Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRÉVIA)-
r
TITULO: R D f r: o -tpe n \ fi
ANO:
FOLHAS N°: ^0
-
BRAN.RIOTN.CPR.PTE <■
u>
r
tr I
â v
(Ac pi ' 4sy'—-
c_ /r
3
Fundada em 27 de Setembro de 1917 — Reconhecida como de Utilidade Pública Federal pelo Dec. 4.092. de 4-8-1920
Filiada á Confederação Internacional daso Sociedades de Autores e Compositores
Sêde: Av. Almirante Barroso. 97 • 3 andar — End. Teleg. SBA T ■ RIO
Rio de Janeiro — Brasil.
Rio , 2 de Junho de 19 77
limo. Sr.
Diretor do Departamento de Censura Federal
(Departamento de Polícia Federal)
Brasilia D F
Saudações atenciosas:
1JÍSIIÍ..1.IIMIA
Original de Vicente Pereira
Tradução de
Próxima apresentação de. ...Th&is Portinho PrpdUÇOes Ltda*-
Teat ro GÂQJMA.MM& Cidade BI O DE JANEIRO
Estado
A estréia está prevista para... 2^ . quinzena . de Jl^Lho de 1977
!l
A DESDITA DE DEUSDBNIA»
VICENTE PEREIRA
# i".
: *
»
i
ESCADA AO FUNDO. A CENA SE ILUMINA. UMA MULHER DOS SEUS QUARENTA E
PE. DE REPENTE, COMEÇA Á FAREJAR ALGUMA COISA NO AS) Esta semana ter
♦ ?IRA PR0P
°NDAMENTE) ... que nome teria aquela lavanda que
Dousdenia usava?... Lo lac do Como? Não, não, não, isto
MALAS)
DEUSDENIA - (SECA) Nem um nom outro. Não passei nos testes. (PAUSA GRAVE)
JT
yr+
. DEUSDETE - (RESIGNADA) Outra vêz, minha filha. Está bom. Entre, Deus-
?
* DEUSDETE - Veiu de trem? Po gou o Vera Cruz?
fi
DEUSDETE - Leito?
DEUSDENIA - Poltrona.
DEUSDETE - Cheio?
DEUSDENIA - Vazio.
fôêüos? £u uáe bqí q ^ue lliõ aíEQp* Já reisôâ. fcâfifcê pps yag»
se passa?
DEUSDENIA - Não sei, mãozinha. Algo se passa. Sempre que acho que estou
foram felizes.
DEÜSDETE - (LEVANTANDO OS BRAÇOS PARA 0 CEU) Será que eu vou ter ouo
pra acelerar o seu processo? Será que você ainda não enten«.
Não vai me dizer que essa realização vem so com a Era de Aquá
DEUSDENIA Como?
Tenho certeza que cadaum tem o seu lugar,a sua hora... Onde
la vida... Quando eu era criai ça, achava que seria uma gran
les vão ter que me aturar. Ou melhor, vão me adorar. Não pen
sem que eu sou "mais uma", não! Não sou mesmo! (PAUSA) (POU-
dem entender meu estilo! Não podem! Elos nunca for -u-
Hao consegui nada. Quando será a minha vez? Terei essa vêzE
não. Devo achar que não, já que estou de volta pra onde tudo
HIA SOBRESSALTA-SE)
cê. Você tem muito mais talento do que todas estas artistas
por aí.
CLAUDIONOR- (PITANDO-A NOS OLHOS COM ARDOR) Adorei que você tenha voltado.
pàiúiã âôrii Eugênia* ViMôa jOgai* cal híêUO, tá? Aiôtl âú rMiai#
DEUSDENIA - (AFLITA, FALANDO BAIXO PARA NSO ACORDAR EUGENIA) Por favor,
transar. Vamos esquecer o que houve entre nos. Nao vai que-
Vf
CLAUDIONOR- (TENTANDO TOCA-LA) Deusdonia, voco me enlouquecí
DEUSDENIA - (VIRANDO 0 ROSTO) Não sei. (MUDANDO 0 TOM) Volte para sua ca
Nada de contrariá-la.
'EUGENIA - Aqui não serve pra ela. Ê uma cidade exclusivamente burocrá
tica.
DEUSDETE Estou rezando pra que ela arrume álgo pra fazer por aqui.
ta casa.
DEUSDETE - Sei o que você quer dizer, Eugenia, mas, fique na tua o não
EUGENIA - Abyio que era por isto que você esperava. Não ê? Que eu me fo
see para poder ficar com a Deusdenia nesta casa. Nunca escon
DEUSDETE - Você tem que compreender. Ela ê mais moça que você e ó artis
EUGENIA - Não interessa. Acho qud você mo odeia só porque fiz adminis_
ramos jovens.
EUGENIA - (SÊCA) Ja faz muito tmmpo. (MUDA DE TOM) E essa biscate? Vai
EUGENIA - (FURIOSA) Quer saber de uma coisa? Não vou deixar mais ele-
DEUSDETE - Não, Eugenia. 0 gazozon não. Como é que vamos ficar sem o-
zônio? Olhe aqui, Eugenia... Não vai quebrar a paz tão ar-
dia de culto.
