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Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
81 Q1960670
Lei nº 13.431 de 2017 - Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2022 - TJ-SC - Juiz Substituto

O delegado titular da 5ª DP instaura inquérito policial para apurar o crime de estupro de vulnerável, em que figura como
vítima a criança Bárbara, de 10 anos, sendo o suposto autor do fato o seu padrasto, André. Por entender que inexistem
elementos para a propositura de ação cautelar de produção antecipada de prova judicial, o Ministério Público requer à
autoridade policial a coleta do testemunho de Bárbara. Na hipótese narrada, o delegado deverá realizar:

A a escuta especializada da criança, na medida em que o depoimento especial é ato privativo da autoridade judicial;

o depoimento especial da criança, que é o procedimento de entrevista da criança ou adolescente perante o órgão da
B
rede de proteção;

a escuta especializada da criança, uma vez que o depoimento especial somente se aplica a crianças com idade inferior
C
a 7 anos;

o depoimento especial da criança, observado o protocolo previsto em lei para essa hipótese e com gravação em áudio
D
e vídeo, para instrução do inquérito policial;

a escuta especializada da criança, que é o procedimento realizado pela autoridade policial na fase inquisitiva, não
E
estando sujeito ao princípio do contraditório.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
82 Q1960668
Medidas Socioeducativas , Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2022 - TJ-SC - Juiz Substituto

Durante o cumprimento de medida socioeducativa de internação, o adolescente Jefferson apresenta indícios de transtorno
psiquiátrico decorrentes do uso abusivo de substâncias entorpecentes. Após avaliação pela equipe multidisciplinar da
unidade, com o apoio do Caps do território, constata-se que o adolescente necessita de atendimento em saúde mental que
não pode ser ofertado no âmbito da unidade socioeducativa, sendo tais informações incluídas no Plano Individual de
Atendimento (PIA). Considerando os fatos narrados e o disposto na Lei nº 8.069/1990 (ECA) e na Lei nº 12.594/2012 (Sinase),
é correto afirmar que:

o juiz da execução poderá suspender a execução da medida socioeducativa, determinando a internação do


A
adolescente em instituição de saúde mental com característica asilar;

a suspensão da execução da medida socioeducativa será avaliada, no mínimo, a cada seis meses, devendo o juiz
B
designar o responsável por acompanhar o atendimento ao adolescente;

poderá ser aplicada ao adolescente sanção disciplinar de isolamento, como medida de proteção prevista no ECA, nos
C
casos de transtorno psiquiátrico;

a suspensão da medida socioeducativa não poderá exceder o prazo de seis meses, conforme disposto na Lei nº
D
8.069/1990 (ECA) e na Lei nº 12.594/2012 (Sinase);

a avaliação psiquiátrica realizada pela equipe multidisciplinar não possui caráter sigiloso, podendo ser compartilhada
E
com terceiros, como parte integrante do PIA.

83 Q1960667 Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 > Adoção
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2022 - TJ-SC - Juiz Substituto

Juliana e Mário são casados e habilitados à adoção. Após serem contatados pela equipe técnica da Vara da Infância e
Juventude, iniciam a aproximação com a criança Amanda, de 5 anos, que se encontra acolhida. O casal propõe ação de
adoção com requerimento de guarda provisória da criança, que é deferida pelo magistrado. Durante o estágio de
convivência, os requerentes e a criança estabelecem fortes vínculos afetivos, sendo certo que Amanda os identifica como
seus pais, conforme consta dos estudos técnicos realizados no curso do processo. Antes do encerramento do processo de
adoção, Juliana e Mário resolvem se divorciar, sendo acordado pelo casal que a guarda será compartilhada e que Amanda
residirá nos dias de semana com Juliana, com o exercício de livre visitação por Mário. À luz do disposto na Lei n º 8.069/1990
(ECA) e tendo em vista os fatos narrados, é correto afirmar que:

