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Escola Técnica Sandra Silva

Curso Técnico em Mecânica Industrial

Componente da Logística: Paleteira

Rio de Janeiro
2023
Escola Técnica Sandra Silva
Curso Técnico em Mecânica Industrial

Componente da Logística: Paleteira

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado a Escola Técnica Sandra
Silva, como partes dos requisitos para
obtenção do título de Técnico em
Mecânica Industrial.

Orientador(a): Profº: Alberto Souza.

Rio de Janeiro
2023
AFONSO BATISTA PAULO DA SILVA
ALEXANDRE SOUZA GOMES DA SILVA
BRUNO BIANCARDI DE LIMA
CARLOS ALBERTO MANSO DE OLIVEIRA
DANIEL BARCELLOS PITTIZER
FLÁVIA SOARES DE AZEVEDO AGRA
JOÃO VITOR CARLOS DA SILVA
JOÃO VITOR GIL RABELLO
LUIZ FELIPE DAMASCENO DA CONCEIÇÃO
LUIZ FELIPE PERNAMBUCO DA SILVA
LUIZ PAULO DE MOURA MACHADO
ORLANDO MARCOS LIMA DO NASCIMENTO
RAFAEL DE CASTRO DE SOUZA
RAYANE LIMA DA SILVA
VINÍCIUS ALVES FEITOSA
WILLIAN BATISTA BRAGA

Rio de Janeiro
2023
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO A ESCOLA TÉCNICA
SANDRA SILVA COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE TÉCNICO
EM MECÂNICA INDUSTRIAL.

APROVADO (A) EM: _____/_____/_____ CONCEITO: __________

BANCA EXAMINADORA

DANIEL ALVES FERREIRA JÚNIOR


GRADUADO EM LICENCIATURA TÉCNICAS INDUSTRIAIS – COM ÊNFASE EM
ELETRÔNICA – TÉCNICO EM MECÂNICA DE PRECISÃO.
COORDENADOR TÉCNICO.

______________________________________________________________

WILLIAM DA SILVA PEREIRA


TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA – TECNÓLOGO EM MECÂNICA.
PROFESSOR ORIENTADOR.

______________________________________________________________

DAVIH SERRA GUANANDY


TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA – TÉCNICO EM MECÂNICA.
PROFESSOR AVALIADOR.

______________________________________________________________

Rio de Janeiro
2023
DEDICATÓRIA:
Dedicamos este trabalho a Deus e aos nossos pais, que sempre nos apoiaram desde os primeiros
dias de nossas vidas. E, também, agradecemos o apoio dos funcionários da Escola Técnica Sandra
Silva – filial de Queimados –, pelo suporte que deram em nosso ensino.

Rio de Janeiro
2023
EPÍGRAFE:

TORSO ARCAICO DE APOLO


(Rainer Maria Rilke)

Não sabemos como era a cabeça, que falta,


De pupilas amadurecidas, porém
O torso arde ainda como um candelabro e tem,
Só que meio apagada, a luz do olhar, que salta

E brilha. Se não fosse assim, a curva rara


Do peito não deslumbraria, nem achar
Caminho poderia um sorriso e baixar
Da anca suave ao centro onde o sexo se alteara.

Não fosse assim, seria essa estátua uma mera


Pedra, um desfigurado mármore, e nem já
Resplandecera mais como pele de fera.

Seus limites não transporia desmedida


Como uma estrela; pois ali ponto não há
Que não te mire. Força é mudares de vida.
(Tradução de Manuel Bandeira)

Rio de Janeiro
2023
RESUMO

Este projeto tem como objetivo central demonstrar os componentes que compõem uma
paleteira – uma das estruturas materiais fundamentais do ramo da logística –, explicando sua
aplicabilidade no ambiente de trabalho. E, também, discorrer sobre aspectos gerais que estão
relacionados ao ramo da logística; e, por fim, onde podemos encontrar a logística em nosso
cotidiano.