EUGENIA - (POSSESSA) Vire essa boca pra lá. Há dias que o Claudionor
DEUSDETE - Falando de sua pobre irmã quando você escolheu logo um dos^
DEUSDETE - ÍTao martirizo a memória de seu pail ele deixou vocês dua3 l»W
tao
amparadas
EUGENIA - Ahhh, chega, sabe? Hoje vou pro Tenis Club. Aqui, o ambiente
DEUSDETE “ (SOZINHA) Não posso mais ter fé. Assim, não 6 possivel. Um
de cada vêz. Assim, não posso salvar o mundo. Euq uero cue
que tuao corra bem, que tudo saia bem, mas, assim, não está
perial...
ÇA A PILHA) Vou lhe dar uns passes e você vai ficar como no
tinha só. Não a tome por ofensa, caso soja uma mentira. Te-
DEUSDEÍÍIA Fui.
üRAN.RIOTN.CPR.Hl t. p. //
DEÜSDENIA - Sim, mamão. Cantei com o Maestro Erlon. Fiz parte da Banda
Veneno.
Ihinha?
DEUSDETE - Sabe, pelo menos ainda tocar "Lé Lac de Come" como antiga-
mente?
DEÜSDENIA - Não, mamãe. Não canto mais ao piano. Minha voz mudou. Bebi
demais.
completamente xarope.
DEUáDENI, - ... quo eu vou chegar na televisão dizendo que eu sou amiga
DEUSDETE Oh, Dousdonia, não fale assim. D. Inezita é uma senhora tão
tulos de seu pai. E tem mais. Te pegou no' coibo. Lembra quan
você teve catapora? Ela que furou uma por uma com aquele es
DEUSDETE - Você 6 muito orgulhosa, Dousdonia. Por isso que não se apru
DEUSDENIA - Ah, mamãe. Te manca. Eles que venham atráz det mim. Eles,
quoceu? Do apoio que ele te deu quando você estava ccm acue
lecência.
DEUSDETE - Não so engane, Deusdenia. Você devia ter lido os livros c-m
DmDmA * QUÔ â âêriíiôiM túkü su ôátoü iQfáú §úíâ liô, iieih, Hà(MÚ&¥
Superior"?
CLAUDIONOR- Oi, Dousdenia. (AO TELEFONE) Não. Não.Eu não t -h.o qusteesa:
África.
Brasilia?
NA MESA)
EUGo^IA - òempre tão sensível... este teu pânico ó de quem tem coisa
escondida.
EUGENIA - Conosco? (MUDA DE TOM) Você anda envolvida com tóxicos, não
ó, Deusdenia?
coaj
&
(CLAUDIONOR PICA MEIO ABES TALHADO COM OS OVOS NA MSQ)
Oaruü _ Mamãe... Não 6 porque Claudionor tem a sua idade que voce
vai ter este direito dh. falar de igual pra igual. Respeite
EUGENIA Ja quG
^e^bou, está roubado. Não precisa se justificar. Afi
nal do contas, éles não conseguiram te recuperar mesmo...
so passar no concurso.
(OLHAM TODAS PARA CLAUDIONOR QUE ESTÃ COM A SUA PIOR APARÊNCIA)
Estou
recebendo chutes do nenén. Esto meu filho deve
ser jogador do futebol. (DA UMA RISADA)
DEuSDETE - (SORRINDO) Inda bem quoeu estou aqui. So não fosse eu e meus
-P-H.
DEUSDETE - ... sou nos dois primeiros meses. Ela só vomitou. Eu rezei,
rozoi. Falei: "Meu Deus] Fazei con que elanão ponha óste
Messias ?
p
ouco falou. Tem un olhar distante distraido... Está lacôni
DEUSDENIA - Nã
amo adianta ne perguntar. Não há como responder. Nã
• ao sex naj
de nada. Não ne perguntem. Acho que as pessoas estso todas
loucas.
ela, essa tua inabilidade. Você tinha é que ter ido aáó o
bancando a artista.
mrtTrvTt
ora, uousdonia... VocS mal tom dinheiro pra se vestir. Ainda
EUGENIA ... que se despe tanto nas revistas? (SUSPENSE) Quer quo eu
EUGENIA Não, sua metida? Vai lá então , Claudionor. Pegue aquelas re_
NICO TPQ
ÜítJ T» A Ti/5 PADO NO ROSTO)
entregar tudo.
CLAUDIONOR - (ATERRADO)Tudo?
EUGENIA Ah, essa nãoi Agora vqi ter que explicar direitinho esta in
sinuaçao maldosa.*
(DEUSDENIA OLHA A MÂE ARRASADA E ENCARA EUGENIA SEM DIZER DMA rAL.v A)
EUGENIA Ah, ó? Mamãe, lembra-se de quando ela foi pra Londres? (OLHA
mamãe? Pornografia!
