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a experiência de loja
A WGSN Insight analisa como o conceito de 'artainment'
está levando às lojas uma proposta mais experimental,
aumentando o número de visitantes e o envolvimento
sensorial.
SKP Magazine
Análise
Enquanto os varejistas tradicionais se preparam para o mundo digital, o espaço
físico se transforma em um lugar de descoberta e entretenimento.
Por meio de uma mistura de arte, conteúdo e entretenimento, as lojas físicas estão
proporcionando uma jornada de compras mais rica que, ao mesmo tempo, dá ao
varejista uma valiosa sobrevida comercial.
O papel da loja física tem se ampliado desde o início da pandemia, quando os
varejistas precisaram se desdobrar para atender as demandas dos consumidores on-
line. A aceleração das interfaces digitais como instrumentos de uma experiência sem
contato é só uma das novidades do varejo pós-pandemia. As empresas devem focar
em um elemento sensorial e tangível, usando a arte como isca.
As lojas físicas continuam sendo o espaço principal para a descoberta de produtos –
a Salesforce estima que 60% das vendas de e-commerce foram influenciadas pelas
lojas físicas na temporada de festas de 2021 –, e para a Geração Z, a ida às lojas
físicas representa uma atividade social importante. Essa parceria entre arte e varejo
cria um tipo especial de engajamento, capaz de servir como atrativo extra para o
consumidor.
Selfridges
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Momentos instagramáveis
Nos últimos anos, a mistura entre varejo e entretenimento indica o surgimento
de um conceito mais voltado à experiência, uma tendência impulsionada pela
Geração Z. No pós-pandemia, trazer o consumidor de volta para shoppings e
distritos comerciais vai ser fundamental.
Culturespaces
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'Artainment'
As lojas físicas estão se transformando em espaços cheios de conteúdo, com o
objetivo de atrair o consumidor e gerar engajamento orgânico nas redes sociais.
Além de dar ao público a chance de ter acesso a arte fora das galerias, o
conceito de 'artainment' (que une arte e entretenimento) garante uma
sobrevida comercial aos varejistas tradicionais.
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No fim de 2021, a Great Portland Estates (GPE), dona de diversas propriedades na
região central de Londres, cedeu alguns dos seus espaços vagos ao artista LUAP
durante cinco dias. Essa é parte de uma nova estratégia de placemaking da empresa,
que transcende o aspecto comercial e abraça a experiência.
As experiências de 'artainment' mais bem-sucedidas são aquelas também mais ricas
em conteúdo, prato cheio para as redes sociais. No shopping Westfield Mall em
Leidschendam (Holanda), a instalação imersiva 'The Youseum' não se concentra em
um único artista, mas sim em 15 salas interativas criadas para que os visitantes
documentem tudo para postar em seus perfis.
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Opte por eventos pop-up temporários. Além de otimizar o espaço em um
momento de incerteza econômica, essa estratégia usa o 'artainment' para
revitalizar espaços vazios e os torna mais atrativos para potenciais interessados
em locações de longo prazo.
O 'artainment' tem uma capacidade enorme de atrair o consumidor e revigorar os
centros urbanos. Use os espaços do varejo – vazios ou ocupados – como palco
para eventos ricos em conteúdo, totalmente voltados às redes sociais.
Youseum
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Despertando os sentidos novamente
Cada vez mais, os estilos de vida digitais deixam pouco espaço para interações
tangíveis e momentos inesperados de prazer. Os ambientes do varejo podem
servir como contraponto visceral a tudo isso, despertando os sentidos
novamente.
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Do lado de dentro, os clientes eram apresentados ao trabalho dos artistas digitais
Maotik, Cao Yuxi e Jiayu Liu e a uma série de filmes interativos com temática espaços
externos. Cada obra e interface foi criada para adicionar uma camada sensorial extra
à experiência de compra.
Nas lojas da Gentle Monster, intervenções artísticas em torno do produto compõem
a experiência de compra. Em outubro do ano passado, a marca concluiu a segunda
parte das reformas em sua loja de Xangai, a Haus Shanghai. Cada um dos quatro
andares conta com obras e instalações artísticas de tamanho grande, como telas
digitais e esculturas cinéticas, com o objetivo de despertar as emoções dos
visitantes.
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Experiências sensoriais como sons, instalações imersivas e intervenções físicas
podem gerar momentos inusitados e dar um sentido de escapismo ao espaço do
varejo, atraindo o consumidor à loja física.
Use as intervenções artísticas para adicionar camadas sensoriais à narrativa da sua
marca e do seu produto.
Burberry
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Colaborações simbióticas
Obras contextualizadas e colaborações artísticas devem so sticar a
experiência do varejo e gerar ganhos a longo prazo. Investir em associações com
o mundo das artes pode re nar a impressão geral da marca, num momento em
que o consumidor prioriza cada vez mais a autenticidade e a criatividade.
