem, seja no teto ou na parede, e os condutores devem
passar por dentro dos eletrodutos, os quais partem de um Quadro de
Distribuição (QD).
Em um projeto, se a sua representação fosse feita na forma
1
multifilar, cada condutor seria representado por um traço, saindo do QD
e chegando ao seu destino.
Observem bem o desenho abaixo:

De acordo com ele, seria impossível representar um projeto na


forma multifilar, pois seriam tantos os traços que dificultariam a sua
interpretação. Neste caso, para realizar um projeto com clareza e de maneira
simplificada, utilizamos a forma unifilar.

ESQUEMA FUNCIONAL

Apresenta todo sistema elétrico e permite interpretar, com cla- reza e


rapidez, o funcionamento ou sequência funcional dos circuitos. Este esquema
não se preocupa com a posição física dos componentes da instalação, pois os
caminhos das correntes são representados por meio de retas, sem cruzamento

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ou inclinação na vertical ou horizontal. O esquema mostra o equipamento
exatamente como ele é encontrado à venda no mercado, ou como ele é
industrialmente fabricado. Esse tipo de esquema é usado somente para ilustrar,
eventualmente, um circuito de forma simplificada (CAVALIN; CERVELIN,
2011).

Esquema funcional

1
Por fim temos o esquema de distribuição que representa exata-
mente a distribuição dos circuitos e dos dispositivos de proteção (Qua- dro de
Distribuição). É o centro da instalação. Recebe os condutores que vêm do QM
– Quadro de Medição (ramal alimentador) – e é de onde partem as linhas
elétricas ou circuitos para atender e proteger os pontos de utilização, conforme
projeto elétrico.
Temos a seguir os esquemas de distribuição multifilar e unifilar

Esquema de distribuição multifilar


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Código de cores dos condutores:


N-Azul-Claro; R-Vermelho; S-Preto; T-Marrom; PE-Verde ou Verde-Amarelo.
As cores das fases são apenas como sugestão.

1
Esquema de distribuição unifilar

De acordo com NR 5410:2004, todos os circuitos devem conter


condutor de proteção PE, no entanto, a mesma norma diz que o con- dutor de
proteção PE pode ser comum a vários circuitos. O condutor de proteção-PE
significa aterrar todas as partes metálicas que fazem parte da instalação.
Os condutores dos circuitos de iluminação, não especificados, são de

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seção 1,5mm2, conforme Tabela 47 da NBR 5410:2004.

Tabela 47 – Seção Mínima dos Condutores

1
Fonte: ABNT (versão corrigida 2008, p. 113).

No esquema unifilar e planta baixa, a potência das lâmpadas será em


VA por critério de previsão de cargas de acordo com a NBR 5410:2004, item
9.5.2. No esquema multifilar será em watt (W), que é a unidade de compra das
lâmpadas.
Vejamos alguns exemplos:
a) Acionamento de duas lâmpadas com interruptor de três seções:

Esquema multifilar

Esquema unifilar
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Planta baixa

b) Ligação de lâmpada fluorescente


Podemos encontrar reatores para uma lâmpada, ou reatores para duas
lâmpadas fluorescente, desta forma, em uma luminária para duas lâmpadas,
você pode fazer a opção por um ou dois reatores.
No reator vêm gravadas todas as informações necessárias para a
instalação, tais como: tensão, corrente, número de lâmpadas, potência e
esquema de ligação.
É importante observar em qual dos fios vão ser ligados o neu- tro e a
fase, pois cada um tem a sua posição definida. Para a segurança e bom
funcionamento das lâmpadas, é necessário que se aterre a car- caça do reator
juntamente com a luminária.

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DISPOSITIVOS DE MANOBRA
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Os dispositivos de manobra, também chamados de dispositi- vos de


GRUPO
- comando, são aqueles que interrompem os circuitos, isto é, im- pedem a
passagem de corrente. A seguir, apresentam-se os principais dispositivos de
manobra utilizados nas instalações elétricas prediais.
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SECCIONADOR
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É um dispositivo utilizado para interrupção de circuito. Pode ser
utilizado também para sua interrupção e proteção simultâneas.
ESQUEMAS
O seccionador mais comum nas instalações elétricas prediais é o
disjuntor termomagnético.

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INTERRUPTORES

São os dispositivos mais usados para comando de circuitos.

A velocidade de abertura independe do operador. Podem ser de uma,


duas ou três seções. São exemplos de interruptores, as chaves blindadas e os
interruptores de luz.
Os interruptores devem ter capacidade suficiente, em amperes, para
suportar por tempo indeterminado as correntes que transportam. Os
interruptores das luminárias devem estar colocados de maneira que possam ser
acionados próximos delas, de maneira lógica e simples.
As dependências muito grandes, com muitas luminárias, podem ter o
comando concentrado num quadro de distribuição. Já os comparti- mentos
pequenos, por exemplo, de uma residência, devem ter os interrup- tores
localizados junto às portas, à distância de 10 a 15 cm da guarnição.
A altura de instalação de interruptor varia de 0,90 a 1,10m do piso.
Fora desse intervalo, há necessidade de se especificar no desenho. Os
interruptores utilizados para o comando de iluminação po-

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dem ser de três tipos: simples, paralelo e intermediário.
Os interruptores simples (comuns) são os controladores de cir- cuito
mais usados nas instalações elétricas prediais. Eles permitem o comando de
um ponto apenas, podem ser encontrados com uma, duas ou três seções,
permitindo comandar de uma a três lâmpadas ou con- junto de lâmpadas.
Para escolher o interruptor, deve-se saber qual sua capacidade para
resistir à corrente do circuito. Por exemplo, um interruptor de 5 am- peres
deverá ser escolhido até a seguinte carga em 110 volts:
P=UxI
P = 110 x 5 = 550 watts
Isso significa que um interruptor de 5 amperes pode interromper até 5
lâmpadas incandescentes de 100 watts ou 9 lâmpadas de 60 watts. O
interruptor paralelo tem aspecto externo semelhante ao in- terruptor
simples, porém as ligações que permite são diferentes. É utili-

