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Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT

Campus Universitário do Araguaia (Unidade I) – CUA


Ciências Exatas e da Terra – ICET
Curso de Química – Licenciatura
Cursinho Pré-Enem – Edição 2022

INTRODUÇÃO À QUÍMICA:
ATOMÍSTICA E PROPRIEDADES
DA MATÉRIA

Prof. Rans Miler P. Dantas


1

ransmiler@gmail.com
“Na natureza nada se cria, nada se perde,
tudo se transforma”.
Antoine de Lavoisier

2
O que acontece
nessas fotos?

Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/palitos-de-fosforo-
queimando-e-distancia-do-intervalo-mostrando-prevencao-copie-o-espaco-
para-texto-ficar-em-casa-quarentena-e-conceito-social-
distancing_7574931.htm

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrugem

Fonte:http://www.recicloteca.org.br/noticias/pilhas-e-baterias-importancia-do-descarte-
correto/
O QUE É MATÉRIA?

 Chamamos de matéria tudo aquilo que tem


massa e ocupa um lugar no espaço. A
madeira, o ferro e o vidro são exemplos de
matéria.

 Alguns materiais são mais duros, outros


quebram com facilidade, alguns são coloridos e
outros não apresentam cores, etc. 4
Matéria, Corpo e Objeto

Imagem: Oliver Herold / Creative Imagem: Evakonpoika / GNU Free


Commons Attribution 3.0 Unported. Documentation License. Imagem: Poleydee / GNU Free
Documentation License.

MATÉRIA CORPO OBJETO


É tudo que tem É uma porção É um corpo que tem
massa e ocupa um limitada da matéria. uma finalidade
lugar no espaço. específica. 5

Ex.: Pedaços de Madeira Ex.: Cadeira de Madeira


Ex.: Madeira
O que é MOL??
Mol é uma unidade de medida utilizada para expressar a
quantidade de matéria microscópica.

1 mol de um elemento = 6,02.1023 átomos deste elemento.

1 mol de qualquer substância = 6,02.1023 moléculas

Exemplo: Água (H2O)

Se tivermos um mol de água, teremos 6,02.1023 moléculas de água


ou 602000000000000000000000000
6
Molécula
É a menor partícula que apresenta todas as propriedades físicas e
químicas de uma substância.

As moléculas são formadas por dois ou mais átomos. Os átomos que


constituem as moléculas podem ser do mesmo tipo (por exemplo, a
molécula de oxigênio tem dois átomos de oxigênio)

Imagem: Modelo molecular / Kemikungen /


ou de tipos diferentes (a molécula de
água, por sua vez, tem dois átomos
de hidrogênio e um de oxigênio).

Domínio Público
7
São as propriedades da matéria observadas em
qualquer corpo, independente da substância da
qual é constituído.

IMPENETRABILIDADE MASSA

ELASTICIDADE EXTENSÃO

INDESTRUTIBILIDADE INÉRCIA 8
 Impenetrabilidade: É a propriedade que os corpos têm de não ocuparem o
mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.

 Extensão: É a propriedade que a matéria tem de ocupar um lugar no espaço, ou


seja, toda matéria ocupa um lugar no espaço, o que corresponde ao seu volume.

 Massa: Corresponde à quantidade de matéria que forma um corpo. Para


medirmos a massa, utilizamos, como unidade de medida principal, o quilograma.

 Inércia: Naturalmente os corpos têm a tendência de manter seu estado de


repouso ou de movimento em trajetória reta. A medida da inércia corresponde à
da massa de um corpo, portanto, quanto maior é a massa de um corpo, maior
será sua inércia.

 Elasticidade: É a propriedade que um corpo tem de voltar a sua forma inicial,


cessada a força a que estava submetido.
9
 Indestrutibilidade: É a propriedade que a matéria tem de não poder ser criada
nem destruída, apenas transformada.
São as propriedades observadas em certo
grupo de matéria.

