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ALEXANDRE DA PAZ
ANA CAROLINA MONHOES DA SILVA
Disciplina: FAL II
Profa. Dra. Endrica Geraldo
Semestre: 2022.2
Foz do Iguaçu
2023
ANÁLISE DE FONTE: “REVISTA ANAUÊ- 1937”
AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA - QUE PAPEL DESEMPENHAVAM A IGREJA,
AS MULHER E AS CRIANÇAS NA AIB?
Alexandre da Paz
Ana Carolina Monhões da Silva
Resumo
O presente artigo tem por objetivo realizar uma análise da “Revista Anauê” de 1937, e desenvolver
um estudo do papel desempenhado pela Igreja, mulheres e crianças no movimento da Ação Integra-
lista Brasileira (AIB).
Resumem
Este artículo tiene como objetivo realizar un análisis de la “Revista Anauê” de 1937, y desarrollar
un estudio del papel jugado por la Iglesia, las mujeres y los niños en el movimiento Ação
Integralista Brasileira (AIB).
Introdução:
Para a elaboração deste artigo, foi usado como fonte histórica a “Revista Anauê”, edição nú-
mero 20. Trata-se de uma publicação periódica e ilustrada, de cunho Integralista, lançada em outu-
bro de1937, com 66 páginas voltadas em especial para as famílias adeptas ao integralismo. Nela po-
demos observar muitas propagandas que muito possivelmente eram das empresas financiadoras do
projeto integralista há época. O conteúdo apre-
sentado varia de piadas, moda, até as noticias e
demais conteúdos do movimento da Ação Inte-Figura 1: "Revista Anauê" Pg 62.
gralista Brasileira – AIB.
Podemos assim dizer que ela estava “ estilo revista: variada, multifacetada e viva”(LUCA,
Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, CarlaBassanezi.
(Org.).FontesHistóricas.2aed.SãoPaulo:Contexto,2008,v.1,p.123). Neste mesmo livro Tania Luca
ressalta a importância deste estilo de impressa como fonte histórica e como as ilustrações tornaram-
se uma parte muito importante e de grande poder histórico. E através destas imagens pulicadas, ex-
traímos a questão que é tema deste artigo, tendo em vista a percepção de que a revista apresenta va-
rias imagens das mulheres e crianças, bem como de alguns clérigos, que inclusive assinam textos
publicados, nos questionamos que papel desempenhavam a Igreja, as mulheres e as crianças na
AIB? Mas antes de respondermos a esta questão, presumo necessário fazermos um breve comentá-
rio sobre o Integralismo.
O Integralismo
E é dentro deste contexto que, de acordo com a fonte estudada nos deparamos com a questão
que propomos neste artigo. Que papel desempenhou a igreja católica neste movimento?
A Igreja
Em 1937, o Estado Novo, regime autoritário liderado por Getúlio Vargas, foi estabelecido no
Brasil, e o Integralismo acabou sendo cooptado pelo governo. Nesse momento, a Igreja Católica
passou a se opor ao movimento, uma vez que o regime Vargas restringiu a liberdade religiosa e bus-
cava controlar as instituições religiosas.
Mulheres e crianças
“As militantes integralistas eram denominadas como Blusas-verdes, pois a cor verde oliva
predominava nas vestimentas dos integralistas. Isso se tornou um símbolo dos adeptos, cujos
codinomes, “camisas-verdes” para os homens e “blusas-verdes” para as mulheres marcaram a
história do movimento”(BAIRROS, Lilian T. de. A imprensa feminina da Ação
Integralista Brasileira: algumas funções políticas e sociais das Blusas-Verdes
representadas na revista Brasil Feminino. In: XXIX Simpósio Nacional de História 2017-
ANPUH, 2017, Brasília.)
Embora as mulheres pudessem participar da AIB, não lhes era permitido ter uma participa-
ção política ativa ou ocupar cargos de liderança no movimento. Seu envolvimento era mais voltado
para atividades de apoio e difusão das ideias do integralismo entre outras mulheres e na educação
dos filhos.
No geral, o papel das mulheres na AIB estava ligado à esfera doméstica e educacional, en-
quanto as crianças e jovens eram envolvidos em atividades que visavam à formação moral e cívica,
de acordo com os princípios e ideais do integralismo.
Conclusão:
A fonte estudada é riquíssima em informações a respeito do movimento integralista da época. As
imagens ali registradas nos fornecem vários elementos que nos permitem, como disse Pinsky: “co-
locar a mão na massa” (LUCA, Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In:
PINSKY, Carla Bassanezi.(Org.).Fontes Históricas.2aed.São Paulo: Contexto,2008,v.1,p.7). Com a
ajuda dos textos complementares chegamos a resposta da nossa indagação inicial: A Igreja tinha um
papel ativo e muito presente na AIB, apesar de não assumirem oficialmete, ajudando na divulgação
e doutrinação até o ano de 1937, quando a implantação do Estado Novo. Com relação as mulheres,
eram membros da AIB, mas desempenhavam funções estritamente domesticas. Cuidavam da
educação das crianças e das atividades do lar. Não tinham ambições politicas e não podiam assumir
funções de lideranças no movimento. As crianças eram concideradas a nova geração, eram
doutrinados a seguirem os preceitos e faziam partes de grupos juvenis de formação moral e cívica.
Impossivel analizarmos esta fonte e em nossa mente não traçarmos um paralelo entre o
passado e presente. Poderiamos aquí elencar varíos elementos da conjuntura atual que nos leva
diretamente ao Integralismo de Plinio Salgado1. Mas deixaremos esta análise para outro artigo.
1Plínio Salgado (1895-1975) foi um político, escritor e jornalista brasileiro. Fundou, em 1932, a Ação Integralista
Brasileira – movimento político inspirado no fascismo italiano
Referências Bibliográficas:
LUCA, Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY,
CarlaBassanezi.(Org.).FontesHistóricas.2aed.SãoPaulo:Contexto,2008,v.1,p.111-153.