1
zado quando for necessário o comando de locais distintos.
Nestes interruptores, o terminal comum sempre é o do meio, ou seja,
o ponto comum de um dos interruptores vai para a fase, e o ponto comum do
outro vai para a lâmpada.
São muito usados em escadas ou dependências cujas luzes, pela
extensão ou por comodidade, se desejam apagar ou acender de pontos di-
ferentes (ao subir ou descer a escada de um prédio, por exemplo, a pessoa
acende a luz e, quando atinge o outro pavimento, pode apagá-la).
Quando houver necessidade de comandar o circuito em vários
pontos diferentes, é utilizado um interruptor intermediário. Como inver- sor do
sentido da corrente, é utilizado em combinação com dois parale- los e serve,
por exemplo, para interromper o circuito em quatro ou mais pontos diferentes.
Em outras palavras, quando desejamos comandar diversas lâmpadas
do mesmo ponto de luz, como no caso de abajures, ou diver- sos pontos de
luz, usamos os interruptores de várias seções, conforme a ilustração abaixo:
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Temos ainda o interruptor Three-way (S3w) ou paralelo, usado em


escadas ou dependências cujas luzes, pela extensão ou por como- didade, se
deseja apagar ou acender de pontos diferentes.
Vejamos os esquemas que representam o interruptor three-way:

2
Os interruptores do tipo Four-way (S4w) ou intermediário são
usados quando há necessidade de comandar o circuito em vários pon- tos
diferentes. Então, lança-se um sistema múltiplo, representado abaixo. Sua
denominação é devido a dois condutores de entrada e dois de saída.

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Este tipo de sistema exige, nas suas extremidades, ou seja, junto à


fonte e junto à lâmpada, interruptores three-way. Os interrupto- res four-way
executam duas ligações diferentes. Vejam:

Na posição representada na figura anterior (four-way), a lâm- pada


acenderá. Se agirmos em qualquer dos interruptores, a lâmpada se apagará.
Agindo no interruptor 3, a sua ligação se inverterá e a lâm- pada se apagará. É
só compreender o circuito abaixo.
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Abaixo temos esquema de ligação e fiação de dois ou mais inter-
ruptores em uma mesma caixa comandando lâmpadas ou grupos de lâm- padas.
É um exemplo de quadro de distribuição para fornecimento bifásico.
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Esquema de ligação e fiação de interruptor paralelo para o co-


mando de apenas dois lugares:

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Obs: usam-se dois paralelos e tantos intermediários quantos


forem os comandos acima de dois lugares.
Em edifícios residenciais é usual o emprego de um interruptor que
apaga automaticamente o circuito de serviço, visando à maior eco- nomia para
o condomínio.
2
Após às 22 horas, quando o movimento do prédio diminui, não se
justifica ficarem toda a noite muitas lâmpadas acesas; basta que se acendam
no momento em que chegue uma pessoa, apagando automa- ticamente pouco
depois. Como permanecem ligadas aproximadamen- te um minuto, são
conhecidos “minuterias” (CREDER, 2004; CAVALIN; CERVELIN, 2011).
Por definição, o circuito de minuteria seria aquele dispositivo de
iluminação que necessita da ação humana para ligar o circuito, des- ligando-o
automaticamente após algum tempo previamente regulado.
São aplicados para iluminar escadarias e corredores de apar-
tamentos; hall social; antessalas e ambientes que necessitam ser ilumi- nados
durante curtos períodos de tempo. Há outros tipos de minuteria em que os
contatos são secos.
No esquema a seguir analisemos:
Na posição A da chave de reversão, as lâmpadas acendem sem
necessidade de calcar os botões dos pavimentos (antes das 22 horas). Na posição
B, calcando-se o botão de um dos pavimentos, fecha-se o circuito da bobina que
atrai a lâmina, fechando-se os contatos m e n. Assim, pode-
-se tirar o dedo do botão, pois as lâmpadas continuarão acesas enquanto um
mecanismo de relojoaria mantiver os contatos fechados. Todavia, mo-
dernamente, usam-se interruptores temporizados em cada pavimento, o que faz
o mesmo efeito que a minuteria, com maior economia de energia.

Diagrama de ligação de uma chave magnética


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Temos ainda o interruptor controlador de luz, ou seja, controla o
iluminamento das lâmpadas, desde a intensidade máxima até o seu des-
ligamento. São utilizados somente para luz incandescente. Podem ser dos
tipos potenciômetro ou dimmer, este baseado em circuito eletrônico.
Os contactores ou chaves magnéticas são chaves que, além da
capacidade de interromper circuitos (comandam o desligamento e a parada)
com acionamento eletromagnético, servem como proteção contra sobrecargas
e curtos-circuitos.
O circuito de comando opera com corrente pequena, apenas o
suficiente para operar uma bobina, que fecha o contato do circuito de força.
São muito utilizados para comandar motores e iluminação pesada (estádios,
ginásios, indústrias, etc.).
Nos esquemas abaixo temos ligações de interruptores parale- lo,
intermediário, bipolar e minuteria.

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Temos abaixo mais um esquema de minuteria coletiva e suas


respectivas referências.
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Referência: Pial-Legrand.

Referência: Microni.
Obs: Esse tipo de minuteria é bivolt, e pode ser utilizado nos sistemas: FN=127V ou
FN=220V. Deve-se evitar a alimentação pelo sistema FF=220V, porque a fase
permanece ligada diretamente à lâmpada (carga), o que é proibido pela norma NBR
5410:2004 (CAVALIN, CERVELIN, 2011).