Palavras-chave: Paleteira; Logística; Desenvolvimento Humano.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Compra virtual………………………………………………………………………...10


Figura 2: Compra comum………………………………………………………………………..10
Figura 3: Coliseu Romano……………………………………………………………………….12
Figura 4: Atividade agrícola egípcia……………………………………………………………..12
Figura 5: Obra de Jomini………………………………………………………………………...13
Figura 6: Napoleão Bonaparte…………………………………………………………………...13
Figura 7: Modelo de produção fordista………………………………………………………….15
Figura 8: Locomotiva, modal logístico………………………………………………………….15
Figura 9: O CLP…………………………………………………………………………………16
Figura 10: ENIAC, primeiro computador……………………………………………………….16
Figura 11: Sociedade em rede…………………………………………………………………...17
Figura 12: Caminhão saindo para entrega………………………………………………………..18
Figura 13: Empilhadeira suspendendo mercadoria………………………………………………18
Figura 14: Colaboradores em suportes de estoque………………………………………………19
Figura 15: Dois tipos de paleteira………………………………………………………………..19
Figura 16: Duas fotos do nosso projeto………………………………………………………….20
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………...9
2. OBJETIVO…………………………………………………………………………………….10
2.1. Justificativa…….…………………………………………………………………………….11
3. BREVE HISTÓRIA DA LOGÍSTICA………………………………………………………...11
4. PRINCIPAIS COMPONENTES DA LOGÍSTICA……………………………………………17
4.1. Caminhão…………………………………………………………………………………….17
4.2. Empilhadeira…………………………………………………………………………………18
4.3. Suportes de estoque………………………………………………………………………….18
4.4. Paleteira………………………………………………………………………………………19
5. SEGURANÇA DO TRABALHO………………………………………………………………21
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………………...21
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………………….22
1. INTRODUÇÃO

É evidente que a sociedade, vista como um todo, é pautada em diversas interações humanas. E,
sem dúvida, uma das mais importantes é a relação diária que se estabelece entre empresas e clientes.
Isto é, entre compradores que demandam por serviços e produtos e, do lado diametralmente oposto,
por colaboradores que suprem estas demandas: – ofertando um preço já estabelecido.
Em poucas palavras, é o que é conhecido por sociedade de mercado.
O elo entres esses dois polos (cliente e colaborador) é a moeda corrente de cada país, mais
conhecida como dinheiro ou moeda de troca. É através dessa moeda corrente que é possível
estabelecer um vínculo efetivo entre diversas pessoas: – o que dá, finalmente, numa ideia de
sociedade integrada.
Porque só isso é capaz de dá credibilidade em nosso modelo econômico (capitalismo);
conquistando, assim, o aval das normas legais que regem a sociedade.
É por isso que grandes e médias empresas investem na capacitação de seus colaboradores, pois
só assim reproduzirão o molde de comportamento que poderá, em condições normais, trazer mais
lucros. Tentando tornar estes vínculos mais duradouros.
Esta tática comercial tem o nome de “cultura organizacional”. Sua essência pode ser
exemplificada da seguinte forma: “quando os setores entregam resultados, é sinal que ao menos há
um rendimento no trabalho”. Ou seja, possui foco principal no cliente e em suas necessidades.
A título de exemplo, é possível observar vários setores que compõem uma grande empresa
comercial. Principalmente se esta empresa for do ramo do varejo de grande porte. Haverá sempre a
parte logística, a parte de atendimento ao público e, controlando as duas anteriores, a parte de
gestão. Formando um verdadeiro “corpo de trabalho”, visando atingir objetivos comuns.
Sendo assim, estes três pilares deverão se unir e adotar ações integradas para atingir um
resultado final proposto: – aumentar a produtividade da empresa.
“Nada é mais vergonhoso do que afirmar e decidir, antes de compreender e de saber” (Cícero,
Acadêmicos, I, xii). A frase citada anteriormente, dita por Cícero, grande orador romano (106 – 43
a.C), é significativa neste contexto. Ela demonstra que, quando se trata de gerir algum negócio ou,
alargando aquela interpretação para a própria vida, é importante estar atento a muitas variáveis.
Algumas serão fáceis de se reconhecer, já outras vão se impor como verdadeiros empecilhos.
É aí que a experiência de um bom administrador vai se fazer provar.
Por outro lado, a parte de atendimento ao público – por ser a mais próxima ao cliente –, não
poderá deixar a dever em suas funções. Justamente pelo motivo de ser a área mais sensível do
“corpo de trabalho”, isto é, é onde se desenvolve o contato humano, as relações interpessoais.
Portanto, na medida do possível, ela deverá entender e facilitar a demanda de cada cliente. Para
tornar a experiência de comprar satisfatória: – o que ajuda a fidelizar os seus clientes. O que
significa conquistar a preferência deles e, talvez, fazê-los recomendar suas soluções para outros
potenciais clientes.
Para finalizar, a parte de logística é a mais atuante dentro de uma empresa. Sua função, a grosso
modo, é a de suprir necessidades de uma cadeia produtiva – não deixando que seu fluxo se
interrompa. Controla as áreas de cálculo e de raciocínio lógico, executando o fornecimento de
matérias-primas (material a ser trabalhado), a produção em si e, finalmente, a entrega do produto
final.
Não se pode desconsiderar toda a estrutura material na qual a parte logística é firmada.
Todos os dias, por exemplo, é possível observar entregas sendo feitas através de caminhões
pelas cidades. Para não sair do exemplo do varejo, há a descarga cotidiana, em domicílio, de móveis
ou de eletrodomésticos. Aliás, esta é uma das chaves principais da logística e também a mais
comum.
É claro que há outras “estruturas materiais” essenciais da logística, como: – empilhadeiras,
suportes de estoque e, em países mais avançados, é possível encontrar até robôs (braços
automatizados) que integram cadeias produtivas.

