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APOSTILA
QUÍMICA ANALÍTICA I
PARTE I
INTRODUÇÃO
Curiosidade natural
• ATIVIDADE (1)
. Matéria
Uma bola, lápis, caderno, alimentos, a lua, as estrelas, o vento, a brisa etc.,
possuem massa, pois se você colocar algumas destas coisas em uma balança, perceberá
que todas elas possuem uma quantidade de massa.
Todas possuem características comuns: ocupam lugar no espaço e têm massa.
. Energia
. Matéria e energia
Todos os seres vivos são feitos de matéria e precisam de energia para que seu
organismo funcione.
• ATIVIDADE (2)
UNIDADE I
MATÉRIA
• Massa
• Volume
* Propriedades gerais
* Propriedades específicas
• Empuxo: Todo corpo imerso total ou parcialmente em um líquido, recebe uma força
vertical, de baixo para cima, igual ao peso da porção de líquido deslocada pelo corpo
Mergulhando um ovo cozido em um copo com água, o ovo ficará no fundo do copo. Se
adicionarmos sal de cozinha até saturar a solução, o ovo flutuará.
Quanto maior a densidade do líquido maior o empuxo.
• Maleabilidade: propriedade que alguns materiais possuem de ser transformado em
lâmina.
• Ductibilidade: propriedade que alguns materiais possuem de ser transformados em fios,
por exemplo, o ouro, que pode ser transformado em joias delicadas e o cobre para
produção de fios.
• Condutividade elétrica: em geral os metais são bons condutores de energia elétrica e
calor. Por serem bons condutores de calor, os metais, como por exemplo, o alumínio, o
cobre, o ferro e o aço são usados na produção de utensílios domésticos, como panelas,
canecas, etc.
• Dureza: propriedade de alguns materiais de oferecer resistência ao risco (desgaste).
* Propriedades organolépticas
São aquelas que são perceptíveis por meio dos órgãos dos sentidos.
• Cor: alguns materiais possuem cor, isto é, são coloridos, como o ouro, enxofre, iodo.
Outros não possuem cor, isto é, são incolores, como água, álcool, éter, etc.
• Sabor: através do paladar percebemos o sabor característico de alguns materiais como o
sal de cozinha, limão, vinagre, leite de magnésia. As substâncias com sabor são chamadas
sápidas; outras não possuem sabor, como a água e a parafina e são chamadas insípidas.
• Odor: através do olfato percebemos que alguns materiais possuem odor, como o
enxofre, álcool, gasolina, éter e são denominadas, odoríferas; outras, como a água, ouro e
sal de cozinha não possuem odor e são denominadas inodoras.
• Funcionais: algumas propriedades da matéria que se encontram entre as propriedades
organolépticas e as químicas. São aquelas apresentadas por determinados grupos de
materiais identificados por desempenharem alguma função em comum.
Dentre as várias propriedades funcionais podemos destacar a acidez, a basicidade ou
alcalinidade e a salinidade.
• Químicas: são as propriedades que determinam o tipo de fenômeno químico que cada
material específico é capaz de sofrer.
• ATIVIDADE (3)
Para pensar: Quando se mergulha uma toalha de banho, em um tanque cheio de água,
saem bolhas. Como se explica este fenômeno?
• ATIVIDADE (4)
Preencha a última coluna da tabela com os estados físicos de cada material na temperatura
ambiente de 25°C e pressão de 1 atm.
• ATIVIDADE (5)
• ATIVIDADE (6)
Pesquise por que o gelo, sendo água no estado sólido, flutua na água líquida?
• ATIVIDADE (7)
Em função das forças de coesão das partículas que formam a matéria ela pode se
apresentar em diferentes formas, que são denominados Estados Físicos da Matéria. A
água, por exemplos, pode se apresentar em três formas diferentes, sólida, líquida e gasosa.
Sólido
• Apresenta forma e volume constantes.
• Forma um arranjo definido com forças de atração intensas entre as partículas.
• Espaçamento entre as partículas é muito pequeno.
Líquido
• Apresenta volume constante e forma variável.
• Forma um arranjo não definido pois as forças de atração existentes entre as
partículas não são intensas.
• Há um razoável espaçamento entre as partículas.
Gasoso
• Apresenta forma e volume variáveis.
• Forma um arranjo não definido pois as forças de atração existentes entre as
partículas são muito fracas deixando-as praticamente livres para se movimentarem
de maneira desordenada.
• Há muito espaçamento entre as partículas.
• ATIVIDADE (8)
Sabe-se que bolinhas de naftalina (nome comercial do naftaleno), usada para evitar
baratas, à temperatura ambiente, tem suas massas diminuídas, terminando por
desaparecer sem deixar resíduos. Como este fenômeno pode ser explicado? Como se
denomina?
• ATIVIDADE (9)
UNIDADE II
FENÔMENOS
Físico
Sempre que a matéria sofre uma transformação qualquer que não modifica sua
composição, dizemos que ocorre um fenômeno físico. Exemplos: um papel rasgado, uma
lata de alumínio amassada, um fio de cobre que sofre passagem de corrente elétrica,
pulverização de uma rocha, dissolução de sal de cozinha em água, adoçar um suco,
métodos de separação de misturas (filtração, destilação etc.).
Químico
Nuclear
92 U
235 +
0n
1 56 Ba 141 + 36 Kr 92 + 3 0 n 1 + energia
(Bomba Atômica de Hiroshima – Little Boy – 06/08/45)
Exotérmico
Endotérmico
Exercícios
(1) O gelo seco é o gás carbônico no estado sólido, este passa para o estado gasoso sem
deixar resíduos. Que mudança de estado ocorre com o gelo seco?
(4) Por que os balões, que são constituídos de papel, cola, combustível e pavio, sendo mais
densos que o ar atmosférico, sobem?
(5) Os itens a b e c devem ser respondidos analisando-se o gráfico a seguir, que mostra a
variação da massa das substâncias A, B e água, em função da variação do volume à
temperatura constante.
(7) Uma substância é um sólido cristalino, funde a 318°C, é branco, inodoro, tem sabor
cáustico adstringente (sabor semelhante ao percebido quando se come banana verde), tem
densidade 2,13 g/mL a temperatura ambiente, conduz corrente elétrica no estado fundido
e em solução aquosa. Dentre as propriedades acima quais você utilizaria para identificação
da soda cáustica?
(8) O éter possui P.F.= -116°C e P.E.= 34°C;a água possui P.F.= 0°C e P.E.= 100°C.à pressão
de uma atmosfera (ao nível do mar). Em qual estado físico se encontram o éter e a água
em São Paulo, onde a temperatura ambiente é 25°C e no Deserto da Arábia, onde a
temperatura ambiente é 50°C ?
(9) Indique no texto a seguir se as palavras sublinhas são exemplos de matéria, corpo ou
objeto.
“Antes da 2ª Guerra Mundial, os americanos fabricavam pára-quedas com fios de
seda produzidos no Japão. A seda é relativamente frágil e, por isso, apresenta um alto risco
para este tipo de uso; além disso, com a guerra, o fornecimento de seda para os
americanos foi cortado. Esses problemas levaram os americanos a desenvolver o náilon,
que, além de substituir a seda com grande vantagem na fabricação de pára-quedas, é
muito utilizado atualmente na fabricação de roupas e sapatos, engrenagens, garrafas e
linhas de pesca, dentre outros”.
(11) Julgue as afirmações a seguir em verdadeira (V) ou falsa (F) referentes à mudança de
fase da matéria.
a. A fase gasosa é aquela na qual a matéria possui volume próprio e forma variável.
b. É possível mudar a fase de agregação de uma placa de ferro de sólida para líquida.
c. A fase sólida é aquela na qual a matéria possui volume próprio e forma própria.
d. Não é possível mudar a fase de agregação do ar atmosférico de gasosa para líquida.
e. A fase líquida é aquela na qual a matéria possui volume variável e forma própria.
(16) Entre as transformações citadas a seguir, aquela que não representa ocorrência de um
fenômeno químico é:
a. O cozimento de um ovo.
b. A queima do carvão.
c. O amadurecimento de uma fruta.
d. O azedamento do leite.
e. A formação do orvalho.
a. Divisibilidade é o que garante que duas porções de matéria não podem ocupar o mesmo
lugar no espaço.
b. A impenetrabilidade é uma propriedade que depende dos materiais que são postos em
contato; por exemplo, o óleo e a água são impenetráveis, já a água e o álcool penetram um
no outro em qualquer proporção.
c. A compressibilidade é uma propriedade da matéria que se torna mais perceptível na fase
gasosa.
d. Algumas espécies de matéria, como o látex, possuem uma elasticidade bastante
acentuada.
e. A inércia garante que a matéria irá permanecer eternamente em repouso ou em
movimento, sem nunca modificar sua situação original.
(22) Quais são as propriedades comuns mais relacionadas ao texto dos itens abaixo?
a. Para obter ouro 18 quilates é preciso fundir 75% de ouro, 12,5% de prata e 12,5% de
cobre.
b. Se deixarmos uma panela de água fervendo no fogo, o líquido acabará secando no
recipiente e o vapor formado se espalhará por todo o ambiente.
c. Nos cilindros de oxigênio utilizados pelos mergulhadores, o gás, encontra-se
comprimido.
d. Uma mola de ferro presa ao teto distende-se quando tem de suportar um peso
qualquer.
e. A mola de ferro tende a permanecer distendida na mesma posição até que o peso seja
retirado.
(23) Indique, dentre os 5 sentidos, o que mais se relaciona aos itens abaixo:
a. O fel é um líquido esverdeado e viscoso segregado pelo fígado e que tem a fama de ser
amargo.
b. Uma característica dos metais é que a maioria deles possui um bonito brilho prateado,
com exceção do ouro e do cobre.
c. A “essência de carne podre” é tão potente que, para uma pessoa sentir seu cheiro, basta
uma quantidade igual a 400 bilionésimos de grama.
d. O estrondo provocado pela explosão de uma bomba atômica muitas vezes pode ser
ouvido num raio de 20 Km.
e. O diamante bruto é áspero e opaco; torna-se extremamente brilhante e liso ao ser
lapidado.
(24) “O hidróxido de magnésio possui alta basicidade, é solúvel em água e possui sabor
adstringente. É empregado na medicina como laxante vendido em farmácias com o nome
leite de magnésia”.
Quais os tipos de propriedades do hidróxido de magnésio que estão, respectivamente,
relacionados no texto?
a. Funcional, química e física.
b. Geral, química e organoléptica.
c. Geral, física e química.
d. Organoléptica, física e química.
e. Funcional, física e organoléptica.
(25) O ácido nítrico é um líquido transparente, incolor, tóxico e corrosivo. O ácido sulfúrico
é um líquido incolor, oleoso e muito corrosivo. O contato desses ácidos com a pele provoca
a destruição dos tecidos. A palavra sublinhada refere-se a uma propriedade desses ácidos.
Que tipo de propriedade é essa?
a. Geral b. Funcional c. Física d. Química e. Organoléptica
(26) O permanganato de potássio é um sal que apresenta forma de cristais de cor púrpuro-
escuro, de sabor doce e adstringente. As partes em destaque do texto referem-se a
propriedade:
a. Geral b. Funcional c. Organoléptica d. Física e. Química
UNIDADE III
SUBSTÂNCIAS E MISTURAS
Quadro Resumo
Exercícios
(1) Como podemos fazer para classificar um material desconhecido como substância ou
mistura? Explique.
(3) Analise a afirmação “Uma única substância sempre constituirá um sistema monofásico”.
Explique.
Sistema Nº Sistema Nº
de (homogêneo ou heterogêneo) de
fases componentes
Água com gás
Água mineral sem gás
Vinagre
Ar atmosférico sem partículas de
poeira
Água e acetona
Ouro sólido e ouro líquido
Água líquida, vapor d’água
Água líquida, água sólida, óleo e areia
Água, álcool e granito
(6) O número de fases num sistema constituído de areia, pouco sal, pouco açúcar, água e
gasolina é:
a) 02 b) 03 c) 04 d) 05 e) 06
(7) Um sistema onde os componentes são apenas água na fase líquida e 3 cubos de gelo, é
do tipo:
(8) Em um sistema fechado que contém água líquida, cloreto de sódio dissolvido, cloreto
de sódio não dissolvido, 2 cubos de gelo e os gases nitrogênio e oxigênio não dissolvidos na
água líquida existem:
a. 4 fases e 4 componentes.
b. 3 fases e 3 componentes.
c. 4 fases e 3 componentes.
d. 3 fases e 4 componentes.
e. 2 fases e 5 componentes.