ORGANOLÉPTICAS

QUÍMICAS

FÍSICAS
10
 Organolépticas: São as propriedades pelas quais
certas substâncias impressionam nossos sentidos:
cor, sabor, brilho, odor, etc.

 Química: Combustão, Reatividade e outros.

 Físicas: Ponto de fusão, Ebulição, Solidificação e


outros.

11
Unidade Básica da Matéria

 Os átomos são formados por um núcleo


composto por partículas de prótons e nêutrons e
por elétrons que orbitam o núcleo, formando
assim a eletrosfera.

12
Átomo Cargas Positivas
Núcleo Níveis de Nuvem
Indivisível E Negativas
Energia Eletrônica

13
EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS

1. A matéria NÃO pode ser dividida infinitamente.


2. A matéria tem um limite com as características do todo.
3. Esse limite seriam partículas bastante pequenas que não
poderiam mais ser divididas, os ÁTOMOS - INDIVISÍVEIS.

Demócrito (470-360 a.C.)

Imagem: Demócrito (470-360 a.C.) / Tomisti /


Domínio Público.

14
Para Aristóteles
Toda matéria era contínua e composta por quatro
elementos: AR, ÁGUA, TERRA e FOGO.

AR FOGO Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.)

Imagem: Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C. / Ambroise Tardieu /


Imagem: Ar / Autolykos / Creative Imagem: Fogo / G.dallorto / The
Commons Attribution-Share Alike use of this image is free for any
2.5 Generic purpose.

TERRA ÁGUA

United States Public domain


15
Imagem: Terra / Manfred
Morgner / Creative Commons Imagem: Água / Kofle Jürgen /
Attribution-Share Alike 3.0 Creative Commons Attribution-
Unported Share Alike 3.0 Unported
Modelo Atômico de Dalton
Em 1808, Dalton retomou-as sob uma nova perspectiva: A
EXPERIMENTAÇÃO.

1. Os átomos são esféricos, maciços, indivisíveis e indestrutíveis.

2. Os átomos de elementos diferentes têm massas diferentes.

3. Os diferentes átomos combinam-se em várias proporções, formando


novas substâncias.
4. Os átomos não são criados nem destruídos, apenas trocam de
parceiros para produzirem novas substâncias.

PROBLEMAS DO MODELO
Não explicou a Eletricidade
nem a Radioatividade.
16
Modelo Atômico de Thomson
Thomson propôs que o átomo seria uma espécie de bolha
gelatinosa, completamente maciça, onde haveria a
totalidade da carga POSITIVA homogeneamente
distribuída.
Incrustada nessa gelatina estariam os Elétrons de carga
NEGATIVA;
A Carga total do átomo seria igual a zero;

O Modelo Atômico de Thomson


foi derrubado em 1908 por
Ernerst Rutherford. 17
Experimento de Rutherford
Rutherford propõe a dois de seus alunos - Johannes Hans Wilhelm
Geiger e Ernerst Marsden - que bombardeassem finas folhas de metais
com as partículas alfa, a fim de comprovar, ou não, a validade do
modelo atômico de Thomson.

Como o átomo, segundo Thomson, era uma espécie de bolha


gelatinosa, completamente neutra, no momento em que as partículas
Alfa (numa velocidade muito grande) colidissem com esses átomos,
passariam direto, podendo sofrer pequeníssimos desvios de sua
trajetória.

Caso o Modelo
de Thomson
estivesse 18

CORRETO...
O que Rutherford observou
A maioria das partículas alfa atravessaram a lâmina de ouro
sem sofrer desvios.
Algumas partículas alfa sofreram desvios de até 90º ao
atravessar a lâmina de ouro.

Algumas partículas alfa


RETORNARAM.

19
Proposta de Rutherford para explicar as
observações do laboratório
Para que uma partícula alfa pudesse inverter sua trajetória, deveria
encontrar uma carga positiva bastante concentrada na região central (o
NÚCLEO), com massa bastante pronunciada.

Rutherford propôs que o NÚCLEO conteria toda a massa do átomo,


assim como a totalidade da carga positiva (chamadas de PRÓTONS).

