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Corrente Elétrica

Resumo

A eletricidade, em toda a sua complexidade, tornou-se algo


imprescindível ao desenvolvimento das atividades do estilo de vida das
sociedades contemporâneas. [pág. 83]
Nesta, podemos encontrar circuitos elétricos, que são um conjunto
de componentes elétricos ligados entre si. [pág. 83]
Existem símbolos para representar os componentes que constituem
estes circuitos. [pág. 84]
A carga elétrica (Q) é a propriedade elétrica das partículas atómicas
que compõe a matéria e é medida em coulomb (C). [pág. 86]
Quando duas partículas com carga interagem, cria-se uma força
elétrica, que será repulsiva se as cargas forem de sinal igual ou atrativa se
de sinais opostos. [pág. 86]
Uma corrente elétrica é um movimento ordenado de cargas
elétricas, por aplicação de forças elétricas. Materiais que consigam
estabelecer estas correntes com facilidade, ou seja, que possuam
quantidades consideráveis de partículas livres eletrizadas (iões ou
eletrões), são considerados bons condutores elétricos.
Podemos encontrar condutores metálicos e iónicos. [pág. 86]
Quando ligamos um fio de um condutor metálico às extremidades
de uma pilha, os eletrões ficam sujeitos a uma força repulsiva ao polo
negativo e a uma força atrativa ao polo positivo, pelo que se gera um
movimento orientado, no sentido do polo positivo – corrente elétrica.
[pág. 87]
A quantidade de cargas que atravessa uma secção transversal de
um condutor por unidade de tempo é chamada corrente elétrica (I). Esta
é medida em amperes (A), por um amperímetro, instalado em série. [pág.
87]
𝑄 (𝐶)
𝐼(𝐴) =
Δ𝑡 (𝑠)

Quando qualquer secção reta do condutor é atravessada pela


mesma quantidade de carga por unidade de tempo (constante), diz-se que
a corrente se processa em regime estacionário. [pág. 87]
O sentido convencional da corrente elétrica é do polo positivo para
o polo negativo. [pág. 87]
A tensão (ou diferença de potencial) elétrica (U) é o trabalho
realizado pela força elétrica para deslocar uma carga unitária entre os
terminais de um componente. Esta é medida em volts (V), por um
voltímetro, instalado em paralelo. [pág. 88]

𝐸 (𝐽)
𝑈(𝑉 ) =
𝑄 (𝐶 )

Se o movimento dos eletrões se efetuar sempre no mesmo sentido


e a corrente elétrica for constante, gera-se uma corrente contínua (CC).
[pág. 89]

Se o movimento dos eletrões se inverter repetidamente ao longo do


tempo, gera-se uma corrente alternada (AC). [pág. 90]

Quando se estabelece uma corrente elétrica, os eletrões, no seu


movimento ao longo do material, colidem com os cernes dos átomos,
sendo que alguma energia é perdida, o que limita o seu movimento. [pág.
92]

Materiais onde é possível estabelecer corrente com facilidade são


bons condutores elétricos; materiais que podem atuar como isoladores
ou condutores são semicondutores; materiais com baixa condutividade
elétrica são maus condutores. [pág. 92]
Resistências elétricas são componentes cuja função é a de restringir
o movimento dos eletrões num circuito para limitar a corrente ou gerar
calor. [pág. 92]

A grandeza física que avalia a oposição que um material oferece à


passagem da corrente elétrica é a resistência elétrica (R). Esta é medida
em ohm (Ω), por um ohmímetro ou pela relação descoberta por Georg
Ohm [pág. 93]:

𝑈(𝑉)
𝑅(Ω) =
𝐼(𝐴)

Lei de Ohm – Para um condutor mantido a temperatura constante,


é também constante a razão entre a tensão e a corrente elétrica, que é a
resistência.

Seria de esperar que daqui saísse uma relação de proporcionalidade


direta, o que nem sempre acontece. [pág. 94]

Um dispositivo óhmico ou linear obedece à lei de Ohm e o seu


gráfico é uma linha reta que passa pela origem tendo um declive tanto
menor quanto maior for a resistência. [pág. 94]

Num dispositivo não óhmico ou não linear não obedece à lei de Ohm.

