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Instalações Elétricas Industriais

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Centro de Formação Profissional Gerson Dias

Curso Técnico em Eletrotécnica

INSTALAÇÕES
ELÉTRICA INDUSTRIAIS

PEDRO LEOPOLDO

Curso Técnico em Eletrotécnica 1


Instalações Elétricas Industriais
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Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação e Tecnologia


Edmar Fernando de Alcântara

Unidade Operacional

CFP GERSON DIAS

Curso Técnico em Eletrotécnica 2


Instalações Elétricas Industriais
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Sumário
CONCEITUAÇÃO DE PARÂMETROS DE PROJETO..........................................6
Normas Recomendadas.......................................................................................6
Condições de Fornecimento de Energia Elétrica..............................................6
Características das Cargas R. Projetista ..........................................................6
Concepção do Projeto ........................................................................................6
SISTEMA PRIMÁRIO DE SUPRIMENTO ............................................................7

Sistema radial simples........................................................................................7

Sistema radial com recurso ..............................................................................7


SISTEMA PRIMÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA ........................................8

Sistema radial simples.......................................................................................8

Sistema radial com recurso...............................................................................8


SISTEMA PRIMÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO..........................................................9
CLASSIFICAÇÃO DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS .........................................9

Altitude................................................................................................................9

Presença de água..............................................................................................10

Presença de corpos sólidos.............................................................................10

Presença de substâncias corrosivas ou poluentes......................................10


Vibrações ( conexões )................................................................................................10

Radiações solares ( ultra violeta – mat. Plásticos )..................................................10


Raios ( sobretensão )...................................................................................................10
Resistência elétrica do corpo humano ( umidade, presença de água no corpo ).10

Contato das pessoas com potencial de terra................................................11

Classificação de outros tipos de ambientes que serão apenas citados....11


CURVAS DE CARGA E DEMANDA ................................................................11

Considerações gerais.....................................................................................11

Fator de Demanda..........................................................................................11

Fator de carga................................................................................................12
Tarifa de energia elétrica..............................................................................12
Cálculo da fatura de energia elétrica ( fora de ponta )..............................13
Preço médio pago pela energia elétrica consumida................................13

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TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA.....................................................13


Principais Definições................................................................................13
Tarifação Convencional............................................................................14
Tarifação Horo-sazonal Azul....................................................................14
Tarifação Horo-sazonal Verde..................................................................14
Tarifação Monômia....................................................................................14
CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO NOS SISTEMAS TARIFÁRIOS.15
Sistema Convencional...............................................................................15
Sistema Azul...............................................................................................15
Sistema Verde............................................................................................15
Sistema Monômio......................................................................................16
REENQUADRAMENTOS OPCIONAIS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÉTRICA...................................................................................................16
Sistema Azul..............................................................................................16
Sistema Verde...........................................................................................16
FATOR DE POTÊNCIA..............................................................................17

O que é fator de potência.........................................................................17


Por que controlar o fator de potência.....................................................17
Causas do baixo fator de potência..........................................................18
Como é calculada a multa por baixo fator de potência.........................19
Cálculo da multa para consumidores Horo-sazonais Azul ( A )...........19
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES................................................21
Introdução..................................................................................................21
Fatores básicos para dimensionamento.................................................21
Tipos de cabos..........................................................................................21
Sistema monofásico a dois condutores ( F – N )...................................21
Sistemas trifásicos três condutores.......................................................23
Sistema trifásico a cinco condutores.....................................................23
SISTEMA DE ATERRAMENTO.................................................................23
Aterramento funcional TN-S....................................................................23
Aterramento funcional TN-C....................................................................24
Aterramento Funcional TT.......................................................................25
Corrente de Defeito no Sistema TT.........................................................25
CRITÉRIOS BÁSICOS PARA DIVISÃO DE CIRCUITOS.........................26
Norma 5410...............................................................................................26
Critérios para dimensionamento da seção mínima do condutor Fase26
Sistema bifásico simétrico a três fios....................................................27
Circuito trifásico a quatro fios desequilibrado.....................................28
Circuitos terminais para ligação de motores........................................29
Circuitos terminais para ligação de capacitores..................................29
CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO.....................................29
Queda de tensão em sistema monofásico ( FN ).................................29
Sistema trifásico ( 3F ou 3F e N )..........................................................30
Critério da capacidade de corrente de curto circuito.........................31
Circuito desequilibrado polifásico.......................................................32
Determinação do condutor de proteção do circuito..........................32
DIMENSIONAMENTO DE DUTOS.........................................................33
Eletrodutos............................................................................................34
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ATERRAMENTO..................................................................................35
Tensão de contato ou toque........................................................................35
Aterramento dos equipamentos..................................................................35
Resistividade do solo....................................................................................36
Método de medição de Wenner....................................................................36
Fatores que influencia a resistividade.........................................................37
Composição química.....................................................................................37
Umidade..........................................................................................................37
Temperatura...................................................................................................37
Resistência aparente do solo.......................................................................37
PARA RAIOS........................................................................................37
PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICA......................37
Método Flanklin............................................................................................ 37
Método de Faraday.......................................................................................38
Método Eletrogeométrico............................................................................39
SUBESTAÇÕES..................................................................................42
Subestação central de transmissão...........................................................42
Subestação Receptora de Transmissão....................................................42
Subestação de sub transmissão................................................................42
Subestação de Consumidor.......................................................................42
Tipos de subestações.................................................................................42
Subestação de instalação interior.............................................................42
HARMÔNICAS....................................................................................43
O que são harmônicas......................................................................43
Quem causa as distorções harmônicas.........................................43
Consequências de altos níveis de distorções harmônicas..........44
Como as harmônicas podem ser eliminadas................................45
CURTO CIRCUITOS NAS INSTALAÇÕES......................................45
Tipos de Curtos................................................................................47
Formulação Matemática das correntes de Curto Circuito...........48
ANEXOS ...........................................................................................52

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CONCEITUAÇÃO DE PARÂMETROS DE PROJETO

Normas Recomendadas
ABNT
COELCE – Companhia Energética do Ceará
NEC – National Electrical Code

Condições de Fornecimento de Energia Elétrica

Garantia de suprimento da carga, dentro de condições satisfatória;


Variação da tensão de suprimento
Tensão de fornecimento
Tipo de sistema de suprimento: radial ou radial com recursos;
Capacidade de curto-circuito atual e futura do sistema
Impedância reduzida no ponto de suprimento

Características das Cargas R. Projetista

Motores
potência
tensão
Corrente
Freqüência
nº polos
nº de fases
ligações possíveis
regime de funcionamento

Concepção do Projeto

Divisão da carga em blocos


Localização dos quadros de distribuição de circuitos terminais
Localização do quadro de distribuição geral
Localização da subestação

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Sistema primário de suprimento

Sistema radial simples

Sistema radial com recurso

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Sistema primário de distribuição Interna

Sistema radial simples

Sistema radial com recurso

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Sistema primário de distribuição

Classificação das influências externas

Temperatura ambiente
Todo material elétrico , principalmente os condutores sofrem grandes influências no seu
demensionamento em função da temperatura a que são submetidos . Consideraremos a
temperatura ambiente, sem levar em conta a contribuição térmica do componente em
questão.

Classificação
AA1 – Frigorífico - 60 0C a + 5 0C
AA2 – Muito frio - 40 0C a + 5 0C
AA3 – Frio - 25 0C a + 5 0C
AA4 – Temperado - 5 0C a + 40 0C
AA5 – Quente + 5 0C a + 40 0C
AA6 – muito quente + 5 0C a + 60 0C

Altitude

Altitude acima de 1.000 m é prejudicial a alguns componentes elétricos, tais como


motores e transformadores, merecem considerações especiais no seu dimensionamento.