Figura 1: Compra virtual. Figura 2: Compra comum.

(Fonte: Freepik.com) (Fonte: Bakery Treille)

2. OBJETIVO

O objetivo deste estudo é explicar a importância dos componentes logísticos, dando atenção
especial a paleteira. Pretendendo demonstrar a importância deles serem utilizados corretamente no
ambiente de trabalho; podendo contribuir assim para a manutenção da saúde do colaborador e,
também, aumentar o nível de produtividade associado ao dinamismo da empresa.
2.1. JUSTIFICATIVA
Somente através de um bom entendimento de diversos componentes da logística e sua
aplicabilidade real, no ambiente de trabalho, pode-se melhorar a dinâmica de oferta e demanda; que,
por si mesma, é o fim último do capitalismo.

3. BREVE HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

A Logística, a cada instante, se faz presente nas relações humanas. Por ser um conjunto de
métodos e meios destinados a fazer o que for preciso para entregar os produtos certos, no local
adequado, no tempo combinado: – é possível observar operações logísticas dos mais diversos tipos,
ocorrendo o tempo todo em sociedade.
Desde a compra de um livro numa pequena loja local, até a compra virtual de uma estante
para a sala de estar – feita por telefone celular num aplicativo –, do pequeno ao grande, do virtual
ao presencial, a logística se faz presente. E, em nossa época, é ainda mais complexa devido ao
fenômeno da Globalização: – podendo fazer com que o consumidor final obtenha produtos das mais
diversas partes do Globo Terrestre, em tempos diversos e por diferentes modais de transporte.
Foi o cultivo da agricultura que deu aos seres humanos um vínculo maior com a Urbe, e ao
mesmo tempo possibilitou que fossem melhoradas suas condições de vida (desses grupos humanos).
Nestes pequenos centros urbanos (ou grupos de pequenas cabanas), deu-se uma comodidade entre
esses colaboradores que permitiu um acúmulo de bens para fazerem trocas com outras Urbes;
buscando por produtos que faltavam ou que não eram produzidos em seus pequenos centros
urbanos.