DEUSDETE . Nãoi
SSQ3QSTB (PONDO AS MSOS NA CABEÇA) NãoJ Não.1 Não 1 Você ainda o hippie?
mãe, são todos defuntos. Este filho que vai nascer é um mons
troj
EUGENIA - (ANDANDO DE UM LADO PARA 0 OUTRO) Você ouviu bem, mamãe. Ela
EUGENIA - E vamos deixar que uma pessoa drogada partilho da nossa mesa
EUGENIA - Como solução? Ela tem que se tratar antes que se torne uma
louca furiosa,
DEUSDETE - Calmai Deixe-me pensar. Minha filha Deusdenia, por que voco
EUGENIA - Sao 6 da mesma laia. Se eu não soubesse que se deita com cua
EUGENIA
NU1; CANTO) Pegue seu calção e vamos pro Tênis Clube. (SAEM
EM DIREÇÃO A ESCADA)
CLAUDIONOR- Onde?
SA)
EUGENIA - ELE era. tão bom. Tão ajuizado. Nossos seis anos de noivado
me escutar?
Deus... (CHORA)
vórcio?
(M'II A mU, EUGENIA SS Esc ONDE DEBAIXO DA IfiSA COM CLAUDIONOR. DEUS-
gonipapo ou o de piqui?
de tanta tensão.
I
DEUSDETE - (PUXANDO ASSUNTO) Deusdenia, Eugenia conseguiu uma colocaçã.o
tão boa na Nigéria. Conta pra ela, Eugênia. Qual vai ser seu
BR AN.RIOTN.CPR.PTE. '
EUGENIA - Ora, eia já sabe, mamãe. Vou fazer lá a no sina coisa que xaço
aqui.
EUGENIA - Arquivo.
CLÁUDIONOR- Meu único medo é ossa travessia. Detesto avião, favor de vo_
ar.
EUGENIA _ Larga de ser bobo, Claudionor. Todo o mundo sabe que carro
DEUSDENIA - Estou com algumas idéias. Mamão, quem esta na diretoria So-
cial do Tênis?
DEUSDENIA - E.
DEUSDENIA - AdvihhouJ
23 • /
EUGÊNIA (PREOCUPADA E UM POUCO AI/IEAÇADORA) Que tipo de espetáculo,
Deu3dênia?
vilhosasi >
DEUSDEN IA - Não. Vou motfíiar um texto que eu mesma vou escrever. (CLIMA)
DEUSDETE - Que é isso, Deusdênia? Que modos são esses? Eu quero ver a
ta
BRAN.RIOTN.CPR.PTE. p.
2k
GuVll ss
'' - GRITO. AS DUAS SE ABRAÇAM, ENTREOLHAM-SE E MURMURAM)
dado i
EUGENIA Quo e isso, Deusdenia? Isso tudo é recalque? Mamãe quer asa
DEUSDETE Que situação que voco nos coloca. Logo hoje que inaugura o
pronder.
BR AN.RIOTN.CPR.P í t. .mil. p- m
25
EUGENIA - Ih. . .
DEUSDETE - Está bem, filhinha. Eu não ligo não. lá? Nas doxxe da lado
FOROS)
EUGENIA - Cono não quer-? Você não quer? Mas são cento e vinte
querendo.
DEUSDETE - Vem, filhihha. Você está nervosa. Vou lhe dar um cono de ág
tro espirita e do lá pra cá, foi una escalada. Era uma res-
EUGENIA - Chega, mamãe. Não fomos & missa sé para nãooauvir o sermão.
.JGENIA „ ... com urgência. Ac.xO que Dousdonia, minha irma, enlouque-
quero quo o meu bebe corra risco. Muito obrigada, Dr. Paim,
qui.
/
DEUSDETS - Como? Não temos ninguém doente.
EUGENIA
da casa.
DSUSDETD - (COM RAIVA) Deusdenia está só nervosa. Ela veiu de uma me_
o desmarca.
EUGENIA - Você devia ficar do meu lado. Eu vou lhe dar um neto. Deus-
for pra Nigéria, não vou escrever uma única carta. Não sabe_
to. NuncaJ
DEUSDETE - Assim, nãio dá. Sai, Eugenia. Vá chamar sua irmã para jantar.
DEUSDETE - Não faz mal. (OLHA CD M IRONIA) Atriz de uma, vem outra. A-
pre.
paganda.’
EUGENIA E CLAUDIONOR)
84UÍf lá só Ura
CLAUDIONOR- Eu li os folhetos
JR AN.RIO TN.CPR.PTE Í2UO p.3JL
EUGENIA - Pois o. Era. compensação, voco vai poder comprai w.i auto novel
vor com o seu calção, nadando no Rio Rigor. Quero tirar una
i .