Juliana e Mário não poderão adotar Amanda conjuntamente, pois é indispensável que os adotantes sejam casados
A
civilmente ou mantenham união estável;

somente Juliana poderá adotar Amanda, na medida em que reside com a criança, não sendo admissível por lei a
B
adoção conjunta por pessoas divorciadas ou separadas judicialmente;

o pedido de adoção poderá ser julgado procedente, pois houve acordo sobre a guarda e a visitação, tendo o estágio
C
de convivência se iniciado durante o casamento;

a adoção poderá ser deferida a Mário apenas se tiver ocorrido inequívoca manifestação do desejo de adotar Amanda,
D
antes de concluído o divórcio, e houver anuência de Juliana com a adoção;

em razão do divórcio ocorrido antes de julgada a ação de adoção, será obrigatória a consulta ao Sistema Nacional de
E
Adoção e Acolhimento (SNA), para a verificação de eventuais habilitados interessados em adotar a criança.

84 Q1959410 Direitos Humanos >


Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Santo André - SP Prova: FGV - 2022 - Prefeitura de Santo André - SP - Agente de Políticas
Públicas e Gestão Governamental

Os direitos humanos são:

A escalonados e intransferíveis.

B graduados e interdependentes.

C globais, mesmo não se aplicando a todas as culturas.

D universais, indivisíveis, interdependentes e interrelacionados.

E hierarquizados, de modo a garantir a precedência aos que mais precisam.

Direitos Humanos > Direitos Humanos no Ordenamento Nacional ,


85 Q1951319
Incorporação de tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro (EC n.º 45)
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-GO Prova: FGV - 2022 - TJ-GO - Juiz Leigo

Muito se discutiu, em sede doutrinária e jurisprudencial, acerca do status normativo dos tratados e convenções
internacionais sobre direitos humanos. Atualmente, em face da disciplina constitucional da matéria e da jurisprudência
pacificada pelo Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:

os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos possuem hierarquia equivalente à da lei ordinária
A
federal, como todos os demais tratados incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro;

os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos possuem status supraconstitucional, haja vista a
B necessidade de o Estado cumprir o pactuado no plano internacional em matéria de direitos humanos,
independentemente da adequação constitucional interna;

os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos possuem hierarquia de norma constitucional, pois a
C cláusula de abertura constante do Art. 5º, §2º da Constituição da República de 1988 estabelece textualmente que os
direitos e garantias expressos naquele dispositivo não excluem outros decorrentes dos tratados internacionais;

aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aplica-se a teoria do duplo estatuto, isto é, aqueles
aprovados pelo rito especial do Art. 5º, §3º da Constituição da República de 1988 têm natureza constitucional,
D
enquanto todos os demais ostentam status supralegal, estando abaixo da referida Constituição, porém acima da
legislação interna;

os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados pelo rito comum são normas
materialmente constitucionais, na forma do Art. 5º, §2º da Constituição da República de 1988, enquanto aqueles
E
aprovados pelo rito especial do Art. 5º, §3º da referida Constituição reputam-se normas material e formalmente
constitucionais, o que os torna insuscetíveis de denúncia e parte integrante do núcleo pétreo da Lei Fundamental.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
86 Q1947710
Medidas Socioeducativas , Advertência , Prestação de Serviços à Comunidade
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP Prova: FGV - 2021 - Prefeitura de Paulínia - SP - Advogado do CREAS

O adolescente Delano é conhecido por seu comportamento violento. Em inúmeras ocasiões foi flagrado alcoolizado,
causando balbúrdia e, eventualmente, praticando agressões físicas contra outros adolescentes em bares e festas.
Em uma dessas oportunidades, embriagado, Delano acabou por desferir violento soco em um dos frequentadores de um
bar, e foi contido pelos demais presentes antes que as agressões continuassem. O agredido restou ferido com um corte na
sobrancelha. Dados os fatos acima, assinale a afirmativa correta.

A conduta de Delano foi induzida pela embriaguez preordenada, pelo que deverá responder criminalmente como se
A fosse adulto, dada a maior necessidade de reprimenda social a tal comportamento, induzindo à responsabilização
criminal.