“Com o fim da Era Glacial, o clima tornou-se mais ameno e o solo, mais fértil. Grupos nômades
começaram a construir suas cabanas junto a rios e lagos, onde pescavam, abasteciam-se de água,
caçavam e coletavam cereais silvestres.
Levados para os acampamentos, onde eram moídos e cozidos, muitos desses grãos de cereais
caíam acidentalmente no solo, e é provável que as pessoas tenham percebido que, com o tempo,
eles germinavam. Segundo alguns estudiosos, foi dessa maneira que o ser humano aprendeu a
cultivar a terra.
As evidências indicam que o domínio da agricultura ocorreu de forma independente em
diferentes lugares do mundo”.
(AZEVEDO, Gislane; SERIACOPI, Reinaldo. História em movimento. 2. ed. São Paulo:Ática,
2013 / volume 1).

Portanto, com a produção agrícola especializada e a troca de excedentes com Urbes (tribos)
vizinhas, surgiam três das mais importantes funções logísticas: o estoque, a armazenagem e o
transporte.
Há cerca de 6.000 anos, civilizações como a do Império Romano, do Egito e da Mesopotâmia,
por exemplo, já utilizavam princípios de movimentação para controlar as cheias dos rios e irrigar
cidades e lavouras. Além de empregarem aparatos logísticos e força humana para construir suas
edificações. O que, por si só, fazia deslocar toneladas de pedras e insumos para a alimentação dos
colaboradores. Revelando a conciliação da logística com a necessidade de consumo de alimentos.
São exemplos destas edificações: – o Coliseu Romano, a Pirâmide de Gizé e os Jardins Suspensos
da Babilônia.
“Daí também o questionamento de Aristóteles, nada conveniente para um homem sábio, quando
protesta contra a natureza pelo fato de ela ter concedido aos animais uma vida tão longa que eles
podem durar cinco ou dez gerações, e ao homem, criado para tantas e importantes realizações,
ter estabelecido um limite tão inferior. Não dispomos de pouco tempo, mas desperdiçamos
muito. A vida é longa o bastante e nos foi generosamente concedida para a execução de ações as
mais importantes, caso toda ela seja bem aplicada”.
(Sêneca, Sobre a brevidade da vida).

Figura 3: Coliseu Romano. Figura 4: Atividade agrícola egípcia.

(Fonte: Wikipédia) (Fonte: História do mundo)

A agricultura, no passado humano, fomentou a criação das bases da Logística. Contudo, foi
nas operações bélicas (militares) que a Logística se desenvolveu finalmente: – alcançando uma
ampliação em suas possibilidades.
O advento da guerra representava um grande deslocamento de soldados para cobrir territórios
distantes, forçando que a Logística fosse aprimorada para situações muito específicas e perigosas.
Bastaria pensar na origem da palavra “logística”: – Logistikos, palavra grega da qual ela deriva.
Também, na Grécia Antiga, bastaria citar o confronto de gregos e troianos, descrito na Ilíada (de
Homero), para firmar e dar coerência ao seguinte argumento: – foi a necessidade de guerrear que
alavancou a Logística.
Pois, como já é implícito naquela linha de argumento, a necessidade de suprir as tropas com
armamentos, munições e alimentos expressava uma complexa organização logística que, muitas
vezes, correspondia a uma das principais estratégias para definir uma guerra.
Sendo assim, o passo seguinte no desenvolvimento da Logística depois da agricultura foi a
“cultura de guerrear” dos povos antigos; isto é, das primeiras civilizações: – em especial a grega e a
romana. Duas culturas que ainda influenciam o imaginário ocidental.

“Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida // (mortífera!, que tantas dores trouxe aos aqueus //
e tantas almas valentes de heróis lançou no Hades, // ficando seus corpos como presa para cães
e aves // de rapina, enquanto se cumpria a vontade de Zeus), // desde o momento em que
primeiro se desentenderam // o Atrita, soberano dos homens, e o divino Aquiles”.
(Homero, Ilíada).