A chave-boia é um dispositivo que serve para controlar o nível de

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água ou outro fluido. Quando utilizadas, no caso do abastecimen- to de água
em edifícios, as chaves-boia dos reservatórios superior e inferior devem ser
ligadas em série, de modo que o circuito da chave magnética somente se
complete quando o reservatório superior estiver vazio e o inferior, cheio.
Segundo SENAI (2003), a chave de boia de contato de mer- cúrio é
um dispositivo utilizado para acionamento de eletrobombas e funciona assim:
Quando o reservatório (caixa d’água) superior chegar ao nível
mínimo, ambos os pesos ficarão fora da água e, consequentemente, vencerão o
contrapeso que será puxado para baixo pela linha. A ampola se inclinará e o
mercúrio correrá para os contatos, fechando-os.
Se o reservatório inferior tiver água acima do nível mínimo, os
contatos também estarão fechados e, portanto, a bomba entrará em
funcionamento enchendo o reservatório superior.
Quando o reservatório superior alcançar o nível máximo, am-

2
bos os pesos ficarão mergulhados na água e, consequentemente, o peso dos
mesmos será menor. O contrapeso será maior e a ampola se inclinará para trás,
fazendo o mercúrio correr dos contatos abrindo-os e desligando a bomba.
A bomba só terá condições de funcionar se o reservatório in- ferior
tiver água acima do nível mínimo. A função da chave de boia do reservatório
inferior é garantir essa condição. Portanto, se o nível baixar ao mínimo, a
chave desliga, não permitindo que a bomba funcione.
Quanto ao funcionamento da chave de boia flutuante de contatos de
mercúrio, este é bem simples, basta que a ampola se incline, favore- cendo o
deslocamento do mercúrio em direção aos contatos, fechando-os. O mercúrio é
um metal líquido, bom condutor de eletricidade,
por isso ao unir os contatos, liga o circuito da bomba.
Nas ilustrações abaixo vemos o comportamento da chave de boia em
cada tipo de reservatório.

Fonte: SENAI (2003, p. 110).

A campainha é um equipamento que, quando energizado, emi- te um


sinal sonoro ou ruído. Ela tem a finalidade de atrair a atenção dos moradores,
no caso das instalações residenciais, ou chamar pessoas. Geralmente, são
instaladas em residências, anunciando um visitante; em colégios e indústrias,
alertando sobre os horários.
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Para se acionar uma campainha ou cigarra, utiliza-se um interrup- tor


especial, que por seu acionamento, restabelece a passagem de corren- te elétrica
no circuito. A campainha ou cigarra deve ser acionada apenas por um curto
intervalo de tempo; por isso, os interruptores utilizados para o seu acionamento
são providos de um mecanismo (mola) que força a aber- tura dos contatos
imediatamente após o acionamento do interruptor.

a) Princípio de Funcionamento das Campainhas Eletromagnéticas:

Ao pressionarmos o botão ou pulsador, o eletroímã é alimen- tado


com a tensão necessária, que atrai a lâmina de ferro e faz o mar- telo golpear a
campainha (tímpano). Então o circuito é interrompido no interruptor de
contato e o eletroímã solta a lâmina que é afastada pela ação da mola. O
eletroímã atrai a lâmina de ferro de modo que o martelo

2
golpeie a campainha (tímpano) novamente.

Observe o interruptor de contato. Quando o eletroímã atrai a lâmina,


o circuito se abre, paralisando a corrente.
Então uma mola puxa a lâmina para trás, fechando o circuito. O
eletroímã atrai a lâmina de novo, reabrindo o circuito. A mola puxa-a para
trás, restabelecendo o contato e assim por diante. O martelo vibra durante o
tempo em que você permanecer com o botão ou pulsador pressionado. As
campainhas de tímpano são usadas em locais amplos que necessitem de alta
intensidade sonora, acima de 80dB.

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Em outras situações, dá-se preferência às cigarras ou cam- painhas
din-don (lira) ilustradas abaixo, que produzem um som menos estridente do
que o tilintar da campainha de tímpano.

Quanto à cigarra de lâmina, o seu funcionamento se baseia na


vibração da lâmina submetida à influência do campo magnético produ- zido
pela bobina. Nota-se que o campo magnético se concentra quase
2
que totalmente na lâmina metálica. Caso haja o travamento do pulsador, a
cigarra fica produzindo o som indefinidamente até que uma pessoa
providencie o seu desligamento.
Já a campainha din-don produz dois tipos de som: o primeiro ao
apertar o pulsador e o segundo ao soltá-lo.
Nesse tipo de campainha, o campo magnético é formado pelo ar.
Logo, podemos concluir que se ocorrer o travamento do pulsador, ha- verá
aquecimento da bobina, podendo inclusive provocar a sua queima e,
consequentemente, danos materiais. Para esse tipo de campainha é necessário
ter um dispositivo protetor contra travamento do pulsador, que pode ser um
termistor, um termostato ou um interruptor bimetálico (CAVALIN;
CERVELIN, 2011).

b) Campainhas Eletrônicas:

As campainhas eletrônicas são as mais sofisticadas e podem produzir


diversas tonalidades de sons utilizando circuitos integrados e outros
componentes eletrônicos. Podem ser encontradas com fio e sem fio. As
campainhas eletrônicas sem fio possuem um botão pulsador transmissor, com
alcance em torno de 30 metros com obstáculos e até 80 metros em vão livre,
instalado na parte externa, e um receptor que fica na parte interna. Existem
modelos que funcionam com duas pilhas AA e modelos ligadas diretamente à
rede elétrica (bivolt).
Ao detectar a presença de pessoas ou animais (através de va- riação
da temperatura), o “detector de presença” liga automaticamente a iluminação
de áreas de passagem rápida. É utilizado em halls, corre- dores, garagens, etc.
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Depois de acionado, o sensor desliga em aproxi- madamente 30 segundos,


após não detectar mais nenhuma variação de temperatura. Dessa forma,
economiza-se energia evitando que as lâmpadas fiquem acesas sem
necessidade.
O interruptor automático de presença é eletrônico e capta, através de
um sensor infravermelho, a radiação de calor de pessoas, animais, automóveis,
etc. que estejam nos limites perceptíveis do dispo- sitivo, possibilitando o
comando automático de iluminação de ambientes onde não é necessário
manter as lâmpadas permanentemente acesas (CAVALIN; CERVELIN,
2011).
Instalado em local protegido, onde os raios solares não incidam
diretamente sobre ele, no entanto, por possuírem o índice de proteção 33, pode
ficar exposto à chuva sem ser prejudicado. Deve ser fixado a uma altura de
aproximadamente 2,5 metros do solo, de maneira que a movimentação de
pessoas, animais e veículos, seja de preferência na
3
transversal, atingindo um maior número de raios possível, bem como o seu
visor articulável deve ser posicionado de modo que o seu campo de atuação
seja cortado na altura da cabeça de um indivíduo.