(9) Assinale a alternativa que indica uma mistura heterogênea e uma homogênea,
respectivamente.
UNIDADE IV
MUDANÇAS DE FASE
Substância:
• ATIVIDADE (10)
Isso também ocorre com a liga metálica vinda da mistura de 40% de cádmio e 60%
de bismuto, o seu ponto de fusão é fixo em 140ºC sob pressão de 1 atm. É interessante
notar que o ponto de fusão de cada uma dessas substâncias isoladamente é diferente
desse valor. O ponto de fusão do cádmio é igual a 320,9 ºC e do bismuto é de 271,3ºC.
• ATIVIDADE (11)
Faça um esboço do gráfico de resfriamento para cada uma das misturas: mistura
homogênea simples, eutética e azeotrópica.
*Mistura Eutética
__________________________________________________________________________
*Mistura Azeotrópica
Exercícios
(1) Considere a tabela a seguir, onde estão relacionados os pontos de fusão e de ebulição
de algumas substâncias sob pressão de 1 atm.
(2) Uma amostra de água a – 20ºC é tirada de um congelador e colocada num forno a
150ºC. Considere que a temperatura da amostra varie lentamente com o tempo e que seja
idêntica em todos os seus pontos. A pressão ambiente é 1 atm.
(3) Na tabela a seguir estão listados valores de temperatura em função do tempo, obtidos
experimentalmente para o aquecimento de uma substância X. Inicialmente, X está na fase
sólida.
Tempo(min) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
T (°C) 20 30 40 50 60 70 80 80 80 80 90 100 110 120
Tempo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
(min)
T (ºC) 120 100 85 70 70 70 55 40 30 24 10 5 -10 -20
Coluna 1: Coluna 2:
(6) O gráfico a seguir representa a curva de resfriamento da água pura à pressão constante
de 1 atm.
(7) Uma substância sólida é aquecida continuamente. O gráfico a seguir mostra a variação da
temperatura (ordenada) com o tempo (abscissa):
A alternativa correta é:
(9) Com relação às propriedades da matéria e às mudanças de fase das substâncias e das
misturas, é correto afirmar:
UNIDADE V
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO
OU
FRACIONAMENTO DE MISTURAS
Esquema simplificado:
Filtração:
Decantação:
A decantação é muito utilizada para separar líquidos imiscíveis, ou seja, líquidos que
não se misturam. Para isso, coloca-se a mistura a ser separada em um funil de separação
(ou funil de decantação ou funil de bromo). Quando a superfície de separação das camadas
líquidas estiver bem nítida, abre-se a torneira e deixa-se escoar o líquido da camada
inferior (maior densidade), conforme o desenho:
Sublimação:
Só pode ser aplicada quando uma das fases sublima com facilidade. É empregada
na purificação do iodo e do naftaleno.
Flotação:
Separação magnética:
Catação:
• ATIVIDADE (12)
Evaporação ou Cristalização:
Destilação simples:
• ATIVIDADE (13)
Destilação fracionada:
Cromatografia:
Fase estacionária: fase fixa onde a substância que está sendo separada ou identificada fixa-
se na superfície de outro material. Por exemplo, um papel de filtro.
Fase móvel: nesta fase as substâncias que queremos isolar são “arrastadas” por um
solvente fluido, que pode ser líquido ou gasoso. Por exemplo, vapor do álcool etílico.
cromatógrafo (gasoso)
• ATIVIDADE (14)
Cite alguns métodos de separação envolvendo misturas homogêneas que você utiliza no
seu dia e nem percebe.
• ATIVIDADE (15)
Exercícios
(1) Os processos de dissolução fracionada e sedimentação fracionada são indicados para separar
misturas homogêneas ou heterogêneas? De que tipo?
(2) Um copo contém uma mistura de água, acetona, cloreto de sódio e cloreto de prata. A
água, a acetona e o cloreto de sódio estão numa mesma fase líquida, enquanto o cloreto
de prata encontra-se na fase sólida. Descreva, por meio de um esquema, como podemos
realizar, em um laboratório de química, a separação dessa mistura.
a. balão de destilação
b. termômetro
c. erlenmeyer
d. condensador
e. funil analítico
(7) Num acampamento, todo sal de cozinha é derrubado na areia. As pessoas recuperaram
o sal realizando, sucessivamente:
_____________________________________________________________________
(11) Nas salinas, o processo físico que separa a água do sal é: ___________________.
Método 1
Método 2
(13) Para separar os componentes de uma mistura, foi realizada a seguinte seqüência de
operações:
Aquecimento
Evaporação
Esse procedimento é recomendado para a seguinte mistura:
a. decantação
b. destilação fracionada
c. peneiração
d. cristalização
e. sublimação
(16) A maioria das substâncias é encontrada na natureza sob a forma de misturas, tais
como: rochas, solo, gases da atmosfera, água do mar, minerais, alimentos, água dos rios,
etc. A separação de uma substância pode ocorrer, dependendo das características da
mistura, de diferentes maneiras. Assim sendo, assinale as afirmativas corretas:
a. A separação da água dos rios, lagos e mares, na formação da chuva, ocorre por
destilação natural.
b. A separação do resíduo ( pó de café ) da solução de café é feita por filtração.
c. A separação do sal de cozinha da água do mar é feita por evaporação.
d. A separação da coalhada do leite é feita por decantação.
e. A retirada de uma mancha de gordura de uma roupa, usando sabão, é feita por filtração.
f. A separação dos gases de bebidas gaseificadas ocorre por evaporação.
(17) Para um químico, ao desenvolver uma análise, é importante verificar se o sistema com
o qual está trabalhando é uma substância pura ou uma mistura. Dependendo do tipo de
mistura, podemos separar seus componentes por diferentes processos. Assinale a
alternativa que apresenta o método correto de separação de uma mistura.
a. Uma mistura homogênea pode ser separada através de decantação.
b. A mistura álcool e água pode ser separada por filtração simples.
c. A mistura heterogênea entre gases pode ser separada por decantação.
d. Podemos afirmar que, ao separarmos as fases sólidas e líquida de uma mistura
heterogênea, elas serão formadas por substâncias puras.
e. O método mais empregado para a separação de misturas homogêneas sólido-líquido é a
destilação.
(18) Faça a associação correta entre as colunas, relacionando a(s) técnica(s) que deve(m)
ser empregada(s) para separar os componentes de cada mistura a fim de obter todos os
componentes:
k) Peneiração ou tamisação
l) Adsorção
(19) Uma das etapas do funcionamento do aspirador de pó, utilizado na limpeza doméstica,
é a:
(21) Entre as substâncias usadas para o tratamento de água está o sulfato de alumínio que,
em meio alcalino, forma partículas em suspensão na água, às quais as impurezas presentes
no meio se aderem.
O método de separação comumente usado para retirar o sulfato de alumínio com as
impurezas aderidas é a:
22) O mercúrio, um metal líquido, é utilizado pelos garimpeiros para extrair ouro. Nesse
caso, o mercúrio forma com o ouro, uma mistura líquida homogênea, que pode ser
separada facilmente da areia e da água. Infelizmente, esse processo causa muitos danos ao
meio ambiente. O uso do mercúrio contamina o solo, as águas, o ar atmosférico e os
próprios garimpeiros.
23) Na perfuração de uma jazida petrolífera, a pressão dos gases faz com que o petróleo
jorre para fora. Ao reduzir-se à pressão, o petróleo bruto para de jorrar e tem de ser
bombeado. Devido às impurezas que o petróleo bruto contém, ele é submetido a dois
processos mecânicos de purificação antes do refino: separá-lo da água salgada e separá-lo
de impurezas sólidas, como areia e argila. Esses processos mecânicos de purificação são,
respectivamente:
a. decantação e filtração
b. decantação e destilação fracionada
c. filtração e destilação fracionada
d. filtração e decantação
e. destilação fracionada e decantação
A sequência correta é:
a. 2, 3 e 1. b. 4, 2 e 3. c. 3, 4 e 1. d. 1, 3 e 2. e. 2, 2 e 4.
UNIDADE VI
O ESTUDO DAS SOLUÇÕES
Soluções são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias onde estão presentes o soluto
e o solvente.
Uma solução é formada por:
• Soluto: substância a ser dissolvida;
• Solvente: substância que efetua a dissolução.
Podemos dizer, ainda, que uma solução pode ser:
• aquosa: utiliza água como solvente;
• diluída: contém uma pequena quantidade de soluto;
• concentrada: contém uma quantidade razoável de soluto.
Concentração de soluções
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47
As soluções concentradas:
• Contêm muito soluto em relação ao solvente. Exemplo: 300g de sal para 1L de água.
As soluções diluídas:
• Contêm pouco soluto em relação ao solvente. Exemplo: 1g de sal para 1L de água.
Ou seja,
Quantidadedesoluto
Concentração de uma solução =
Quantidadedesolução ( soluto solvente)
• densidade (g/mL)
• título
• porcentagem (%):
o massa por volume (g/100mL);
o massa por massa (g/100 g);
o volume por volume (mL/100mL)
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Prefixos
Em muitos casos, a unidade básica pode ser demasiado pequena ou demasiado grande e, para
evitar o uso de muitos zeros nas escalas, deve ser utilizado o prefixo métrico apropriado. Os de uso
mais comum estão listados a seguir:
Transformações de unidades
CONCENTRAÇÃO EM PORCENTAGEM
Às vezes, a concentração aparece expressa como %, mas, nesse caso, é necessário especificar o estado
físico do que se mede.
Por exemplo:
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49
Por convenção (m/v ou p/v) ou (v/v) podem ser omitidos para soluções aquosas abaixo de 1%.
Exercício resolvido:
Qual a massa de cloreto de alumínio (AlCl3) necessária para preparar 150 mL de uma solução aquosa
de concentração igual a 50 g/L?
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50
É o quociente entre o número de mols do soluto e o volume da solução em litros (M = mol/L ou mol L-
1)
Exercício resolvido:
Qual a massa de soluto necessária para preparar 1 litro de uma solução 0,5 mol/L de NaOH?
msoluto = 20 g
Vsolução = 1 L
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51
CONCENTRAÇÃO EXPRESSA EM PARTES POR MILHÃO (ppm), POR BILHÃO (ppb) E POR TRILHÃO (ppt)
Existem casos em que a quantidade de soluto é extremamente pequena, como, por exemplo, a
concentração dos poluentes existentes no ar, na terra e na água. Nessas situações, costuma-se usar a
unidade partes por milhão, que é representada pela abreviação ppm.
A concentração em ppm indica quantas partes do soluto existem em um milhão (106) de partes
da solução (em volume ou em massa).
Assim, uma solução de 20 ppm contém 20 gramas do soluto em 1 milhão de gramas da solução.
A relação matemática para a determinação do ppm pode ser dada por:
1 partedesoluto
1 ppm
1.000.000 partes de solução
1.000.000 = 106
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Há casos também em que a solução encontra-se ainda mais diluída e que é necessário
expressar a concentração em partes por bilhão (ppb) e em partes por trilhão (ppt). O raciocínio para o
trabalho com esses é o mesmo que no caso do ppm.
Exercícios resolvidos
(1) A propanona pura, C3H6O, é um líquido volátil, incolor, inflamável, moderadamente tóxico, de sabor
adocicado e cheiro agradável. Um ser humano comum pode perceber o cheiro da propanona diluída
no ar na concentração mínima de 1,6 ppm. A análise de uma amostra do ar de determinado ambiente
revelou que existe 0,00015% em volume de propanona. Uma pessoa, ao entrar no ambiente, irá
perceber o odor da propanona? Justifique por meio de cálculos.
Como esse valor de 0,00016% está acima da porcentagem de 0,00015% citada no problema, então um ser
humano não perceberá o odor da propanona (acetona).
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(2) De acordo com a padronização internacional, a água potável não pode conter mais do que 5,0 . 10 -4
mg de mercúrio (Hg) por grama de água. Como essa quantidade máxima permitida de Hg pode ser
expressa em ppm?
Então:
ppm = 5,0 . 10-4 mg = 5,0 . 10-1 mg/kg = 5,0 . 10-1 ppm = 0,5 ppm
M ( g / mol)
. Matematicamente, tem-se: EG
x
X= valência do elemento (quantidade de mols de elétrons ganhos ou perdidos num certo processo
químico)
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M ( g / mol ) Na 23 g / mol
a) EGNa = => EGNa = = 23 g (X = valência do Na = 1)
x 1
M ( g / mol ) 27 g / mol
c) EGAl => EGNa = = 9,0 g (X = valência do Al = 3)
x 3
* Equivalente-Grama de um ácido:
É a massa molar (g/mol) do ácido considerado, dividido pela quantidade de hidrogênios ionizáveis do
ácido (H+).