í“oto sua junto cora os hipopotamos •
CurL
( DESCE DEUS DE NUM MODÊLO DE GOLA MEIO AC HINESADA- ESPACIAL, —
SÓBRIA. TODOS PASMAM; ,ELA VEM ATÊ A CABECEIRA DA MESA E SENTA-SE COM AR
SOLENE)
DEUSDETE - Não deboche, Eugenia. Pra conversar comigo, ©ocS tinha que
DEUSDETE - (MAIS UMA VEZ, CORTADA, CÉDE) Bem, já que não estou agradan
uns passes magnéticos para que tenham sucesso nas suas empre"
tadas.
Claudionor?
no Rio Niger.
de tantas orações.
■&u escolhi. (ENCARA A MAE) Vai mo dizer que não fui eu que es_
DMWDÈMIÂ - Gttspõ, sirrí. Cuspo que eu tenho nojo. (OLHA PRA 'IODOS) Nojo
de tudo
\iQ TN.CPR.PTE oL^AO „
p. 3Upi
EUGENIA (LEVAN TANDO - SE) Tudo? Você, então, tem nojo do comidas e he
lha, Eugenia.
DEUSDETE - (TENTANO PÔR PANOS QUENTES) Calma, minhas f filhas. Vamos to-
vens. Purificações.
TIVAMENTE)
EUGENIA (DESC A3ELAND0 - SE, GRITA) Chama o PaimI Chama o PaimJ (VIRA-
SS PARA A MAE) Está vendo? Está vendo, sua louca? Ela enlou
honra. Seja homem só mais uma vez depois que os seus vicios
tras mães.
BR AN,RIO TN.CPR.PTE iaMo_p3ç
DEUSDETE . Ela não vai fazer mal a ninguém. Deusdenia não ó má. Ela só
EUGErí IA Nunca] A vingança não pode deter o meu caminho. Vai, Cláudio
reiro]
CLÁUDIO NOR. Não aguento mais] Quero ir-me embora] Deixem-me ir pra Tor-
Paim.
TELEFONE)
cia pra rua Itajubà 59* Depressa] Depressa.’ Vou ser pai.’
CHEGANDO. EUGENIA FAIA PARA A MAE) Você não verá nosso fil
TA)
África
SRAN.RI0TN.CPR.PTE WÍS—* 3^
54
(SAEM TODffiS. A SALA PICA SOZINHA. DEUSDENIA VOLTA E COLOCA UM ROCK ALTÍS
DEUSDETE - 0 seu, Deusdenia. Não quero que voce vá dar com os burros
nSágua.
DEUSDENIA - Quero minha herança, mamão. Não terei como sobreviver só com
herança do pap.ai.
DEUSDETE - Você tentou mesmo, Deusdenia? Acha que lutou o bastante para
parecer.
DEUSDENIA - NãoJ
DEUSDETE Como?
DEUSDENIA ?ra mim, o mundo acabou. Não quero mais saber de nada. Vou
DEUSDEEE - Tá, Deusdenia. Acho que ó hora mesmo de cada uma de nós se-
DEUSDENIA - Akart?
DEUSDETE Vou. Mou caminho o a fé, Vou já arrumar as malas. Nífides, to-
já nasceu.
DE) Alô? Solsr dos Moreira. Fala a mãe, Deusdeto. Está. sim.
DEUSDENlA (DESCENDO A ESCADA NUM R03S ESCANDALOSO) AlC? Oi.' Como 6 que
antigo flirt?
de esferas.
DEUSDENIA (DESCENDO DE SAIA CURTA) Como já dizia Caymi: Andei por andar,
BKAN.RI0TN.CPR.PTE
>• Uo
DEUSDENIA - andei e todo o caminho dou no mar...
saia escandalosa?
DEUSDENIA - Alto lái Sou uma mulher livro. Não tente privar-me da Libor
DEÜSDETE - Sua irmã acaba de ter quintuplas e voce já vai pro freje?
DEÜSDETE - Eu já tracei meu rumo. Não posso voltar atráz só pra cuidar
DEUSDENIA - Ora, mamãe. Vou a uma festa, numa boite. A senhora sabe o
que e isso? S.
I
dkmN.RIO TN.CPR.PTE.
>>0
DEUSDETE
(S0Zl3HA) B
‘ “>”' *•» »«WP» *»*no os dias são alegres. NSo
porque g um a. orlado quo tudo tem quo correr bem. (VAI ATÊ
FBI
bran.riotn.cpr.pte ÜM)—p. í\ íl
1
CANDALOSAMENTE JOVEM)
MALAS)
DEUSDETE - Não sei. Voce me falou de um filmo... Que filmo, meu Deus?
DEUSDENIA - (SECA) Nem um nem outro. Não passei nos testes. (PAUSA GRAVE)
DEUSDETE - (RESIGNADA) Outra vez, minha filha. Está bem. Entre, Dous-
t
DEUSDETE . - Sente-se pro café. Deve estar com fome.
DEUSDENIA . . (SENTANDO-SE) Não estou com muita fome. Comi duraite a viagem
DEUSDETE . ■ Leito?
DEUSDENIA - Poltrona.