Classificação NBR 5410 / 97


AC1 – Baixa ≤ 2.000 m
AC2 – Alta > 2.000 m

Presença de água

Classificação
AD1 – a probabilidade de presença de água é desprezível
AD2 – possibilidade de queda vertical de água
AD3 – possibilidade de chuva caindo em uma direção em ângulo de 60 0c com a vertical
AD4 – possibilidade de projeção de água em qualquer direção
AD5 – possibilidade de jatos de água sob pressão em qualquer direção
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AD6 – possibilidade de ondas de água


AD7 – possibilidade de recobrimento intermitente, parcial ou total de água
AD8 – possibilidade de total recobrimento por água de modo permanente

Presença de corpos sólidos

Classificação
AE1 – não existe nenhuma quantidade apreciável de poeira ou de corpos estranhos
AE2 – presença de corpos sólidos cuja menor dimensão é igual ou superior a 2,5 m
AE3 – presença de corpos sólidos cuja menor dimensão é igual ou inferior a 1 mm
AE4 – presença de poeira em quantidade apreciável

Presença de substâncias corrosivas ou poluentes

Classificação
AF1 – a quantidade ou natureza dos aspectos corrosivos ou poluentes não é significativa
AF2 – presença significativa de agentes corrosivos ou poluentes da origem atmosférica
AF3 – ações intermitentes ou acidentais de produtos químicos corrosivos ou poluentes
AF4 – ação permanente de produtos químicos corrosivos ou poluentes em quantidade
significativa

Vibrações ( conexões )

Classificação
AH1 – fracas, vibrações desprezíveis
AH2 – médias, vibrações com frequência entre 10 e 150 Hz e amplitude igual ou superior
a 0,35mm

Radiações solares ( ultra violeta – mat. Plásticos )

Classificação
AN1 – desprezível
AN2 – radiação solar de intensidade e/ou duração prejudicial
Raios ( sobretensão )

Classificação
AQ1 – desprezível
AQ2 – indiretos, riscos provenientes da rede de alimentação
AQ3 – diretos, riscos provenientes de exposição dos equipamentos

Resistência elétrica do corpo humano ( umidade, presença de água no corpo )

Classificação
BB1 – elevada, condições de pele seca
BB2 – normal, condições de pele úmida ( suor )
BB3 – fraca, condições de pés molhados
BB4 – muito fraca, condição do corpo imerso, como em piscinas e banheiros

Contato das pessoas com potencial de terra

Classificação
BC1 – nulos, pessoas em locais não condutores
BC2 – fracos, pessoas que não corram risco de entrar em contato sob condiçòes
habituais com elementos condutores que não estejam sobre superfícies condutoras

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BC3 – frequentes, pessoas em contato com elementos condutores ou se locomovendo


sobre superfícies condutoras
BC4 – contínuo, pessoas em contato permanente com paredes metálicas cujas
possibilidades de interromper os contatos são limitadas

A norma estabelece a classificação de outros tipos de ambientes que serão apenas


citados
Presença de flora e mofo
Choques mecânicos
Presença de fauna
Influencias eletromagnéticas, eletrostática ou ionizantes
Condições de fuga das pessoas em emergência
Natureza das matérias processadas ou armazenadas
Materias de construção e estruturas de Prédios

Obs.: Os projetistas devem considerar no desenvolvimento de sua planta todas as


características referentes ao ambiente, tomando as providências necessárias para tornar
o projeto perfeitamente correto quanto à segurança do patrimônio e das pessoas
qualificadas ou não para serviços de eletricidade.

Curvas de carga e demanda

Considerações gerais

A determinação do ponto correto da curva de carga só é possível após a operação da


planta .
Com o ajuste correto do valor demanda o empresário consegue economizar no valor final
do faturamento de energia, otimizando o custo operacional da empresa .

Fator de Demanda

É a relação entre a demanda máxima do sistema e a carga total conectada a ele, durante
um intervalo de tempo considerado

Dmáx = demanda máxima da instalação em KW ou kVA


Pmst = Potência da carga conectada em KW ou KVA

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Demanda
Pinst = 750 kw
Cons. 6.912 KWh
Demanda máxima
600
500
400 Demanda média
KW

300 Demanda
200
100 Demanda
mínima
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
Horas

Está bom? Ou está Ruim?

Fator de carga

É a razão entre a demanda média durante um determinado intervalo de tempo e a


demanda máxima registrada no mesmo período . Mede o grau no qual a demanda
máxima foi mantida durante um intervalo de tempo considerado , ou ainda mostra se a
energia está sendo utilizada de forma racional .

Controle diário Controle mensal

Tarifa de energia elétrica

TC = tarifa de consumo de energia elétrica R$ / kwh


TC = tarifa de consumo de energia elétrica R$ / kwh

Cálculo da fatura de energia elétrica ( fora de ponta )


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Preço médio pago pela energia elétrica consumida

TC = 0,05185 / KWh
TD = 5,84 / KW
Consumo = 100.000 KWh
Dmáx = 330 KW

Calcule
FCm
Fa .
Pmed

Otimização da fatura ( exercício )

TARIFAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Principais Definições.

Horário de Ponta: corresponde ao intervalo de 3 horas consecutivas (a ser definido por


cada concessionária local), compreendido entre às 17 e 22 horas, de segunda à sexta-
feira (excluindo-se, portanto, os sabados e domingos). Em Santa Catarina, a CELESC -
Centrais Elétricas de Santa Catarina SA, definiu este intervalo como o período diario
compreendido entre as 18h30 e 21h30.

Horário Fora de Ponta: corresponde às horas complementares às relativas ao horário de


ponta, acrescido do total das horas dos sábados e domingos.

Período Seco: compreende o intervalo situado entre os fornecimentos abrangidos pelos


meses de maio a novembro de cada ano (sete meses do ano).

Período Úmido: compreende o intervalo situado entre os fornecimentos abrangidos pelos


meses de dezembro de um ano a abril do ano seguinte (cinco meses do ano).
Tarifas de Ultrapassagem: são as tarifas aplicadas à parcela da demanda medida que
superar o valor da demanda contratada, no caso de Tarifas Horo-sazonais, respeitados
os respectivos limites de tolerância.

Modulação: corresponde a redução percentual do valor de demanda no horário de ponta


em relação ao horário fora de ponta.

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Consumidor do Grupo A: são aqueles atendidos em tensão de fornecimento igual ou


superior a 2,3 KV ou ligados em baixa tensão em sistema de distribuição subterrâneo
mas considerados, para efeito de faturamento, como de alta tensão. . Nesta categoria, os
consumidores pagam pelo consumo, pela demanda e por baixo fator de potência em três
tipos de tarifação: convencional, horo-sazonal azul e horo-sazonal verde

Consumidor do Grupo B: são os demais consumidores. Nesta categoria, os


consumidores pagam apenas pelo consumo medido.

Observação : Os consumidores enquadrados como Monômios pagam tarifas do Grupo B,


conforme a utilização da energia (comercial, residencial, industrial, etc).

Tolerância de ultrapassagem de demanda: é uma tolerância dada aos consumidores das


tarifas horo-sazonais para fins de faturamento de ultrapassagem de demanda. Esta
tolerância é de:

Ø 5% para os consumidores atendidos em tensão igual ou superior a 69 KV.


Ø 10% para os consumidores atendidos em tensão inferior a 69 KV (a grande
maioria), e demanda contratada superior a 100 kW.
Ø 20% para os consumidores atendidos em tensão inferior a 69 KV, e demanda
contratada de 50 a 100 kW.

Tarifação Convencional.

Na tarifação convencional, o consumidor paga à concessionária até três parcelas:


consumo, demanda e ajuste de fator de potência. O faturamento do consumo é igual ao
de nossas casas, sem a divisão do dia em horário de ponta e fora de ponta. Acumula-se
o total de kWh consumidos, e aplica-se uma tarifa de consumo para chegar-se à parcela
de faturamento de consumo.

Tarifação Horo-sazonal Azul.

Na tarifação horo-sazonal, conforme visto, os dias são divididos em períodos fora de


ponta e de ponta, para faturamento de demanda, e em horário capacitivo e o restante,
para faturamento de fator de potência. Além disto, o ano é dividido em um período seco e
outro período úmido.

Tarifação Horo-sazonal Verde.

Na tarifação horo-sazonal verde, o consumidor contrata apenas dois valores de


demanda, um para o período úmido e outro para o período seco. Não existe contrato
diferenciado de demanda no horário de ponta, como na tarifa azul.

Tarifação Monômia.

Na tarifação monômia, o consumidor paga à concessionária até duas parcelas: consumo


e ajuste de fator de potência. O faturamento do consumo é igual ao de nossas casas
(Grupo B), sem a divisão do dia em horário de ponta e fora de ponta.

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Critérios para enquadramento nos Sistemas Tarifários.

Sistema Convencional :

Pode ser aplicada a todas as unidades consumidoras do Grupo A atendidas em tensão


inferior a 69 KV e que não apresentem demanda igual o superior a 500 KW. Este Sistema
será aplicado compulsóriamente sempre que a CELESC tiver que efetuar investimentos
no Sistema Elétrico para energizar a carga da unidade consumidora, ou quando esta
requerer acréscimos de carga, o que implica em afirmar que na ligação de novas
unidades consumidoras elas serão automáticamente enquadradas neste Sistema. Não
será necessário formalizar um Contrato de Fornecimento.

Sistema Azul :

Pode ser aplicada a todas as unidades consumidoras do Grupo A de duas formas :

Aplicação Opcional, ou seja, a pedido da unidade consumidora : Aplicada• as unidades


consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 KV e que contratem demandas entre 50
KW e 500 KW.

Aplicação compulsória : Serão automáticamente aplicadas as unidades consumidoras


atendidas em tensão igual ou superior a 69 KV e, inferior a 69 KV se for contratada
demanda igual ou superior a 500 KV ou que apresentarem nos ultimos 11 meses, 3 ou
mais registros no histórico de medidas de demanda igual ou superior a 500 KW.