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As parcerias envolvendo propriedade intelectual também estão ajudando os museus
a diversificar suas fontes de receita, impactadas pela pandemia. Desde 2020, o
Louvre ampliou a sua programação colaborativa, trabalhando com marcas como Off-
White e Maison Sarah Lavoine. Recentemente, a instituição assinou um acordo de
quatro anos com a Uniqlo para mostrar o acervo do museu a um público global. Esse
tipo de parceria gera benefícios mútuos, sofisticando as identidades da marca e da
instituição na mente do consumidor.
A ideia de apresentar produtos como obras de arte tem sido explorada pelo
segmento de luxo como forma de narrativa, gerando um sentido de exclusividade.
Para a Loewe, a celebração dos processos artesanais passou a compor a identidade
da marca, culminando no ano passado em uma parceria inovadora – a primeira do tipo
– com a casa de leilões Sothebyʼs. A Loewe apresentou uma coleção de potes de
argila de artesãos contemporâneos da região da Galícia, na Espanha, que foram
disponibilizados exclusivamente para compra na plataforma Buy Now, da própria
Sotheby's.
Essas parcerias com aspecto criativo e comercial sinalizam um novo caminho,
deixando para trás os acordos de propriedade intelectual e patrocínio. Explorando
um mercado bastante específico, a Loewe transcende a sua tradicional oferta de
produtos e amplia o alcance da Sothebyʼs, que reforça sua importância e o seu status
no segmento de luxo.
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Uniqlo
Invista em parcerias criativas com instituições de arte para ampliar a narrativa e
atingir um novo público.
As marcas podem aumentar sua relevância estética e criativa se unindo a essas
instituições, celebrando seus produtos mais icônicos por meio de exposições e
parcerias de propriedade intelectual.
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Uma experiência de museu
À medida que as lojas físicas se transformam em espaços para inspiração e
descoberta de produtos, áreas e inventários mais enxutos admitem uma
abordagem de curadoria. Um ambiente de varejo com conteúdo, mas focado em
produtos básicos, vai despertar o interesse de uma nova geração de
consumidores sociais.
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Criando experiências de varejo similares a instalações artísticas, o shopping TX
Youth Energy Centre de Xangai, aberto no início de 2020, recebe um público de 40
mil pessoas por dia. Essa estratégia bem-sucedida consiste na criação de um 'museu'
do varejo voltado especificamente à Geração, atraindo pessoas com grande poder
aquisitivo abaixo dos 35 anos por meio de uma curadoria de marcas D2C, eventos,
pop-ups, baladas noturnas e exposições artísticas. O local está entre os vários a
adotarem uma estratégia apelidada de ʻcuretail' (algo como varejo com curadoria).
Quando reabriu em 2020, o shopping Beijing SKP-S se uniu à Gentle Monster para
criar a nova ala Art Experiment Space. Voltado ao design e ao público jovem, o local
conta com uma galeria e uma experiência de compra cinematográfica.
Traduzindo a 'museificação' do varejo, em agosto de 2021, a marca esportiva Wilson
abriu uma loja pop-up em Nova York antes do Aberto de Tênis dos EUA. O local
apresentou toda a história da Wilson no mundo do tênis, culminando com uma
experiência de varejo que permitia ao público comprar itens customizados e em
edição limitada.
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Organize o seu merchandising como se fosse um museu – separe os produtos por
cores, texturas ou material, por exemplo – para criar uma experiência de compra
mais inusitada e ampliar a descoberta de produtos.
Wilson
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O grande tráfego ' gital'
A digitalização da cultura e a expansão do metaverso abrem novos canais de
engajamento para os varejistas, que podem alcançar o consumidor tanto on-
line quanto na vida real por meio de experiências ' gitais' criativas.
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A Selfridges também explora esse crossover 'artainment' x 'figital' na exposição do
artista Victor Vasarely, organizada em parceria com a Paco Rabanne. O programa
inclui a exibição de 55 obras de Vasarely na loja – mais da metade delas à venda. Além
disso, a Selfridges se tornou a primeira marca a vender NFTs na loja física,
oferecendo 12 obras de Vasarely e outras 12 da própria Paco Rabanne. Para
complementar a experiência 'figital', a loja invadiu o metaverso por meio da criação
de um ambiente virtual onde os visitantes podem interagir com as ilusões de ótica
criadas por Vasarely.
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Use instalações artísticas digitais para ampliar o engajamento com diversas
comunidades e atrair grupos alternativos de consumidores.
Invista em uma proposta 'figital' simbiótica, capaz de promover produtos físicos e
gerar tráfego nas lojas.
Conte a história da marca utilizando a linguagem do público jovem. Use tecnologia
digital e recursos imersivos de realidade virtual e aumentada para contextualizar a
experiência do varejo de um jeito que a Geração Z (e os grupos demográficos mais
novos) consigam entender.
Selfridges
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