TOMADAS

As tomadas são peças que permitem a captação de tensão


alimentadora de um circuito. A maior parte dos equipamentos de utili- zação é
alimentada através de tomadas de corrente, por exemplo, os aparelhos
eletrodomésticos.
As tomadas de corrente deverão atender às normas NBR
14136/2002, sendo de 2 P + T, em toda instalação elétrica. Nas instala- ções
prediais, podemos considerar dois tipos de tomadas: as tomadas de uso geral
(TUG), com capacidade até 10A e a as tomadas de uso específico (TUE), com
capacidade acima de 10A.
As tomadas de uso geral são tomadas que não se destinam à ligação
de equipamentos específicos; nelas são sempre ligados apa- relhos portáteis,
como enceradeiras, aspiradores de pó, abajures, etc. A potência dessas
tomadas é 100 W, indistintamente. A fiação mínima para tomadas de uso geral
é de 2,5 mm2.
Em geral, as tomadas são representadas em desenho, com três tipos
de altura:
- tomada baixa – de 20 a 30 cm do piso acabado;
- tomada média – de 100 a 130 cm do piso acabado;
- tomada alta – de 180 a 220 cm do piso acabado.
Essas alturas são as mais comuns. Para alturas diferentes, há

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necessidade de indicação da altura junto da representação no desenho. É
aconselhável um resumo das alturas de tomadas junto à legenda na folha de
desenho.
As tomadas de uso específico são aquelas destinadas à ligação de
equipamentos fixos ou estacionários com corrente nominal acima de 10 A. São
exemplos de equipamentos (aparelhos) específicos: chuveiro, torneira elétrica,
forno micro-ondas, lavadora de louças, ar-condicionado, etc. A fiação mínima
para as tomadas de uso específico é de 40 mm2.
É muito comum, na maioria das instalações, uma deficiência de
tomadas. O arquiteto sempre deve estar atento aos novos aparelhos
eletrodomésticos que surgem anualmente no mercado para poder pre- ver uma
quantidade de tomadas adequadas.
A NBR 5410 estabelece algumas recomendações para o le-
vantamento da carga de tomadas. Para calcular a quantidade de toma- das, faz-
se necessário, inicialmente, o estudo do projeto arquitetônico.
3
Com base no layout da arquitetura, o engenheiro elétrico pode
calcular e locar no projeto de instalações elétricas prediais a quantidade de
tomadas de uso geral (TUG) em número suficiente para atender as
necessidades do local, bem como a quantidade de tomadas de uso es- pecífico
(TUE) para os equipamentos fixos e estacionários mais comuns.
A quantidade de tomadas de uso geral é estabelecida a partir do
cômodo em estudo, fazendo-se necessário ter: ou o valor da área; ou o valor
do perímetro; ou o valor da área e do perímetro.
De acordo com a NBR 5410, nas unidades residenciais e nas
acomodações de hotéis, motéis e similares, o número de tomadas de uso geral
deve ser fixado de acordo com o seguinte critério:
• cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2: no
mínimo, um ponto de tomada;
• salas e dormitórios independentemente da área e cômodos ou
dependências com área superior a 6 m2: no mínimo, um ponto de tomada para
5 m ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível;
• cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavande- rias e
locais análogos: no mínimo, um ponto de tomada para cada 3,5 m ou fração de
perímetro, independentemente da área. Acima da bancada da pia devem ser
previstas, no mínimo, duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em
pontos separados;
• halls, corredores, subsolos, garagens, mezaninos e varan- das: pelo
menos um ponto de tomada;
• banheiros: no mínimo, um ponto de tomada junto ao lavatório com
uma distância mínima de 60 cm do limite do boxe.
Em halls de escadaria, salas de manutenção e salas de loca- lização
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de equipamentos, como casas de máquinas, salas de bombas, barrilete e locais


semelhantes, deve-se prever no mínimo uma tomada. Em diversas aplicações,
é recomendável prever uma quantida-
de de pontos de tomadas maior do que o mínimo calculado, evitando se, assim, o
emprego de extensões e benjamins (‘tês’), que, além de desper- diçarem energia,
podem comprometer a segurança da instalação elétrica. Quanto à potência
mínima de tomadas de uso geral nas insta-
lações residenciais, deve-se obedecer as seguintes condições:
• cozinha, copas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de servi- ço,
banheiros e locais semelhantes: atribuir no mínimo 600 VA por toma- da, até
três tomadas. Atribuir 100VA para as excedentes, considerando cada um
desses ambientes separadamente;
• outros cômodos ou dependências: atribuir no mínimo, 100VA
para as demais tomadas.
Aos circuitos terminais que sirvam às tomadas de uso geral em

3
salas de manutenção e salas de localização de equipamentos (casas de
máquinas, salas de bombas, barrilete, etc.), deve ser atribuída uma potência de
no mínimo 1.000 VA.
A quantidade de tomadas de uso específico, de acordo com a NBR
5410, é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de utilização que
vão estar fixos em uma determinada posição no ambiente da edificação. Para
saber o posicionamento das tomadas de uso espe- cífico, é fundamental a
observância do layout da arquitetura.
As tomadas de uso específico devem obedecer aos seguintes
critérios:
• ser atribuída uma potência igual à potência nominal do equi-
pamento a ser alimentado;
• quando não for conhecida a potência nominal do equipamen- to a
ser alimentado, deve-se atribuir à tomada de corrente uma potência igual à
potência nominal do equipamento mais potente com possibilida- de de ser
ligado, ou à potência determinada a partir da corrente nominal da tomada e da
tensão do respectivo circuito;
• as tomadas de uso específico devem ser instaladas, no má- ximo, a
1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.

Aplicando...

Prever a quantidade de tomadas para a planta residencial a seguir:

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3
1º - Estabelecer as cargas de pontos de tomadas de uso geral e
específico:

Obs: em área inferior a 6m2 não interessa o perímetro.