Sistema Verde :

Será sempre aplicada de forma opcional, desde que a unidade consumidora seja
atendida em tensão inferior a 69 KV e contrate uma demanda mínima de 50 KW. A
unidade consumidora deverá ter apresentado nos ultimos 11 meses, no mínimo, 3
registros no histórico de medidas de demanda igual ou superior a 50 KW.

Sistema Monômio :

Será sempre aplica(a de forma opcional, desde que a unidade consumidora seja atendida
em tensão inferior a 69 KV e que preencha uma das seguintes condições :

a) Independente da potencia transformadora, que ela esteja localizada em área de


verâneio ou de turismo em que sejam explorados serviços de alojamento e alimentação;
b) Independente da potência transformadora, que ela seja utilizada basicamente para a
prática de atividades esportivas onde a carga correspondente a iluminação dos locais de
competição corresponda a no mínimo 2/3 do total da carga instalada da unidade
consumidora;
c) Para qualquer consumidor do Grupo A cuja potência transformadora seja no máximo
igual a 75 KVA.

Observação : O início da aplicação dos enquadramentos nos Sistema Horo-sazonais, por


opção ou conpulsoriamente, ocorrerá dentro de no máximo 120 dias a contar da data de
aprovação do pedido por parte da concessionária (que deverá ocorrer dentro de no
máximo 30 dias) após o pedido formal da unidade consumidora, para que a
concessionária providencie a instalação do novo Sistema de medição. Deve ser levado
ainda em consideração, que a medição horo-sazonal deverá ficar em cabine abrigada,
portanto, é possivel que seja necessário que a unidade consumidora previamente elabore
um novo Projeto Elétrico da sua instalação (normalmente as unidades consumidoras
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enquadradas no Sistema Convencional tem a sua medição abrigada em muretas),


submeta-o a aprovação da concessionária e o execute.

Reenquadramentos opcionais de fornecimento de energia elétrica.

Para a celebração opcional de um novo Contrato de Fornecimento junto a


concessionária, a unidade consumidora deve obedecer os seguintes critérios :

Sistema Azul :

Ø A demanda contratada para o seguimento fora de ponta para os períodos seco e


umido não pode ser inferior a 50 KW e deve ser superior a demanda contratada
para o seguimento de ponta do mesmo período;
Ø As demandas contratadas para os seguimentos de ponta e de fora de ponta do
período umido devem ser maiores que as contratadas para o período seco;
Ø As unidades consumidoras rurais não poderão contratar demandas superiores a
maior registrada nos 12 ultimos meses, a não ser que tenha havido préviamente a
liberação do Pedido de Acréscimo de Carga junto a concessionária;

Sistema Verde :

Ø A demanda contratada para o período seco e umido não pode ser inferior a 50
KW;
Ø As unidades consumidoras rurais não poderão contratar demandas superiores a
maior registrada nos 12 ultimos meses, a não ser que tenha havido préviamente a
liberação do Pedido de Acréscimo de Carga junto a concessionária;

Exemplo : Suponhamos que uma empresa apresente as seguintes condições para definir
o seu enquadramento no sistema de readequação tarifária :

Demanda máxima de ponta --------------------- = 85 KW


Demanda máxima fora de ponta --------------- =185 KW
Consumo total na ponta -------------------------- = 5610 KWh
Consumo total fora de ponta -------------------- = 43120 KWh
Consumo total da unidade ----------------------- = 48730 KWh

Valores das Tarifas


Convencional Verde
TC = R$ 0,08379 TD = R$ 5,03
TD = R$ 5,73000 Horário de Ponta
Azul TC = R$ 0,44884
Horário de Ponta Horário de Fora de Ponta
TC = R$ 0,09919 TC = R$ 0,04717
TD = R$ 15,12000 Monômio
Horário de Fora de Ponta TC = R$ 0,15206
TC = R$ 0,04717
TD = R$ 5,30000

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Fator de Potência

O que é fator de potência

É o cosseno do ângulo formado entre a potência ativa e a potência aparente

Fp = P. Ativa / P. Aparente ( total )

Energia Ativa = é a energia que realiza trabalho propriamento dito, gerando calor,
iluminação movimento, etc .

Energia Reativa = energia que que manterá o campo magnético


A energia reativa pode ser capacitiva ou indutiva

Aparente = soma vetorial da energia ativa e reativa.

Por que controlar o fator de potência?

A Portaria nº 1569/93 do DNAEE estabeleceu, em linhas gerais, que os consumidores do


Grupo A deverão manter o fator de potência das suas instalações acima de 0,92 indutivo,
durante os horários de ponta e de fora de ponta indutivo, e acima de 0,92 capacitivo,
durante o horário capacitivo.

O fator de potência é monitorado pela concessionária, logo, é necessário controla-lo


continuamente de modo a evitar a cobrança de multa por Reativo Excedente ou por baixo
fator de potência, que poderá assumir valores relevantes frente ao custo total da Fatura
de energia elétrica da instalação. (Ver página "Multa por Baixo Fator de Potência")

Afora a incidência da multa, o baixo fator de potência causa sérios problemas às


instalações elétricas, tanto do consumidor quanto da concessionária, como:

a) Sobrecargas nos cabos e transformadores;


b) Crescimento da queda de tensão;
c) Redução do nível de iluminamento;
d) Perdas de energia.
e) Diminuição da vida útil dos equipamentos,
f) Riscos de queima de equipamentos por problemas de isolamentos elétricos, etc.
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Causas do baixo fator de potência.

Diversas são as cargas que provocam o baixo fator de potência de uma instalação
elétrica, como :

a) Motores de indução,
b) Lâmpadas fluorescentes,
c) Retificadores e equipamentos eletrônicos,
d) Ar condicionados, etc

De uma maneira geral qualquer equipamento elétrico que possua enrolamento, exige
energia reativa para funcionar. Esta energia reativa, exigida pela carga, se for elevada
frente a energia ativa por ela exigida provoca, como vimos, o baixo fator de potência da
carga, ou seja, um alto ângulo na impedância equivalente da carga que, em última
análise, nada mais é do que o aumento da defasagem (ângulo de fase) entre a tensão
aplicada a carga e a corrente circulante nela.
Ou de outra maneira, uma determinada carga que consuma uma energia ativa fixa e que
tenha o consumo da energia reativa elevada face as condições operacionais a que está
submetida, terá, evidentemente, uma elevação na sua potência aparente, o que
provocará um aumento no módulo da corrente circulante que a alimenta provocando
perda R.I² de energia.

Por exemplo, no caso de motores, o fator de potência diminui com a redução da carga
mais rapidamente que o seu rendimento. Na figura abaixo, observamos isto claramente,
pois embora o rendimento não sofra grandes quedas quando a carga cai de 100% para
60%, por exemplo, verifica-se que o mesmo não ocorre com o fator de potência. Em
muitas aplicações de regime intermitente, a potência nominal do motor (100% da carga) é
exigida durante curtos períodos (5% a 20%) de tempo e o restante do tempo (95% a
80%) o motor trabalha sem carga, ou seja, fica ligado a vazio onde o fator de potência é
significativamente baixo.

Em outras aplicações é necessário uma potência nominal grande devido a inércia do


sistema de partida e, após a partida, o motor fica operando com apenas 30% da sua
capacidade em regime constante, ou seja, na zona de baixo fator de potência.
Assim, observa-se que o uso dos motores merecem criteriosos estudos, pois implicam
em grandes desperdícios de energia e baixo fator de potência, principalmente, em
decorrência de super-dimensionamentos e prolongados trabalhos em vazio. Por isto é
necessário que as empresas revizem a capacidade de seus motores e corrijam o fator de
potência através de bancos de capacitores, afim de evitarem as pesadas multas
cobradas pelas concessionárias.

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Como é calculada a multa por baixo fator de potência.


O valor da multa é significativA, como veremos, e será tanto maior quanto mais
baixo for o fator de potência da instalação.
A multa é decorrente de duas parcelas. A primeira parcela refere-se ao
Faturamento de Demanda de Reativo Excedente (FDR) que é calculada pela
expressão :

FDR = ( (KWm x 0,92) / Fp) - KWf ) x tarifa de demanda

onde:
KWm = demanda medida em KW no período,
KWf = demanda faturada em KW no período, e
Fp = fator de potência do período.

Fórmula 5

A segunda parcela refere-se ao Faturamento de Energia de Reativo Excedente ( FER )


que é calculada pela expressão :

FER = KWhm x ( ( 0,92 / Fp) - 1) x tarifa de consumo

onde:
KWhm = consumo medido em KWh no período,
Fp = fator de potência do período.

Fórmula 6

Cálculo da multa para consumidores Horo-sazonais Azul ( A ).

Suponha uma instalação elétrica que tenha apresentado ao fim do período de um


ciclo de faturamento (medição mensal) os seguintes valores medidos :

Na ponta :
KWhm = 1009 KWh, e
KQh = 1492 KQh.
KWm = 36 KW,
KWf = 36 KW,
Fp = 66,65 %, portanto abaixo de 92 %

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Fora de ponta :
KWhm = 9077 KWh, e

KQh = 13432 KQh.