A Era Napoleônica (1799 - 1815) representou uma nova fase, e muito mais próxima de nossa
época, dessa “cultura de guerrear”. Após conseguir chegar ao poder, Napoleão Bonaparte tornou-se
figura relevante na vida política mundial, e por suas qualidades como estrategista, seu espírito de
liderança e seu talento para empolgar os soldados: – ele, mais do que ninguém em seu tempo,
almejou sucesso.
Durante as Campanhas Napoleônicas, cunhou-se a expressão “Loger”, que significa alojar em
francês. O termo surgido no campo de batalha passou a ser associado ao transporte, abastecimento
e alojamento de tropas. O principal teórico militar de Napoleão, Antoine-Henri Jomini, descreveu
em seu obra “Compêndio da Arte da Guerra”, pensada durante suas investidas militares, métodos
estratégicos de transporte de tropas, armamentos e de distribuição de suprimentos. Assim nascia a
ideia de Logística mais recente, ao menos na Idade Contemporânea. Sempre associada aos conflitos
de interesses humanos.

Figura 5: Obra de Jomini. Figura 6: Napoleão Bonaparte.

(Fonte: Amazon.com.br) (Fonte: InfoEscola)

“Dos vultos eminentes do século dezenove, Bonaparte é o mais conhecido de todos e o mais
poderoso”.
“Na verdade um homem como Napoleão, com essa verdadeira adaptação ao espírito das massas
circundantes, torna-se não simplesmente representativo, mas efetivamente abarcador e
usurpador dos outros espíritos”.
(Emerson, Homens representativos).

O processo histórico responsável por trazer a Logística para as grandes cidades e, com o
decorrer das décadas, desenvolvê-la efetivamente a ponto de torná-la tão comum em nosso
cotidiano, foi o processo histórico conhecido como Revolução Industrial. Ele é subdividido em
quatro grandes períodos.
Os ingleses recebem o título de serem os pioneiros na Revolução Industrial.
A Primeira Revolução Industrial embora tenha começado por volta de 1760, por isso um
evento anterior à Era Napoleônica, foi o início do movimento social que mais se responsabilizou
por consolidar a Logística nos grandes centros urbanos. Pois deslocou a “força de trabalho” do
campo para as cidades inglesas.
Este processo de urbanização gradual ocorrido na segunda metade do século XVIII,
transportou a Logística associada ao artesanato para a Logística propriamente mecanizada
(industrial).

“Como vimos, até fins do século XVIII, a maioria da população europeia vivia no campo. Ali
produzia o alimento para seu sustento e organizava grande parte da vida social em função das
atividades agrícolas e pastoris.
A atividade de transformação de matérias-primas era feita de modo artesanal e o produtor
(artesão) controlava as diversas fases da produção. Assim – aproveitando um caso descrito pelo
economista escocês Adam Smith –, um artesão que fizesse alfinetes precisaria conhecer e
executar as diversas tarefas dessa atividade: endireitar o arame, cortá-lo, afiar uma ponta, colocar
a cabeça na outra extremidade e dar o polimento final.
Apesar de a forma artesanal, caseira, ser a mais comum, em alguns países, como Inglaterra e
França, a produção também era organizada em manufaturas – grandes oficinas onde vários
artesãos executavam as tarefas manuais usando ferramentas, sob o controle do dono da
manufatura.
Nas manufaturas, foi implantado um processo de divisão de trabalho que deu origem às linhas
de produção e montagem.
O estágio da produção mecanizada nas fábricas (maquinofatura) foi atingido quando os
avanços técnicos, aliados ao aperfeiçoamento dos métodos produtivos, propiciaram a criação das
máquinas industriais. O processo de mecanização da produção, conhecido como Revolução
Industrial, teve início na Inglaterra”.
(COTRIM, Gilberto. História global. Volume único. Saraiva / 2009).

