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UNIVERSIDADE OPET

JOÃO GABRIEL GUADAGNIM SCOLA

A FALÊNCIA DA KODAK

CURITIBA – PR
2023
Introdução:
A Kodak é conhecida por todos, pois foi a maior empresa de fotografia do
mundo até o início dos anos 2000. Porém, essa empresa sucumbiu à era digital que ela
mesma ajudou a criar. Com esse esforço acadêmico, buscarei dar as razões de seu
declínio, e um possível contraponto que poderia fazer essa gigante existir atualmente.
Desenvolvimento:
Ao final da década de 70, já com quase 1 século de existência, A Kodak possuía
90% das vendas de câmeras nos Estados Unidos, o principal mercado do mundo.
100.000 funcionários e um lucro de bilhões.
Nos dias de hoje, a Kodak tem apenas 6.000 funcionários, e foi esvaziada em sua
crise da década anterior. A empresa vendeu ativos e patentes que construiu em décadas
de sucesso e labor, especificamente, 120 anos, já que fora fundada em 1889, e faliu no
ano de 2012.
Sendo direto, o grande problema que acarretou a falência da Kodak, foi que
depois de 1 século de inovação, durante os anos 90, ela não soube como fazer o mesmo,
e acabou ficando para trás. O mundo dava seus primeiros passos em direção ao digital, e
o posicionamento da empresa foi “uma transição lenta” para as câmeras digitais.
Em 1994, quando o mercado já estava em grande parte digitalizado, a Kodak
ainda vendia suas câmeras de nicho. Até empreendeu em parceria com Apple, na
produção da Quicktale em 1996, porém, andava a “passos de tartaruga” em comparação
a suas concorrentes.
Na virada para o século XXI, a empresa viu que não havia outro caminho, senão
o digital, e sob nova liderança, engrenou e lançou sua linha “Easyshare”, que pouco
tinha de diferente, relacionando-a aos concorrentes.
Pouco a pouco, a lucratividade da empresa foi caindo, o que nos anos 90, era
grande parte do mercado dominado pela Kodak, em 2007 possuía apenas 9,7%.
Com o advento dos smartphones, a crise tomou conta da Kodak, saindo do S&P
500 (Índice das 500 maiores companhias do país), em 2010. A essa altura, a empresa já
gastava mais do que faturava, e fora torrando seu caixa rapidamente.
Em junho de 2011, as reservas eram 957 milhões, contra 1,6 bilhões 10 anos
antes.
Num grito de desespero, a Kodak buscou até processar empresas como Apple e
Blackberry, em busca de alguma verba, o que não foi bem sucedido.
Em 2012, a empresa conseguiu um crédito para sobreviver ao processo,
totalizando 950 milhões, e anos depois conseguiu sair da falência, sendo, porém, apenas
uma parcela do que fora antes.
Soluções:
Penso que a adoção integral da tecnologia digital, mais precoce e, quando
adotou, se o fizesse com mais vigor, seria a solução direta, realista e mais benéfica que
consigo imaginar para a Kodak.
Acredito que essa solução poderia ser melhorada mudando os planos de
negócios. A Kodak poderia ter adotado modelos de negócios baseados em serviços,
como armazenamento de fotos online. Pra isso, seria preciso uma visão adiantada do
mercado, que infelizmente, faltou na época.
Em resumo, a melhor solução seria a inovação contínua, adaptando seus serviços
às tecnologias e ao mercado digital. Assim ela com certeza se manteria a frente das
tendências e necessidades do mercado até os dias de hoje.

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