DEUSDETE - Cheio?
DEUSDENIA - Vazio.
WfiQê? Eu aSo sei g que lhe diser, Já res§4 tefe© pra te ver
se passa?
DEUSDENIA - Não sei, mãozinha. Algo se passa. Sempre que acho que estou
DEUSDETE ,- Teu mal, Dousdenia, ó ser pretensiosa. Por que é qoe você
DEUSDETE - (LEVANTANDO OS BRAÇOS PARA 0 CEU) Será que eu vou ter quo a
pra acelerar o seu processo? Será quo você ainda não entend
DEUSDETE Que carreira, rainha filha? Quando? Tomara que eu esteja viva.
Não vai me dizer que essa realização vem so com a Era de Acua
DEÜSDENIA - Como?
Tenho certeza que cadaum tem o sou lugar,a sua hora... Onde
ria una
la vida... Quando eu era crina ça, achava >
les vão ter que me aturar. Ou melhor, vão me adorne. .<ao pen
sem aue eu sou "mais uma", nao* Não sou mesmoí (PAUSA) (POU-
dem entender meu estilo* Não podemJ Êlos nunca foram à Eu-
Gada
Faria é melhor do que ou? (PAUSA) Carreira... &.••
BRAN.RIOTiM.urK.r, J ^0 p ^
b
Não consegui nada. Quando será a ninua voz? Terei essa vêzE
não. Devo achar que não, já que estou de volta pra onde tudo
NIA SOBRESSALTA-SE)
cê. Você tem muito mais talento do que todas estas artistas
por aí.
CLAUDIONOR- (PITANDO-A NOS OLHOS COM ARDOR) Adorei que você tenha voltado
põfíhâ úôiti Etiginia, VmôB jogar ôai nisso, ti&7 Além do mais,
DEUSDENIA - (AFLITA, FALANDO 3AIX0 PARA N&O ACORDAR EUGENIA) For - avor,
transar. Vamos esquecer o que houve entre nos. Nao vai que-
CLAUDIONOR- ( VAI SAINDO, MAS PÁRA) Lembro-se que Eugenia está gífávida.
Nada de contrariá-la.
'EUGENIA - Aqui não sorve pra ela. Ê uma cidade exclusivamente burocrá
tica.
DEUSDETE - Estou rezando pra que ela arrume dügo pra fazer por aqui*
Quando vocês forem pra África, não çu ero ficar sozinha nes-
ta casa.
DEUSDETE - Soi o que você quer dizer, Eugenia., mas, fique na tua o não
EUGENIA - Adjjo que ora por isto que você esperava. Não é? Que eu me fo
seo para poder ficar com a Deusdonia nesta casa. Nunca escon
DEUSDETE - Você tem que compreender. Ela 6 mais moça que você e ó artis
EUGENIA - Não interessa. Acho qun você me odeia só porque fiz adminis
ramos jovens.
EUGENIA (SfiCA) Ja faz muito tmmpo. (MUDA DE TOM) E ossa biscate? Vai
EUGENIA (FURIOSA) Quer saber do ma coisa? Não vou deixar mais ele-
EUGENIA Corno é que ou posso esquecer? Acha que eu não sinto os pon-
dia do culto.
EUGENIA (POSSESSA) Vire essa boca pra lá. Há dias que o Claudionor
DEUSDETE Falando de sua pobre irmã quando você escolheu logo um dos-
EUGENIA Escuto aqüi, dona Xepa. Mou marido 6 herói do guerraJ Jamais
DEUSDETE Não martirize a memória de sou pais êle deixou vocês duas tao
amparadas
EUGENIA - Ahhh, chega, sabe? Hoje vou pro Tenis Club. Aqui, o ambiente
DEUSDETE .■ (SOZINHA) Não posso mais ter Té. Assim, não é possivel. Um
de cada vêz. Assim, não posso salvar o mundo. Euq uero que
que tudo corra bem, que tudo saia bem, mas, assim, não está
DEUSDETE . Deusdenia... Olhe-me nos olhos. Não minta para a sua mãe.
perial...
ÇA A PILHA) Vou lhe dar uns passes e você vai ficar como no
tinha só, Não a tomo por ofensa, caso seja uma mentira. Te-
DEUSDENIA - Fui,
BRAN.RIOTN.CPR.PTE th
41
Veneno.
Ihinha?
DEUSDETE - Sabe, pelo menos ainda tocar "Le Lac de Come" como sntiga-
monto?
DEUSDENIA - Nao, mamão. Não canto mais ao piano. Minha voz mudou. Bebi
demais.
*
DEUSDENIA - A senhora e a dona Inesita, mãnão, são duas loucas. Gomo e
BRAN.RIOTN.CPR.hi - mo d ,çó
DEUSDENIA - ... auo ou vou chegar na '.são dizondo quo eu sou amiga
DEüSDETE - Oh, Dousdonia, não fale assim. D. Inezita é uma senhora tão
você teve catapora? Ela que furou uma por uma com aquele es
DEUSDEÍIIA Ah, mamãe. To manca. Eles que venham atráz deq mim. Eles,
D$USDETE £, minha filha... Deus te ouça. Dr. Palm vii ficar muito
lecência.