Delano praticou ato infracional análogo a lesão corporal simples, cuja pena é de detenção de três meses a um ano,
B mas, por se tratar de adolescente, receberá apenas uma das medidas socioeducativas previstas no ECA - advertência
ou prestação de serviços à comunidade.

A conduta reiterada de Delano não pode ser tolerada em sociedade, pelo que ele deverá receber tratamento
C
sancionatório penal tal como se adulto fosse, na forma do Código Penal.

Delano cometeu ato infracional análogo à contravenção penal de vias de fato, cuja reprimenda pode ser prisão
D
simples, de quinze dias a três meses.

Delano é reincidente contumaz em tais comportamentos, pelo que será enquadrado na lesão corporal simples, cuja
E
pena é de detenção, de três meses a um ano.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
87 Q1947708
Crimes e Infrações Administrativas do ECA , Crimes Praticados contra a Criança e o Adolescente , Conselho Tutelar
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP Prova: FGV - 2021 - Prefeitura de Paulínia - SP - Advogado do CREAS

Roberval, tio de Eustáquio, adolescente que tem 15 anos de idade, cuida do menino durante o dia, para que sua irmã, a
mãe do garoto, possa trabalhar.
Eustáquio tem apresentado comportamentos indisciplinados, saindo pela vizinhança cometendo pequenas infrações, como
pichações e vandalismos em bens públicos. Ao saber de tais atitudes, e a pretexto de disciplinar o garoto, Roberval, pessoa
sem muita instrução, aplica-lhe uma forte surra com o cinto, o que posteriormente foi referendado pela mãe de Eustáquio
como medida disciplinadora válida. Acerca dos fatos acima, assinale a afirmativa correta.

O castigo aplicado por Roberval é medida válida como método de correção ou disciplina, por ser Eustáquio
A adolescente problemático e tal medida se revelar apta a impedir que as pequenas infrações escalem para
criminalidade mais grave.

Roberval, como integrante da família ampliada e responsável por Eustáquio no período em que é seu acompanhante,
B ao utilizar castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como forma de correção ou disciplina, está sujeito, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, a uma advertência, aplicável diretamente pelo Conselho Tutelar.

Roberval não detém a guarda de Eustáquio e, ao utilizar castigo físico como forma de disciplina, está sujeito à
C
persecução criminal, mas não a sanções administrativas presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ainda que Roberval não detenha a guarda de Eustáquio, o Estatuto da Criança e do Adolescente lhe é aplicável como
D
integrante da família ampliada do garoto, e, por isso, o castigo como forma de disciplina ou correção é válido.

Ainda que Roberval não detenha a guarda de Eustáquio, a convalidação do castigo, por parte da mãe do garoto, como
E
forma de disciplina ou correção, tornou válida tal atitude.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
88 Q1947707
Medidas Socioeducativas , Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP Prova: FGV - 2021 - Prefeitura de Paulínia - SP - Advogado do CREAS

O diretor de um estabelecimento educacional pretende cadastrar sua unidade para dar atendimento a programas de
regime de semiliberdade ou internação.
Ele informa que o estabelecimento preenche todos os requisitos físicos estipulados nas normas do SINASE; que ele próprio
já possui experiência em trabalho com adolescentes por dois anos e meio; que sua formação profissional em nível técnico
de educação é compatível com a função; e que o estabelecimento é situado em imóvel contíguo a uma unidade prisional,
facilitando a intercomunicação entre os sistemas. Você, como advogado, é consultado sobre a viabilidade da pretensão de
cadastramento. Assinale a opção que apresenta a orientação correta que você repassou ao diretor.

O cadastro não será admitido, pois a sua experiência em atendimento a adolescentes precisaria ser de, ao menos, três
A
anos.

B O cadastro poderá ser admitido, pois cumpridas todas as condicionantes legais.

O cadastro não poderá ser admitido, pois, ainda que os demais requisitos estejam cumpridos, o estabelecimento não
C
pode ser contíguo à unidade prisional.