Os elétrons estariam girando circularmente ao redor desse núcleo,


numa região chamada de ELETROSFERA.

Surge assim, o
ÁTOMO NUCLEAR! 20
Fonte:
https://br.pinterest.com/pin/36
2962051196819908/
O problema do Modelo Atômico de Rutherford

Para os físicos, toda carga elétrica em


movimento, como os elétrons, perde
energia na forma de luz, diminuindo
sua energia cinética e a consequente
atração entre prótons e elétrons faria
haver uma colisão entre eles,
destruindo o átomo. ALGO QUE
NÃO OCORRE. +
Portanto, o Modelo Atômico de
Rutherford, mesmo explicando o que
- Energia
Perdida -
LUZ
foi observado no laboratório, apresenta 21

uma INCOERÊNCIA.
Modelo Atômico de Bohr
Estudava espectros de emissão do gás hidrogênio. O gás hidrogênio
aprisionado numa ampola submetida à alta diferença de potencial
emitia luz vermelha.
Ao passar por um prisma, essa luz se subdividia em diferentes comprimentos de
onda e frequência, caracterizando um ESPECTRO LUMINOSO
DESCONTÍNUO.

22
Postulados de Bohr

1. A ELETROSFERA está dividida em CAMADAS ou


NÍVEIS DE ENERGIA (K, L, M, N, O, P e Q), e os
elétrons, nessas camadas, apresentam energia constante.

2. Em sua camada de origem (camada estacionária),


a energia é constante, mas o elétron pode saltar
para uma camada mais externa e, para tal, é
necessário que ele ganhe energia externa.

3. Um elétron que saltou para uma camada de


maior energia fica instável e tende a voltar a
sua camada de origem. Nessa volta, ele
devolve a mesma quantidade de energia que 23
havia ganhado para o salto e emite um
FÓTON DE LUZ.
Se o núcleo é formado de partículas
positivas, os prótons, por que elas não
se repelem?

24
A descoberta do Nêutron

Em 1932, James Chadwick descobriu a partícula do núcleo atômico


responsável pela sua ESTABILIDADE, que passou a ser
conhecida por NÊUTRON, pelo fato de não ter carga elétrica. Por
essa descoberta, ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1935.

Imagem: Esquema atômico / Helix84 / Creative


25
Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
Modelo Atômico Atual: Quântico
Louis de Broglie - DUALIDADE DA MATÉRIA: Toda e qualquer
massa pode se comportar como onda.

Schrödinger – ORBITAIS: Desenvolve o "MODELO QUÂNTICO


DO ÁTOMO" ou "MODELO PROBABILÍSTICO", colocando uma
equação matemática (EQUAÇÃO DE ONDA) para o cálculo da
probabilidade de encontrar um elétron girando em uma região do
espaço denominada "ORBITAL ATÔMICO".

Heisenberg - PRINCÍPIO DA INCERTEZA: É impossível


determinar, ao mesmo tempo, a posição e a velocidade do elétron.
26
Se determinarmos sua posição, não saberemos a medida da sua
velocidade e vice-versa.
Organização da Tabela Periódica

27
Como Estão Classificados os Elementos?
s
Elementos
representativos - p

Elementos de transição externa - d

28

Elementos de transição interna - f


Organização da Tabela Periódica:
Número Atômico
Ordem crescente de número atômico

29
 Os elétrons de um átomo estão ligados ao núcleo
por uma força eletromagnética.

 Eletronegatividade
é a propriedade que o elemento
tem em puxar para si o elétron.

30
Variação da Eletronegatividade

Em uma família:

Quanto menor o raio atômico, mais fortemente o núcleo do átomo


irá atrair o elétron, aumentando a eletronegatividade. Desta forma,
aumenta de baixo para cima.

Em um período:

Quanto menor o raio atômico, mais fortemente o núcleo do átomo


irar atrair o elétron, aumentando a eletronegatividade. Desta forma,
31

aumenta da esquerda para a direita.