Duas fontes de energia se destacam: – o carvão mineral e a máquina a vapor (útil em minas).
A Segunda Revolução Industrial não foi um movimento exclusivamente inglês, e nem mesmo
europeu. Foi a primeira vez que a “mancha industrial” se espalhava por outros continentes.
Representou uma nova fase no que diz respeito às melhorias tecnológicas.
Suas principais fontes de energia foram: – o petróleo e a eletricidade.
As ferrovias se expandiram se firmando como um modal de transporte logístico e, por causa
dos novos métodos de produção, houve uma introdução de modos de organização da produção
industrial que se preocupavam com a produção mais barata e com maior rendimento de tempo: –
isto é, buscavam aplicar no ambiente industrial a racionalização do trabalho. São exemplos destes
modos de organização da produção industrial o fordismo e o taylorismo. E, futuramente, o
toyotismo em solo japonês.

Figura 7: Modelo de produção fordista. Figura 8: Locomotiva, modal logístico.

(Fonte: Toda Matéria) (Fonte: Wikipédia)

Pela primeira vez a produção industrial pôde ser automatizada, e a logística já não necessita
tanto de mãos humanas: – com o surgimento da Terceira Revolução Industrial, de caráter técnico-
científico, os processos de produção em linha ganharam uma importante “estrutura material” de
logística.
Denominado como CLP (controle lógico programável), esta nova estrutura de logística firmaria,
ao mesmo tempo, dois conceitos que resumem a Terceira Revolução Industrial: – a computação e a
automação do processo produtivo. Inicialmente o CLP foi criado no final da década de 60 para
melhorar a necessidade da General Motors em alterar de forma eficaz e barata os processos de
produção automotiva; não necessitando fazer parar toda a linha de produção para mudar algo, mas
sim mudar sem ter que parar o trabalho, ou seja, adotar um método pontual para solucionar questões
pontuais: – o que otimizava a produção. E também criou demanda para que técnicos em automação
se inserissem nas indústrias.

“Automação industrial pode ser definida como a aplicação de tecnologias de software, hardware
e equipamentos específicos em processos produtivos. O principal objetivo da automação
industrial é implementar projetos que sejam capazes de aumentar a autonomia dos processos
de fabricação e reduzir ao máximo o esforço humano na cadeia de valor. Atualmente, trata-se
de um conceito intrinsecamente ligado à indústria 4.0, que engloba Sistemas ciber-físicos,
Internet das Coisas e Computação em Nuvem para originar ‘fábricas inteligentes’ “.
(Siembra, empresa de automação industrial).

É importante dizer que pela primeira vez uma nova revolução industrial trazia como parte do
seu arcabouço a preocupação por criar fontes de energia sustentáveis. Como a hidrelétrica e eólica.
Figura 9: O CLP. Figura 10: ENIAC, primeiro computador.

(Fonte: VieW Tech) (Fonte: CNN Brasil)

Porém, devido ao contexto histórico da Segunda Guerra Mundial, também é bom ressaltar que
a Terceira Revolução Industrial foi marcada por contradições: – por um lado houve um
desenvolvimento do potencial nuclear devido à corrida armamentista, e do lado oposto, uma
preocupação ecológica crescente. É na segunda metade do século XX – século contraditório –, que
as diferentes zonas da sociedade humana se interagem cada vez mais. Por isso, é difícil apreender os
diferentes aspectos do mundo Pós-Guerra: – em geral, ele caminhou para o termo hoje muito
conhecido no mundo contemporâneo, a globalização.
A Globalização é a responsável por tornar as cadeias produtivas, que necessitam da logística
para subsistirem, em nosso século, em modelos totalmente descentralizados.
A Quarta Revolução Industrial é herdeira direta da Globalização, e também pode ser
considerada a etapa mais recente do capitalismo mundial. Notabiliza-se, principalmente, por seu
extraordinário avanço tecnológico. Agora é possível dizer que as fronteiras digitais ultrapassam as
fronteiras físicas.
O único conceito capaz de abarcar a logística associada aos softwares de gestão de compras
(que integram cadeias produtivas), instalados em aparelhos eletrônicos (celular, notebook, etc.), ao
próprio fenômeno da Globalização, foi desenvolvido pelo sociólogo espanhol Manuel Castells: –
Sociedade em Rede.
A grosso modo, este conceito pode ser definido da seguinte maneira: – a sociedade depois da
Terceira Revolução Industrial, intitulada também como revolução informacional, é organizada a
partir de um sistema comunicacional mediado por tecnologias. A Quarta Revolução Industrial
apenas expandiu este conceito vertiginosamente; fazendo que ele seja reconhecido em toda
sociedade no século XXI.
Por onde olhamos podemos vê-lo em funcionamento: – nos caixas eletrônicos, em uma chamada
por videoconferência. É através de cada ser humano que se forma este conceito, pois cada ente
humano é visto como um ponto dentro de uma ampla rede de vários pontos, interligados por
afinidades comuns ou relações de consumo. As redes sociais nada mais são do que o resumo desta
lógica aplicada cotidianamente na vida de cada indivíduo; ao ter em mãos o seu aparelho celular.
Por fim, é possível afirmar, sem exagero, que a Logística acompanhou o desenvolvimento
das relações humanas; ela se ampliou e se aprimorou conforme o ser humano sofisticou as suas
relações interpessoais: – relações feitas tanto de modo presencial, quanto de modo virtual.