O cadastro não poderá ser admitido, pois tanto o tempo de experiência em atendimento a adolescentes é insuficiente,
D
quanto a formação do diretor é inadequada.

O cadastro não poderá ser admitido, pois tanto a formação do diretor é incompatível com as exigências legais, quanto
E
o estabelecimento não pode ser contíguo à unidade prisional.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 > Adoção ,
89 Q1930181
Guarda , Direitos Fundamentais no ECA Tutela , Poder Familiar e o Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-SC Provas: FGV - 2022 - MPE-SC - Analista em Contabilidade ...

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que a colocação em família substituta far-se-á mediante determinados
institutos, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos daquela Lei.
Como exemplo desses institutos, a Lei nº 8.069/1990 destaca a:

curatela, que obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou ao adolescente, conferindo
A
a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, exceto aos pais;

curatela, que é exercida pelo curador nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, que deverá, no
B
prazo de trinta dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato;

adoção, que atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, exceto sucessórios,
C
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, inclusive os impedimentos matrimoniais;

adoção, que é medida excepcional e revogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de
D
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa;

tutela, que será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 anos incompletos e pressupõe a prévia decretação
E
da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

Direitos Humanos > Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos ,
90 Q1926420
Decreto nº 5.687, de 2006 - Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: SEFAZ-AM Prova: FGV - 2022 - SEFAZ-AM - Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual -
Manhã

De acordo com a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada no Brasil por meio do Decreto nº
5.687/2006, cada Estado Parte, em conformidade com os princípios fundamentais de seu ordenamento jurídico, adotará
medidas apropriadas para promover a transparência e a obrigação de render contas na gestão da fazenda pública.
Consoante ao que dispõe o texto da citada convenção, essas medidas deverão abarcar

A os sistemas eficazes e eficientes de controle interno, excluídos os de gestão de riscos.

B a formulação posterior das condições de participação, incluídos critérios de seleção e regras de licitação.

C o mecanismo de exame interno, excluindo um sistema eficaz de apelação, visando à celeridade.


D a apresentação oportuna de informação sobre gastos e ingressos.

E a aplicação de critérios subjetivos e predeterminados para a adoção de decisões sobre a contratação pública.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
91 Q1899603
Medidas de Proteção à Criança e ao Adolescente
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Perito Legista

O advento do Estatuto da Criança e do Adolescente potencializou o sistema de proteção aos mesmos em 1990. Sobre esse
assunto assinale a afirmativa incorreta.

A síndrome de SIlverman Caffey Kamp é caracterizada pela presença de feridas por ação contundente em várias
A
idades.

A síndrome da criança espancada ou “battered child síndrome” descreve apenas quadro de espancamento
B
propriamente dito.

Lesões intraparenquimatosas hemorrágicas por rotura de canais vasculares são observadas na síndrome da criança
C
sacudida.

Para que maus tratos sejam caracterizados, é preciso que exista uma relação de guarda, proteção e vigilância entre
D
autor e vítima.

E A negligência com as necessidades básicas da infância caracterizam maus tratos por omissão.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
92 Q1894839
Medidas Socioeducativas , Internação
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-BA Prova: FGV - 2022 - MPE-BA - Estagiário de Direito - Edital nº 01

O Ministério Público do Estado da Bahia ofereceu representação em face do adolescente João pela prática de ato infracional
análogo ao crime de roubo majorado. Findo o processo, já com o trânsito em julgado, verifica-se que a Vara da Infância e
Juventude aplicou a João a medida socioeducativa de internação em estabelecimento educacional.
No caso em tela, consoante dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente, a medida de internação:

não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no
A
máximo a cada seis meses;

importa necessariamente a prestação de serviços comunitários consistindo na realização de tarefas gratuitas de


B
interesse geral, por período não excedente a um ano;

não comporta liberação compulsória aos 21 anos de idade, devendo o adolescente cumprir integralmente a pena que
C
lhe foi imposta;

deve ser cumprida em estabelecimento prisional destinado a detentos adultos, nos termos da Lei de Execuções
D
Penais;

deve ter prazo determinado, entre seis meses e quatro anos, devendo sua manutenção ser reavaliada mensalmente,
E
mediante decisão fundamentada.