CAMADAS DE
FAMÍLIAS NOMES DAS FAMÍLIAS ELEMENTOS
VALÊNCIA
1A Hidrogênio e metais alcalinos H Li Na K Rb Cs Fr ns¹
2A Metais alcalinos terrosos Be Mg Ca Sr Ba Ra ns²
6A Calcogênios O S Se Te Po ns² np⁴
7A Halogênios F Cl Br I At ns² np⁵
8A Gases nobres ou inertes He Ne Ar Kr Xe Rn ns² ou ns² np⁶

Número da camada

32
Propriedades Periódicas
POTENCIAL DE IONIZAÇÃO: É a energia necessária para
arrancar um elétron da camada mais externa de um átomo
isolado.

RAIO ATÔMICO: É definido como a meia distância entre dois


centros de átomos vizinhos.

DENSIDADE: É a analogia, entre a massa e o volume de algum


elemento, pode ser chamada também de massa específica.

VOLUME ATÔMICO: É a quantidade de átomos que existe em 33


um mol.
Raio atômico

Medida da metade da distância entre dois núcleos de átomos de um


mesmo elemento químico.

34
Variação do Raio atômico

Em uma família:

O raio aumenta de cima para baixo, conforme aumenta o número


atômico e, portanto, o número de níveis de energia do átomo no
estado fundamental.

Em um período:

O raio aumenta da direita para a esquerda, conforme diminui o


número atômico e, com isso, diminui a atração do núcleo pelos 35

elétrons do último nível de energia.


Variação do Raio atômico

36
Energia de Ionização

Energia necessária para remover 1 elétrons de 1 átomo ou íon


isolado.

Quanto maior o raio atômico, menor a energia de ionização, pois o


elétrons está menos atraído.

37
Eletropositividade
É a capacidade que um átomo possui de se afastar de seus elétrons
mais externos, em comparação a outro átomo, na formação de uma
substância composta.

Quanto maior o raio atômico, menor será a atração do núcleo pelos


elétrons do nível de energia mais externo e, portanto, maior será a
eletropositividade.

38
Diagrama de Linus Pauling
Linus Pauling criou um diagrama para auxiliar na distribuição dos
elétrons pelos subníveis da eletrosfera.

O que representa cada um desses números?

Imagem: Diagrama de Linus Pauling / Patricia.fidi /


Subnível Número máximo de
elétrons
s 2
p 6
Domínio Público

d 10
f 14

Por exemplo:
Nesse caso, o “3” representa o NÍVEL ENERGÉTICO (CAMADA
ELETRÔNICA). O “s” representa o SUBNÍVEL ENERGÉTICO. O “2”
representa o NÚMERO DE ELÉTRONS na camada.
39
Diagrama de Distribuição
Eletrônica de Pauling

40
Exemplo de aplicação
Determine a distribuição eletrônica do elemento químico Cloro (Cl)
Como o Cloro possui número atômico z = 17, o número de prótons
também é p = 17. E como ele está neutro, o número de elétrons vale e
= 17.
Fazendo a distribuição pelo diagrama de Linus Pauling, temos:

O último termo representa a


CAMADA DE VALÊNCIA
(NÍVEL MAIS ENERGÉTICO

17
Cl DO ÁTOMO). Nesse caso, a 3ª
Camada (camada M) é a mais
energética.
41
Configuração Eletrônica de Alguns Elementos
ÁTOMO CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA
1 H 1s1
2 He 1s2
3 Li 1s2 2s1 ou [He] 2s1
4 Be 1s2 2s2 [He] 2s2
5 B 1s2 2s2 2p1 [He] 2s2 2p1
6 C 1s2 2s2 2p2 [He] 2s2 2p2
7 N 1s2 2s2 2p3 [He] 2s2 2p3
8 O 1s2 2s2 2p4 [He] 2s2 2p4
9 F 1s2 2s2 2p5 [He] 2s2 2p5
10 Ne 1s2 2s2 2p6 [He] 2s2 2p6
11 Na [Ne] 3s1
12 Mg [Ne] 3s2
13 Al [Ne] 3s2 3p1
14 Si [Ne] 3s2 3p2
15P [Ne] 3s2 3p3
16S [Ne] 3s2 3p4 42