DEUSDEíIIA Quem sabe não foi aquele tratamento qüe me desorientou? Ga»
DEÜSDETE - Não se engane, Deusdenia. Você devia ter lido os livros cer
Superior"?
África.
Brasilia?
NA MESA)
EUGENIA oompre tao sensível... esto teu pânico é do quem tom coisa,
escondida.
EUGENIA Conosco? (MUDA Dn TOM) Voce anda envolvida com tóxicos, não
é, Deusdenia?
DfítiiSÜSm - üliitfQ QUO llto, Spai Qüô ôe passa?' Mamão, que ihiSefrogatérío
coa.f
.iMJGENIA - Mamão... Não é porque Claudionor tem a sua idade quo voco
se passar no concurso.
(OLHAM TODAS PARA CLAUDIONOR QUE ESTA COM A SUA PIOR APARÊNCIA)
EuuüNIA - AiiiJJJ Estou recebendo chutes do neném. Este meu filho deve
DEUSDETE . (SORRINDO) Inda bem queeu estou aqui. Se não fosse eu e meus
Messias?
DEUSDENIA -
*** adlanta n° wemtar. Hão há coco responder. Hão sei mai:
de nada. USo aopergante. Acho que as pessoas estão todas
loucas.
não <T Essa história é muito velha. Não queira esconder com
ela, essa tua inabilidade. Você tinha 5 que tor ido a66 o
fl
“ d° CUrS°- Be“ íi2 «» «P» »» fornet em datilografia. Ke
lembro bom do você, com aquelas unhas pintadas sem poder ba
bancando a artista.
EEU <C0K
“ - °M0) ••• *««-* Escuta aqui. Eugenia... Eu não me
orgulharia jamais em ter um curso do datilografia, entendeu?
lia
‘ ° briguem!Kantoham a paz acima de seus ódios. Isto são
nuvons J
EUGENIA ... que se despe tanto nas revistas? (SUSPENSS) Quer que eu
EUGENIA Não, sua metida? Vai lá então, Claudionor. Pegue aquelas re_
entregar tudo. N
GLAUDIONOR - (ATERRADO)Tudo?
EUGENIA ■ Ah, essa nao.' Agora vgi ter que explicar direitlnho esta in
sinuação maldosa.1
(DEUSDENIA OLHA A MlE ARRASADA E ENCARA EUGENIA SEM DIZER UNA PALAVRA)
EUGENIA . Ali, ó? Mamão, lembra-se de quando ela foi pra Londres? (OLHA
mamão? Pornografia j
DEUSDETE - Não*
mãe, são todos defuntos. Esto filho que vai nascer é um mons
troj
CiZhHüüfíA V
DEUSDETE - Não blasfeme, Deusdenia' FEDE
EUGENIA (ANDANDO DE UM LADO PARA 0 OUTRO) Você ouviu bem, mamãe. Ela
EUGENIA - E vamos deixar que uma pessoa drogada partilhe da nossa mesa?
EUGENIA - Como solução? Ela tem que se tratar antes que se torne uma
iQpea furiosa*
DEUSDETE - CalmaJ Deixe-mo pensar. Minha filha Deusdenia, por que você
EUGENIA São e da mesma laia. Se eu não soubesse que se deita com ciunl
/Q.?. -
quep um, eu diria que é lésbica.5
EUGENIA unoga, digo eu. (VIRA-SE PRO MARIDO, QUE AINDA OUVE RÁDIO
NULI CANTO) Pegue seu calção e vamos pro Tênis Clube. (SAEM
EM Dl RE Ç AO A ESCADA)
DA ? ÍE1 ÍJ
‘’ '' -'E. MAL 0 DISCO ACABA, VOLTAM CORRENDO.)
CLAUDIONOH- Onde?
SA)
EUGENIA ELE era tão bom. Tão ajuizado. Nossos seis anos de noivado
me escutar?
Deu3... (CHORA)
vórcio?
gonipapo ou o de piqui?
de tanta tensão.
/
DEuoDüTe - (PUXANDO ASSUNTO) Dousdenia, Eugenia conseguiu uma colocação
tao boa na Nigéria. Conta pra ela, Eugenia. Qual vai ser seu
b
Ran,riotn.cpr.
DSUSDETE ■ ... serviço na Nigéria?
EUGENIA Ora, ola já sabo, mamãe. Vou fazer lá a mesma coisa que faço
aqui.
EUGENIA Arquivo.
CLÁUDIO NOR.- Meu único medo é essa travessia. Detesto av vor de vo_
ar.
EUGENIA _ Larga de ser bobo, Claudionor. Todo o mundo sabe que carro
DEÜSDENIA - Estou com algumas idéias. Mamãe, quem está na diretoria So-
cial do Tênis?