M ( g / mol ) 98 g / mol
b) EGH2SO4= => EGH2SO4 = = 49,0 g (X = nº de H+= 2)
x 2
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É a massa molar (g/mol) da base considerado, dividido pela quantidade de íons OH- da base.
M ( g / mol ) 74 g / mol
b) EGCa(OH)2= => EGCa(OH)2 = = 37,0 g (X = nº de OH- = 2)
x 2
M ( g / mol ) 78 g / mol
c) EGAl(OH)3= => EGAl(OH)3 = = 26 g (X = nº de OH- = 3)
x 3
É a massa molar (g/mol) do sal considerado, dividido pela valência total do cátion ou do ânion
presentes no sal.
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m
Matematicamente, tem-se:
neq
EG
EG = 74g/2
EG = 37g
m
Cálculo do número de equivalentes-gramas:
neq
EG
3,7
Neq = = 0,1 eq-g
37
Ou seja, o EG dessa base que é 37 g, está contida 0,1 vez na massa dada de 3,7 g dessa mesma base.
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Exercício resolvido:
Qual a massa de soluto que deve ser pesada para preparar um litro de solução de hidróxido de 0,1N?
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58
DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES
As soluções concentradas também podem ser misturadas com solventes para torná-las diluídas.
Em diluições a quantidade de solvente é que aumenta e a quantidade de soluto permanece
sempre constante. Assim, o número inicial de mols do soluto é igual ao número de mols do soluto no
final.
quantidadedemoldosoluto n
A molaridade (M) é expressa como: M = =
volumedasolução (dm3ouL) v
Portanto:
M 1 x V1 = M 2 x V2
(Equação geral da diluição)
Uma solução é uma mistura homogênea(apresenta uma única fase/ aspecto visual), na qual
temos a presença de um material(soluto) dissolvido em outro (solvente). Um exemplo de solução é a
adição do cloreto de sódio (NaCl) à água (H2O).
É muito comum prepararmos soluções no dia a dia, bem como realizarmos a mistura de uma
com outra. Misturar duas soluções é o ato de colocar duas ou mais soluções em um mesmo
recipiente. Se essa mistura envolver soluções que apresentam o mesmo solvente e o mesmo soluto, a
realização desse procedimento será chamada de mistura de soluções de mesmo soluto.
Um exemplo de mistura de soluções de mesmo soluto é quando colocamos duas soluções
aquosas (apresentam água como solvente) de cloreto de sódio em um mesmo recipiente, como
representado a seguir:
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Analisando a imagem, podemos observar que, quando realizamos uma mistura de soluções que
apresentam o mesmo soluto e o mesmo solvente, estamos apenas realizando um aumento da
quantidade do solvente e do soluto, não sendo observada nenhuma outra modificação.
Na representação a seguir, temos a indicação da quantidade de soluto e solvente em cada
recipiente. Observe o resultado final dessa mistura:
Por meio desses dados, é possível realizar ainda o cálculo da concentração tanto das soluções
que serão misturadas (soluções iniciais) quanto da solução resultante da mistura (solução final).
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60
. Exemplos de aplicação
(1) Qual é a molaridade de uma solução de NaOH formada pela mistura de 60 mL de solução 5 mol/L
com 300 mL de solução 2 mol/L de mesma base?
Passo 2: O volume da solução final é determinado pela soma dos volumes das duas soluções:
VF = V1 + V2
VF = 60 + 300
VF = 360 mL
Passo 3: A concentração da solução final após a mistura será determinada por meio dos dados na
seguinte fórmula:
5.60 + 2.300 = MF.360
300 + 600 = MF.360
900 = MF.360
900 = MF
360
MF = 2,5 mol/L
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Observação: Um detalhe importante é o de que a concentração da solução final após uma mistura de
soluções de mesmo soluto sempre terá um valor intermediário em relação ao das soluções que foram
misturadas. O exemplo acima nos mostra exatamente esse fato.
(2) Qual será o volume de uma solução de hidróxido de sódio 60 g/L que deve ser misturado a 300
mL de uma solução 80g/L de mesma base a fim de torná-la uma solução 72 g/L?
Passo 2: O volume final é determinado pela soma dos volumes das duas soluções:
VF = V1 + V2
VF = V1+ 300
Passo 3: O cálculo do volume da solução 1 será feito por meio da fórmula a seguir. Mas, atenção: o
VF será substituído por V1 + 300
60.V1 + 80.300 = 72.(V1 +300)
60V1 + 24000 = 72V1 + 21600
24000 – 21600 = 72V1 + 60V1
2400 = 12V1
2400 = V1
12
V1 = 200 mL
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Exercícios de fixação
Quando retiramos água de uma fonte e a colhemos em um copo transparente, por sua
aparência, julgamos ter em nossas mãos um copo de água pura. A análise visual, nesses casos, não
basta para fazermos tal afirmação. Teríamos que realizar análises químicas e, assim, averiguar a
existência, em pequenas quantidades, de outras substâncias químicas nela dissolvidas, caracterizando,
portanto, uma solução.
Devido à grande facilidade de dissolver substâncias, na natureza, a água encontra-se sempre
como uma solução, na qual poderemos não só encontrar as mais variadas substâncias químicas, como
também uma enorme variedade de micro-organismos que nela habitam.
Devemos atentar para o fato de que a água entra em contato com, praticamente, toda a matéria
existente na superfície do planeta, desde os gases que compõem a atmosfera até os materiais das
profundidades dos solos. Este fato é de fundamental importância para que ela, ao realizar seu ciclo,
contenha dissolvidas tão variadas substâncias.
Com base no texto acima, conceitue, com suas palavras, o que é uma solução.
(4) Nas frases a seguir indique as palavras que preenchem, corretamente, os espaços 1, 2, 3 e 4. Numa
solução, chamamos de ______1_______ a substância que está em menor proporção e de
_______2_________ a que está em maior proporção. Na gasolina de abastecimento, por exemplo, a
porcentagem de etanol dissolvido é de 25%, sendo, assim, o ______3______. A gasolina (sem a adição
do álcool) é o ______4______.
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(6) As substâncias químicas dissolvidas na água, bem como os micro-organismos que nela habitam,
muitas vezes, quando consumidos por seres humanos, podem causar transtornos à saúde. Devido a
essa possibilidade, a água, utilizada para consumo humano, deve passar por um processo de
purificação.
Essa possível existência, na água, de micro-organismos patologicamente ativos - pequenos
organismos que podem causar doenças aos seres humanos - ou de substâncias químicas cujos efeitos
tóxicos sejam evidentes, leva-nos a exercer nossa cidadania e exigir, dos órgãos competentes, o
tratamento da água.
A água que serve para o consumo humano é denominada água potável. Essa água pode ser
consumida em qualquer quantidade, sem provocar efeitos danosos à saúde. A água potável deve ser
isenta de cor, turbidez, gosto e odor. Também não deve conter substâncias minerais ou orgânicas que
possam produzir efeitos fisiológicos prejudiciais, ou organismos patogênicos que causem tais efeitos.
Para um bom controle da qualidade da água, as instituições responsáveis por sua potabilização
devem realizar, periodicamente, análises bacteriológicas e físico-químicas. As primeiras verificarão a
existência e a quantidade de micro-organismos, identificando-os como prejudiciais - ou não – à saúde;
ao passo que as segundas determinarão a existência e quantidade dos
compostos químicos dissolvidos em água.
No Brasil, o Ministério da Saúde é o responsável pelos parâmetros de potabilidade, bem como
pela sua fiscalização, segundo consta na portaria no 36, de 19 de janeiro de 1990. Nessa portaria,
encontram-se as normas e os padrões de potabilidade da água destinada ao consumo humano. Vide as
tabelas 1 e 2 com dados retirados dessa portaria, e um complemento que mostra os efeitos tóxicos
desses elementos para a saúde.
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64
Tabela 2 -Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde
Foram realizadas análises quantitativas de arsênio, bário, chumbo, mercúrio, alumínio, cobre e
manganês em quatro amostras de águas e os resultados estão representados na Tabela 3, a seguir.
a). Com base nos dados das Tabelas 1 e 2, verifique se estas águas estão de acordo com os parâmetros
de potabilidade vigentes no Brasil. Justifique sua resposta.
b). Se forem ingeridas, quais os efeitos que as águas analisadas poderão causar?
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65
c. Para a água ser considerada potável só a análise apresentada na Tabela 3 é suficiente? Justifique.
(7) Faça um esquema que represente o procedimento da preparação de 100 mL de uma solução de
cloreto de sódio de concentração 4 g/L, circulando, em cada procedimento, a palavra-chave.
(8) Ao preparar uma solução aquosa, a água adicionada ultrapassou a marca de aferição do balão
volumétrico.
a). Essa solução apresentará concentração maior, menor ou igual a desejada inicialmente? Justifique.
b). Qual o procedimento mais adequado para, aproveitando a mesma solução, conseguir a
concentração desejada no início?
Comparação das substâncias químicas presentes nas águas do rio Amazonas e as dos oceanos.
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Observação: A tabela acima foi elaborada a partir de dados emitidos pelo Laboratório Hidrográfico de
Copenhage (águas oceânicas) e do livro Química Geral de Masterton & Slowinski (águas do Amazonas).
a. Qual o cátion que existe em maior concentração nas águas do rio Amazonas?
b. Qual o cátion que existe em maior concentração nas águas dos oceanos?
c. Qual o ânion que existe em maior concentração nas águas do rio Amazonas?
d. Qual o ânion que existe em maior concentração nas águas dos oceanos?
e Se todo íon sódio (Na+) transforma-se em um componente do sal de cozinha (NaCl), após a
evaporação da água marinha, qual a massa deste sal que teríamos em 5 litros dessa água? Mostre os
cálculos.
f) Se todos os íons cloreto (Cl-) integrarem a formação do cloreto de sódio (NaCl), após a evaporação de
5 litros de água do rio Amazonas, qual massa deste sal seria obtida? Mostre os cálculos.
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67
(12) Uma solução possui concentração de 120 g/L de NaOH. Qual sua concentração molar (mol/L)?
(14) Qual a quantidade de água que deve ser adicionada a 100 mL de uma solução de NaCl 1,5 M para
se obter 1 litro de solução a 0,15 M?
EXERCÍCIOS GERAIS
Soluções - Concentração (g/L), densidade, Título / porcentagem, Concentração em
mol/L, Normalidade
(1) Um adulto possui, em média, 5 L de sangue com cloreto de sódio dissolvido na concentração de 5,8
g/L. Qual a massa total de NaCl em 5 L de sangue de uma pessoa adulta?
(2) Calcule a concentração em g/L de uma solução de nitrato de potássio, sabendo que ela encerra 60g
do sal em 300 cm3 de solução.
(3) Calcule a concentração, em g/L, de uma solução de NaOH que apresenta 200 mg dessa base em
400 mL de solução.
(4) O ser humano adulto possui, em média, 5 litros de sangue com cloreto de sódio ( NaCl ) dissolvido
na concentração de 5,8 g/L. Qual é a massa total de cloreto de sódio ( NaCl ) no sangue de uma pessoa
adulta?
(5) Evapora-se totalmente o solvente de 250 mL de uma solução aquosa de MgCl2 de concentração 8,0
g/L. Quantos gramas de MgCl2 são obtidos?
(6)
O que você diria de um medicamento que contém 1,0 g de extrato vegetal misturado com
100.000 g de água? Isso é praticamente água pura, não é mesmo? No entanto, medicamentos desse
tipo são comuns em homeopatia, campo da medicina cujo princípio fundamental pode ser descrito da
seguinte maneira: toda substância que, em quantidades apreciáveis, provoca algum distúrbio em uma
pessoa sadia, ajudará a combater esse mesmo distúrbio quando for prescrita em doses extremamente
pequenas.
Considere que um medicamento homeopático foi preparado a partir de 5,0 mL de solução,
contendo 0,01 mg de uma determinada substância conhecida como ácido orto-hidróxi-benzóico. Com
base nessas informações, determine a concentração comum, em g/L, dessa substância na solução
citada.
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68
(1) Uma solução contém 15g de Na2CO3 e 135g de água e tem densidade igual a 1,1g/mL.
(2) Prepara-se uma solução aquosa dissolvendo-se 2,5 g de NaCl e obtém-se uma solução de densidade
0,997g/mL.