17 Cl [Ne] 3s2 3p5


18 Ar [Ne] 3s2 3p6
O número do período em que um elemento se encontra
corresponde ao número da camada de valência.

Exemplos:

11Na: 1s22s2 2p63s1

17Cl: 1s22s2 2p63s2 3p5

18Ar: 1s22s2 2p63s2 3p6

Os três elementos acima estão posicionados no 3º período da


Tabela Periódica.
43
Número de Massa (A)
É a SOMA do número de PRÓTONS (p), ou NÚMERO ATÔMICO (z), e o número de
NÊUTRONS (n).

ou

No exemplo, temos:
p = 4 e n = 5. Então:

Logo:

A Massa atômica está praticamente toda concentrada no núcleo, visto que a


44
massa do elétron é desprezível se comparada com a do próton ou a do
nêutron.
Elementos ISÓTOPOS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS ATÔMICOS, porém com
NÚMEROS DE MASSA DIFERENTES (pois possuem diferentes números de
nêutrons).

35 37
EXEMPLO 17
Cl 17
Cl
NOME DO ELEMENTO Cloro Cloro

NÚMERO DE MASSA (A) 35 37

NÚMERO ATÔMICO (z) 17 17

NÚMERO DE PRÓTONS (p) 17 17

NÚMERO DE ELÉTRONS (e) 17 17 45

NÚMERO DE NÊUTRONS (n) 18 20


Elementos ISÓBAROS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS DE MASSA, porém com
NÚMEROS ATÔMICOS DIFERENTES.

EXEMPLO 40
Ca
40
20 19
K

NOME DO ELEMENTO Cálcio Potássio


NÚMERO DE MASSA (A) 40 40
NÚMERO ATÔMICO (z) 20 19
NÚMERO DE PRÓTONS (p) 20 19
NÚMERO DE ELÉTRONS (e) 20 19 46

NÚMERO DE NÊUTRONS (n) 20 21


Elementos ISÓTONOS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS DE
NÊUTRONS, porém com NÚMEROS ATÔMICOS e NÚMEROS
DE MASSA DIFERENTES.

40 39
EXEMPLO 20
Ca 19
K

NOME DO ELEMENTO Cálcio Potássio


NÚMERO DE MASSA (A) 40 39
NÚMERO ATÔMICO (z) 20 19
NÚMERO DE PRÓTONS (p) 20 19
NÚMERO DE ELÉTRONS (e) 20 19 47

NÚMERO DE NÊUTRONS (n) 20 20


Elementos ISOELETRÔNICOS
Elementos químicos com os MESMOS NÚMEROS DE
ELÉTRONS.
23 + 20
EXEMPLO 11
Na 16
O
2-
10
Ne
8

NOME DO ELEMENTO Sódio Oxigênio Neônio


NÚMERO DE MASSA 23 16 20
(A)
NÚMERO ATÔMICO (z) 11 8 10
NÚMERO DE PRÓTONS 11 8 10
(p)
NÚMERO DE 10 10 10
ELÉTRONS (e)
48
NÚMERO DE 12 8 10
NÊUTRONS (n)
Principais características das partículas
elementares do átomo

Massa
Região do
Nome Símbolo Carga (C) relativa Massa (g)
átomo
ao próton
Elétron Eletrosfera e -1,6x10-19 1/1840 9,11x10-28
Próton Núcleo p 1,6x10-19 1 1,67x10-24
Nêutron Núcleo n 0 1 1,67x10-24

49
REGRA DO OCTETO E SUAS EXCEÇÕES

Os átomos formam ligações químicas para atingir os oito


elétrons na camada de valência, o que os torna estáveis e
semelhantes aos gases nobres.