KWm = 89 KW,
KWf = 89 KW,
Fp = 66,65 %, portanto abaixo de 92 %
b) O custo da Fatura de energia elétrica será (Ver página "Sistemas Tarifários") :
Fatura = consumo na ponta x tarifa do consumo na ponta + consumo fora de
ponta x tarifa do consumo fora de ponta +
demanda faturada na ponta x tarifa da demanda na ponta + demanda
faturada fora da ponta x tarifa da

demanda fora da ponta


Fatura = 1009 x 0,09919 + 9077 x 0,04717 + 36 x 15,12000 + 89 x 5,03000
Fatura = R$ 1.520,23
c) O valor da multa, dado o valor abaixo de 92 % do fator de potência, pelas
fórmulas 5 e 6 será :
Na ponta :
FER = 1009 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,09919
FER = R$ 38,07
FDR = ( (36 x 0,92 / 0,6665) - 36) x 15,12000
FDR = R$ 207,03
Fora de ponta :
FER = 9077 x ( (0,92 / 0,6665) - 1 ) x 0,04717
FER = R$ 162,85
FDR = ( (89 x 0,92 / 0,6665) - 89) x 5,03000
FDR = R$ 170,27
Logo, a multa será :

Multa = FDR de ponta + FDR fora de ponta + FER de ponta + FER fora de ponta
Multa = R$ 578,22
d) Assim, esta unidade consumidora pagará a concessionária:

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_______________________________________________

Consumo................ = R$ 1.520,23
Reativo Excedente...... = R$ 578,22

ou seja, um total de R$ 2.098,45. Observe que a multa por baixo fator de potência
representará 27,55% do valor total da Fatura de energia elétrica da instalação. Ou
seja, a unidade consumidora pagará a concessionária algo que pode ser evitado e
que ainda poderá lhe acarretar os problemas enumerados na página "Noções
sobre Fator de Potência".

DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES

Introdução

O dimensionamento de um condutor deve ser precedido de uma análise detalhada das


condições de sua instalação e da carga e ser suprida . Um condutor mal dimensionado,
além de implicar a operação inadequadra da carga, representa um elevado risco de
incêndio para o patrimônio .

Fatores básicos para dimensionamento

Tensão nominal;
Frequência nominal
Potência ou corrente da carga a ser suprida
Fator de potência da carga
Tipo de sistema, monofásico, bifásico, trifásico
Método de instalação dos condutores
Tipos de carga, iluminação, motores, capacitores
Distância da carga ao ponto de suprimento
Corrente de curto-circuito
Obs.:Dimensionar proteções adequadas para não haver sobrecargas que afetam sua
isolação

Qual o condutor mais utilizado, cobre ou alumínio?


Porque?

Tipos de cabos

Dados Construtivos:
(1) Condutor: fios de cobre eletrolítico nu, têmpera mole,
classe 4.
(2) Isolação: composto de cloreto de polivinila (PVC/A),
70 °C.
(3) Cobertura: composto de cloreto de polvinila
(PVC/ST5), 70 °C, na cor preta

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Dados Construtivos:
(1) condutor: fios de cobre eletrolítico nu, têmpera mole, classe 4 o
(2) Isolação: composto termofixo EPR/B 90ºC.
(3) Cobertura: composto de cloreto de polivinila (PVC/ST2).

Dados Construtivos:
(1) Condutor:
formado por fios de cobre eletrolítico, nu, têmpera mole, encordoa
classe 2, compactado.
(2) Bildagem do condutor:
composto termofixo semiconduto.
(3) Isolação:
termofixo à base de Polietileno Reticulado (XLPE) 90°C.
(4) Blindagem da isolação:
composto termofixo semicondutor, destacável à frio.
(5) Blindagem metálica:
fios de cobre nu, têmpera mole, aplicados helicoidalmente.
(6) Fita separadora:
poliester.
(7) Cobertura:
composto de Cloreto de polivinila (PVC/ST2), na cor preta.

Sistema monofásico a dois condutores ( F – N )

Sistema monofásico a três condutores ( FF – N )

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_______________________________________________

Sistemas trifásicos três condutores

Sistema trifásico a cinco condutores

Sistema de Aterramento

Qual a diferença ?
Neutro
Terra
Massa

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_______________________________________________

Aterramento funcional TN-S

Nesse sistema o neutro é aterrado logo na entrada e a partir daí levado até a carga. Um
outro condutor, identificado por PE é utilizado como condutor terra e é ligado à mesma
haste

Aterramento funcional TN-C

Nesse sistema o fio terra e o neutro são o mesmo condutor identificado por PEN, devido
a essa característica esse sistema não é indicado.

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Aterramento Funcional TT

Essa é a configuração mais eficiente para realizar o aterramento. O neutro é aterrado


logo na entrada do circuito e segue até a carga.

Corrente de Defeito no Sistema TT

CCM
Rc A
Rc B
R1
R1
X1
X1

N
R1
X1
Rc C Vc

Vn
Rn Rinf

Sistema TT

Fórmula

Calcular a tensão de contato a que fica submetido um indivíduo, sabendo-se que a


tensão entre fases é de 380V e que a resistência de aterramento no ponto de
alimentação é de 15 ohms .Não há resistor de aterramento inserido entre o neutro e a
malha de terra. A resistência de aterramento das massas é de 3 ohms . observar o
esquema da figura anterior .
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_______________________________________________

CRITÉRIOS BÁSICOS PARA DIVISÃO DE CIRCUITOS

Norma 5410

a) Toda instalação deve ser dividida, de acordo com as necessidades, em vários


circuitos, a fim de:
ü Evitar qualquer perigo e limitar as conseqüências de uma falta;
ü Facilitar as verificações e os ensaios;
ü Evitar os inconvenientes que possam resultar de um circuito único, tal como um
só circuito de iluminação
b) cada circuito deve ser dividido de forma a poder ser associado sem risco de
realimentação inadivertida através de outro circuito .

c) Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de


utilização que alimentam .
Devem ser previstos circuitos individuais para iluminação e tomadas de corrente. A
alimentação de motores deve ser feita através de um circuito individualizado .

d) em unidades residenciais e acomodações ( quartos ou apartamentos ) de hotéis,


motéis e similares, admite-se, em caráter excepcional a inclusão de tomadas de corrente
e pontos de iluminação num mesmo circuito terminal.
Obs.: Tomadas de corrente de cozinhas, copa, copas cozinhas e áreas de serviço,
devem constituir um ou mais circuitos terminais independentes .

e) em unidades residenciais e acomodações ( quartos ou apartamentos ) de hotéis,


motéis e similares, devem ser previstos circuitos independentes para equipamentos com
corrente nominal superior a 10ª .

f) nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas
entre as fases de modo a obter-se o maior equilíbrio possível .

g) Devem ser previstos circuitos distintos para partes da alimentação que devem ser
comandadas separadamente ( por exemplo, circuito de segurança e de outros serviços
essenciais ), de forma que esses circuitos não sejam afetados pela falha de outros
circuitos .

Critérios para dimensionamento da seção mínima do condutor Fase

A seção mínima dos condutores elétricos deve satisfazer, simultaneamente, aos três
critérios seguintes:
ü Capacidade de condução de corrente, ou simplesmente ampacidade:
ü Limite de queda de tensão;
ü Capacidade de condução de corrente de curto-circuito por tempo limitado

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_______________________________________________

Sistema bifásico simétrico a três fios

Dc = Demanda de carga ( W )
Vfn = Tensão fase neutro ( V )
Cosø = Fator de potência da carga

Determinar a seção dos condutores de fase do circuito bifásico mostrado na figura


acima, sabendo-se que serão utilizados cabos unipolares, isolação de XLPE, dispostos
em eletroduto embutido em alvenaria

Iab = 2500 / (380 x 0,80) = 8,2 A

Ian = 3000 / ( 220 x 0,90 ) = 15,1 A

Ibn = 800 / ( 220 x 0,70 ) + 600 / 220 x 0,60 ) = 9,7 A

Ia = Iab + Ian = 8,2 + 15,1 = 23,3 A

A fase mais carregada é a A, por isso escolheremos esta fase para especificarmos os
condutores :
Sa = Sb = 3# 2,5mm2 ( tabela 3.5 – coluna B1! para três condutores carregados –
justificada pela tabela 3.2, método de instalação 7 .

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_______________________________________________

Circuito trifásico a quatro fios desequilibrado

Vff = tensão entre fases


Pcar = potência ativa demandada da carga em W

Ian = 600 / ( 220 x 0,80 ) + 1000 / ( 220 x 0,70 ) = 9,9 A

Ibn = 1500 / ( 220 x 0,60 ) = 11,3 A

Icn = 1200 / ( 220 x 0,80 ) = 6,8 A

Iabc = 5000 / V3 x 380 x 0,90 = 8,4 A

Ian, Ibn, Icn – correntes correspondentes às cargas monofásicas, respectivamente ligadas a


fases A, B ,C e o neutro N .