Figura 11: Sociedade em rede.

(Fonte: Minicurso)

4. PRINCIPAIS COMPONENTES DA LOGÍSTICA


Para fins expositivos e descritivos, serão abordados ao menos quatro componentes
representativos da logística; visando demonstrar suas características mais importantes e seus usos.

4.1. CAMINHÃO
De todos os meios de locomoção usados como modais da logística, o caminhão é – sem
dúvidas –, o mais comum e o mais frequente. Sua função é a mais diversa possível: – para uso em
frete, para transporte de mercadorias e, também, para entregas de serviços postais. Há uma
variedade muito grande nos modelos destes veículos. Desde os de pequeno porte, até os de grande
porte – geralmente alongados com extensões passíveis de serem separadas. Basta olhar para o nosso
cotidiano e reconheceremos facilmente este componente da logística: – pois a todo tempo ele se faz
presente no dinamismo das cidades.
Figura 12: Caminhão saindo para entrega.

(Fonte: Minicurso)
4.2. EMPILHADEIRA
Por ser um veículo de pequeno porte e por usar alavancas (localizadas na parte da frente) para
suspender mercadorias por um garfo, buscando colocá-las nos suportes de estoque – visando
melhorar assim a cultura organizacional em um galpão de uma empresa; a empilhadeira também
pode ser entendida como um importante componente da logística.

Figura 13: Empilhadeira suspendendo mercadoria.

(Fonte: Wikipédia)
4.3. SUPORTES DE ESTOQUE

De todos os componentes da logística, os suportes de estoque podem ser classificados como


os mais simples e também os mais estáticos em uma lógica de transporte e armazenamento de
mercadorias. Geralmente eles são usados com muita frequência nos galpões de empresas.
Figura 14: Colaboradores em suportes de estoque.

(Fonte: Uol)

4.4. PALETEIRA

Por ser um instrumento manual da logística e, por extensão, uma adaptação em pequena escala
da empilhadeira, o componente da logística paleteira é também considerado uma importante
ferramenta de deslocamento de mercadorias: – ajudando a manter ativa toda uma cadeia de “oferta e
demanda” no cotidiano das empresas. Sua estrutura, a princípio, é bem simples: uma haste regulável
fixada em uma junção de duas placas paralelas de metal; que possuem pequenas rodas, facilitando
assim a movimentação da ferramenta de logística. Porém este não é o único modelo encontrado no
mercado: há também exemplos de paleteiras elétricas e hidráulicas. Seu material de fabricação é por
vezes um misto de metal mais elementos mais leves, como por exemplo o plástico.

Figura 15: Dois tipos de paleteira.