50
A expansão do octeto, acontece com elementos não metálicos a
partir do terceiro período.

Ocorre com o Fósforo (P) e o Enxofre (S). O fósforo pode receber


até 10 elétrons e o enxofre 12 elétrons

51
A contração do octeto, é mais comum de acontecer com elementos
do segundo período da tabela periódica.

Um exemplo é o elemento Berílio (Be), ele torna-se estável com


apenas quatro elétrons na última camada.

52
Ligação Química: Força Atrativa Que
Mantém Dois ou Mais Átomos Unidos
Há três tipos principais de ligações químicas:

1. Ligação Iônica (forças eletrostáticas);

2. Ligação Covalente (compartilhamento eletrônico);

3. Ligação Metálica (mar de elétrons/superposição de


orbitais atômicos); Os metais tendem a formar cátions
(positivo) e os não metais tendem a formar ânions (negativo). 53
LIGAÇÃO IÔNICA

 Os átomos podem ganhar ou perder elétrons e formar


partículas carregadas chamadas íons.
 Uma ligação iônica é uma força de atração entre íons
com cargas opostas.

54
LIGAÇÃO COVALENTE
Esse tipo de ligação acontece quando dois átomos têm mesma
tendência de ganhar e perder elétrons, ocorrendo
compartilhamento dos elétrons entre os átomos.

 Átomos que tendem a compartilhar elétrons: não metais


 Força maior do que a ligação iônica

 Representação por estruturas de Lewis

55
Lewis propôs que a ligação covalente é um par de elétrons
compartilhados por dois átomos de não-metais.

● A ligação covalente que mantém uma molécula unida é uma força


intramolecular.

● A atração entre moléculas é uma força intermolecular.

● Forças intermoleculares são muito mais fracas do que as forças


intramoleculares.

● Quando uma substância funde ou entra em ebulição, forças


intermoleculares são quebradas (não as ligações covalentes)
56
LIGAÇÃO METÁLICA
 As ligações metálicas, também conhecidas como ligas
metálicas, são ligações químicas que ocorrem entre átomos de
metais que fluem livremente por uma camada cristalina bem
definida.

 Determinadas as condições normais de temperatura e pressão, estas


mesmas ligações favorecem que as substâncias adquiram um
elevado ponto de fusão e vaporização

 Fornece outras propriedades tais como maleabilidade, ductibilidade,


brilho e alta condutividade elétrica mesmo quando no estado
líquido 57
ESTRUTURA DO MAR DE ELÉTRONS

58
Quando um metal sofre corrosão, ele perde elétrons e forma
cátions:

Ca(s) + 2H+(aq) → Ca2+(aq) + H2(g)

Oxidado: o átomo, a molécula ou o íon torna-se mais carregado


positivamente.
• A oxidação é a perda de elétrons.

Reduzido: o átomo, a molécula ou o íon torna-se menos


carregado positivamente.
• Redução é o ganho de elétrons.
59
Fonte: BROWN, Theodore; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E. Química: a ciência central. 9 ed. Prentice-Hall, 2005.

●● ● ●●
● ●
Na * ● Cl ● +
Na ●●Cl
●●
-
●● 60
Agente Oxidante: É o elemento que provoca
a oxidação; é aquele que sofre redução.

Agente Redutor: É o elemento que


provoca a redução; é aquele que sofre
oxidação.

61
 Na natureza encontramos o ciclo de elementos ou
substâncias químicas que necessariamente contam
com a participação de seres vivos.

 Principais ciclos:
 Água
 Carbono
 Nitrogênio
 Oxigênio
62
Existem moléculas e compostos
que são essenciais para a
manutenção da vida.

Vamos conversar mais sobre


algumas dessas moléculas
N O C
Oxigênio 63
Nitrogênio Carbono
Qual a importância da Água?