Direitos Humanos > Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos: Instituições ,
93 Q1893522
Corte Interamericana de Direitos Humanos
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01

Joana, ativista dos Direitos Humanos, consultou um advogado a respeito dos efeitos da sentença proferida pela Corte
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), no “Caso Favela Nova Brasília vs. Brasil”, mais especificamente se
permaneciam adstritos ao caso concreto, que envolvia os órgãos de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, ou se
assumiam contornos mais amplos.
O advogado respondeu corretamente que a decisão da CIDH
somente produziu efeitos em relação ao caso concreto, não alcançando a segurança pública como um todo, a
A
exemplo da imposição de obrigações de caráter geral ao Estado brasileiro.

somente produziu efeitos pecuniários, relacionados ao caso concreto, não alcançando a segurança pública como um
B
todo, de modo a impor obrigações de caráter geral ao Estado brasileiro.

produziu efeitos em relação ao caso concreto e à segurança pública como um todo, sendo determinado ao Estado
C
brasileiro que altere o regime jurídico dos órgãos de segurança pública brasileiros.

produziu efeitos em relação ao caso concreto e a outros aspectos da segurança pública, sendo determinado ao Estado
D
brasileiro que publique relatórios com mortes resultantes de operações policiais em todo o país.

produziu efeitos em relação ao caso concreto e à segurança pública como um todo, sendo definidas, de modo
E
detalhado, as situações em que podem ser utilizados helicópteros e armas de fogo em operações policiais.

Direitos Humanos > Direitos Humanos no Ordenamento Nacional ,


94 Q1893521
Incorporação de tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro (EC n.º 45)
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01

Maria, presidente da Associação das Pessoas com Deficiência do Estado Alfa, travou intenso debate com um representante
do governo federal a respeito da existência de uma faculdade ou de um dever jurídico na promoção de medidas de
conscientização da sociedade a respeito dessa camada da população, estimulando a observância aos seus direitos,
combatendo estereótipos e ressaltando suas contribuições e capacidades.
Ao final, concluíram corretamente que se está perante

um dever jurídico previsto em norma internacional e que foi incorporado à ordem jurídica interna com o status de
A
norma legal, incluindo ainda o dever de lançar e dar continuidade a campanhas publicitárias de conscientização.

um dever jurídico previsto em norma internacional e que foi incorporado à ordem jurídica interna com o status de
B
norma constitucional, incluindo ainda o dever de fomentar o respeito a essas pessoas em todos os níveis de educação.

um dever jurídico previsto em norma internacional e que foi incorporado à ordem jurídica interna com o status de
C norma supralegal, mas infraconstitucional, incluindo ainda o dever de favorecer atitudes receptivas em relação a essas
pessoas.

uma faculdade jurídica sujeita à avaliação política das maiorias ocasionais, que não decorre de compromissos
D internacionais assumidos pelo Estado brasileiro, mas, sim, da necessidade mais ampla de proteção da dignidade
humana.

uma faculdade jurídica contemplada em norma internacional, que deve ser implementada em conjunto pelos
E
Estadospartes, de modo que possam alcançar padrões universais uniformes de proteção às pessoas com deficiência.

Direitos Humanos > Principais Instituições Públicas de Direitos Humanos ,


95 Q1893519
Conselho de Direitos Humanos (antigo CDDPH)
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01

Maria, Secretária de Estado do Sistema Prisional do Estado Alfa, solicitou que sua assessoria indicasse os balizamentos a
serem observados na utilização de armamentos menos letais no âmbito do sistema prisional, considerando os termos da
Recomendação nº 12/2020 do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
A assessoria observou que I. os vinte e seis Estados devem editar atos normativos regulamentando o emprego de
armamentos menos letais, pelos agentes de segurança em serviço nas unidades do sistema prisional; II. esses regulamentos
devem ser de acesso restrito, de modo a evitar rupturas na segurança; III. devem ser objeto de registro circunstanciado e
motivado todos os eventos que envolverem o seu emprego, ainda que não resultem em lesões corporais ou morte; e IV.
deve ser aconselhado, em todas as circunstâncias, o uso, nas galerias das unidades prisionais, de bombas de efeito moral e
de luz e som. Estão corretas as observações

A II, III e IV, apenas.