Considerando a corrente da fase de maior carga tem-se :

Ib = Ibn + Iab = 11,3 + 8,4 = 19,7 A

Condutor 3# 2,5A ( tabela 3.4 – coluna B1 para 3 condutores carregados justificada pela
tabela 3.2 método de instalação 3: condutores isolados ou cabos unipolares em
eletroduto aparente e de seção circular sobre parede ou espaçado da mesma ) .

Circuitos terminais para ligação de motores

Após o conhecimento das corrente de carga dos motores e o método de referência de


instalação dos cabos segundo a forma mais conveniente para o local de trabalho, devem-
se aplicar as instruções seguintes para determinar a seção transversal dos condutores :

a) Instalação de motores

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_______________________________________________

A capacidade mínima de corrente do condutor deve ser igual valor da corrente nominal
multiplicado pelo fator de serviço correspondente, se houver :

Ic = Fs x Inm ( A )

b) Instalação de um agrupamento de motores


A capacidade mínima de corrente do condutor deve ser igual à soma das correntes de
carga de todos os motores, considerando-se os respectivos fatores de serviço :
Ic = Fs1 x Inm1 + Fs2 x Inm2 .....Fsn x Inmn ( A )
Determinar a seção dos condutores isolados em PVC que alimentam um CCM que
controla Três motores de 40CV e quatro motores de 15 CV, todos de IV pólos ligado na
tensão de 380V e com fatores de serviço unitários, condutores estão dispostos em
eletrodutos no interior de canaleta fechada .

Ic = 3 x 56,6 + 4 x 26 = 273,8 A - condutor 150mm2

Circuitos terminais para ligação de capacitores

A capacidade mínima de corrente do condutor deve ser igual a 135% do valor de corrente
nominal do capacitor ou banco de capacitores .
Ic = 3,35 x Inc

Calcular a seção de condutores instalados em eletrodutos aparente para alimentar um


banco de capacitores de 40 KVAr, 380 V 60Hz .

Inc = Pnc = 60,7 A


V3 x Vff

Ic = 1,35 x 60,7 = 81,9 A

CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO

Após o dimensionamento da seção pela capacidade de corrente, é necessário saber se


esta compatível com a queda de tensão no ponto terminal do circuito de acordo com os
valores mínimos estabelecidos pela norma NBR 5410 .
Tabela 3-28 – Limites de queda de tensão
Com relação a tabela a norma estabelece:
• Nos casos B e C, as quedas de tensões nos circuitos terminais não devem ser
superior aos valores indicados em A ;
• Nos casos B e C, quando as linhas principais da instalação tiverem um
comprimento superior a 100m, as quedas de tensões poderão ser aumentadas
em 0,005% por metro, sem que no entanto esta suplementação seja superior a
0,5% .

Queda de tensão em sistema monofásico ( FN )

Sc = 200 X P X ∑ ( Lc X Ic ) ( mm2 )
________________
∆V% X Vfn

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_______________________________________________

P = Resistividade do material condutor ( cobre ) 1/56mm2/m ;


Lc = comprimento do circuito em ( m ) ;
Ic = Corrente do circuito em ( A ) ;
∆V = Queda de tensão máxima admitida em projeto ( % ) ;
Vfn = Tensão entre fase e neutro em ( V ) .

Sistema trifásico ( 3F ou 3F e N )

Neste sistema a queda de tensão até o barramento de um CCM cuja tensão nominal é de
380V vale 4% ( 0,004 X 380 = 15,2V ) . No entanto, se o fornecimento de energia da
concessionária não tem boa regulação, a tensão pode variar ao longo de um determinado
período entre -7,5% a +5%, num total de 12% ( valor oficialmente admitido pela legislação
), então a tensão do CCM de 380V poderá variar entre 351,5 A 399V .

Sc = 173,2 X P x ∑ ( Lc X Ic ) ( mm2 )
___________________
∆V% X Vff

Calcular a seção do condutor que liga o QGF ao CCM, sabendo-se que a carga é
composta de 10 motores de 10CV, Fs = 1,0 comprimento do circuito é de 150m . Adotar o
condutor isolado em PVC, instalado no interior de eletroduto de PVC, embutido em
parede de Alvenaria . queda de tensão de 3% .

Método de corrente :

Ic= 10 X 15,4 = 154 A

Sc = 3 # 70mm2 – Tabela 3.4 Método B1, coluna 7

Método queda de tensão

Sc = 173,2 X ( 1/56 ) X 150 X 154 = Sc = 62,6 mm2


--------------------------------------
3 X 380

Determinar a seção do condutor do circuito, sabendo-se que serão utilizados condutores


unipolares isolados em XLPE, dispostos no interior de canaletas ventilada construída no
piso. A queda de tensão admitida será de 4% .

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_______________________________________________

380 V
8m 10m 6m 14m 11m

I1 I2 I3 I4 I5

26,0 A

28,8 A

11,9 A

28,8 A
7,9 A
M M M M M

Método de corrente

I5 = 28,8 A
I4 = 28,8 + 11,9 = 40,7 A
I3 = 28,8 + 28,8 + 11,9 = 69,5 A
I2 = 69,5 + 26 = 95,5 A
I1 = 95,5 + 7,9 = 103,4 A
Sc = 25mm2 tabela 3.5 coluna B1 método 43

Método queda de tensão

Sc = 173,2 X ( 1/56 ) X [(7,9 x 8) + (26,6 x 18) + (28,8 x 24) + (11,9 x 38) + (28,8 x 49)]
---------------------------------------------------------------------------------------------
4 x 380

Sc = 6,27 mm2 - 3#10mm2

Critério da capacidade de corrente de curto circuito

Sc = tc x Ics
----------------------------------------------------

0,34 x log 234 + Tf


-----------
234 + Ti

Tc = Tempo de eliminação de defeito ( s )


Ics = Corrente simétrica de curto circuito em ( KA )
Tf = Temperatura de curto-circuito suportada pela isolação o condutor ( ºC )
Ti = Temperatura máxima admissível pelo condutor em regime normal de operação ( ºC )

Temperatura:
Em PVC
Tf = 160ºC e Ti = 70ºC

Em XLPE
Tf = 250ºC e Ti = 90ºC

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_______________________________________________

Usando o mesmo exemplo anterior, onde foi usado o cabo 25mm2 / XLPE . O atempo de
eliminação defeito realizado pelo fusível foi de 0,5s, para uma corrente simétrica de curto-
circuito de 4,0 KA, no extremo do circuito. Determinar a seção mínima do condutor

R = 19,9 mm2
Prevalece 25mm2

Resolver exemplo da página 127 – 3 métodos

Dimensionamento da seção mínima do condutor neutro

a) O condutor neutro, se existir, deverá possuir a mesma seção do (s) condutor(es) fase,
nos seguintes casos :
• Em circuitos monofásicos a sois e três condutores, e bifásicos a três condutores,
qualquer que seja a seção do condutor fase;
• Em circuitos trifásicos, quando a seção dos condutores fase for inferior ou igual
25mm2, em cobre;
• Em circuitos trifásicos quando for prevista a presença de harmônicas, qualquer
que seja a seção do condutor fase .

b) Nos circuitos trifásicos, a seção do condutor de neutro pode ser inferior a dos
condutores de fase sem ser inferior aos valores indicado na tabela abaixo, em função da
seção dos condutores fase, quando as duas condições seguintes forem simultaneamente
atendidas .

Pág 128 tabela 3.30


• A soma das potências absorvidas pelos equipamentos de utilização alimentados
entre cada fase e o neutro não for superior a 10% da potência total transportada
pelo circuito;
• A máxima corrente suscetível de percorrer o condutor neutro, em serviço normal,
incluindo harmônicas, for inferior à capacidade de condução de corrente
correspondente à seção reduzida do neutro .

c) Em nenhuma circunstancia o condutor neutro poderá ser comum a vários circuitos .

Circuito desequilibrado polifásico

In = { ( I2a + I2b + I2c ) – ( Ia x Ib ) – [ Ic x ( Ia + Ib ) ] }

Obs.: Para circuito equilibrado, onde as correntes de fase forem iguais, o valor de In é
nulo .

Calcular a corrente que circula no neutro de um sistema trifásico a quatro fios


alimentando cargas exclusivamente monofásicas e cujas correntes são Ia = 50 A , Ib = 70
A e Ic = 80ª .

In = (502 +702 +802) – (50 x 70) – 80 x ( 50+70 ) = 26 A

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Cabe observar no entanto que a seção do condutor neutro deve ser dimensionado em
função da corrente da fase mais carregada 80 A

No caso de circuitos polifásicos e circuitos monofásicos a três condutores, o neutro deve


ser dimensionado considerando sempre a carga da fase mais carregada, a partir da
seção de fase 25mm2. a corrente que determina o valor da seção do neutro pode ser
expressa por :

In = Dcm
----------------- ( A ) Dcm = Demanda decarga monofásica ( W )
Vfn x cosø

Numa sala destinada a escritório, as cargas distribuídas, respectivamente na fase A, B,


C, são 18.700 W , 20.640 W, e 17.740 W. Determinar a seção do condutor neutro do
circuito trifásico a quatro condutores, isolados em PVC, que alimenta o QDL . Os
condutores estão dispostos em eletroduto embutido em alvenaria e o fator de potência
considerado é de 0,90 .