 Alta capacidade de absorver e reter calor

 É fundamental no metabolismo dos seres vivos (dissolve


compostos e reage para formar moléculas complexas)
 Alta tensão superficial: movimentação e retenção da água em
pequenos poros

 Solidificação: molécula que se expande ao congelar


 Caso contrário: gelo afundaria e congelaria reservatórios de
água líquida de baixo para cima, modificaria drasticamente os
ecossistemas (células vivas se romperiam com a contração da
água congelada).
64
Os humanos causam impacto no meio ambiente?
Poluição da água de rios e aquíferos por efluentes agrícolas, industriais e domésticos;
Resíduos (fezes, urina) de humanos e de animais; Uso de fertilizantes e agrotóxicos no
campo; Efluentes da agroindústria.

65

Fonte: Disponível em: https://sites.google.com/site/estudandoaquiferos/impactos-


ambientais. 02 de Novembro de 20221.
Carbono e suas principais funções

Porque o carbono é importante?

 Base de construção de moléculas orgânicas

 Vida: membranas, DNA, tecidos, etc.


 Estoque de energia: açúcares, lipídeos, proteínas, petróleo,
carvão, gás, etc. etc.

 Regulação do clima: CO2 e CH4

66
Carbono - essencial aos seres vivos para síntese de matéria
orgânica (carboidratos, proteínas, ácidos nucléicos, lipídios).

Fotossíntese fixação do
carbono

Respiração

Combustão liberação do
carbono
Decomposição
67
Carvão

• Usado em centrais térmicas para a produção de


eletricidade;
• Combustível fóssil formado em áreas
sedimentares;
• Formado a partir de componentes orgânicos
sólidos, fossilizados;
• Sua queima emite poluentes na atmosfera; 68
As principais razões para o uso do carvão são
(BORBA, 2001):

1. abundância das reservas;


2. distribuição geográfica das reservas;
3. baixos custos e estabilidade nos preços,
quando em comparação com outros
combustíveis.

69
O carvão mineral é importante matéria-prima da
indústria de produtos químicos orgânicos, como
piche, asfalto, eletrodos para baterias, corantes,
plásticos, naftalina, inseticidas, tintas, benzeno e
náilon.

Fonte: Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/carvao
-mineral/.

70
Nitrogênio
 N2: 78% da composição da atmosfera

 Compostos de nitrogênio: fundamentais para a


vida (aminoácidos, proteínas em geral: tecidos
musculares, hormônios, DNA, etc.)

 N: Macro-nutriente essencial para os seres vivos


 Aquecimento global: ênfase ao ciclo do carbono (CO2 e CH4)

 N2O: óxido nitroso : gás de efeito estufa

 Contaminação da água, eutrofização, chuva ácida, formação de 71

ozônio na troposfera (fertilizantes humanos).


Efeito Estufa Aumento da poluição (CO2) = aumento da
temperatura

Importante para
a manutenção
da temperatura
(Aquecimento
da Biosfera)

72

Fonte: Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2286/o-que-e-efeito-estufa-e-quais-sao-suas-consequencias.


Referências
ADUAN, R. Engel; VILELA, M. de F.; DOS REIS JÚNIOR, F. B. Os grandes ciclos biogeoquímicos do
planeta. Embrapa Cerrados-Documentos (INFOTECA-E), 2004.

ALVES, Gilcean Silva. A biotecnologia dos transgênicos: precaução é a palavra de ordem. Holos, v. 2, 2004.

BORBA, Roberto Ferrari. Carvão mineral. Balanço mineral brasileiro, n. 1, p. 1-19, 2001.
BRANDY, J. E.; HUMISTON, G.E.: Quimica Geral, Vol 1, 2° edição. Editora LTC, Rio de Janeiro, 2000.

BRADY, J. W.; RUSSELL, John W.; HOLUM, John R.. Química: a Matéria e Suas Transformações, vol.1, 3ª edição,
Rio de Janeiro: LTC, 2006.

BROWN, Theodore; LEMAY, H. Eugene; BURSTEN, Bruce E. Química: a ciência central. 9 ed. Prentice-Hall,
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HUNGRIA, Mariangela; CAMPO, Rubens José; MENDES, Iêda Carvalho. A importância do processo de fixação
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