Título ( T ou ) e porcentagem(%)
(1) Uma solução aquosa 10% em massa de NaCl, contém _____________ de NaCl em 100 g de solução.
(2) Uma solução 20% em massa/Volume de Na2SO4 em água, contém ______g de Na2SO4 em _______
de solução.
(3) Uma solução aquosa 40% de etanol, contém __________de etanol em cada ___________de
solução.
(4) Foram dissolvidas 80 gramas de NaCl em 320 gramas de água. Qual o título da solução?
(5) Uma bebida alcoólica apresenta 25% de etanol (álcool). Qual o volume, em mL, do etanol
encontrado em 2 litros dessa bebida?
(1) A concentração é uma característica importante das soluções e um dado necessário para seu uso no
laboratório, na indústria e no cotidiano. O hidróxido de sódio (NaOH), também conhecido como soda
cáustica, é um hidróxido cáustico usado na indústria (principalmente como uma base química) na
fabricação de papel, tecidos e detergentes. Apresenta-se ocasionalmente como uso doméstico para a
desobstrução de encanamentos e sumidouros, pois é altamente corrosivo, podendo produzir
queimaduras, cicatrizes, e cegueira devido a sua elevada reatividade. Ao lado, estão desenhados
recipientes com os respectivos volumes de solução e massas de hidróxido de sódio.
Qual recipiente contém a solução cuja concentração molar é 2,0 mol/L? Dado: massa molar do NaOH =
40 g/mol.
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69
(2) Nosso suco gástrico é uma solução aquosa de HCl (ácido clorídrico), com massa de 0,365 g para
cada 1 litro. Com base nessa informação, determine a concentração molar (mol/L) do ácido clorídrico
no suco gástrico. Dado: massa molar do HCl = 36,5 g/mol.
(4) Um técnico necessita preparar uma solução aquosa de hipoclorito de sódio, NaClO, 0,5M, para o
branqueamento de um tecido de algodão. No laboratório foram encontrados apenas 10g do soluto.
Calcule o volume, em litros, de solução obtida com a molaridade desejada. Dado: Massa molar: NaClO
= 74,5 g/mol
(6) A concentração média de íons sódio no soro sangüíneo humano é cerca de 0,345 g/100mL. Qual é
essa concentração, em mol/L do íon sódio (Na+). Dado: Massa molar em g/mol: Na = 23.
(1) No rótulo de um frasco de 1L de vinagre, encontra-se a inscrição: “solução de ácido acético a 3%”.
Sabendo-se que a porcentagem citada indica a quantidade de ácido acético presente no vinagre, e que
a densidade do vinagre é igual a 1g/mL e, ainda, que a massa molar do ácido acético é igual a 60g/mol,
calcule a concentração molar do ácido acético no vinagre.
(2) Calcule a massa de sal necessária para produzir 10,0 litros de soro caseiro, sabendo-se que na sua
composição utiliza-se 10,0g/L de sacarose e que a concentração de cloreto de sódio é 0,06 M. Massa
molar do NaCl = 58,5 g/mol.
(3) O ácido clorídrico HCl, conhecido comercialmente como ácido muriático, é usado no refino de
minérios de estanho e tântalo. Comercialmente, ele pode ser adquirido como uma solução
concentrada de título 37 % e densidade 1,19 g/mL. Calcule o volume dessa solução em estoque para
preparar 2,00 L de concentração 2,1 mol/L
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70
(5) Na análise química de um suco de laranja, determinou-se uma concentração de ácido ascórbico
(C6H8O6) igual a 264 g/L. Determine, nesse suco, a concentração de ácido ascórbico, em mol/L em 500
mL de solvente e 30g de acido ascórbico.
(6) Pacientes que necessitam de raios X do trato intestinal devem ingerir previamente uma suspensão
de sulfato de bário (BaSO4). Esse procedimento permite que as paredes do intestino fiquem visíveis
numa radiografia, permitindo uma análise médica das condições do mesmo. Considerando-se que em
500 mL de solução existem 46,6 g do sal, pede-se:
(7) O etanotiol (CH3CH2-SH) é uma substância tóxica e tem um odor tão forte que uma pessoa pode
detectar 0,016 mol disperso em 5,0×1010gramas de ar. Sabendo-se que a densidade do ar é 1,25 g/L e
supondo distribuição uniforme do etanotiol no ar, determine a quantidade limite, em mol/L, dessa
substância que uma pessoa pode detectar.
(8) Um determinado medicamento indicado para pessoas desidratadas contém sais (cloretos de sódio
e potássio: NaCl e KCl), citratos (designação comum aos sais e aos ésteres do ácido cítrico, existentes
principalmente em frutos cítricos) e sacarose. As instruções da bula desse medicamento usado para
hidratação estão resumidas no quadro a seguir.
a). Calcule a concentração de cloreto de potássio, em g/L, na solução preparada segundo as instruções
da bula.
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71
Modo de usar: dissolva o conteúdo do envelope em água suficiente para obter 500 mL de solução.
(1) Sabe-se que uma pasta de dente convencional apresenta 90 gramas de massa e apresenta uma
concentração média de flúor em torno de 130 ppm. Determine a massa de flúor presente nessa pasta
de dente.
a.11,7 mg b. 11,7 g c. 11,7 Kg d. 0,0117 g e. 1,17 mg
(2) De acordo com a Anvisa, a ingestão diária aceitável de mercúrio por um indivíduo é de 0,1
micrograma (μg) por quilograma de peso corporal por dia. Sabendo que a quantidade de mercúrio em
uma determinada espécie de peixe é na ordem de 0,40 ppm, qual será a massa de peixe, em gramas,
que um indivíduo de 70 kg pode consumir por dia? (Dados: 1g = 1000000 μg)
a. 1,75 g b. 175 g c. 0,175 g d. 17,5 g e. 0,0175g
(3) A contaminação de águas e solos por metais pesados tem recebido grande atenção dos
ambientalistas, devido à toxicidade desses metais ao meio aquático, às plantas, aos animais e à vida
humana. Dentre os metais pesados há o chumbo, que é um elemento relativamente abundante na
crosta terrestre, tendo uma concentração ao redor de 20 ppm (partes por milhão). Uma amostra de
100 g da crosta terrestre contém um valor médio, em mg de chumbo, igual a
a. 20. b. 10. c. 5. d. 2. e. 1.
(4) O uso de flúor é eficaz no combate à cárie dentária. Por isso, foram estabelecidos protocolos de
utilização do flúor na área de saúde bucal como a adição de flúor na água de abastecimento público e
em pastas dentais. A escovação dental é considerada um dos métodos mais eficazes na prevenção da
cárie, ao aliar a remoção da placa à exposição constante ao flúor. Todavia, a exposição excessiva pode
causar alguns malefícios à saúde. Para isso, foram estabelecidos níveis seguros de consumo do flúor,
quando este oferece o máximo benefício sem risco à saúde. As pastas de dente apresentam uma
concentração de flúor que varia entre 1 100 e 1 500 ppm. É importante ressaltar que as pastas de
dente com flúor devem ser utilizadas durante a escovação e não ingeridas. (http://tinyurl.com/ovrxl8b
Acesso em: 29.08.2014. Adaptado)
Profª SORAYA
72
A concentração máxima de flúor presente nas pastas de dente mencionada no texto, em porcentagem
em massa, corresponde a:
Equivalente-grama e Normalidade
(1) Calcular o número de equivalentes-grama correspondentes a 245 g de ácido sulfúrico, que sofre
neutralização total. Dados: massa molar do ácido = 98g/mol
(2) Qual a normalidade de uma solução que tem 7,3g de ácido clorídrico dissolvido em 250mL de
solução? Dados: massa molar do ácido = 36,5g/mol
(6) Qual a normalidade de uma solução que contém 7,3g de HCl dissolvido em 250 mL de solução?
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73
Diluição de Soluções
(1) Qual será o volume de água que deve ser acrescentado a 300ml de uma solução 1,5 mol/L de ácido
clorídrico (HCl) para torná-la 0,3mol/L?
(2) Ao adicionar uma quantia de 75mL de água diretamente em 25mL de uma solução 0,20M de
cloreto de sódio (NaCl), obtemos uma solução de concentração molar igual a:
(3) Na preparação de 750 mL de solução aquosa de H2SO4 de concentração igual a 3,00 mol/L a partir
de uma solução-estoque de concentração igual a 18,0 mol/L, é necessário utilizar um volume da
solução-estoque, expresso, em mL, igual a:
(4) Que volume de água devemos adicionar a 10 mL de solução 2M para torná-la 0,25M?
(5) Determine a molaridade de uma solução que apresentava 400 mL de volume e, após receber 800
mL de solvente, teve sua molaridade diminuída para 5 mol/L.
(6) Uma solução 0,3 mol/L apresentava 500 mL de solvente, mas houve uma evaporação de 200 mL do
volume desse solvente. Qual será a nova concentração dessa solução?
a) 0,4 mol/L b) 0,5 mol/L c) 0,1 mol/L d) 0,2 mol/L e) 0,6 mol/L
Profª SORAYA
74
(1) Misturou-se 1 L de uma solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl) 0,1 mol/L a 1 L de uma solução
aquosa de cloreto de sódio (NaCl) 0,2 mol/L, obtendo-se uma nova solução aquosa com volume igual a
2 L. A partir desses dados, determine qual alternativa corresponde corretamente à concentração em
quantidade de matéria (em mol/L) da nova solução obtida:
(2) Para originar uma solução de concentração igual a 120 g/L, qual é o volume em litros de uma
solução de CaCl2 de concentração 200 g/L que deve ser misturado a 200 mL de uma outra solução
aquosa de CaCl2 de concentração igual a 100 g/L?
(3) O quadro abaixo representa as quantidades utilizadas na preparação de três soluções aquosas de
permanganato de potássio (KMnO4).
a) Se adicionarmos a solução II à solução III, a concentração final será menor que a da solução I.
b) Se adicionarmos 100 mL de água à solução I, a concentração final será a mesma da solução III.
c) A solução mais concentrada é a que tem o menor volume.
d) A solução mais diluída é a que tem a maior massa do soluto.
(4) Misturando-se 100 mL de uma solução aquosa 0,10 mol/L de NaCl com 100 mL de uma solução
aquosa 0,1 molar de KCl , a solução resultante deverá apresentar concentrações molares de Na +, K+ e
Cl- respectivamente iguais a:
a) 0,05; 0,05; 0,10 b) 0,10; 0,10; 0,10 c) 0,10; 0,10; 0,20 d) 0,10; 0,20; 0,10 e) 0,20; 0,20; 0,10
(5) Uma solução que apresenta 0,4 g/L de C6H12O6 dissolvidos em 150 mL de solução é misturada à
outra solução que possui 0,2 g/L de C6H12O6dissolvidos em 50 mL de água. Qual é o volume e a
concentração da solução final?
(6) Uma solução que apresenta 400 gramas de NaCl dissolvidos em 1500 mL de solução é misturada à
outra solução que possui 250 gramas de NaCl dissolvidos em 850 mL de água. Qual é o volume e a
massa do soluto da solução final?
Profª SORAYA
Química Analítica I
e
Práticas de Laboratório Ambiental I
Parte II
Professora Soraya
75
Química Analítica I – 2º semestre Soraya Saadeh 2018
Adaptado de: Uma proposta para o Ensino da Química Analítica Qualitativa
Daniela Gonçalves de Abreu, Carla Regina Costa, Marilda das Dores Assis e Yassuko Iamamoto*
Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de
São Paulo; Quim. Nova, Vol. 29, No. 6, 1381-1386, 2006.
Desde que os primeiros curiosos iniciaram a busca pelo conhecimento científico, a proposição de
mecanismos lógicos para explicar fenômenos é uma constante. De físicos a geólogos, passando pelos
teóricos da conspiração e entremeando-se nas ciências sociais e seus modelos explicativos, diversos
procedimentos são propostos na tentativa de analisar os fenômenos.
A Química, como área do conhecimento solidamente constituída no decorrer dos séculos, lançou
mão de procedimentos analíticos na observação de seus fenômenos. Por meio de conhecimentos
herdados de alquimistas, os primeiros químicos iniciaram uma longa jornada de interpretação desta
ciência que acabaria por culminar com a criação da química analítica. O desenvolvimento de
procedimentos ainda é realizado por químicos de todas as áreas, mas atualmente se concentram
procedimentos e técnicas nesta macro área e os químicos que a ela se dedicam são responsáveis pela
atualização, desenvolvimento e consolidação de novos processos de análise química, além da explicação
dos preceitos teóricos destes processos. Alinhados com o desenvolvimento tecnológico atual, os
procedimentos analíticos da química encontram aplicabilidade em praticamente todo o setor produtivo
da sociedade.