2º Prever as cargas de pontos de tomadas de uso geral e es-


pecífico:
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*Obs.: Nesses cômodos optou-se por instalar uma quantidade de PTUGs maior
do que a quantidade mínima anteriormente calculada.

3
3º Desenhar a planta elétrica com os pontos de tomadas:

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3
Alguns esquemas de ligação de fiação mais comuns de tomadas:

a) Ligação para uma tomada simples:

b) Ligação para tomada de um exaustor:


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c) Ligação para interruptor com tomada:

3
3
Simbologia para tomadas, segundo NBR 5444

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INSTALAÇÃO DE ANTENAS
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ROMINAS
P

A NBR 5410:2004, item 3.2 – 5.2 – 5.3 e 5.4, estabelece as


GRUPO
- prescrições fundamentais destinadas a garantir a segurança de pesso- as,
animais domésticos e bens contra os perigos e danos que possam resultar da
MANOBRA utilização das instalações elétricas em condições previstas.
DE
OS
Aqui cabe também falarmos sobre a segurança na instalação
V
de antenas.
A instalação de antenas, aparentemente, é uma tarefa bastan- te
DISPOSITI
E simples, mas que exige alguns cuidados. Pode ser uma atividade de risco
quando efetuada próximo a redes elétricas, já que os suportes dessas antenas
em geral são metálicos e condutores de eletricidade. Desta forma, a instalação
ESQUEMAS

deve ser feita por um profissional qualificado.


A NBR 5419:2000 discorre sobre antenas externas, a saber:
O mastro metálico da antena externa de televisão ou sua torre
de suporte, instalados sobre uma estrutura, deverão ser aterrados se-
38
38
gundo uma das seguintes alternativas:
a) O mastro da antena deve ser conectado ao SPDA por meio de
solda exotérmica ou braçadeira com dois parafusos M8. Esta ligação deve ser
a mais curta e retilínea possível, mediante condutor, conforme as tabelas 6 ou
7.
b) Se não houver SPDA, deve ser instalado um condutor exclu- sivo
para aterramento da antena, com seção não inferior a 16 mm2 em cobre,
ligando o mastro a um eletrodo de aterramento, conforme 5.1.3., condutores
de descida naturais podem também ser utilizados, desde que de acordo com
esta Norma.
A.3.2 As condições para equalização de potencial do aterramen- to da
antena com as instalações metálicas e com o sistemas elétricos de potência e
de sinal da estrutura são determinadas pela NBR 5410, em particular ao que se
refere ao uso de proteção contra surto (DPS).
Carvalho Junior (2011) elenca algumas recomendações gerais,
a saber:
• a antena deve ser bem fixada para evitar a sua queda sobre
as redes elétricas;
• não instalar a antena próximo a para-raios e nem interligar o seu
cabo aos condutores elétricos destes equipamentos de proteção;
• jamais arremessar o cabo utilizado para ligação de antenas sobre a
rede elétrica, mesmo que ele seja encapado. A capacidade de isolamento do
cabo não é suficiente para evitar a passagem da eletrici- dade existente nas
redes elétricas;
• não utilizar marquises de edifícios para a instalação de ante- nas,
pois geralmente ficam próximas das redes elétricas;
• se a antena cair sobre a rede elétrica, não tentar resgatá-la. Ligar

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imediatamente para a concessionária de energia local.
Existem no mercado muitos tipos de antenas que são utiliza- das
para várias finalidades, por exemplo, receber e transmitir sinais de televisão.
As antenas parabólicas canalizam o sinal em forma de cone, sendo
indicadas para aplicações de longa distância. A antena semipa- rabólica, uma
variação da parabólica, emite o sinal de forma elíptica. Os modelos grid
(grelha) são menos suscetíveis à ação dos ventos em razão de eles passarem
através da estrutura em forma de gaiola; seu sinal pode chegar de 40 a 50 km
em condições eletricamente visuais.
As antenas setoriais têm formato amplo e plano. Normalmente, são
montadas em paredes, podendo ser interna ou externa. São mais
recomendadas para links entre prédios com distâncias de até 8 km. Algu- mas
podem operar até 3 km, dependendo do ganho específico no projeto. As
antenas do tipo Yagi são rígidas e usadas externamente

39
em ambientes de condições hostis. Foram projetadas para resistir à for- mação
de gelo, chuva pesada, neve e ventos fortes. Os sinais podem chegar a 30 km,
em condições eletricamente visuais.
Nas edificações existem dois tipos de antenas para aplicações
wireless: omnidirecional e direcional.
Nas instalações prediais, existem basicamente três tipos de cabos
para descida de antena de televisão. Os utilizados internamen- te, para a
ligação do aparelho à antena externa, possuem condutor de cobre nu, flexível,
de têmpera mole e isolação de polietileno. Já os uti- lizados para a ligação
externa, que vai até a antena externa, têm capa protetora, também em
polietileno, para resistir às intempéries.
Outro tipo de cabo para a ligação do aparelho com a antena é o
coaxial. Ele é formado por um fio de cobre isolado com polietileno, com mais
uma blindagem, em malhas de fios de cobre, e conta ainda com uma capa
externa de PVC. Pela sua isolação, garante imagens mais nítidas, sem a
formação de “fantasmas” na imagem (CARVALHO JUNIOR, 2011).
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40
TUBULAÇÕES TELEFÔNICAS

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ROMINAS
P

As tubulações telefônicas são dimensionadas em função do nú- mero


G
de pontos telefônicos previstos para o edifício, acumulados em cada uma de R
U

suas partes. Cada ponto telefônico corresponde à demanda de um telefone P


O
-

principal ou qualquer outro serviço que utilize pares físicos e que deva ser
conectado à rede pública, não estando incluídas nessa pre- visão as extensões
M
dos telefones ou serviços principais (SENAI, 2003). A
N
Os critérios para a previsão do número de pontos telefônicos são O
B

fixados em função do tipo de edificação e do uso a que se destinam, ou seja: R


A

a) Residências ou apartamentos: D
E

De até 2 quartos – 01 ponto telefônico. De OS


V

até 3 quartos – 02 pontos telefônicos.