In = 20640
---------------- = 104,2 A - Sn = 35 mm2
220 x 0,90

Determinação do condutor de proteção do circuito

Pode ser determinado a partir da seção do condutor fase, usar critérios estabelecidos na
tabela 3.31.

DIMENSIONAMENTO DE DUTOS

Prescrições gerais

• Todos condutores vivos ( fase e neutro ) pertencentes a um mesmo circuito


devem ser agrupados num mesmo duto ( eletroduto, calha, bandeja, etc ).
• Não se deve colocar fases diferentes e um mesmo circuito em eletrodutos de ferro
galvanizado ( dutos metálicos ) individuais. Devido à intensa magnetização
resultante, cujo valor é diretamente proporcional à corrente de carga do cabo, os
eletrodutos sofrerão em elevado aquecimento, que poderá danificar a isolação
dos condutores .
• Os eletrodutos ou calhas somente devem conter mais de um circuito na seguintes
condições simultaneamente atendidas:

ü Todos os circuitos devem se originar de um mesmo dispositivo geral de


comando e proteção, sem a interrupção de equipamentos que
transformem a corrente elétrica ;

ü As seções dos condutores devem estar dentro de um intervalo de três


valores normalizados sucessivos quando instalados no interior de
eletrodutos, calhas e blocos de alveolados . Como exemplo podemos citar
caso de cabos cujos circuitos podem ser agrupados num mesmo eletoduto
, 16,25 e 35 mm2 ;

Curso Técnico em Eletrotécnica 33


Instalações Elétricas Industriais
_______________________________________________

ü Os condutores ou cabos isolados devem ter a mesma temperatura máxima


para serviço contínuo .

Eletrodutos

A instalação de condutores em eletrodutos deve ser precedida das seguintes


considerações :

• Nos eletrodutos, só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares


ou multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante
exclusivo, quando tal condutor se destina a aterramento .
• O diâmetro externo dos eletrodutos devem ser igual ou superior a 16mm2 ;
• Não deve haver trechos contínuos ( sem interposição de caixas de derivação ou
aparelhos ) retilíneos de tubulação maiores do que 15m, nos trechos com curvas,
este espaçamento deve ser reduzido de 3m pra curva de 90º .
• Quando o ramal de eletroduto passar obrigatoriamente através de áreas
inacessíveis, impedindo assim o emprego de caixas de derivação, esta distância
pode ser aumentada desde que se proceda da seguinte forma :
ü Para cada 6m utiliza eletroduto de diâmetro imediatamente superior ao
que seria usado;
ü Em cada trecho de tubulação entre duas caixas poderá ser prevista no
máximo três curvas de 90º ;
ü Deverá ser empregadas caixas de derivação em todos os pontos de
emenda
ü A área da seção transversal interna dos eletrodutos ocupada pelos cabos
deve estar de acordo com a tabela 3.32 .

A área útil ocupável pelos condutores pode ser determinada a partir de:

St = π x [ ( De - ∆De –2 x Ep ]2 ( mm2)
----
4
De = Diâmetro externo do eletroduto ( mm )
∆De = Variação do diâmetro externo ( mm )
Ep = Espessura da parede do eletroduto ( mm )
Todas a dimensões anteriores mencionadas estão contidas na tabela 3.32

Determinar a área útil compatível de um eletroduto de PVC rígido, tamanho 60, classe B,
onde :
De = 59,4mm , ∆De = 0,4mm, Ep = 3,1mm

3,141516 x [ ( 59,4 – 0,4) – 2 X 3,1 ]2 = 0,75 X [ 59 – 6,2 ]2 = 2.189mm2


------------
4
As dimensões das seções transversais dos condutores, tanto nus como coberto com
isolação são dados na tabela 3.33, tomadas em seus valores médios .
A área ocupada pelos condutores de um circuito típico e o conseqüente tamanho nominal
do eletroduto, pode ser calculado por :

Scond = Ncf x π x D2cf + Ncn x π x D2cn + Ncp x π x D2cp


------------------ ------------------- -------------------

Curso Técnico em Eletrotécnica 34


Instalações Elétricas Industriais
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4 4 4

Scond = Seção ocupada pelos condutores ( mm2 )


Ncf = Nº de condutores fase
Ncn = Nº de condutores neutro
Ncp = Nº de condutores proteção
Dcf = Diâmetro externo dos condutores fase ( mm )
Dcn = Diâmetro externo dos condutores neutro ( mm )
Dcp = Diâmetro externo dos condutores proteção ( mm )

Determinar a área da seção transversal de um eletroduto de aço carbono, parede pesada


que contem um circuito trifásico cinco condutores ( 3F + N + PE ), de isolação em PVC,
de seção transversais respectivamente iguais a 120mm2, 70mm2 e 70mm2 .

Scond = 3 x 3,141516 x 16,52 + 1 x 3,141516 x 12,92 + + 1 x 3,141516 x 12,92


-------------------------- ---------------------------- ----------------------------
4 4 4

Scond = 902,2mm2 Pela tabela, Tubo de 2 1/2

Aterramento

Para funcionar com desempenho satisfatório e ser suficientemente segura contra risco de
acidentes fatais na alta ou baixa tensão. O aterramento tem que ser dimensionado
adeguadamente. Um sistema visa :

• Segurança da atuação da proteção;


• Proteção das instalações contra descargas atmosférica ;
• Proteção do indivíduo contra contatos com partes metálicas da instalação
energizadas acidentalmente ;
• Uniformização do potencial em toda a área do projeto, prevenido contra lesões
perigosas que possam surgir durante uma falha fase-terra .

Tensão de contato ou toque

É aquela a que esta sujeito o corpo humano quando em contato com partes metálicas (
massa ) acidentalmente energizadas .

Tensão de Passo

Quando o indivíduo se encontra no interior de uma malha de terra e através desta está
fluindo naquele instante uma determinada corrente de defeito, ele fica submetido a uma
tensão entre os dois pés .

Curso Técnico em Eletrotécnica 35


Instalações Elétricas Industriais
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Aterramento dos equipamentos

A malha terra construída sob terreno onde está implantada a subestação devem ser
ligadas as seguintes partes do sistema elétrico :
• Neutro do transformador de potência ;
• Pa-raios instalados nas extremidades do ramal de ligação ;
• Carcaça metálica dos equipamentos elétricos, transformadores ( de potência,
medição, e proteção ), disjuntores, capacitores , motores etc ;
• Suportes metálicos das chaves fusíveis e seccionadoras, isoladores de apoio,
transformadores de medição, chapas de passagem, telas de proteção, portões de
ferro, etc ;
• Estruturas dos quadros de distribuição de luz e força ;
• Estruturas metálicas em geral .

Resistividade do solo

Método de medição de Wenner


A A A

A/2

H = 20 cm
C1 P1 P2 G C2

C1 P1 G P2 C1

M edição A
C1 P1 P2 G C2
C2

C1
P1
G

Medição D
Medição B

M edição E
P2

P2

C1 P1 P2 G C2
P1

G
C1

C2

C1 P1 P2 G C2
M edição C

Para realizar a medição de resistividade por este método e obter resultados satisfatório
devem ser seguidos alguns pontos básicos :

• Os eletrodos devem ser cravados no solo a uma profundidade de 20 cm ou até


que apresentem resistência mecânica de cravação consistente, definindo uma
resistência de contato aceitável ;
• Os eletrodos devem estar sempre alinhados ;
• A distância entre os eletrodos deve ser sempre igual ;
Curso Técnico em Eletrotécnica 36
Instalações Elétricas Industriais
_______________________________________________

• Para cada espaçamento definido entre eletrodo, ajustar os potenciômetro e o


multiplicador do Megger até que o galvanômetro do aparelho indique zero, com
equipamento ligado .
• O espaçamento entre eletrodos deve variar de acordo com a tabela abaixo,
equivalendo a uma medida por ponto para cada distância considerada .

Fatores que influencia a resistividade

Composição química

É feito um tratamento químico a base de mistura de sais, que combinados entre si e na


presença de água formam o gel, que contém as seguintes características :
• Dão estabilidade química ao solo ;
• Não são corrosivos;
• Não são atacados pelos ácidos ;
• São insolúveis na presença de água ;
• Tem longa duração ( média de 5 a 6 anos ) .

Umidade

A resistividade do solo terá será alterada se a umidade do solo for inferior a 20 % .

Temperatura

Interfere quando a temperatura cai a baixo de 0 ºC

Resistência aparente do solo

Depende de dois fatores básicos


• Da resistividade aparente do solo para aquela malha de terra específica;
• Da geometria e da forma que foram adotadas no projeto da malha de terra.