(Fonte: Casa da Mecânica) (Fonte: Casa da Mecânica)

Possui uma vantagem em relação à sua concorrente mais próxima: – a empilhadeira. É mais
cômoda e seu manuseio é manual; o que agiliza, enfim, o seu uso em galpões de empresas. Podendo
melhorar a cadeia logística em si.
É importante ressaltar que seu princípio de funcionamento é manual, e também ajustável para
suportar o peso de diferentes cargas. Desde que, a princípio, guarde as características do fabricante,
respeitando suas peculiaridades.
O colaborador responsável pelo seu uso, colocará sua força física; fazendo que a ferramenta
saia da inércia. Moldando sua movimentação conforme a necessidade de transportar diferentes tipos
de cargas.
Portanto, seu funcionamento se dá através da força mecânica.

Figura 16: Duas fotos do nosso projeto.

(Fonte: Autores) (Fonte: Autores)

É bom dizer que a distribuição desta força mecânica não ocorre só no eixo horizontal, isto é,
no ir e vir da paleteira no cotidiano de uma empresa. Esta mesma força também pode ser deslocada
para o eixo vertical: – bastaria pensar no levantar e, momentos depois, no abaixar durante o
preenchimento de mercadorias em suportes de estoque.
Isto já é capaz de deixar nítido, por exemplo, seu princípio de suspensão; que é feito através
do guincho manual.
Nosso projeto foi fabricado a partir de metalon, que nada mais é do que um produto feito de
aço carbono; haverá um guincho manual associado a esta estrutura visando levantar cargas: – este
último componente por sua vez poderá suportar uma carga de até 323kg.

5. SEGURANÇA DO TRABALHO

O tema da segurança do trabalho é essencial para qualquer empresa que se preocupe com a
manutenção da saúde de seus colaboradores. Seus objetivos são os mais nobres: este tema em
específico almeja zelar pela saúde de seus colaboradores; evitando que acidentes ou situações muito
estressantes cheguem até eles. No cotidiano de uma empresa, é normal haver dias com um maior
dinamismo de oferta e demanda; então, justamente aí, seus colaboradores devem se adequar a este
novo “espírito de trabalho”.
Logo, se é possível seguir com uma lógica linear este pensamento, é evidente que esta situação
mais corrida poderá deixar claro certas fragilidades do “corpo de trabalho”. Portanto, para atenuar
possíveis retrocessos na produtividade e proteger seus colaboradores a um só tempo, foram criadas
normas reguladoras; vinculadas à ABNT.
Para o nosso projeto, que discorre sobre as funcionalidades de uma paleteira e, por extensão,
a quantidade de carga que este componente da logística pode suportar, a Norma Reguladora 11 é a
mais adequada à sua lógica de aplicação no mundo do trabalho.
Esta norma se divide em duas frentes diversas que, no entanto, se complementam: uma delas
é o excesso de carga que o corpo do colaborador pode suportar; a outra é a quantidade de carga que
o componente da logística, neste caso a paleteira, pode suportar sem afetar seu perfeito
funcionamento.

Para mais informações sobre a Norma Reguladora 11, pesquisar por normas
regulamentadoras da ABNT. Disponíveis para consulta pela internet (Rede Mundial
de Computadores).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A paleteira é um componente da logística fundamental em nossa época. Ela é muito útil no
cotidiano das empresas pelo seu uso no transporte de mercadorias, e também por conseguir alocá-
las em diferentes partes de suportes de estoque: – tanto desde os mais rentes ao chão até aos que
ultrapassam o nível médio de uma “estante de estoque”, ou seja, vai através de seu princípio de
suspensão levando mercadorias até as partes mais elevadas de suportes de estoque.
Este estudo visou focar um resultado: – o de deixar comprovado que o componente da logística
“paleteira” pode ser considerado ao mesmo tempo uma ferramenta prática e essencial numa cadeia
de logística no mundo contemporâneo.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• (AZEVEDO, Gislane; SERIACOPI, Reinaldo. História em movimento. 2. ed. São Paulo:


Ática, 2013 / volume 1).
• (Sêneca, Sobre a brevidade da vida).
• (Homero, Ilíada).
• (Emerson, Homens representativos).
• (COTRIM, Gilberto. História global. Volume único. Saraiva / 2009).
• (Siembra, empresa de automação industrial).

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