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• Fim do humanismo
Chegada de Sá de Miranda da Itália com versos
decassílabos e soneto.
Contexto Histórico
• Século XV - Fim da Idade Média
• Teocentrismo ⇨ Antropocentrismo
• Dualidade: Fé e Razão
• Feudalismo ⇨ Absolutismo (Poder Real)
• Mecenato
• Consolidação do Estado Nacional Português
• Transição da Idade Média para o Renascimento
Contexto Histórico
Transformações na Europa:
Aperfeiçoamento da imprensa POR Gutemberg;
Expansão marítima;
Invenção da bússola;
Desenvolvimento do comércio (mercantilismo).
A economia baseada na agricultura perde em importância para
outras atividades – crise no sistema feudal.
Surgimento da burguesia, nova classe social, composta por
mercadores e comerciantes.
O espírito medieval, baseado na hierarquia nobreza-clero-povo
começa a desestruturar-se.
O homem preso ao feudo e ao senhor feudal adquire nova
consciência – percebe sua força criadora podendo descobrir,
conquistar e transformar o Universo.
Os humanistas
• O homem valoriza o saber: consome mais livros,
difunde novas ideias e volta sua atenção para a
cultura de antigos gregos e latinos, porque identifica
o espírito da época.
• Os humanistas:
– Difundiam a ideia de que os valores e direitos de cada
indivíduo deviam sobrepor-se à sociedade.
– Viviam de muita reflexão e muito estudo (da vida).
– Buscavam manuscritos e papiros e divulgavam os grandes
pensadores gregos e romanos.
Os humanistas
• Os humanistas foram homens de grande emoção e
capacidade de se indignar.
Martinho Lutero – não foi apenas o sábio que fez a
primeira tradução completa da Bíblia, nem foi só o
homem que mudou a paisagem religiosa da Era
Moderna. Mais do que tudo, ele era um humanista
apaixonado, capaz de morrer por sua fé. No
entanto, era muito corajoso, muito verdadeiro,
muito sincero, por isso mesmo mais “humanista”.
Humanismo – Movimento Cultural
• Caráter inaugural – rompeu com a tradição da
Idade Média e trouxe à luz a sabedoria da
Antiguidade, por meio de trabalhos de erudição e
pesquisa.
• Movimento cultural, praticou um ato de fé pela
natureza humana. Fez do homem o objeto do
conhecimento, reivindicando para ele uma
posição de importância no Universo, sem negar o
valor supremo de Deus.
Humanismo Literário (1434-1527)
Humanismo: manifestações literárias
• Poesia palaciana – compilada em 1516, por
Garcia de Resende – está registrada no
Cancioneiro Geral;
• Prosa historiográfica (Crônicas), de Fernão
Lopes;
• Teatro medieval e popular de Gil Vicente.
Humanismo Literário (1434-1527)
• Poesia Palaciana:
– a tradição escrita (a medida velha)
• Crônica Histórica:
– historiografia e literatura
• Teatro Popular:
– sátira e moralização
Poesia Palaciana
• Ao contrário da poesia trovadoresca, que estava
associada à musica e era cantada ou bailada (dançada), a
poesia palaciana foi elaborada para ser lida e recitada nas
cortes. Além disso havia maior diversidade de temas.
• Trata-se de uma poesia mais moderna.
• Por deixar de receber acompanhamento musical, exige
mais do poeta (tirar “som” da palavras).
• Vários autores: Garcia de Resende, João Ruiz de Castelo
Branco, Nuno Pereira, Fernão Pereira, Conde Vimioso,
Aires Teles, Diogo Brandão, Gil Vicente, Sá de Miranda.
Poesia Palaciana
• Separação entre poesia e música;
• Versos redondilhos (medida velha); 5 ou 7 sílabas métricas
• Presença de um mote (tema, motivo) a ser desenvolvido na glosa
(Obs.: cada estrofe da glosa corresponde a uma volta e deve
retomar um ou mais versos do mote);
• Gosto pelo Paradoxo e pela Antítese;
• Lirismo amoroso: amor cortês, súplica mortal, coita (sofrimento
amoroso);
• A mulher é carnal, adquire graças físicas e sensoriais, contrariando
a maioria dos trovadores medievais.
• “Cousas de folgar e gentilezas”: composições sem importância,
poesias de circunstâncias e exercícios de virtuosismo poético;
• Poemas satíricos (às vezes pornográficos).
Prosa do Humanismo
• Fernão Lopes – cronista - historiador tanto dos
reis quanto dos movimentos populares.
• Investigação e pesquisa para documentar-se (não
usou fontes orais), aponta a interferência dos
fatos econômicos no destino dos homens, a
importância do povo como agente da História.
Gil Vicente
Prosa do Humanismo
• Teatro: gênero dramático
• Expressa sua fé, mas não esquece a razão:
– Em nome da religiosidade, faz a crítica moral dos costumes e a sátira
aos pecadores.
• Farsas: são peças cômicas de um só ato, com enredo curto e poucas
personagens, extraídas do cotidiano.
• Autos: peças teatrais de assunto religioso ou profano; sério ou cômico.
Os autos tinham a finalidade de divertir, de moralizar ou de difundir a fé
cristã.
• Medievalismo e Classicismo; ambivalência
• Figuras cristãs e pagãs;
• Anjos, demônios e homens, mulheres reais;
• Linguagem culta da elite e linguagem dos camponeses e de pessoas
desbocadas das ruas;
Prosa do Humanismo
Gil Vicente
• Personagens:
A) Tipos: são generalizações ou estereótipos, que representam
uma classe social ou uma categoria profissional;elas não levam ao palco
problemas pessoais, mas questões comuns à coletividade.
B) Personagens Alegóricas: são personificações de idéias ou
intuições. No Auto da Lusitânia temos Todo o Mundo e Ninguém
• As personagens não se sobressaem como indivíduos;
• São tipos que ilustram a sociedade da época com suas aspirações,
seus vícios e seus dramas;
• Quase sempre, são designados pela ocupação que exercem ou por
algum outro traço social;
• Reis, fidalgos, parvos, beberrões e alcoviteiras, judeus, ciganos,
mouros, comerciantes, artesãos;
Prosa do Humanismo
Gil Vicente
• Personagens:
• A cada tipo de personagem, uma característica única:
• Fidalgo : orgulhoso
• Padre : sodomita
• Camponês : parvo
• Judeu : agiota
– Crítica ao capitalismo comercial crescente
• Caracterização social: conservadorismo
Prosa do Humanismo
Gil Vicente
Auto da Barca do Inferno:
• Personagens:
• Diabo, Anjo
• Fidalgo, Onzeneiro, Sapateiro, Frade, Brízida Vaz, Corregedor,
Procurador, Enforcado
• Judeu
• Joane, o Parvo
• Cavaleiros : salvos pelo merecimento pessoal: luta da cristandade
contra o “infiel”
• Caracterização social: conservadorismo - valorização de ideais da
Idade Média
O Teatro Popular de Gil
Vicente