Para raios

As goticulas das nuvens vão se polarizando eletricamente, como uma imensa quantidade
de pilhas, uma conectada na outra em linha, e muitas linhas lado a lado, concentrando
uma grande energia, tanto em intensidade quanto em quantidade de energia.
A energia concentrada tende a dissipar-se no seu meio, mas a nuvem está isolada pela
distância, pois está flutuando no ar. A descarga (raio) se dará no momento em que o
potencial eletrostático for suficiente para produzir um caminho ionizado para a energia
trafegar.
Isto pode acontecer com a polarização elétrica da nuvem, a terra sob a nuvem se
comporta também de maneira polarizada, porém de sinal contrário.
A polarização da terra vai acompanhando o deslocamento da nuvem, como se fosse uma
sombra.
Em algum momento, o isolamento chega ao seu limite por excesso de energia da nuvem,
melhor condutividade, ou por haver surgido um atalho, (árvore, edifício, casa, antena,
torre, para-raios, etc..) e então ocorre a descarga elétrica (raio).

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Métodos de proteção contra descargas Atmosférica

Método Flanklin

É recomendado para aplicação em estruturas muito elevadas e de pouca área horizontal,


onde se pode utilizar uma pequena quantidade de captores, o que torna o projeto
economicamente interessante .

Rp

Método de Faraday

Consiste em envolver a parte superior da construção com uma malha captora de


condutores elétricos nus cuja distância entre eles é a função do nível de proteção
desejado .
É indicado para edificações com alturas relativamente baixa utilizando muitas hastes
tornando o projeto mais oneroso .

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Método Eletrogeométrico

É empregado com muita eficiência em estruturas de grande altura. É muito empregado


na construção de subestações de potência de instalação exterior .

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18,75 37,5 18,75

20,0 20,0 20,0

27,4m
20m
40m

21,25m
10m

37,5m 18,75m

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a) Zona de proteção

Rp = Hc x Tg ø

Rp = Raio da base de cone de proteção ( m )


Hc = Alguma da extremidade do captor em ( m )
Ø = 6angulo de proteção com a vertical dado na tabela. Se houver mais de um captor,
pode-se acrescentar 10ª ao ângulo ø .

b) Nº de condutores na descida

Pco
Ncd = -------
Dco

Ncd = Nº condutores descida


Pco = Perímetro da construção ( m )
Dcd = Distância entre os condutores de descida ( tabela ) não se admite um nº descida
inferior a 2 .

c) Seção do condutor tabela 13.1

d) Resistência da malha terra. Não deve ser superior a 10ohms.

Projetar um sistema de proteção contra descarga atmosférica. A vista superior da


edificação é conforme a figura abaixo. A resistividade do solo é 100ohms, captor 35mm2 .

Método III 45º, como é mais que 2, 45 +10 = 55º

a) Zona de proteção

Rp = 102 + 18,752 = 21,25 m

Altura

Hc = 21,25 / Tg 55º = Hc = 14,87 m

Comprimento do suporte é ( considerando comprimento do mastro 3 m )

Lc = Hc -3 = 14,87 -3 = 11,87 m

Este suporte poderá ser constituído de uma torre treliçada em perfil metálico, fixando-se
a seu topo um isolador de vidro temperado ou porcelana vitrificada isolado para 10 KV .

b) Dcd = 20m tabela nível III

Pco = ( 75 x 2 ) + ( 40 x 2 ) = 230 m

Ncd = Pco / Dcd = 230 / 20 = 11,5 = 12 condutores


c) Afastamento entre condutores

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Dcd = Pco / Ncd = 20m

d) Seção do condutor

16mm2, em cabo de cobre, tabela 13.1

De acordo com a tabela 13.7 o comprimento mínimo dos eletrodos deve ser de 5m. o
comprimento de cada eletrodo é 0,50 x Lc = 0,5 x 5 = 2,5m

Subestações

Ë um conjunto de condutores, aparelhos e equipamentos destinados a modificar as


características da energia elétrica ( tensão e corrente ). Podem ser classificadas como :

a) Subestação central de transmissão

É aquela normalmente construída ao lado das usinas produtoras de energia elétrica, cuja
finalidade é elevar os níveis de tensão fornecida pelos geradores para transmitir a
potência gerada aos grandes centros de consumo .

b) Subestação Receptora de Transmissão

Construída próxima aos grandes blocos de carga e que esta conectada, através de linha
de transmissão, à subestação central de transmissão ou outra subestação receptora
intermediária

c) Subestação de sub transmissão

Construída em geral no centro de um grande bloco de carga, alimentada pela subestação


receptora e de onde se originam os alimentadores de distribuição primário, suprindo
diretamente os transformadores de distribuição e / ou as subestações de consumidor .

d) Subestação de Consumidor

Consstruída em propriedade particular, suprida através de alimentadores de distribuição


primários, originados da subestação de subtransmissão, que suprem os pontos finais de
consumo .

Tipos de subestações

Subestação de instalação interior

• Subestação de alvenaria : é mais comum em áreas industrial. ( custo reduzido )


• Subestação Modular Metálica : Destinada às industrias ou a outras edificações,
pode ser construída para uso interno ou ao tempo
• Subestação de Instalação Exterior : São aquelas que os equipamentos são
instalados ao tempo e, normalmente, os aparelhos abrigados . Podem ser
classificadas em :

ü Subestação aérea em Plano elevado ; quando os transformadores estão


fixados em torres ou plataformas, geralmente fabricadas em concreto.

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ü Subestação de Instalação ao nível do Solo : equipamento montado em


bases de contato ao nível do solo .

Harmônicas

Introdução
A qualidade da energia tem sido alvo de muito interesse e discussão e nos
últimos anos. Cada vez mais, plantas industriais tem descoberto que tem de lidar
com o problema da "energia suja". Esta é a expressão popular usada para
descrever uma grande variedade de contaminações na corrente e na tensão
elétrica.
Distorção harmônica é um tipo específico de energia suja, que é normalmente
associada com a crescente quantidade de acionamentos estáticos, fontes
chaveadas e outros dispositivos eletrônicos nas plantas industriais.

O que são harmônicas?


Tecnicamente, uma harmônica é a componente de uma onda periódica cuja
frequência é um múltiplo inteiro da frequência fundamental (no caso da energia
elétrica, de 60 Hz). A melhor maneira de explicar isto é com a ilustração abaixo.

Nesta figura, vemos duas curvas: uma onda senoidal normal, representando uma
corrente de energia "limpa", e outra onda menor, representando uma harmônica.
Esta segunda onda menor representa a harmônica de quinta ordem, o que
significa que sua frequência é de 5 x 60 Hz, ou 300 Hz.

Na segunda ilustração, vemos como ficaria a soma das duas curvas. Esta curva
resultante mostra bem a distorção harmônica da curva de tensão, que deixa de
ser perfeitamente senoidal na presença de harmônicas.

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Harmônicas são um fenômeno contínuo, e não devem ser confundidas com


fenômenos de curta duração que duram apenas alguns ciclos. Transientes,
disturbações elétricas, picos de sobre-tensão e sub-tensão não são harmônicas.
Estas perturbações no sistema podem normalmente ser eliminadas com a
aplicação de filtros de linha (supressores de transientes). Entretanto, estes filtros
de linha não reduzem ou eliminam correntes e tensões harmônicas.
Quem causa as distorções harmônicas?
Os principais equipamentos causadores das harmônicas são: inversores de
frequência, variadores de velocidade, acionamentos tiristorizados, acionamentos
em corrente contínua ou alternada, retificadores, "drives", conversores eletrônicos
de potência, fornos de indução e a arco, "no-breaks" e máquinas de solda a arco.
A natureza e a magnitude das harmônicas geradas por cargas não-lineares
dependem de cada carga especificamente, mas algumas generalizações podem
ser feitas:
• As harmônicas que causam problemas geralmente são as harmônicas ímpares.

• A magnitude da corrente harmônica diminui com o aumento da frequência.


Consequências de altos níveis de distorções harmônicas?
Da mesma forma que a pressão alta pode causar sérios problemas ao corpo
humano, altos níveis de harmônicas numa instalação elétrica podem causar
problemas para as redes de distribuição das concessionárias, para a própria
instalação, e para os equipamentos ali instalados. As consequências podem
chegar até à parada total de equipamentos importantes de produção.
Segue uma lista de consequências que as harmônicas podem causar em diversos
tipos de equipamentos:
• Capacitores: queima de fusíveis, e redução da vida útil.

• Motores: redução da vida útil, e impossibilidade de atingir potência máxima.

• Fusíveis/Disjuntores: operação falsa/errônea, e componentes danificados.

• Transformadores: aumento de perdas no ferro e no cobre, e redução de


capacidade.

• Medidores: medições errôneas e possibilidade de maiores contas.


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• Telefones: interferências.

• Acionamentos/Fontes: operações errôneas devido a múltiplas passagens por


zero, e falha na comutação de circuitos.