Mesmo com uma resistência não linear, é possível determinar a


resistência pela expressão 𝑈 = 𝑅𝐼, mas o valor da resistência encontrado será
para esse valor de tensão, pelo que se esta se alterar, a resistência também se
altera. [pág. 94]

A resistividade (ρ) é a característica do material que avalia a dificuldade


com que os eletrões o atravessam. É medida em ohm metro (Ω m). [pág. 94]

Quanto menor a resistividade, maior a condutividade do material. [pág.


95]

Em condutores filiformes:

l(m)
𝑅(Ω) = ρ(Ω m) ∗
A(m2 )

(Em que 𝑙 representa o comprimento e 𝐴 a área da secção transversal)


[pág. 99]

𝐸
𝑃=
Δ𝑡
𝑄
𝐼= ⇔ 𝑄 = Δ𝑡 ∗ 𝐼
Δ𝑡
𝐸 𝐸 𝐸
𝑈= ⇔𝑈= ⇔ =𝑈∗𝐼 ⇔
𝑄 Δ𝑡 ∗ 𝐼 Δ𝑡
⇔𝑃 =𝑈∗𝐼
𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 à 𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑂ℎ𝑚:
𝑈
𝑅=
𝐼
𝐷𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎 (𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠):
𝑈 = 𝑅𝐼 → 𝑃 = 𝑅𝐼 2
𝑈 𝑈2
𝐼= →𝑃=
𝑅 𝑅
Sendo estes últimos a potência dissipada numa resistência.

O Efeito Joule é o efeito térmico provocado pela passagem da corrente


elétrica através de um condutor, que transfere energia para a vizinhança, sob a
forma de calor. [pág. 100]
𝐸
𝑃= ⇔ 𝐸 = 𝑃 ∗ Δ𝑡
Δ𝑡
Assim, a energia dissipada como calor por um condutor por intervalo de tempo
é dada por:
𝐸 = 𝑈 ∗ 𝐼 ∗ Δ𝑡 (𝑠𝑒 𝑃 = 𝑈𝐼 ) 𝑜𝑢 𝐸 = 𝑅 ∗ 𝐼 2 ∗ Δ𝑡 (𝑠𝑒 𝑃 = 𝑅𝐼 2 )

O calor libertado em demasia pode causar danos, sendo que medidas


tem que ser implementadas para combater esse efeito. [pág. 100]
Os termos “energia útil” e “energia dissipada” são apenas simplificações.
Por exemplo, num computador, o calor libertado pode constituir parte da
energia dissipada. No entanto, numa torradeira, esse calor já é a energia útil.
[pág. 101]
O gerador elétrico é um dispositivo que aplica uma tensão capaz de criar
corrente elétrica [pág. 103]
(A próxima secção trata de geradores de CC)
A força eletromotriz (𝝐) é a tensão de um gerador em circuito aberto e
corresponde à energia por unidade de carga fornecida pelo gerador.
Num gerador ideal, a tensão é independente da corrente e corresponde
sempre à força eletromotriz. No entanto, nenhum gerador é completamente
ideal, apresentando uma resistência interna (Ri) que dissipa energia.
𝐸
𝜖= ⇔ 𝐸 = 𝜖∗𝑄
𝑄
𝑄
𝐼= ⇔ 𝑄 = Δ𝑡 ∗ 𝐼
Δ𝑡
𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝐸 = 𝜖 ∗ 𝐼 ∗ Δ𝑡
𝐸 (𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙) = 𝐸 (ú𝑡𝑖𝑙 ) + 𝐸 (𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 ) ⇔
⇔ 𝜖 ∗ 𝐼 ∗ Δ𝑡 = 𝑈 ∗ 𝐼 ∗ Δ𝑡 + 𝑅𝑖 ∗ 𝐼 2 ∗ Δ𝑡 ⇔
⇔ 𝜖 = 𝑈 + 𝑅𝑖 ∗ 𝐼 ⇔
⇔ 𝑈 = 𝜖 − 𝑅𝑖 ∗ 𝐼 (Curva característica de um gerador)

Ver pág. 106 para mais detalhes.

Associações em série:
Corrente é igual ao longo da associação
Tensão no gerador corresponde à soma das tensões da associação
Associações em paralelo:
Corrente na linha principal corresponde à soma das correntes das
associações em paralelo.
Tensão é igual à tensão do voltímetro.

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