Durante a colonização do Brasil no século XIX, formou-se uma elite agrária
com as capitanias hereditárias e as sesmarias, construindo grandes latifúndios,
monoculturas escravistas que apenas visavam o lucro. Paralelamente, no Brasil atual, é possível notar uma predominância desses grandes produtores em detrimento aos de agricultura familiar de grande importância para o mercado interno e para o plantio sustentável, tendo uma grande negligência na prioridade social. Primeiramente, é inegável o fato da falta de reconhecimento do Estado sobre esses pequenos agricultores que, apesar de possuírem um território menor no Brasil, fazem parte de 70% do comércio nacional. Logo podemos notar que o pequeno produtor não possui incentivo real para comercializar, já que tende a se submeter aos grandes produtores, impedindo a mobilidade industrial e o crescimento do comércio, enquanto outros lucram excessivamente ou exportam para o externo, ameaçando o abastecimento interno. Ademais, conseguimos perceber uma ideologia do desmatamento “sedento” por lucro no Brasil, com monoculturas que impactam diretamente na fauna, em contrapartida, com pequenos agricultores que utilizam práticas ecológicas mais sustentáveis. Sob essa ótica, vemos uma falta de responsabilidade Estatal com a segurança da agricultura e a desatenção com o plantio familiar que priorizam o meio ambiente. Infere-se, portanto, que a agricultura familiar no Brasil é de suma importância para a organização social e para o Brasil. Deste modo, cabe ao Estado, por meio de programas sociais de incentivo comercial, protagonizar o pequeno agricultor no meio interno. Essa iniciativa tem como finalidade propor motivar uma agroindústria saudável e em prol da sociedade brasileira.