A análise química qualitativa ou química analítica qualitativa, subdivisão da química analítica, é
responsável pelo desenvolvimento de procedimentos que visam à identificação dos constituintes de uma
determinada amostra, podendo estes constituintes ser elementos químicos, íons ou moléculas. Trata-se
de evidenciar a presença de determinado constituinte na amostra, demonstrando esta presença por meio
de transformações químicas que alteram algum tipo de qualidade do sistema. As mudanças no sistema
reacional podem ser várias: da formação de material insolúvel (que pode precipitar-se ao fundo do
recipiente, daí o termo “formação de precipitado”) à mudança de cor no sistema. A tabela a seguir traz
alguns dos aspectos qualitativos que podem ser modificados e/ou observados em uma transformação
química.
Aspecto qualitativo alterado Interpretação mínima possível
Mudança de cor O produto formado altera as propriedades do meio.
Formação de precipitado O produto, insolúvel no meio úmido em questão, é formado e pode
insolúvel ser separado do sistema.
Embora pareçam parâmetros “óbvios”, para os químicos estas informações fornecem pistas da
identidade da substância. Para comprovar este raciocínio, utilizemo-nos do exemplo a seguir, oriundo de
observações feitas por personalidades da história da química, no século XIX.
No início da química orgânica discutiam-se os procedimentos necessários à identificação dos
compostos que continham carbono. Buscava-se identificar através da combustão os gases CO2 e H2O, que
seriam indicadores qualitativos da presença dos elementos carbono e hidrogênio nos compostos
estudados. Para evidenciar tal presença, diversos procedimentos foram pensados e na tabela a seguir
encontram-se dois deles.
76
Química Analítica I – 2º semestre Soraya Saadeh 2018
Procedimento Justificativa de escolha
Borbulhar os gases da
Há reação entre o gás carbônico e o hidróxido de bário, formando
combustão em hidróxido de
carbonato de bário que é insolúvel e precipita.
bário
A água formada na combustão ao passar pelo sulfato de cobre anidro
Passagem dos gases em
(CuSO4 – pó branco), hidrata-o, formando o sulfato de cobre penta-
sulfato de cobre anidro
hidratado (CuSO4.5H2O) de cor azul.
Este fato demonstra como a análise química qualitativa foi e é importante no desenvolvimento das
ciências, ofertando soluções e métodos novos frente a novos desafios.
77
Química Analítica I – 2º semestre Soraya Saadeh 2018
QUÍMICA ANALÍTICA
A Química Analítica é um ramo da Química responsável pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento
dos métodos de identificação, separação e quantificação de elementos em uma amostra. A Química
Analítica é dividida em Química Analítica Qualitativa e Química Analítica Quantitativa.
78
Química Analítica I – 2º semestre Soraya Saadeh 2018
o. Exatidão: A exatidão representa a concordância entre o valor real do analito na amostra e o
estimado pelo processo analítico.
p. Precisão: Representa o parâmetro responsável pela avaliação da proximidade entre várias
medidas efetuadas na mesma amostra.
q. Limite de detecção: O limite de detecção representa a menor concentração do analito que pode
ser detectada, mas não necessariamente quantificada, sob condições experimentais estabelecidas.
r. Limite de quantificação: O limite de quantificação é definido como a menor concentração do
analito, que pode ser quantificada na amostra, com exatidão e precisão aceitáveis, sob as
condições experimentais adotadas.
s. Robustez: A robustez é a medida da capacidade do método de permanecer inalterado sob
pequenas, mas estudadas, variações nos seus parâmetros e prover indicação da sua dependência
durante o uso normal.
Em síntese, a Química Analítica é o campo da ciência que se dedica ao desenvolvimento e
aperfeiçoamento de métodos de identificação, separação e quantificação de um analito na amostra que
está sendo analisada e tem como objetivos:
Desenvolver a teoria dos métodos analíticos
Aperfeiçoar os métodos analíticos já existentes
Elaborar novos métodos
Produzir conhecimento científico nas áreas da Química e Ciências afins como: bioquímica,
Agronomia, Geoquímica, Farmácia, Medicina, Biologia, Engenharia, etc.
Química Analítica se divide em:
Química Analítica Qualitativa: identificação e separação um analito na amostra que está sendo
analisada.
Química Analítica Quantitativa: quantificação de um analito na amostra que está sendo analisada.
Para pensar: Em uma análise, o que deve ser feito primeiro análise qualitativa ou análise quantitativa?
Métodos Químicos: são métodos estequiométricos onde o íon a ser determinado reage
quimicamente com um reagente de modo a produzir uma variação no sistema que possa ser
detectada visualmente.
a) Gravimetria
b) Volumetria – onde as reações utilizadas são de: Neutralização, Precipitação, Complexação,
Óxido-Redução.
Métodos Físico-Químicos: são métodos não estequiométricos e podem ser classificados em:
79
Química Analítica I – 2º semestre Soraya Saadeh 2018
a)Espectrométricos: Espectrofotometria; Fluorimetria; Fotometria de chama; Espectrografia;
Absorção atômica.
b)Eletroanalíticos: Potenciômetria, Condutometria, Polarografia, Amperometria, Coulometria.
c)Termoanalíticos: Análise Térmica, Análise Térmica Diferencial; Termogravimetria; Calorimetria
Exploratória Diferencial; Análise Termomecânica.
d) Outros: Cromatográficos.
Nesse semestre estudaremos apenas a Química Analítica Qualitativa. A química Analítica
Quantitativa será estudada no próximo ano.
Semi-Microanálise: 0,05g volume máximo de 1,0 ml: consumo reduzido de material e maior
velocidade de análise.
Os cátions e os ânions são agrupados em química analítica segundo o reagente específico. Cada grupo
possui um comportamento semelhante quando em meio adequado, chamado de meio reacional, e em
contato com o reagente específico, chamado de reagente de grupo.
Grupo Analítico Cátions Reagente de Grupo Meio Reacional
I Ag+, Hg22+ e Pb2+ HCl HCl
Cu2+, Hg2+,Cd2+, Bi3+e H2S HCl
II
outros
III Ni2+ e Co2+ (NH4)2S NH4Cl/NH4OH
Mn2+, Cr3+, Al3+, (Fe2+), (NH4)2CO3 NH4Cl/NH4OH
IV Fe3+, Zn2+ Ba2+, Sr2+, Ca2+ e
Mg2+
Na+, K+, NH4+ e Mg2+. Não há Adequado para cada
V
componente
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Grupo I Classificação dos Cátions (íons metálicos) em Grupos Analíticos : Os cátions deste grupo formam
precipitados com ácido clorídrico diluído. Os íons deste grupo são: chumbo (Pb 2+), mercúrio (I) (Hg22+), e
prata (Ag+).
Grupo II: Os cátions deste grupo não reagem com ácido clorídrico, mas formam precipitados com ácido
sulfídrico em meio ácido mineral diluído. Os íons deste grupo são: mercúrio (II) (Hg2+), cobre (Cu 2+),
bismuto (Bi3+), cádmio (Cd2+), arsênio (III) (As3+), arsênio (V) (As5+), antimônio (III) (Sb3+), antimônio (V)
(Sb5+), estanho (II) (Sn2+), estanho (III) (Sn3+) e estanho (IV) (Sn4+). Os quatro primeiros formam o subgrupo II.A, e
os seis últimos, o subgrupo II.B. Enquanto os sulfetos dos cátions do grupo II.A são insolúveis em
polissulfeto de amônio, os do grupo II.B são solúveis.
Grupo III: Os cátions deste grupo não reagem nem com ácido clorídrico e nem com ácido sulfídrico em
meio ácido mineral diluído. Todavia, formam precipitados com sulfeto de amônio em meio neutro ou
amoniacal. Os cátions deste grupo são: cobalto (II) (Co2+), níquel (II) (Ni2+), ferro (II) (Fe2+), ferro (III)
(Fe3+), cromo (III) (Cr3+), alumínio (Al3+), zinco (Zn2+) e manganês (II) (Mn2+).
Curiosidade: Vaitsman e Olymar classificam os cátions que não estão em negrito em grupo III e os em
negrito em grupo IV. A solução que contém o primeiro grupo, após acidificada com HCl(conc.) é aquecida
com cloreto de amônia (sólido) e hidróxido de amônio conc., formando hidróxidos. A solução que contém
o segundo grupo tradada com ádico sulfídrico leva a formação de sulfetos.
Grupo IV: Os cátions deste grupo não reagem nem com reagentes do grupo I, nem do II, nem do III. Eles
formam precipitados com carbonato de amônio na presença de cloreto de amônio em meio neutro ou
levemente ácido. Os cátions deste grupo são: cálcio (Ca2+), estrôncio (Sr2+) e bário (Ba2+).
Grupo V: Os cátions comuns, que não reagem com nenhum dos reagentes dos grupos anteriores, formam
o último grupo, que inclui os íons magnésio (Mg2+), sódio (Na+), potássio (K+), amônio (NH 4+), lítio (Li+) e
hidrogênio (H+).
O sistema de grupo de cátions pode ser estendido para satisfazer a inclusão de íons menos
comuns, como o tungstênio, molibdênio, titânio, vanádio e berílio que têm importantes aplicações
industriais. São denominados íons menos comuns ou mais raros devido sua análise qualitativa de rotina
ser menos comum. Logo, nosso estudo se restringirá apenas aos cátions que ocorrem com mais
frequência nas amostras comuns. Sendo que serão estudadas apenas as reações mais importantes de um
número limitado de cátions.
Reação do grupo: precipitado branco de cloreto de chumbo (PbCl2), cloreto de mercúrio (I) (Hg2Cl2) e
cloreto de prata (AgCl).
Ácido clorídrico diluído (ou cloretos solúveis): forma-se um precipitado branco (cloreto de chumbo) em
solução fria e não muito diluída.
Pb2+ + 2 Cl- ↔ PbCl2↓
O precipitado pode ser tratado com água quente na qual apresenta uma certa solubilidade (33,4 g
L-1 a 100ºC contra 9,9 g L-1 a 20ºC). Ele é também solúvel em ácido clorídrico concentrado ou cloreto de
potássio concentrado, formando íons tetracloroplumbato (II) ([PbCl4]2-). Se o precipitado for lavado por
decantação e se adicionar amônia diluída, não se observará qualquer alteração (diferença dos íons
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mercúrio (I) ou prata), embora ocorra uma reação de precipitação concorrente, formando-se o hidróxido
de chumbo.
Ácido sulfúrico diluído (ou sulfatos solúveis): forma-se um precipitado branco de sulfato de chumbo.
Pb2+ + SO42- PbSO4↓
O precipitado é insolúvel em excesso de reagente. A quente, ele é solúvel em ácido sulfúrico
concentrado formando o hidrogenossulfato de chumbo (HSO4-). O sulfato de chumbo é também solúvel
em soluções concentradas de acetato de amônio 10mol/L ou tartarato de amônio 6mol/L, na presença de
amônia, formando os íons tetracetatoplumbato (II) ([Pb(CH3COO)4]2-) e ditartaroplumbato (II)
([Pb(C4H4O6)2]2-). Na presença de carbonato de sódio, ele é convertido em carbonato de chumbo II.
Ensaios por via seca: Ensaios do maçarico de sopro: quando um sal de chumbo é aquecido na presença
de um carbonato alcalino sobre carvão vegetal, obtém-se uma pérola maleável de chumbo (que é mole e
marcará o papel) circundada por uma incrustação amarela de monóxido de chumbo II.
Mercúrio, Hg: características analíticas do (Hg22+).
As principais reações:
Ácido clorídrico diluído (ou cloretos solúveis): Precipitado branco de cloreto de mercúrio (I)
calomelano.
Hg22+ + 2 Cl- Hg2Cl2↓
O precipitado é insolúvel em ácidos diluídos, porém solúvel em água régia (HNO 3/HCl: 1/3)
formando o cloreto de mercúrio (II). Comparando o comportamento do cloreto de chumbo, visto na
seção anterior, com o cloreto de mercúrio (I) em solução de amônia são observadas alterações
(diferenças dos íons mercúrio (I), chumbo (II) e prata (I)). Isso é devido a conversão do precipitado numa
mistura de amido- cloreto de mercúrio (II) e mercúrio metálico, formando dois precipitados insolúveis. O
nome calomelano é de origem grega, que significa preto bonito, e se deve a mistura proveniente da
dissolução do cloreto de mercúrio (I) em amônia.