DEÜSDENIA
DEÜSDENIA - Advinhou!
25
EUGÊNIA (PREOCUPADA E UM POUCO AMEAÇADORA) Que tipo de espetáculo,
Deusdonia?
vilhosasí
DEuoDEN Ia - Não. Vou mo$tar um texto que eu mesma vou escrever. (CLIMA)
Silvio.
DEUSDENIA - Voce, que se diz tão sábia, já 6 uma vítima deste monstroi
DEUSDETE - Que ó isso, Deusdênia? Que modos são esses? Eu quero vor a
ta.
BR AN,RIO TN ■CPR.PTE^^Q p- GÇ
2k
DEUSDETE
dado í
EUGENIA - QUe é isso, Deusdenia? Isso tudo é recalque? Mamãe quer as*
DEUSDETE - Que situação que voce nos coloca. Logo hoje que inaugura o
pronder.
y5
•'S
BR AN,RIO TN.CPR.PTE
DEUSDEÍÍIA - Nãoi Eu já sei domais J
EUGENIA Ih...
DEÜSDETE - Está bem, filíiinha. Eu não ligo não. Tá? Mas deixe de lado
FOROS)
CLAUDIONOR (AO TELEFONE) Coragem? Como posso ter coragem? Eu não çu ero
EUGENIA - Como não quor? Você não quer? Mas são cento e vinte
querendo.
1
4! CEW5URA
l-1\
DEUSDENIA - Sò ligarem o receptor, ou ne mato.
DEUSDETE - Vem, filhihha. Você está nervosa. Vou lhe dar um cooo de ág
tro espírita e de lá pra cá, foi uma escalada. Era uma res-
EUGENIA - ... cora urgência. Acho quo Deusdonia* rainha irraa, enlouqu^E
quoro quo o meu bebe corra risco. Muito obrigada* Dr. Paira,
qui.
da casa.
e desmarca.
EUGENIA - Você devia ficar» do meu lado. Eu vou lhe dar um neto. Deus-
for pra Nigéria* não vou escrever uma única carta. Não sabe
to. Nuncaí
DEUSDETE - Assim* não dá. Sai* Eugenia. Vá chamar sua irmã para jantar.
DEUSDETE - Nao faz mal. (OLHA © lí IRONIA) Atráz de una, ven outra. A-
pre.
pagandaJ
EUGENIA E CLAUDIONOR)
CLAUDIONOR- Eu li os folhetos
t.PTE«UO_»-^
BRAN,RIOTN.CPR.PTE_Xhh P- 29
ver com o seu calção, nadando no Rio Niger. Quero tirar uma
( DESCE DEUSDE NUM MODÊLO DE GOLA MEIO ACHINESADA- ESPACIAL, NUíxü COR
SÓBRIA. TODOS PASMAM; ,ELA VEM ATS A CABECEIRA DA MESA E SENTA-SE Gola ui
SOLENE)
foram.
DEUSDETE - Não deboche, Eugenia. Pra conversar comigo, sroco tinha que
DEÜSDETE ü (MAIS UMA VEZ, CORTA, CÊDE) Bem, já que não estou agrach __
uns passes magnéticos para que tenham sucesso nas suas emprei.
tadas.
Claudionor?
no Rio Niger.
de tantas orações.
DEUSDENIA . . Cuspo, sim. Cuspo que eu tenho nojo. (OLHA PRA TOPOS) Nojo
do tudo
3r\ AN,RIO TN.CPR.PTE. wo tSb
lha, Eugenia.
DEUSDETE - (TENTANO POR PANOS QUENTES) Calma, minhas filhas. Vamos to-
vons. Purificações.
TIVAMENTE) ,
I
EUGENIA - (DES C ABELANDO - SE, GRITA) Chama o PaimJ Chama o PainJ (VIRA-
honra. Seja homem só mais uma voz depois cue os seus vícios
EUGENIA - Á sotthOPâ sabe que está protegendo a pnopria subVòhsáo ftô tOU
tras mães.
BR AN.RIO TN.CPR,pTEjaUO__
DEUSDETE - Ela não vai fazer mal a ninguém. Dousdenia não ó má. Ela só
EUGENIA - Nunca] A vingança não pode deter o meu caminho. Vai^Rí .udio
reiro]
DEUSDETE Claudionor, seu Idiota] Largue essa faca que você vai aca-
CLAUDIONOR, Não aguento mais] Quero ir-me embora] Deixem-me ir pra Fer-
EUGENIA - Tome seus remédio, Claudionor. Cuide-se que vou chamar o Dr,
Paim.
telefone)
(
EUGENIA Chamo a ambulâncii
África.
BRAN.RIOTN.CPR.PTE 1 £ v 0 ^ ^
(SAEM TODQS. A SALA PICA SOZINHA. DEUSDENIA VOLTA E COLOCA UM ROCK ALTÍS
DEUSDETE - 0 sou, Deusdenia. Não quero que voce vá dar com os burros
n&água.