De 4 ou mais quartos – 03 pontos telefônicos. DISPOSITI
E
b) Lojas
41 E
S
Q
U
01 ponto telefônico/50m2.
c) Escritórios:
01 ponto telefônico/10m2.
d) Indústrias:
Área de escritórios: 01 ponto telefônico/10m2.
Área de produção: estudos especiais, a critério do proprietário.
e) Cinemas, teatros, supermercados, depósitos, armazéns, ho- téis e
outros: estudos especiais, em conjunto com a concessionária, respeitando os
limites estabelecidos nos critérios anteriores.
Com a proliferação dos ramais, das extensões, das ligações para
computadores, internet e dos pontos de TV a cabo, a telefonia ganhou des- taque
nas obras, tornando-se um item indispensável em qualquer projeto.
Todos os projetos de tubulações telefônicas, referentes a edi-
ficações com três ou mais pavimentos e (ou) seis ou mais pontos tele- fônicos,
deverão ser submetidos à aprovação da concessionária (CAR- VALHO
JUNIOR, 2011).
Em tais casos, nenhuma tubulação telefônica deverá ser exe- cutada
sem que seu projeto tenha sido aprovado.
Porém, é importante ressaltar que a entrada e as tubulações de
telefonia devem ser exclusivas, ou seja, independentes de outras instalações.
Além disso, os fios telefônicos devem ser sempre tubulados e embutidos.
As tubulações telefônicas devem ser destinadas exclusivamen- te ao
uso da concessionária que, a seu critério, nelas poderá instalar os serviços de
telecomunicações conectados à rede pública, como tele- fonia, telex, centrais
privadas de comutação telefônica de propriedade da concessionária, música
ambiente, transmissão de dados ou outros serviços correlatos.
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Os materiais a serem utilizados na instalação devem ser rigo-


rosamente adequados às finalidades a que se destinam e devem sa- tisfazer as
normas aplicáveis da ABNT. Devem ser adquiridos em lojas especializadas, e
a execução dos serviços, feita, preferencialmente, por profissionais
habilitados. Todas as modificações que o construtor pre- cisar introduzir num
projeto de tubulação já aprovado necessitarão ser analisadas e aprovadas
previamente pela concessionária.
Carvalho Junior (2011) explica e concordamos plenamente com ele
que é escassa a literatura a respeito do assunto, portanto, a re- ferência para o
conteúdo valeu-se exclusivamente do Manual de insta- lação telefônica da
“Telefônica” e da Norma de Instalações Telefônicas em Edifícios da CPFL.
Geralmente, a entrada telefônica segue praticamente o mesmo
critério de entrada de energia elétrica. Deve ser preservada uma distân-

4
cia mínima de 20 cm entre os conduites de telefonia, os da eletricidade e os
destinados a outros usos, como os computadores, antena de TV, interfone e
energia elétrica, para evitar interferências.
Para a entrada telefônica de uma casa, é utilizado o mesmo poste
particular previsto para a entrada de energia elétrica, seguindo praticamente o
mesmo critério. Pode ser de concreto armado ou de ferro tubular, com 76 mm
(3”) de diâmetro.
No poste particular, a tubulação de entrada deve ser amarrada e com
curva de 180° na ponta (tipo “bengala”). A tubulação telefônica de entrada
deve ser compatível com o número de pontos necessários na obra, conforme
tabela na Norma Telebras 224-3115-01/02, de PVC rígido, ferro esmaltado ou
galvanizado, não sendo permitido usar tubo flexível (corrugado).
A fixação do eletroduto no poste deve ser feita com fita de aço inox,
braçadeira ou arame galvanizado. Não é permitido usar tubo flexí- vel
(corrugado).
As tubulações telefônicas devem ser embutidas em paredes
(preferencialmente) ou pisos, e as curvas utilizadas nas instalações de- vem ser
de 90° do tipo longa.
Por ocasião da construção ou reforma, deve-se deixar o condui- te
embutido com arame-guia galvanizado de 16 mm para posteriormente puxar o
fio telefônico. O conduite na parede externa deve ter sempre uma declividade
em direção à caixa de passagem, para que a água conden- sada dentro do duto
escoe e não fique em contato com o fio telefônico.
As duas ilustrações a seguir mostram entrada telefônica pelo piso e
detalhes da entrada:

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4
A entrada direta pela fachada só é permitida em edificações sem
recuo. Para casas com recuo, é necessário o poste particular de acesso. Em
qualquer situação, deve ser instalado na fachada um suporte com abrigo e
bloco XT2P, roldana para fio FE e parafuso de fixação, para conexão do fio
telefônico FE. O suporte deve ficar aproximadamente 20 cm da caixa de
entrada, “bengala” ou tubo de proteção, conforme o caso. No caso de entrada
telefônica pela fachada, com poste parti-
cular, devem ser instalados nele o suporte com abrigo e bloco XT2P, roldana e
parafuso, para a fixação e conexão do fio telefônico.
Uma vez que se usa o mesmo poste de entrada da energia elé- trica,
este pode ser de concreto armado ou de ferro tubular e apresenta as seguintes
alturas mínimas para a entrada de cabos aéreos:
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Os seguintes afastamentos mínimos devem ser observados entre o


cabo telefônico de entrada e os cabos de energia elétrica, que alimentam o
edifício:
a) cabos de baixa tensão: 0,6 m;
b) cabos de alta tensão: 2 m.
O poste particular para a entrada telefônica deve ser usado sempre
que houver recuo da edificação superior a 5 metros, ou quando não for
possível assegurar as alturas mínimas do fio telefônico em rela- ção ao piso
acabado da rua.
4
Em edificações sem recuo, é permitida a entrada telefônica di- reta
pela fachada. Para imóveis com recuo, é necessário o poste parti- cular de
acesso.
No caso de edificações já existentes, se o poste de entrada não
permitir as alturas mínimas preestabelecidas pela empresa forne- cedora de
telefonia, será necessário que se substitua o existente ou que se instale outro
poste auxiliar para que o telefone possa ser ligado dentro dos padrões
exigidos.
A distância mínima entre o fio de entrada de energia e o fio de
entrada telefônica, no poste particular, deve ser de 60 cm, e o fio telefô- nico
deve ficar sempre abaixo do fio de energia.
Abaixo temos ilustração de um poste particular para entrada
telefônica