O aminocloreto de mercúrio (II) é um precipitado branco, mas o mercúrio finamente dividido o torna
preto brilhante.
Solução de amônia: precipitado preto que é uma mistura de mercúrio metálico e amidonitrato
básico de mercúrio (II), que é ele mesmo um precipitado branco.
Essa reação pode ser utilizada para diferenciar os íons mercúrio (I) e mercúrio (II).
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Cloreto de estanho (II): reduz os íons mercúrio (I) a mercúrio metálico, apresentando-se sob a
forma de um precipitado preto acinzentado.
Hg22+ + Sn2+ 2Hg↓ + Sn4+
Os íons mercúrio (II) reagem de modo semelhante.
Ácido clorídrico diluído (ou cloretos solúveis): Precipitado branco de cloreto de prata
Ag+ + Cl- AgCl↓
Na presença de ácido clorídrico concentrado, amônia diluída, cianeto de potássio e tiossulfato de sódio
o precipitado é dissolvido, formando os respectivos íons complexos: dicloroargentato ([AgCl 2]-,
diaminoargentato ([Ag(NH3)2]+), dicianoargentato (Ag(CN)2]- e ditiossulfatoargentato (Ag(S2O3)2]3-. A
reação de formação desse último complexo ocorre na fixação de negativos fotográficos ou positivos, após
a revelação. A fixação compreende a retirada do excesso de cloreto de prata ou outro halogeneto de
prata, que não foi decomposto pela luz solar ou radiação ultravioleta em prata metálica, tornando o
negativo revelado insensível à luz.
Ensaio por via seca (ensaio do maçarico de sopro): quando um sal de prata é aquecido com um
carbonato alcalino sobre carvão, forma-se uma pérola branca, maleável, sem qualquer incrustação de
óxido, facilmente solúvel em ácido nítrico. A solução é imediatamente precipitada pelo ácido clorídrico
diluído, porém o ácido sulfúrico bastante diluído não produz o mesmo efeito (diferença do chumbo).
SEGUNDO GRUPO DE CÁTIONS: MERCÚRIO (II), CHUMBO (II), BISMUTO (III),COBRE (II), CÁDMIO (II),
ARSÊNIO (III) E (V), ANTIMÔNIO (III) E (V), ESTANHO (II) E (IV).
Reagente do grupo: sulfeto de hidrogênio (gás ou solução aquosa saturada).
Reação do grupo: precipitados de cores diferentes; sulfeto de mercúrio (II) HgS (preto), sulfeto de
chumbo (II) PbS (preto), sulfeto de cobre (II) CuS (preto), sulfeto de cádmio CdS (amarelo), sulfeto de
bismuto (III) Bi2S3 (marrom), sulfeto de arsênio (III) As2S3 (amarelo), sulfeto de arsênio (V) (amarelo),
sulfeto de antimônio (III) Sb2S3 (laranja), sulfeto de antimônio (V) (laranja), sulfeto de estanho (II) SnS
(marrom) e sulfeto de estanho (IV) SnS2 (amarelo).
O precipitado formado é insolúvel em água, ácido nítrico diluído a frio e a quente, hidróxidos
alcalinos e no sulfeto ou polissulfeto de amônio. Ele é solúvel em sulfeto de sódio (2mol/L)
formando os íons complexos dissulfomercurato (II) ([HgS2]2-). Esses íons complexos são
convertidos novamente em sulfeto de mercúrio (II) com a adição de cloreto amônio. O precipitado
é também solúvel em água régia (HCl:HNO3 / 3:1).
Cloreto de estanho (II), quando adicionado em quantidades moderadas: precipitado branco acetinado
de cloreto de mercúrio (I) (calomelano):
Ensaio por via seca: todos os compostos de mercúrio, independentemente de sua valência, produzem
mercúrio metálico, quando aquecidos na presença de um excesso de carbonato de sódio anidro.
Sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico ou solução aquosa saturada): precipitado preto de sulfeto de
bismuto
Bi3+ + H2S Bi2S3↓ + 6 H+
O precipitado é insolúvel em ácidos diluídos a frio e em sulfeto de amônio, e solúvel nos ácidos nítrico
diluído e clorídrico concentrado, ambos a quente.
Tetrahidroxiestanato (II) de sódio, (0,125mol/L, recém- preparado): em solução a frio, reduz os íons
bismuto (III) a bismuto metálico, que se separa sob a forma de um precipitado preto.
O hidróxido existente nos reagentes reage com íons bismuto (III) (reação 1). O hidróxido de bismuto (III)
formado é então reduzido pelos íons tetrahidroxiestanato (II), produzindo bismuto metálico e íons
hexahidroxiestanato (IV) (reação 2).
O reagente deve ser recém- preparado e o ensaio deve ser realizado a frio. Ele decompõe-se
lentamente, formando um precipitado preto de estanho metálico:
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O estanho é tetravalente no íon hexahidroxiestanato (IV). O aquecimento acelera a decomposição.
Água: Quando uma solução de um sal de bismuto é colocada num grande volume de água, forma-se
um precipitado branco do sal básico correspondente, o qual é solúvel em ácidos minerais diluídos, mas é
insolúvel em ácido tartárico (distinção do antimônio) e hidróxidos (distinção do estanho):
Sulfeto de Hidrogênio (gás sulfídrico ou solução aquosa saturada): precipitado preto de sulfeto de cobre
(II):
Cu2+ + H2S CuS↓ + 2 H+
O precipitado é insolúvel em ácido sulfúrico diluído (1mol/L) fervente (diferença do cádmio), em
hidróxido de sódio, sulfeto de sódio e em sulfeto de amônio, e só é ligeiramente solúvel em polissulfetos.
O ácido nítrico concentrado a quente dissolve o sulfeto de cobre (II), liberando o enxofre em
forma de um precipitado branco. Quando fervido por mais tempo, o enxofre é oxidado a ácido sulfúrico e
obtém-se uma solução límpida azul. O precipitado é também solubilizado em solução de cianeto de
potássio formando os íons tetracianocuprato (I) ([Cu(CN4)]3-) e dissulfeto (S22-) incolores.
Quando exposto ao ar, no estado úmido, o sulfeto de cobre (II) tende a oxidar-se a sulfato de cobre (II)
(CuSO4) tornando-se solúvel. Neste processo, há uma considerável liberação de calor. Um papel de filtro,
contendo sulfeto de cobre (II), jamais deve ser jogado em qualquer cesta de lixo que contenha papéis ou
outras substâncias inflamáveis, devendo-se, em primeiro lugar, lavá-lo com água corrente.
Solução de Amônia, quando escassamente adicionada: precipitado azul de um sal básico (sulfato básico
de cobre):
O precipitado é solúvel em excesso de reagente, obtendo-se uma coloração azul intensa, devido à
formação de íons complexos tetraminocuprato (II) ([Cu(NH3)4]2+). Se a solução contém sais de amônio,
não ocorre a precipitação, mas, de qualquer forma, aparece uma coloração azul. A reação é característica
para íons cobre (II) na ausência de níquel.
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Cianeto de Potássio: quando adicionado moderadamente, forma, de início, um precipitado amarelo de
cianeto de cobre (II).
Que se decompõe rapidamente em cianeto de cobre (I) branco e cianogênio (gás extremamente
venenoso)
Ferro: se um prego de ferro ou uma lâmina de canivetes limpos forem imersos numa solução de um sal
de cobre, obtém-se um depósito vermelho de cobre e uma quantidade equivalente de ferro se dissolve. O
potencial de eletrodo do cobre, mais precisamente o sistema cobre- cobre (II), é mais positivo que o ferro
ou sistema ferro- ferro (II).
Cu2+ + Fe Fe2+ + Cu0
Ensaios por Via Seca
o Ensaio do maçarico de sopro. Quando os compostos de cobre são aquecidos com carbonatos alcalinos
sobre carvão, forma-se cobre metálico vermelho e não se observa nenhum óxido.
o Pérola de Bórax. Verde quando aquecida, e azul quando resfriada após aquecimento em chama
oxidante; vermelha em chama redutora, sendo que melhores resultados são obtidos pela adição de traços
de estanho.
o Ensaio da chama. Verde, principalmente na presença de halogenetos, por exemplo, umedecendo com
ácido clorídrico concentrado antes do aquecimento.
Sulfeto de Hidrogênio (gás sulfídrico ou solução aquosa saturada): precipitado amarelo de sulfeto de
cádmio:
Cd2+ + H2S CdS↓ +2 H+
A reação é reversível; se a concentração do ácido forte for superior a 0,5mol/L, a precipitação será
incompleta. Os ácidos concentrados dissolvem o precipitado por essa razão. O precipitado é insolúvel em
cianeto de potássio, que distingue os íons cádmios dos íons cobre II.
Solução de Amônia, quando adicionada gota a gota: precipitado branco de hidróxido de cádmio (II):
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.Cianeto de Potássio: precipitado branco de cianeto de cádmio, quando adicionado lentamente à solução:
Arsênio, As
Duas séries de compostos de arsênio são comuns: a do arsênio (III) e a do arsênio (V). Os
compostos de arsênio (III) podem ser derivados do trióxido de arsênio anfótero (As 2O3), que produz sais,
tanto com ácidos fortes (íons arsênio, As3+) como com bases fortes (íons arsenitos, AsO33-). Os compostos
de arsênio (V) são derivados do pentóxido de arsênio (As2O5). Esse é o anidrido do ácido arsênico, H3AsO4,
que forma sais como o arseniato de sódio (Na2AsO4). O arsênio (V), portanto, existe em soluções,
predominantemente, como íons arseniato (AsO43-).
Para o estudo das reações, pode ser utilizada a solução de óxido de arsênio (III), As 2O3, ou arsenito de
sódio, Na2AsO3. O óxido de arsênio (III) não se dissolve em água fria,
mas se obtém a dissolução completa por ebulição durante 30 minutos. A mistura pode ser resfriada sem
perigo de precipitação do óxido.
Arsênio (III) : Características analíticas do As3+
As principais reações:
Gás Sulfídrico: precipitado amarelo de sulfeto de arsênio (III)
2 As3+ + 3 H2S As2S3↓ + 6 H+
A solução deve estar fortemente ácida; se não houver ácido suficiente, somente se
observará uma coloração amarela, devido à formação do As2S3 coloidal. O precipitado é insolúvel
em ácido clorídrico concentrado (distinção e método de separação do Sb 2S3 e SnS2), mas se
dissolve em ácido nítrico concentrado a quente.
O sulfeto de arsênio (III) é solúvel em soluções de hidróxidos alcalinos, amônia e em sulfeto
de amônio. A dissolução do precipitado nestas três soluções leva a formação dos íons tioarsenito
(AsS33-). Reacidificando essas soluções, eles se decompõem, formando o próprio precipitado e gás
sulfídrico.
O sulfeto de amônio amarelo (polissulfeto de amônio), (NH4)2S2, dissolve o precipitado,
formando íons tioarseniato (AsS43-). Ao acidificar essa solução, o precipitado de sulfeto de arsênio
(V) amarelo é formado, contaminado com enxofre (por causa da decomposição do excesso do
reagente polissulfeto).
Nitrato de Prata: precipitado amarelo de arsenito de prata em solução neutra (distinção dos
arseniatos):
AsO33- + 3 Ag+ Ag3AsO3↓
O precipitado é solúvel tanto em ácido nítrico como em amônia.
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Mistura Magnesiana (solução contendo MgCl2, NH4Cl e um pouco de NH3): não forma precipitado
(distinção do arseniato). Um resultado semelhante obtém-se com o reagente de nitrato de
magnésio (solução contendo Mg(NO3)2, NH4NO3 e um pouco de NH3).
Água: quando a solução for despejada em água, forma-se um precipitado branco de cloreto de
antimonila (SbO.Cl) solúvel em ácido clorídrico e em ácido tartárico (diferença do bismuto). Com um
grande excesso de água, produz-se o óxido hidratado Sb2O3.xH2O.
Solução de Hidróxido de Sódio: precipitado branco de hidróxido de estanho (II), solúvel em excesso de
álcali
Sn2+ + 2 OH- Sn(OH)2↓
Solução de Cloreto de Mercúrio (II): forma-se um precipitado branco de cloreto de mercúrio (I),
calomelano, se o reagente for adicionado em grande quantidade e rapidamente:
Se os íons estanho estiverem em excesso, o precipitado irá se tornar cinza, por aquecimento, devido a
uma posterior redução a mercúrio metálico.