B I e III, apenas.

C II e IV, apenas.
D I, II e III, apenas.

E I, II, III e IV.

Direitos Humanos > Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos ,
96 Q1893518
Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01

Determinado agente público, ao interpretar a Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis,
Desumanos ou Degradantes, afirmou que a sua organicidade interna impedia a sua interpretação fragmentada, permeada
por normas do direito interno.
A partir dessa premissa, concluiu que a legislação nacional, quando veicula comandos de contornos mais amplos, deve ser
preterida, já que a combinatória de normas, ainda que mais favorável à pessoa humana, romperia com o equilíbrio do
sistema e conduziria a resultados absurdos. É correto afirmar que a conclusão do agente público

A está correta, sendo expressamente acolhida pela Convenção.

B está incorreta, sendo expressamente rechaçada pela Convenção.

C está incorreta, considerando a preeminência das normas internas sobre o Direito Internacional.

D está correta, considerando a preeminência do direito internacional sobre as normas internas.

E somente não é correta, por expressa previsão da Convenção, caso as normas internas tenham estatura constitucional.

Direitos Humanos > Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos ,
97 Q1893517
Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos e Degradantes
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01

Antônio e Pedro, estudiosos do Direito Internacional Público, travaram intenso debate a respeito da Declaração Universal
dos Direitos Humanos (DUDH), instituída pela Resolução nº 217A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 10 de
dezembro de 1948.
Por fim, alcançaram as seguintes conclusões: I. a DUDH é um tratado internacional, integrando o direito internacional
público convencional; II. a DUDH é conceitualmente distinta do jus cogens, não influindo no seu surgimento e não sendo
por ele afetada;
III. a DUDH exorta a unidade dos direitos humanos, que devem ser observados tanto na dimensão das liberdades, como na
perspectiva da fruição de direitos prestacionais. Está correto o que se conclui em

A II e III, apenas.

B I e II, apenas.

C I, II e III.

D I, apenas.

E III, apenas.

Direito da Criança e do Adolescente - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei nº 8.069 de 1990 >
98 Q1893474
Crimes e Infrações Administrativas do ECA , Crimes Praticados contra a Criança e o Adolescente
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01

Daniel foi flagrado em posse de grande acervo de fotografias e vídeos de pornografia infanto-juvenil, acervo este
armazenado digitalmente. Ficou comprovando, ainda, que em momento anterior, havia compartilhado arquivos do mesmo
teor, mediante uso de programa de compartilhamento de dados.
Nota:
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio
de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
11.829/08); Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa. Nessas circunstâncias, Daniel deverá responder

A apenas pelo delito do Art. 241-A do ECA, diante da consunção do Art. 241-B do ECA.

B apenas pelo delito do Art. 241-B do ECA, em razão do não esgotamento da sua potencialidade lesiva.

C pelos delitos dos artigos 241-A e 241-B, ambos do ECA, em concurso material.

D pelos delitos dos artigos 241-A e 241-B, ambos do ECA, em concurso formal.

E pelos delitos dos artigos 241-A e 241-B, ambos do ECA, em continuidade delitiva.