DEUSDENIA „ Quero minha herança, mamão. Nao terei como sooreviver so c^..-
herança de papai.
DEUSDETE _ Você tentou mesmo, Deusdenia? Acha que lutou o oastante para
parecer.
DEUSDENIA - Não J
DEUSDETE - Como?
DmüSDmnIA - ?ra mim, o mundo acabou. Não quero mais saber de nada. Vou
DeüSDEEE - Ta, Deusdenia. Acho que o hora mesmo de cada uma de nôs se-
DEUSDENIA - Akart?
{${ CEMURAY*
FEDE
DEUSDENIA - Vai pra Marte, dona Dousdove
DEÜSDETE Vou. Mou caminho é a fé. Vou já arrumai* as malas. An.te^J te-
já nasceu.
DE) Alô? Solar dos Moreira. Fala a mãe, Dousdete. Está sim.
DEUSDENIA - (DESCENDO A ESCADA NUM ROBE ESCANDALOSO) AlO? OiJ Como é que
antigo flirt?
de esferas.
DEUSDENIA - (DESCENDO DE SAIA CURTA) Como já dizia Caymi: Andei por andar,
BR AN,RIO TN.CPR.PTE. uno r Aft
saia escandalosa?
DEU 3DEÍJIA - Alto lái Sou uma mulher livre. Não tento privar-me da Libo;
DEUSDETE - Sua irmã acaba do ter quíntuplas e vocS já vai pro freje?
DEUSDETE - Eu já tracei meu rumo. Não posso voltar atrás só pra cuidar
DEUSDENIA - Ora, mamãe. Vou a uma festa, numa boite. A senhora sabe o
que G isso?
DEUSDETE - (SOZINHA) Bom... Noa sempre aesmo os dias são alegres. Não
Do
Chefe do Serviço de Censura de Diversões Públicas-SR/DPF-RJ
Ao
Sr. Diretor da Divisão de Censura de Diversões Publicas-DPF
Tradução: „
Adaptação
0000
1
Requerente: SP* ??* ClMKMtMi â KMI TRAIS
fo eximo pot Vrt VJtba ) ° ° *
o 0000 © 0 o © o o 000000 000 o 0000 00©
Senhor Diretor:
y/7!A
TL:»OW DBÇunXEOS OARCIA
Chefe do SCDP/SR/liPP/RJ
BRAN.Riotn.cpr.pte 13qo ^
MINISTÉRIO OA JUSTIÇA
/ DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS
PARECER N9
ibriela Wagnèr/Gomes
íéc. Cens. Mat 2.416.%91
DPF-742
t—• BR AN,RIO TN.CPR.PTE. Wo n: SL;
/„ a»*
^ e&y? /L+*la~ _
J)- t/* ^
J>?
&*
< ç
<^e.
?/**/?*
’tr
fé» £ »u j r*r
■
Br AN R!0 TN.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
CPR PTE
DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL -^L0 f,. 83
, DIVISÃO DE CENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS
DPF-742
| SRAA/SR/RJ - FICHADO
O '
jMü-DPF * SR/RJ j
dO‘Nl OIM‘NV«q
[recebí d o í o
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Brasília, DF.
^
Ofício nfi 886/77-2 . Em 23/06/77
Ao
: Sr. Superintendente Regional do DPF no Rio de Janeiro
Senhor Superintendente:
■>
t Fnowmlnhewento (fnz)
Senhor Diretor*
PÍÍCÍES
Chefe do SCfDP/SH/liJ
- era exercício -
LSL/
I
' 1
rrr- ■«.
SRAA/jjli/liJ - FiCHADol
t,
lj MDPr ■ Ül&^RU
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA
\1
l
U
/1
Encaminhamento (FAZ)
Senhor Superintendente:
W
Na oportunidade,renova a .Sa, protestos
de estima e consideração
DPF-SAv. 258
BRAN
MINISTERJP DA JUSTIÇA ’RÍOTN.CPR' pteJJMo
DSWÍRTAf
RTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
CENSURA FEDERAL
Certificado N? 7757/77
A DESDITA DE DEUSD3NIA
Tradução de
Adaptação de
Produção de THAIS PORTINHO PROD. ART. LTDA - RJ
„ .. por
Requerida COARTE :
t i
Brasília, 03 de AGOSTO de 1 9 77
OFB
DPF-150 >
A
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA KRio tn.c^.,px€ 4 2.40 p.
DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL
CENSURA FEDERAL
Certificado N? 7757/77
auffilim o nuhes
>iretor da DCDP
BR
M.J-D.P.F AN.Rjo TN.CPu.f, , q
Tradução de_ —— ——
Adaptação de —
Produção de THAIS FOBTIHHO PROD. ART. LTDA - EJ
NADA AO EXAME 330 ENSAIO GERAL. ESTE CERTIFICADO SQ^TENTE TEttJt VALIDADE
QUANDO ACOMPANHADO DO SCRIPT DEVIDAMENTE CARIMBADO PELA DCDP.
DPF-150