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TERCEIRO GRUPO DE CÁTIONS: FERRO (II) E (III), ALUMÍNIO, CROMO (III) E (VI), NÍQUEL, COBALTO,
MANGANÊS (II) E (VII) E ZINCO.
Reagente do grupo: sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico ou solução aquosa saturada) na presença de
amônia e cloreto de amônio ou solução de sulfeto de amônio.
Reação do grupo: precipitados de cores diversas: sulfeto de ferro (II), preto; hidróxido de alumínio,
branco; hidróxido de cromo (III), verde; sulfeto de níquel, preto; sulfeto de cobalto, preto; sulfeto de
manganês (II), rosa e sulfeto de zinco, branco.
Gás sulfídrico
Não ocorre precipitação em solução ácida. Com adição de acetato de sódio em conjunto com os íons
sulfetos favorece a precipitação parcial do sulfeto de ferro (II) (FeS).
O ácido clorídrico dissolve o precipitado preto de sulfeto de ferro (II), tornando-se visível a coloração
branca do enxofre. A partir de soluções alcalinas, obtém-se o sulfeto de ferro (III) preto (Fe2S3).
Em solução ligeiramente ácida, forma-se uma intensa coloração vermelha (diferença dos
íons ferro (II)), devida à formação de um complexo não dissociado de tiocianato de ferro (III):
Ensaios por Via Seca (ensaio do maçarico de sopro): aquecendo os compostos de alumínio com
carbonato de sódio sobre carvão vegetal em uma chama de maçarico, obtém-se um sólido branco
infusível, que brilha quando aquecido. Se o resíduo for aquecido com 1-2 gotas de solução de nitrato de
cobalto e novamente aquecido, obtém-se uma massa azul infusível.
Ensaios por Via Seca: pérola de bórax. Este ensaio dá uma pérola azul, na chama oxidante e na
redutora. Forma-se o metaborato de cobalto Co(BO2)2 ou o sal complexo Na2Co(BO2)4. A presença de uma
grande quantidade de níquel não interfere.
Ensaios por Via Seca: Pérola de bórax. Esta é marrom na chama oxidante, devido à formação do
metaborato de níquel Ni(BO2)2, ou do metaborato complexo Na2[Ni(BO2)4], e cinza na chama redutora,
devido ao níquel metálico.
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Manganês, Mn: Características analíticas do Mn2+
As principais reações:
Solução de Hidróxido de Sódio
Precipita-se, inicialmente, no hidróxido de manganês (II) (Mn(OH)2), precipitado branco (reação 1). Sendo
insolúvel em excesso de reagente. Em contato com o ar, forma o dióxido de manganês hidratado
(MnO(OH)2), precipitado marrom (reação 2)
Mn2+ + 2OH− → Mn(OH)2 ↓ (Reaçao 1)
Mn(OH)2 ↓+O2 + H2O → MnO(OH)2 ↓+2OH− (Reaçao 2)
Solução de Amônia
Precipitação parcial de hidróxido de manganês (II).
Mn2+ + 2NH3 + 2H2O → Mn(OH)2 ↓+2NH4+
Ensaios por Via Seca: Pérola de bórax. A pérola produzida na chama oxidante por pequenas
quantidades de sais de manganês é violeta enquanto quente, e vermelho- ametista quando fria. Com
quantidades maiores de manganês, a pérola é quase marrom e pode ser confundida com níquel. Na
chama redutora, a pérola de manganês é incolor, enquanto a de níquel é cinza.
Ensaios por Via Seca: os compostos de zinco, quando aquecidos sobre o carvão vegetal com carbonato
de sódio, produzem uma incrustação de óxido, que é amarela quando quente, e branca quando fria.
Umedecendo esta incrustação com solução de nitrato de cobalto e novamente aquecida, obtém-se uma
massa verde (verde de Rinmann) que consiste amplamente em zincato de cobalto, CoZnO 2.
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QUARTO GRUPO DE CÁTIONS: BÁRIO, ESTRÔNCIO E CÁLCIO.
Reagente do grupo: solução 1mol/L de carbonato de amônio. Esse reagente é incolor e apresenta uma
reação alcalina devido a hidrólise do íon carbonato (CO32-). Ele é decomposto por ácidos (mesmo por
ácidos fracos como o ácido acético), formando dióxido de carbono. Logo, ele deve ser usado em meio
neutro ou ligeiramente alcalino. É interessante saber que o carbonato de amônio comercial contém
sempre hidrogenocarbonato de amônio NH4HCO3 (bicarbonato de amônio) e carbamato de amônio
NH4O(NH2)CO. Esses compostos devem ser removidos antes de se iniciar as reações do grupo, pois os sais
dos cátions em estudo são solúveis em água. Isso pode ser feito fervendo a solução reagente por algum
tempo. O bicarbonato e carbamato de amônio são convertidos em carbonato de amônio.
Reação do grupo: esses cátions não reagem nem com ácido clorídrico, sulfeto de hidrogênio e de
amônio, mas o carbonato de amônio (na presença de quantidades moderadas de amônia ou íons amônio)
forma precipitados brancos. O ensaio deve ser efetuado em soluções neutras ou alcalinas.
Na ausência de amônia ou íons amônio, o magnésio também será precipitado. Os precipitados brancos
formados com o reagente do grupo são: carbonato de bário BaCO3, carbonato de estrôncio SrCO3 e
carbonato de cálcio CaCO3.
Ensaio por Via Seca (coloração da chama): os sais de bário, quando aquecidos na chama não- luminosa
do bico de Bunsen, conferem uma cor verde amarelada à chama. Visto que a maioria dos sais de bário,
com exceção do cloreto, não é volátil, o fio de platina é umedecido com ácido clorídrico concentrado
antes de ser mergulhado na substância. O sulfato é primeiramente reduzido a sulfeto na chama redutora,
então umedecido com ácido clorídrico concentrado e reintroduzido na chama.
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Estrôncio, Sr: Características analíticas do Sr2+
As principais reações:
Solução de Carbonato de Amônio
Precipitado branco de carbonato de estrôncio (SrCO3) é um tanto menos solúvel que o carbonato de
bário.
Sr2+ +CO32− → SrCO3 ↓
Ácido Sulfúrico diluído
O precipitado branco de sulfato de estrôncio (SrSO4) formado é insolúvel em solução de sulfato de
amônio, menos em ebulição (distinção do cálcio) e levemente solúvel em ácido clorídrico em ebulição.
Sr2+ + SO42− → SrSO4 ↓
Ensaio por Via Seca (coloração da chama): os compostos voláteis de estrôncio, especialmente o cloreto,
conferem uma cor vermelho- carmim característica à chama não- luminosa do bico de Bunsen.
Reagente do grupo: os cátions do quinto grupo não reagem com ácido clorídrico, sulfeto de
hidrogênio, sulfeto de amônio ou (na presença de sais de amônio) com carbonato de amônio.
Reações especiais ou ensaios da chama podem ser usados para suas identificações.
Ensaio por Via Seca (ensaio do maçarico de sopro): todos os compostos de magnésio, quando calcinados
sobre carvão na presença de carbonato de sódio, são convertidos em óxido de magnésio branco, que
brilha quando aquecido. Umedecendo com 1- 2 gotas de solução de nitrato de cobalto e reaquecendo
fortemente, obtém-se uma massa rosa- pálida.
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Sódio, Na: Características analíticas do Na+
As principais reações:
Solução de Acetato de Uranilo e Magnésio
Forma-se um precipitado amarelo, cristalino, de acetato de uranilo, magnésio e sódio
(NaMg(UO2)3(CH3COO)9.9H2O) obtido de soluções concentradas do reagente. A adição de cerca de um
terço de volume de álcool auxilia a precipitação.
Na+ + Mg2+ +3UO22− +9CH3COO− → NaMg(UO2)3(CH3COO)9 ↓
Ensaios por Via Seca (coloração da chama): a chama não- luminosa do bico de Bunsen é colorida de um
amarelo intenso pelos vapores de sais de sódio. A cor não é visível, quando observada através de dois
vidros de azul- cobalto, de espessura normal. Quantidades diminutas de sais de sódio dão este ensaio, e
somente quando a cor é intensa e persistente é que quantidades consideráveis de sódio estão presentes .
Ensaio por Via Seca: todos os sais de amônio são volatilizados ou decompostos, quando aquecidos à
temperatura próxima ao rubro. Em alguns casos, quando o ácido é volátil, os vapores recombinam-se,
para formar um sublimado do sal, por exemplo, cloreto de amônio.
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DISTRIBUIÇÃO DOS CÁTIONS PRESENTES NOS DIFERENTES GRUPOS BEM COMO SUAS CARACTERÍSTICAS
DE SOLUBILIDADES, AS QUAIS PERMITEM SUAS SEPARAÇÕES.
Grupo III Zn2+, Al3+, Cr3+, Fe3+, Mn2+, Ni2+, Co2+ Sulfetos e hidróxidos Ácidos diluídos
Grupo IV-A Cu2+, Cd2+, Pb2+, Hg2+, Bi3+ Sulfetos e ácidos diluídos Ácido nítrico
As3+, As5+, Sb3+, Sb5+, Sn2+, Sn4+ Sulfetos e ácidos diluídos Hidróxido de sódio ou
Grupo IV-B
polissulfeto de amônio
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ESQUEMA DE SEPARAÇÃO POR GRUPO DE CÁTIONS
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http://www.omundodaquimica.com.br/academica/cations_grupo5 (data de acesso: 15/08/2018)
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Química Analítica I – 2º semestre Soraya Saadeh 2018
RESUMO DAS REAÇÕES DOS CÁTIONS DO GRUPO I
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Química Analítica I – 2º semestre Soraya Saadeh 2018
CLASSIFICAÇÃO DOS ÂNIONS (ÍONS METÁLICOS) EM GRUPOS ANALÍTICOS
Os métodos utilizados para a detecção de ânions não são tão sistemáticos como os descritos para
os cátions no item anterior. Não existe realmente um esquema satisfatório que permita a separação dos
ânions comuns em grupos principais, e a subsequente separação inequívoca, em cada grupo, de seus
componentes independentes. Eles podem ser separados de acordo com as solubilidades dos seus sais de
prata, de cálcio ou de bário e dos sais de zinco; mas estes grupos podem ser considerados úteis apenas
para dar indicação das limitações do método e confirmação dos resultados obtidos por processos mais
simples. Sabe-se ainda que na prática, alguns ânions podem pertencer a mais de uma das subdivisões, já
que não se têm bases teóricas. Estudaremos, então, a classificação adotada por Arthur Vogel, que é
satisfatória na prática. Ele divide os ânions em dois grupos:
Grupo I ou ClasseA: os que envolvem a identificação por produtos voláteis obtidos por tratamento com
ácidos. Esse grupo se subdivide em:
I -Gases desprendidos com ácido clorídrico ou ácido sulfúrico diluídos: carbonato (CO 32-),
hidrogenocarbonato (bicarbonato) (HCO3-), sulfito (SO32-), tiossulfato (S2O32-), sulfeto (S2-), nitrito (NO2-),
hipoclorito (OCl-), cianeto (CN-) e cianato (OCN-).
II - Gases ou vapores desprendidos por tratamento com ácido sulfúrico concentrado. Incluem os de I e
mais os seguintes: fluoreto (F-), hexafluorsilicato ([SiF6]2-), cloreto (Cl-), brometo (Br-), iodeto (I-), nitrato
(NO3-), clorato (ClO3-), perclorato (ClO4-), permanganato (MnO4-), bromato (BrO3-), borato (BO33-),
hexacianoferrato (II) ([Fe(CN)6]4-), hexacianoferrato (III) ([Fe(CN)6]3-), tiocianato (SCN-), formiato (HCOO-),
acetato (CH3COO-), oxalato ((COO)22-), tartarato (C4H4O6) 2- e citrato (C6H5O7)3-.
Grupo II ou Classe B: os que dependem de reações em solução. Esse grupo se subdivide em:
I -Reações de precipitação: sulfato (SO42-), persulfato (S2O8) 2-, fosfato (PO4) 3-, fosfito (HPO3) 2-,
hipofosfito (H2PO) 2-, arseniato (AsO4) 3-, arsenito (AsO3) 3-, cromato (CrO4) 2-, dicromato (Cr2O7) 2-, silicato
(SiO3) 2-, hexafluorsilicato ([SiF6]2-), salicilato (C6H4(OH)COO-), benzoato (C6H5COO-) e succinato (C4H4O4)-.