Direitos Humanos > Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos ,
99 Q1892790
Decreto nº 5.687, de 2006 - Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TCU Prova: FGV - 2022 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo

Diferentemente de outros tratados multilaterais internacionais relacionados ao crime de corrupção, tais como a Convenção
sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, de 1997
(Convenção da OCDE), e da Convenção Interamericana contra a Corrupção, de 1996 (Convenção da OEA), a Convenção das
Nações Unidas contra a Corrupção, de 2003 (Convenção de Mérida), prevê, pela primeira vez no âmbito do direito
internacional, a recuperação total dos ativos relacionados ao crime de corrupção e a adoção de mecanismos de prevenção
para fortalecer os Estados para o desenvolvimento de uma cultura anticorrupção. O artigo 51 da Convenção de Mérida
consagra a recuperação de ativos como princípio fundamental do texto convencional. Sobre o tema, é correto afirmar que:

apesar de a Convenção de Mérida dirigir-se especialmente ao combate à corrupção e tratar de cooperação


A internacional em matéria penal, não acoberta a possibilidade de os Estados realizarem assistência em investigações e
procedimentos também no âmbito civil e administrativo;

são inconstitucionais as cláusulas dos tratados e convenções sobre cooperação jurídica internacional que estabelecem
B formas de cooperação entre autoridades vinculadas ao Poder Executivo, encarregadas da prevenção ou da
investigação penal, no exercício das suas funções típicas;

nos termos da legislação brasileira, a prova dos fatos ocorridos no país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar,
C quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, o que disciplina a hipótese do compartilhamento de informações entre as
autoridades brasileiras e as estrangeiras;

a Convenção de Palermo, incorporada ao direito positivo brasileiro pelo Decreto Presidencial nº 5.015/2004, assegura
D
expressamente o compartilhamento de dados e informações com vistas a prevenir e combater a corrupção;

o prêmio oferecido ao primeiro colaborador é compensado pelas sanções impostas aos demais infratores, sendo
E vedada a realização de novos acordos, penais ou não penais, com os demais investigados pelo ato ilícito, sob pena de
legitimação ou convalidação indevida de atos ilícitos.

Direitos Humanos > Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instrumentos Normativos ,
100 Q1889580
Decreto nº 5.687, de 2006 - Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: CGU Prova: FGV - 2022 - CGU - Auditor Federal de Finanças e Controle - Área Correição e Combate a
Corrupção

O Decreto nº 3.678/2000 promulgou no ordenamento jurídico brasileiro a Convenção sobre o Combate da Corrupção de
Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais. A corrupção de um funcionário público
estrangeiro deverá ser punível com penas criminais efetivas, proporcionais e dissuasivas. Nesse contexto, consoante dispõe
a citada convenção, em relação a esse tipo de ato de corrupção:

a responsabilidade criminal prevista no sistema jurídico da Parte deve necessariamente se aplicar a pessoas jurídicas,
A
em qualquer crime de corrupção praticado ou com a participação de funcionário público estrangeiro;

cada Parte deverá, sem prejuízo das sanções penais, impor sanções civis e administrativas adicionais ao funcionário
público estrangeiro envolvido em corrupção, devendo o país de origem ser informado se não houver efetivo
B
ressarcimento ao erário, para fins de colaboração e tentativa de se alcançar os bens patrimoniais do infrator no
exterior;
a extensão das penas do funcionário público estrangeiro deverá ser comparável àquela aplicada à corrupção do
C próprio funcionário público da Parte e, em caso de pessoas físicas, deverá incluir a privação da liberdade por período
suficiente a permitir a efetiva assistência jurídica recíproca e a extradição;

cada Parte deverá tomar todas as medidas necessárias a garantir que o suborno e o produto da corrupção de um
funcionário público estrangeiro, ou o valor dos bens correspondentes a tal produto, estejam sujeitos a retenção e
D
confisco e que lhe sejam aplicadas sanções financeiras de efeito equivalente a, no mínimo, o dobro da vantagem ilícita
auferida;

a investigação e a abertura de processo por corrupção de um funcionário público estrangeiro estarão sujeitas às
regras e aos princípios aplicáveis de cada Parte e serão influenciadas por considerações de interesse econômico
E
nacional, pelo efeito potencial sobre as relações com outros Estados ou pela identidade de pessoas físicas ou jurídicas
envolvidas.

Respostas

81: D 82: B 83: C 84: D 85: D 86: B 87: B 88: E 89: E 90: D 91: B 92: A
93: D 94: B 95: B 96: B 97: E 98: C 99: C 100: C

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