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Os Lusíadas - Canto I
As armas e os barões assinalados, E também as memórias gloriosas
Que da ocidental praia Lusitana, Daqueles Reis, que foram dilatando
Por mares nunca de antes navegados, A Fé, o Império, e as terras viciosas
Passaram ainda além da Taprobana, De África e de Ásia andaram devastando;
Em perigos e guerras esforçados, E aqueles, que por obras valerosas
Mais do que prometia a força humana, Se vão da lei da morte libertando;
E entre gente remota edificaram Cantando espalharei por toda parte,
Novo Reino, que tanto sublimaram; Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
[...]
○ Poemas líricos: sonetos (forma fixa = busca pela perfeição estética)
■ Temas:
● Desconcerto do mundo
○ Um mundo que se organiza fora de ordem,
“desconcertado” (incompreensão do mundo,
pessimismo)
○ Injustiças (os maus são recompensados e os bons são
castigados)
○ Ambição desenfreada (inútil tentativa de acumular bens
que de nada valem após a morte)
○ Conflito entre o ser e o dever ser (conflitos morais)
○ Exemplo de tema: transitoriedade da vida/mudanças e
transformações do homem e do mundo (tempo =
temática universal)
● Amor
○ Tratado como ideia
■ Mulher idealizada: a mulher é vista como um
ser superior/perfeito (uso intenso de adjetivação)
■ Amor espiritualizado/transcendental
○ Tratado como manifestação carnal
■ Experiência concreta
■ Amor terreno/físico
○ Impossibilidade de síntese entre os dois amores
■ Uso de antíteses (figura de linguagem: oposição
de ideias) e conjunções adversativas
2)
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.