Os acetatos, formiatos, salicilatos, benzoatos e succinatos formam também um outro grupo, pois
todos dão uma coloração característica, ou precipitado, por adição de solução de cloreto de ferro (III) à
solução praticamente neutra. Assim como foi feito no estudo dos cátions, nosso estudo se restringirá
apenas aos ânions que ocorrem com mais frequência nas amostras comuns. Como alguns ânions podem
pertencer a mais de uma das subdivisões, serão estudadas apenas as reações mais importantes de um
número limitado de ânions.
Carbonatos, CO32-
As principais reações são:
Ácido Clorídrico diluído: decompõe-se com efervescência, devido à liberação do dióxido de carbono
(Reação de Confirmação):
CO32-(aq) + 2H+(aq) <H2CO3>(aq)
<H2CO3>(aq) H2O(l) + CO2(g)
O dióxido de carbono é identificado por suas propriedades de turvar a água de cal (formando o
precipitado carbonato de cálcio) ou de barita (formando o precipitado de bário).
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Solução de Cloreto de Bário ou de Cálcio: precipitado branco de carbonato de bário ou cálcio:
CO32-(aq) + Ba2+(aq) BaCO3(s)
CO32-(aq) + Ca2+(aq) CaCO3(s)
Essa reação serve para distinguir os carbonatos do hidrogenocarbonatos. Somente os carbonatos
reagem. Os precipitados formados são solúveis em ácidos minerais e ácido carbônico.
Cloreto de Mercúrio (II): Nenhum precipitado se forma com íons hidrogenocarbonato, enquanto em
uma solução de carbonato se forma um precipitado marrom avermelhado de carbonato básico de
mercúrio (II) (3HgO.HgCO3=Hg4O3CO3).
CO32− + 4Hg2+ +3H2O → Hg4O3CO3 ↓+6H+
Sulfito, SO32-
As principais reações:
Ácido Clorídrico diluído (ou ácido sulfúrico diluído) (Reação de Confirmação) Decompõem-se mais
rapidamente a quente, com liberação de dióxido de enxofre:
SO32− + 2H+ → SO2 ↑+H2O
O dióxido de enxofre é detectado através de seus odores sufocantes de enxofre queimado. Um papel de
filtro umedecido com solução de dicromato de potássio acidificado é colocado na boca do tubo de ensaio
em que se processa a reação, o gás reage com o reagente do filtro formando íons cromo (III), cor verde.
Utilizando uma solução de iodato de potássio e amido para umedecer o mesmo papel, verifica-se a
coloração azul, devido à formação do iodo.
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Tiossulfato, S2O32-
As principais reações:
Ácido Clorídrico diluído
A modificação não é imediata a frio com a solução de tiossulfato. A solução acidulada turva-se devido à
separação do enxofre e o ácido sulfúrico fica presente na solução. Aquecendo a solução, libera-se dióxido
de enxofre (reconhecimento veja item 5.3). O enxofre forma, primeiro, uma solução coloidal.
S2O32− + 2H+ → S ↓+SO2 ↑+H2O
Solução de Iodo
Descora, formando uma solução incolor de íons tetrationato:
I2 + 2S2O32− → 2I− + S4O62−
Prata:
Quando uma solução de um sulfeto entra em contato com uma moeda de prata polida, produz-se uma
mancha marrom-escura de sulfeto de prata. O resultado é obtido mais rapidamente, adicionando-se
algumas gotas de ácido clorídrico diluído. A mancha pode ser removida, friccionando-se a moeda com cal
úmida.
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Nitrito, NO2-
As principais reações:
Ácido Clorídrico diluído
Adição cautelosa do ácido nítrico sólido a frio produz uma solução azul- pálida transitória (devido à
presença de ácido nitroso livre, HNO2, ou seu anidrido, N2O3) (reação 1). Ocorre a liberação de vapores de
cor marrom de dióxido de nitrogênio (NO2), produzido pela combinação do óxido nítrico (proveniente da
reação 2) com o ar (reação 3). Resultados semelhantes são obtidos com a solução aquosa. A presença de
nitrato não interfere neste procedimento.
NO2- + H + → HNO2
(2HNO2 → H2O+ N2O3 ) (Reaçao 1)
Cloreto de Amônio: fervendo uma solução de nitrito com excesso do reagente sólido, desprende-se
nitrogênio, e o nitrito é completamente destruído.
NO2− + NH4+ → N2 ↑+H2O
Cloreto, Cl-
As principais reações:
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Brometo, Br-
As principais reações:
Iodeto, I-
As principais reações:
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Fluoreto, F-
As principais reações:
Solução de Nitrato de Prata: nenhum precipitado, pois o fluoreto de prata é solúvel em água.
Solução de Cloreto de Cálcio: precipitado branco, viscoso, de fluoreto de cálcio (CaF2), pouco solúvel em
ácido acético e solúvel em ácido clorídrico diluído
2F− +Ca2+ →CaF2 ↓
Nitrato, NO3-
As principais reações:
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Clorato, ClO3-
As principais reações:
Acetato, CH3COO-
As principais reações:
CH3COO− + H+ → CH3COOH ↑
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Oxalato, (COO)22-
As principais reações:
Fosfato, PO43-
As principais reações:
Solução de Nitrato de Prata
Precipitado amarelo de ortofosfato de prata (Ag3PO4) (distinção do meta e pirofosfato), solúvel em
solução de amônia diluída e ácido nítrico diluído:
HPO42− +3Ag+ → Ag3PO4 ↓+H+
Solução de Cloreto de Ferro (III)
Precipitado branco amarelado de fosfato de ferro (III) (FePO4) solúvel em ácidos minerais diluídos,
mas insolúvel em ácido acético diluído:
HPO42− + Fe3+ → FePO4 ↓+H+
A precipitação é incompleta devido à produção de ácido mineral livre. Com a adição de sal de um
ácido fraco (como acetato de amônio ou sódio) ela é completa.
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Reagente Molibdato de Amônio (Reação de Confirmação): forma-se um precipitado amarelo,
cristalino, de fosfomolibdato de amônio ((NH4)3[P(Mo3O10)4]). A precipitação é acelerada por
aquecimento a uma temperatura próxima a 40ºC e por adição de solução de nitrato de amônio. O
precipitado é solúvel em amônia e em soluções de álcalis cáusticos.
HPO42− +3NH4+ +12MoO42− + 23H+ →(NH4)3 P(Mo3O10)4 ↓+12H2O
O íon MoO42- é empregado na equação por uma questão de simplicidade, ele pode existir sob
condições experimentais da reação.
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ANÁLISE DE AMOSTRAS (CÁTIONS E ÂNIONS)
Após um estudo minucioso dos grupos de cátions e ânions, podemos então estudar a análise das
amostras, seguindo uma análise sistemática mais detalhada.
A análise funcional e sistemática de uma solução deve ser iniciada pelos ensaios preliminares,
seguida de ensaios para ânions e separação e identificação dos cátions presentes. Essa identificação é
feita com a adição de reagentes específicos (ácido clorídrico, gás sulfídrico, amônia, sulfeto de amônio ou
carbonato de amônio) que promoverá a formação de precipitados e em seguida eles são analisados. Os
grupos de cátions são classificados de acordo com a adição desses reagentes específicos. A classificação
dos ânions, adotada por Arthur Vogel, envolve a identificação por produtos voláteis obtidos por
tratamento com ácidos e os que dependem de reações em solução. Este procedimento é chamado de
ensaio. O estudo da análise sistemática será iniciado através do estudo de cátions e ânions no que
consistem suas classificações e reações. Serão discutidos os procedimentos de como tratar os produtos
de cada reação no que tange diferenciação entre os cátions e ânions: quais os reagentes que distingue um
cátion de um mesmo grupo e quais procedimentos e/ ou ensaios distinguem os ânions. Na classificação
ainda dos ânions estão presentes as reações que compõe os ensaios confirmatórios para ânions.
De um modo geral, a comprovação dos ânions deveria ser feita por apenas um ensaio
confirmatório distinto.
O item referente a classificação dos ânions, apresenta o ensaio confirmatório (Reação de
Confirmação) principal para cada ânion, especificado.
Os ensaios serão descritos de forma simplificada, sendo que suas reações estão descritas no
respectivo item desta apostila. Existem muitos ensaios, no entanto, escolheremos os mais simples e de
grande valor de aprendizagem. Outros ensaios serão encontrados em livros textos específicos.
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LISTA DE EXERCÍCIOS – ASSUNTO: QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA
(1) Uma amostra desconhecida pode conter um ou mais dos seguintes compostos: NH4Cl, NaOH, KOH,
K2Cr2O7. É dissolvida em água originando uma solução incolor, com odor acre. Esta solução dá uma
coloração violeta, que logo se extingue na chama do Bico de Bunsen. Com estas informações, quais
compostos estão presentes e ausentes? Justifique.
(3) Que reagente ou combinação de reagentes se poderia usar para separar em uma única etapa os
cátions:
a) Ba2+ e Ca2+
b) Sr2+ e Ba2+
c) Sr2+ e Mg2+
d) Sr2+ e Ca2+
(4) Descreva uma marcha analítica para separação dos cátions do Grupo I e do Grupo II destacando as
reações de identificação dos íons.
(5) Quais são as reações envolvidas e qual os reagentes utilizados para a identificação de carbonato e
sulfito?
Por que a coloração da solução de dicromato torna-se verde durante o contato com o gás desprendido da
reação entre a amostra e o ácido sulfúrico?
(6) Qual é o gás residual que é testado com a água de cal? Descreva a equação envolvida.
(7) Quais são as reações envolvidas e qual reagente pode ser utilizado para a identificação de Nitrato e de
nitrito?
(8) Qual reação poderia ser utilizada para identificar o íon cloreto? O ensaio também serviria para os íons
brometo e iodeto? Como seria a determinação do brometo e iodeto na presença do cloreto?
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1) Estudo do problema:
2) Coleta e amostragem
Para a obtenção de resultados confiáveis, a correta amostragem é essencial, devendo ser representativa
do sistema em estudo.
4) Dissolução da amostra
Através de procedimentos adequados (p.e. tratamento ácido ou com solventes) permitir a solubilização
dos analítos de interesse para sua posterior quantificação.
5) Remoção de interferentes
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Filtração, extração com solventes, cromatografia, resinas etc, separar interferentes que podem
afetar o resultado da análise. Exemplo: Co2+ reagem com SCN- produzindo uma coloração azul.
O Fe2+ também reage com o SCN- produzindo coloração vermelha, ou seja a coloração produzida
pelo Fe(SCN)6 irá mascarar a observação da cor azul produzida pelo Co(SCN)4-2. ou seja, os íons Fe3+
interferem na identificação do Co2+.
Padronização, calibração, otimização, medida de resposta (p.e. absorbância, sinal de emissão, potencial,
corrente).
7) Resultados
Cálculo do(s) resultado(s) analítico(s) e avaliação estatística dos dados.
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Classificação Quantidade de amostra
Macro ≥ 0,1 g
Meso (semimicro) 10 -2 a 10 -1 g
Micro 10 -3 a 10 -2 g
Submicro 10 -4 a 10 -3 g
Ultramicro < 10 -4 g
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REFERÊNCIAS
Análise Qualitativa, Ione Maria de Oliveira et al, Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006
Fundação Universidade Federal do Rio Grande – Escola de Química e Alimentos – Apostila de Química
Analítica, 2009
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Rio de Janeiro, Campus Rio de Janeiro, Apostila de
Química Analítica Qualitativa I
Revista Virtual Quimica, 2015, 7 (6), 2531-2538. Data de publicação na Web: 23 de setembro de 2015
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus de Bauru – Departamento de Química,
Apostila de Química Analítica Qualitativa, Curso Licenciatura em Química, Prof. Dr Gilbert Bannach, 2012
Figuras e Esquemas
http://www.omundodaquimica.com.br/academica/cations_grupo1 (data de acesso 15/08/2018)
http://www.omundodaquimica.com.br/academica/cations_grupo2 (data de acesso 15/08/2018)
http://www.omundodaquimica.com.br/academica/imagens/ql_grupoiiia.jpg (data de acesso:
15/08/2018)
http://www.omundodaquimica.com.br/academica/imagens/ql_grupoiiib.jpg (data de acesso:
15/08/2018)
http://www.omundodaquimica.com.br/academica/cations_grupo4 (data de acesso: 15/08/2018)
http://www.omundodaquimica.com.br/academica/cations_grupo5 (data de acesso: 15/08/2018)
https://pt.slideshare.net/periotto/apostila-de-qumica-analtica-qualitativa (data de acesso: 15/08/2018)
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