Distorções harmônicas causam muitos prejuízos a plantas industriais. De maior


importância, são a perda de produtividade, e de vendas devido a paradas de
produção cusadas por inesperadas falhas em motores, acionamentos, fontes ou
simplesmente "repicar" de disjuntores.
O que os capacitores para correção de fator de potência tem a ver com as
harmônicas?
Em uma planta industrial que contenha capacitores para correção de fator de
potência, as distorções harmônicas podem ser amplificadas em função da
interação entre os capacitores e o transformador de serviço. Este fenômeno é
comumente chamada de ressonância harmônica ou ressonância paralela.
Muitos dizem, erroneamente, que os causadores das harmônicas são os
capacitores. Na verdade, capacitores não geram harmônicas, e sim agravam os
problemas potenciais das harmônicas. Eles são os equipamentos mais sensíveis
às harmônicas, e os que mais sofrem na presença delas. Talvez por esta razão,
problemas de harmônicas frequentemente não são conhecidos até que são
aplicados capacitores para correção de fator de potência.
Como as harmônicas podem ser eliminadas?
Normalmente, a solução mais confiável e acessível é feita com o uso de filtros de
harmônicas. Um filtro de harmônicas é essencialmente um capacitor para
correção de fator de potência combinado em série com um reator (indutor).

Curto Circuitos nas Instalações

As correntes de curto-circuito adquirem valores de grande intensidade, porém com


duração geralmente limitada a rações de segundo. São provocadas mais comumente
pela perda de isolamento de algum elemento energizado do sistema elétrico. Os valores
de pico estão normalmente compreendido entre 10 e 100 vezes a corrente nominal no
ponto de defeito da instalação .
As corrente de curto circuito podem ser :

• Corrente Simétrica de Curto-circuito : a componente senoidal se forma


simetricamente em relação ao eixo dos tempos

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Característica das correntes de curto-circuito permanentes

• Correntes assimétrica de Curto-circuito : a componente senoidal da corrente se


forma de maneira assimétrica em relação ao eixo dos tempos e pode assumir as
seguintes características :

ü Corrente parcialmente assimétrica, a assimetria é de forma parcial

ü Corrente Totalmente Assimétrica : Toda onda senoidal se situa acima do eixo dos
tempos :

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ü Corrente Inicialmente Assimétrica e Posteriormente Simétrica

Tipos de Curtos

a) Curto Circuito Trifásico

A
Ics
B

Por serem de maior valor, estas correntes são de fundamental importância devido a larga
faixa de aplicação . Seu emprego se faz sentir nos seguintes casos :

• Ajustes dos dispositivos de proteção contra sobre corrente ;


• Capacidade de interrupção dos disjuntores ;
• Capacidade térmica dos cabos e equipamentos ;
• Capacidade dinâmica dos equipamentos ;
• Capacidade dinâmica dos barramentos coletores .

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b) Bifásico

1) 2)

A A
Icb Icbt
B B

C C

Terra

O defeito pode ocorrer em duas situações distintas :

• Há contato somente entre dois condutores de fases diferentes ;


• Além do contato direto entre os dois condutores já citados, há participação do
elemento terra.

c) Fase terra

A
Icbt
B

Terra
Há semelhança dom curto do sistema bifásico
As correntes de curto circuito monopolares são empregadas nos seguintes casos :

• Ajuste dos valores mínimos sos dispositivos de proteção contra sobre corrente ;
• Seção mínima do condutor de uma malha de terra ;
• Limite da tensão de toque ;
• Dimensionamento de resistor de aterramento .

Formulação Matemática das correntes de Curto Circuito

Icc = 2 x Ics x [ sen ( ωt + β – ø ) – e-t / ct x sen ( β – ø ) ] ( Eq. 1 )


Icc = Valor instantâneo da corrente de curto circuito num determinado instante T ;
Ics = Valor eficaz simétrico da corrente de curto circuito ;
T= tempo durante o qual ocorreu o defeito no ponto considerado ( s ) = ( T= P. tempo x
1/F )
Ct = constante de tempo, dado pela equação:

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Ct = X Reatância Resistência
------------------- ( Eq. 2 )
2πxFxR
Frequência

β = Deslocamento angular, em graus elétricos ou radianos, medido no sentido positivo da


variação dv / dI, a partir de v= 0, até o ponto T= 0 ( ocorrência do defeito ) .
ø = Ângulo que mede a relação entre reatância e a resistência do sistema e tem valor
igual a :

ø = Arctg ( X / R ) ( Eq. 3 )

R = Resistência do circuito desde a fonte geradora até o ponto de defeito ( Ω ou Pu )


X = Reatância do circuito desde a fonte geradora até o ponto de defeito ( Ω ou Pu )

ωt = ângulo de tempo 2π x ( Período do ciclo )


F = Freqüência do sistema ( HZ )

( Eq. 1 )

O primeiro termo 2 x Ics x [ sen ( ωt + β – ø ) representa o valor simétrico da corrente


alternada da corrente de curto circuito de efeito permanente, o segundo termo 2 x Ics x
e-t / ct x sen ( β – ø ), representa o valor do componente contínuo .

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• Nos circuitos altamente indutivos, em que a reatância X é extremamente superior


à resistência R, a corrente de curto circuito é constituída por seu componente
simétrico, e o componente contínuo ou transitório atinge o seu valor máximo
quando o defeito ocorrer no instante em que a tensão esta passando pelo seu
valor nulo Fig A.

Para X>>R ø = Argtg ( X / R ) ø = 90ª

Para o instante T= 0 β = 0º

• Nos circuitos altamente indutivos, em que a reatância X é extremamente superior


à resistência R, a corrente de curto circuito é constituída somente por seu
componente simétrico, quando o defeito ocorrer n instante em que a tensão esta
passando pelo seu valor máximo Fig. B.

Para X>>R ø = arctag ( X /R ) ø = 90º

Para o instante T= 0 β = 90º

• Quando o circuito apresenta característica predominante resistiva, o


amortecimento do componente contínuo é extremamente rápido, já que Ct = X /
377 x R , tende a zero pra R>>X, enquanto a expressão ( e-t / ct ) tende a zero ( fig
Simétrico )
• Quando o circuito apresenta característica predominante reativas indutivas que Ct
= X / 377 x R, tende para infinito par R<<X, enquanto a expressão ( e-t / ct ) tende
a unidade .

Os processos de cálculo da corrente de curto circuito fornecem facilmente a intensidade


das correntes simétricas em seu valor eficaz. Para determinar a intensidade da corrente
assimétrica, basta que conheça a relação X /R do circuito sendo X e R medidos desde a
fonte de alimentação até o ponto de defeito .
- (2 x t / ct )
Ica = Ics x 1+2xe Ica = corrente eficaz assimétrica de curto
circuito

Seu valor pode ser obtido na tabela para diferentes valores Ct, considerando neste caso
T= 0,00416 s, que corresponde ¼ do ciclo ou seja, o valor de pico do primeiro semi-ciclo.
Para exemplo adotar X /R = 3,0 .
Ct= X / 377 x R 3,0 / 377 Ct = 0,00795 s .

Ia = 1 + 2 x e – ( 2 x 0,00416 / 0,00795 ) = 1,30

Calcular a corrente de curto circuito em seu valor de crista após decorrido 1/4 de ciclo do
início do defeito que ocorreu no momento em que a tensão passava por zero no sentido
crescente, numa rede de distribuição de 13,8 KV . Resultando numa corrente simétrica de
12000 A. a resist6encia e a reatância até o ponto de falta valem respectivamente 0,9490
Ω e 1,8320 Ω .

Ct = X / 2 π x F x R Ct = 1,8320 / 2 x 3,141516 x 60 x 0,9490 Ct = 0,00512 s

ωt = 2 x π x 1/4 = 1,57079 rd 1rd = 57,3º ωt = 1,57059 x 57,3 ωt = 90º

T= 1/4 x 1/60 T= 0,00416 s

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Ø = Artg ( 1,8320 / 0,9490 ) ø = 62,61º

Β = oº ( tensão no ponto nulo no sentido crescente )

Icc = 2 x Ics x [ sen ( ωt + β – ø ) – e-t / ct x sen ( β – ø ) ]

Icc = 16.970,5 x [ sen ( 90º + 0º – 62,61º ) – (e-0,00416 / 0,00512 )x sen ( 0º – 62,61 ) ]

Icc = 16.970,5 x [ 0,460 ) – (e-0,8125 )x (-0,887 ) ]

Icc = 16.970,5 x 0,460 + 0,394 Icc = 14.442 A Icc = 14,4 KA

Calcular a corrente de curto circuito em seu valor de crista após decorrido 1/4 de ciclo do
início de seu defeito, que ocorreu no momento em que a tensão passava por zero no
sentido crescente, numa rede de distribuição de 13,8KV, resultando numa corrente
simétrica de 2.500ª. A resistência e a reatância até o ponto de falha valem
respectivamente 0,9890 Ω e1,9320 Ω .

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ANEXOS

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