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Pejotização:

A “pejotização” é um termo utilizado para caracterizar a prática a qual algumas


empresas contratam trabalhadores como pessoas jurídicas (PJ) em vez de mantê-los
como funcionários registrados (CLT). Dessa forma, as empresas evitam encargos
trabalhistas e benefícios, como férias remuneradas, 13º salário e contribuições para a
previdência social. Embora existam situações legais em que profissionais autônomos
prestem serviços como PJ, a pejotização é ilegal quando usada para burlar direitos
trabalhistas de funcionários que, na prática, desempenham funções de emprego fixo.

Microempreendedor Individual (MEI): O MEI é um regime tributário simplificado


para pequenos empreendedores no Brasil. É voltado para empresários com faturamento
anual de até R$ 81.000,00. Os MEIs têm benefícios como baixas taxas de imposto e
acesso a serviços como aposentadoria por invalidez, auxílio-doença e licença-
maternidade. No entanto, eles não podem ter funcionários registrados, a menos que
optem por outros regimes tributários.

Microempresa (ME): Uma microempresa (ME) é uma empresa com faturamento bruto
anual de até R$ 360.000,00. No Brasil, as MEs têm vantagens fiscais e simplificações
tributárias, além de poderem aderir ao Simples Nacional, um regime tributário
simplificado. As MEs podem ter funcionários registrados e oferecer benefícios
trabalhistas. Elas são uma parte essencial da economia brasileira, contribuindo para o
emprego e a produção econômica.

O MEI e as MEs desempenham um papel fundamental na economia, estimulando o


empreendedorismo, criando empregos e impulsionando a produção econômica. Benefícios
fiscais e regulamentações simplificadas incentivam o crescimento desses pequenos negócios.

1. Identificar a Evasão Fiscal e Perda de Receitas:

 A "pejotização" muitas vezes envolve a evasão fiscal, onde as empresas não


pagam os impostos e contribuições devidos. Isso leva a uma redução na
arrecadação do governo, afetando diretamente os recursos disponíveis para
serviços públicos e investimentos em infraestrutura.

2. Demonstrar a Competição Desleal:

 Empresas que praticam a "pejotização" têm custos de mão-de-obra mais baixos,


o que lhes permite oferecer preços mais competitivos. Isso cria uma
concorrência desleal para empresas que operam de maneira legal e seguem as
normas trabalhistas, resultando em distorções no mercado.

3. Informar sobre a precarização do trabalho:

 Os profissionais contratados como MEIs não têm acesso aos benefícios


trabalhistas e sociais garantidos aos trabalhadores formais. Isso contribui para a
precarização do trabalho, com profissionais sem direitos a férias remuneradas,
13º salário, seguro-saúde e outros benefícios importantes.
4. Informar sobre os econômicos nos trabalhadores:

 Os trabalhadores contratados como MEIs muitas vezes enfrentam insegurança


no emprego, uma vez que não possuem contratos formais nem garantias de
estabilidade. Isso pode levar a uma diminuição da confiança e segurança
financeira dos trabalhadores, afetando seu poder de compra e capacidade de
planejar para o futuro.

5. Distúrbios na cadeia de valor:

 A prática da "pejotização" pode criar distúrbios na cadeia de valor,


especialmente se empresas de desenvolvimento de software que seguem práticas
legais enfrentam dificuldades em competir com empresas que reduzem seus
custos por meio dessa prática irregular. Isso pode levar à saída de empresas
legais do mercado, afetando toda a cadeia de valor.

6. Limitação de investimentos em educação e desenvolvimento profissional:

 A redução das receitas fiscais devido à evasão fiscal resultante da "pejotização"


limita os investimentos do governo em programas de educação e
desenvolvimento profissional. Menos recursos para essas áreas podem levar a
uma lacuna de habilidades e à falta de profissionais qualificados no mercado,
prejudicando a inovação e o crescimento econômico.

1. Subordinação Jurídica e Continuidade na Relação de Trabalho: A subordinação


jurídica ocorre quando um trabalhador, mesmo registrado como pessoa jurídica (MEI ou
ME), está submetido à autoridade, controle e direção do empregador, de forma
semelhante a um empregado formal (CLT). Ou seja, mesmo sendo um PJ, o profissional
atua de forma contínua e permanente na empresa, sob as mesmas condições que um
empregado formal, caracterizando uma relação de trabalho típica.

2. Exclusividade na Prestação de Serviços e Dependência Econômica: A


"pejotização" é observada quando um trabalhador atua de forma exclusiva para uma
empresa, sendo dependente economicamente dela para sua subsistência. Mesmo que
formalmente seja um MEI ou ME, se sua principal fonte de renda e atividade
profissional está vinculada a apenas uma empresa, ele é considerado economicamente
dependente dessa empresa, caracterizando a prática da "pejotização".

3. Ausência de Autonomia Empresarial e Assunção de Riscos: A autonomia


empresarial é uma característica das pessoas jurídicas, incluindo MEIs e MEs. No
entanto, na "pejotização", o trabalhador não tem autonomia real sobre seu trabalho. Ele
não assume riscos empresariais significativos, como a responsabilidade por perdas
financeiras ou investimentos no negócio. Em vez disso, ele atua como um empregado
disfarçado, com seu trabalho e condições ditados pela empresa contratante, sem a
verdadeira autonomia empresarial.

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