Você está na página 1de 1

Canal LumberGeek

Conto LumberPlus
BLOCO 5 DE MATEMÁTICA - EQUAÇÃO DE 1º GRAU

Eu Enxergo em Equações!
Por LumberGeek

Em diversos contos, mostrei como alguns tópicos são praticamente inseparáveis de outros, ainda
que, no geral, eles sejam ensinados em matérias ou áreas diferentes nos cursos preparatórios.
Adicionalmente, sempre comento que o examinador sabe que as escolas não ensinam esses tópicos de
forma interligada e que ele se aproveita disso para cobrar um conhecimento mais integrado em questões
interdisciplinares, se livrando do aluno despreparado. Os exemplos são vários, mas, talvez, nenhum
caso seja tão crítico quanto o de hoje: você deve estudar movimento uniforme (física) quando estiver
estudando equação de 1º grau (matemática) e vice-versa. Se ao ler um enunciado de uma questão de
movimento uniforme você conseguir imaginar o gráfico equivalente àquele movimento, o problema
estará praticamente resolvido. O mesmo se aplica a exercícios de encontro - o encontro das retas no
gráfico equivale ao encontro dos corpos do cenário proposto. Se você começar a pensar da forma certa,
você passará a ter facilidade e, até, desejará se deparar com exercícios desse tipo para ganhar pontos
facilmente.
Comecemos do início: cenários de proporcionalidade direta ou inversa podem ser descritos por
meio de equações de 1º grau. Para isso, utilizam-se principalmente as equações geral e reduzida. Uma
equação de 1º grau, por sua vez, pode ser expressa por uma reta no plano cartesiano. Como problemas
de cinemática são, em muitos casos, uma relação diretamente ou inversamente proporcional (relação
tempo-espaço), essas situações poderão ser transformadas em equações e gráficos. Não bastasse isso,
conhecendo apenas uma das representações, você sabe todas as outras. Para tal, é essencial que você
domine, através de muito treino, como navegar de uma forma para outra sem se perder. Caso isso
ocorra, você começará a enxergar em textos aparentemente complexos, pequenas equações que
contarão praticamente tudo sobre a questão. E, se você sentir dificuldade em realizar essas conversões,
você pode usar o exemplo mais simples e ir evoluindo aos poucos.
No cenário mais básico de velocidade média, temos um corpo se movendo a um metro por segundo
(Vm = 1 m/s) partindo de um marco zero. Com isso, em dez segundos ele se movimentará dez metros.
O gráfico para esse exemplo será uma reta que passa pela intersecção dos eixos do plano cartesiano e
pelos pontos (1,1), (2,2), (3,3), etc. Os eixos, nesse caso, seriam o tempo em x (eixo das abcissas) e o
espaço em y (eixo das ordenadas). A equação reduzida, então, seria y = x. Simples, não é? Fora isso,
qualquer uma das informações anteriores têm, inerentemente, todas as outras contidas nela. Ou seja, se
te falarem apenas a equação, você tem o gráfico e o enunciado. O gráfico, também, seria suficiente para
você criar a equação e o enunciado. Tendo esse recurso em mente, você pode extrapolá-lo para casos
mais complexos e resolver muitas questões apenas sabendo escrever o mesmo movimento de formas
diferentes.
Em cenários mais avançados, você não precisa reinventar a roda. Você precisará somente ajustar
o exemplo elementar para os novos parâmetros. Quando seu ponto de partida for um valor maior que
zero, você sobe a reta no gráfico para esse valor no eixo das ordenadas e adiciona o mesmo número ao
final da equação (para um corpo que parte do ponto 7 a 1 m/s, temos que y = x + 7). Se o corpo está
indo para trás ao invés de para frente, você deve inverter o sinal do x (y = -x + 7) e o gráfico deve descer
com o tempo ao invés de subir. Além disso, você pode ajustar a velocidade alterando o multiplicador do
x. Caso o corpo ande 4 metros por segundo, multiplique o x por 4, e a nova equação, com todas as
mudanças, se tornará y = -4x +7.
4 Textos por semana para membros LumberPlus
https://www.youtube.com/channel/UCMwaWm4ufTtwD8Ay56eM4qw/join

Você também pode gostar