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Quanto à caixa externa utilizada para entrada telefônica, esta deve


ser de chapa de ferro estampada, de 25 x 15 x 10 cm, própria para
4
embutir em paredes, provida de fundo de madeira de 15 mm de espes- sura e
porta com ventilação, tipo veneziana, a ser instalada próxima à base do poste.
Se a tubulação de entrada do edifício for subterrânea, deverá
terminar numa caixa subterrânea, que é dimensionada em função do número
total de pontos do edifício, conforme tabela:

Modelo de caixa externo para entrada telefônica


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Objetivando aumentar a segurança do usuário e de seus equipa-


mentos telefônicos contra possíveis descargas atmosféricas, as empresas
concessionárias de telefonia exigem o aterramento do sistema telefônico.
A haste de aterramento deve ser enterrada verticalmente, no mí- nimo
afastada a 2.500 mm de qualquer haste de aterramento de energia elétrica e
500 mm de qualquer fundação. A haste de aterramento de te- lefonia deve ser
do tipo cilíndrico, de aço revestido galvanicamente em cobre de 10 micra de
espessura e dimensões 2,4 m x 15 mm (5/8”) com conector apropriado para a
conexão do condutor de aterramento nela.
O condutor de aterramento deve ser de cobre, de seção mí- nima de
10 mm2, isolado para 750 volts, cor verde/verde-amarelo, tão curto e retilíneo
quanto possível, sem dobras e emendas, e não ter dis- positivo que possa
causar sua interrupção.
O condutor de aterramento deve ser protegido mecanicamente
por meio de eletrodutos de PVC enterrado, com diâmetro mínimo de 20

4
mm (1/2”).
É importante salientar que o ponto de ligação do condutor de
aterramento ao eletroduto de aterramento deve estar acessível por oca- sião da
vistoria das instalações telefônicas. Somente após a sua apro- vação, a haste
poderá ser coberta visando reconstituir o piso.
A tubulação de entrada telefônica de um prédio pode ser aérea ou
subterrânea. A tubulação será aérea quando:
• a rede telefônica externa da concessionária no local for aérea;
• o número de pontos telefônicos previstos para a edificação for igual
ou inferior a 21;
• for determinado pela concessionária na aprovação do projeto
de tubulação telefônica do prédio.
A tubulação de entrada deve ser subterrânea quando:
• a rede externa no local for subterrânea;
• o número de pontos telefônicos previstos para a edificação for
superior a 21;
• o construtor optar pela entrada subterrânea por razões estéticas;
• houver determinação da concessionária na aprovação do pro- jeto
de tubulação telefônica da edificação.
Vejamos a tubulação de entrada aérea:

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4
Tubulação de entrada aérea com caixa de passagem

Tubulação de entrada subterrânea


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A prumada telefônica de um prédio corresponde a um conjun- to de


meios físicos dispostos verticalmente, destinado à instalação de blocos e cabos
telefônicos para atendimento dos andares. Geralmente, é localizada em áreas
comuns do prédio que apresentem a maior conti- nuidade vertical, do último
andar até o andar térreo, onde quase sempre está situada a caixa de
distribuição geral.
4
Um prédio pode possuir mais de uma prumada, em razão de:
• existência de obstáculos intransponíveis no trajeto da tubula- ção
vertical gerando desvio(s) na prumada;
• arquitetura da edificação constituída de vários blocos separa- dos
sobre uma mesma base;
• edifícios que possuam várias entradas com áreas de circula-
ção independentes.
As prumadas telefônicas podem variar, de acordo com as ca-
racterísticas, finalidades do prédio e o número de pontos telefônicos
acumulados (CARVALHO JUNIOR, 2011).

Esquema geral de tubulação telefônica de um edifício

ESQUEMAS E DISPOSITIVOS DE MANOBRA - GRUPO PROMINAS

4
ESQUEMAS E DISPOSITIVOS DE MANOBRA - GRUPO PROMINAS

Prumada convencional
Prumada desviada
50
Blocos de edifícios com prumadas independentes

As caixas de distribuição (geral ou de passagem) são caixas providas


de uma ou duas portas com dobradiças, fechadura(s) padro- nizada(s) e fundo
de madeira compensada à prova d'água, com espes- sura de 16 ou 19mm. São
próprias para instalações em paredes, sendo encontradas no comércio em dois
modelos: de embutir e de sobrepor.

Caixas de distribuição geral, distribuição e de passagem (de embutir).

ESQUEMAS E DISPOSITIVOS DE MANOBRA - GRUPO PROMINAS

51
Caixas de distribuição geral, distribuição e de passagem (de sobrepor).

As caixas de distribuição geral, de distribuição e de passagem de- vem


ser instaladas a 130 cm do seu centro ao piso acabado e devidamente niveladas,
podendo variar de 90 a 130 cm quando houver algum impedi- mento técnico,
decorrente das características construtivas do prédio.
As caixas de distribuição devem ser localizadas em áreas co- muns,
obrigatoriamente em áreas internas e cobertas da edificação ou em halls de
serviços, se houver. Não devem ser localizadas: em halls sociais, áreas que
dificultam o acesso a elas, no interior de salão de festas, embutidas em paredes
à prova de fogo e atrás de portas.
As caixas de passagem, de distribuição e distribuição geral,
instaladas dentro do edifício, são dimensionadas em função do número de
pontos telefônicos acumulados em cada trecho da tubulação, confor- me
estabelece a tabela a seguir.
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Dimensionamento de caixas internas

*A critério da concessionária, deverá ser utilizado poço de elevação.

52
Dimensões padronizadas para as caixas internas

Quando o porte do edifício for tal, que exigir uma caixa de dis-
tribuição geral de grandes dimensões, será necessário projetar uma sala
especial para o distribuidor geral.
As dimensões da sala do distribuidor geral devem ser determi- nadas
em conjunto entre a concessionária e o construtor, e sua altura deve
corresponder à altura do pavimento onde estiver localizada.
A área necessária para a sala do distribuidor geral pode ser
determinada pelos critérios abaixo. Esses critérios não são rígidos e servem
apenas como orientação:
• edifícios com até 1.000 pontos – 6 m2;
• edifícios com mais de 1.000 pontos – 1 m2 adicional para cada 500
pontos ou fração que ultrapassar os 1.000 pontos iniciais.
As caixas de saída podem ser de dois tipos: de parede ou de piso. A
caixa de saída de parede é de chapa metálica estampada, com furações para
eletrodutos, própria para instalações embutidas em pare- des. Essa caixa mede
10 x 10 x 5 cm. A caixa de saída de piso é metá- lica, e própria para
instalações embutidas no piso, provida de tampa re- movível, medindo 10 x 10

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x 6,5 cm. Ambas as caixas são utilizadas para passagem de fio(s) telefônico(s)
ou instalação de tomada telefônica.
As caixas de saída de parede devem ser instaladas a 30 cm do centro
ao piso, ou 130 cm do centro do piso acabado, para telefones de parede. As
caixas de saída de piso devem ser instaladas de modo que a tampa fique
nivelada com o piso acabado.
A seguir temos detalhes de instalação de caixas de saída de parede e
caixas internas de passagem ou saída de parede:

53
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Instalação de caixa de saída de piso


54
Caixa de saída de piso

Embora ainda se encontrem as antigas tomadas de quatro pi- nos


chatos num plugue quadrado, o mercado atual apresenta modelos mais
recentes de tomadas de telefonia. Esses modelos obedecem ao padrão norte-
americano, composto de um pequeno terminal de plástico transparente. Além
de mais discreto, ele é o de uso mais comum para aparelhos importados.
Iniciamos o tópico falando que as tubulações telefônicas são
dimensionadas em função do número de pontos telefônicos previstos para o
edifício, acumulados em cada uma de suas partes.
O número de caixas de saída previsto para uma determinada parte de
um edifício deve corresponder ao número de pontos telefôni- cos mais as
extensões necessárias para aquela parte do prédio.
O número de caixas de saída e sua localização devem ser de-
terminados de acordo com os seguintes critérios, respeitando-se sem- pre os

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valores estabelecidos na previsão de pontos telefônicos:
a) Residências ou apartamentos:
Prever, no mínimo, uma caixa de saída na sala, na copa ou co- zinha
e nos quartos. As seguintes regras gerais devem ser observadas na localização
dessas caixas de saída:
• sala – a caixa de saída deve ficar, de preferência, no hall de
entrada, se houver, e sempre que possível, próximo à cozinha. As cai- xas
previstas devem ser localizadas na parede, a 30 cm do piso;
• quartos – se for conhecida a provável posição das cabeceiras das
camas, as caixas de saída devem ser localizadas ao lado dessa posição, na
parede, a 30 cm do piso;
• cozinha – a caixa de saída deve ser localizada a 1,5 m do piso
(caixa para telefone de parede) e não deverá ficar nos locais onde pro-
vavelmente serão instalados o fogão, a geladeira, a pia ou os armários.
b) Lojas:

55
As caixas de saída devem ser projetadas nos locais onde es- tiverem
previstos os balcões, caixas registradoras, empacotadeiras e mesas de trabalho,
evitando-se as paredes onde estiverem previstas prateleiras ou vitrines.
c) Escritórios:
• em áreas onde estiverem previstas até 10 caixas de saída, as
mesmas devem ser distribuídas equidistantemente ao longo das pare- des, a 30
cm do piso;
• em áreas onde estiverem previstas mais de 10 caixas de sa- ída,
deverão ser projetadas caixas de saída no piso, de modo a distri- buir
uniformemente as caixas previstas dentro da área a ser atendida. Nesse caso, é
necessário projetar uma malha de piso, com tubulação convencional ou
canaletas.
Estamos chegando ao final!
O fio telefônico praticamente não apresenta problema nas ins-
talações de telefonia. É que sua fabricação é regida por normas rígidas da
Telebras, que homologa as empresas fabricantes. Os fios para uso interno
devem ser com condutores de cobre estanhado, torcidos, iso- lados com PVC.
Eles têm capacidade para dois ou três condutores e sua seção deve ser de
0,6mm, podendo ser usado dentro de dutos ou fixados em paredes e rodapés
com presilhas especiais. Portanto, as marcas existentes no mercado podem ser
adquiridas sem susto, pois têm a garantia de qualidade da Telebras. Os
eletrodutos que abrigam os fios devem ser rígidos, sem costuras ou rebarbas,
de ferro galvanizado, metal esmaltado a quente, PVC ou similar.
Enfim, temos as canaletas de piso que são dutos de seção retangular
de chapa de aço, latão ou PVC, próprios para instalações no piso. Podem ser
de dois tipos, dependendo da sua utilização: duto retangular liso, utilizado para
passagem de fios e/ou cabos telefônicos ou duto retangular modulado, canaleta
ESQUEMAS E DISPOSITIVOS DE MANOBRA - GRUPO PROMINAS

provida de luvas para saída de fios e/ou cabos telefônicos.


São utilizados dutos retangulares com seções transversais de 25 x 70
mm e 25 x 140 mm, em peças de 3 m de comprimento. As luvas de saída dos
dutos retangulares modulados devem ser de 50 mm de diâmetro, e a distância
entre elas é de 150 cm.
Por fim, as caixas de derivação que são utilizadas para junção e
derivações de canaletas. São normalmente utilizadas nos sistemas de
distribuição telefônica de piso.

56
Caixas de derivação

Canaletas de piso
57

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58
Simbologia básica para instalações telefônicas
CARVALHO JUNIOR, Roberto de. Instalações elétricas e o projeto de
arquitetura. 3 ed. São Paulo: Blucher, 2011.

CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais.


Conforme Norma NBR 5410:2004. 21 ed. São Paulo: Érica, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410:


2004. Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2005.
Disponível em: http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20 e%20relat
%F3rios/NRs/nbr_5410.pdf

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5413: Ilu-


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419 Pro-


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