Você está na página 1de 1

Canal LumberGeek

Conto LumberPlus
BLOCO 3 DE QUÍMICA - TABELA PERIÓDICA

Ordem no Caos!
Por LumberGeek

Como sempre tivemos acesso à tabela periódica, nunca percebemos o quão genial foi a sua
criação. Concordo que, olhando superficialmente, ela parece ser apenas um monte de siglas
organizadas para caber em um quadro. Na realidade, porém, trata-se de uma poderosa ferramenta para
prever algumas das propriedades e comportamentos dos vários elementos existentes. Dado um número
atômico, você consegue, por meio da distribuição eletrônica, situar um átomo em determinada família da
tabela. Se você se lembrar das características daquela família, você vai ter uma ideia razoável de como
o átomo se comporta. E o contrário é válido também: observando as propriedades de um elemento
desconhecido, você pode supor em qual coluna da tabela ele se localizaria e, também, o número de
elétrons em sua última camada eletrônica (camada de valência).
Se, por exemplo, um átomo é inerte, ou seja, se ele dificilmente reage com outro átomo, muito
provavelmente ele deve pertencer aos Gases Nobres (situados na extrema direita da tabela periódica).
Isso ocorre porque eles possuem uma configuração eletrônica muito estável, uma vez que suas
camadas de valência estão preenchidas. Quando temos oito elétrons na última camada (ou dois, no
caso do Hélio), o átomo tende a não receber ou doar elétrons, o que o torna menos suscetível a reagir
com outros átomos. Por isso que, na atmosfera, você encontra o Argônio sozinho, em oposição ao
Oxigênio, que você encontra em duplas (gás oxigênio) ou em trios (ozônio).
Ao lado dos Gases Nobres, temos os Halogênios e, em seguida, os Calcogênios. Lembra que eu
falei no conto "Caixinhas Ilusórias!" sobre a importância da formação das palavras? Nesse caso, você já
tinha visto o prefixo "halo" em "halófitas" - termo usado para classificar plantas que vivem em ambientes
muito salgados. Os halogênios, então, são os "Formadores de Sal". Nessa família, estão os elementos
com sete elétrons na camada de valência, como, por exemplo, o Cloro. Por faltar um elétron para
completar a camada, esse átomo se junta com algum outro átomo que contém elétrons "de sobra". Se a
união for com o Sódio, será formado no processo, o sal de cozinha (NaCl). Além disso, átomos dessa
família se unem entre si - formando moléculas - e, ainda, com átomos de hidrogênio - formando ácidos.
Já os Calcogênios, que têm propriedades muito similares a essas, possuem apenas seis elétrons na
última camada eletrônica.
Depois, indo para o meio da tabela, temos a enorme família dos Metais de Transição. Esses metais
são, em geral, reflexivos e acinzentados (com raras exceções: o Ouro é amarelado e o Cobre,
alaranjado). Adicionalmente, eles realizam ligações metálicas, o que gera o fenômeno do "mar de
elétrons". Quando átomos de um mesmo metal de transição se combinam, é formado um retículo
cristalino e os elétrons passam a se mover livremente entre os diversos átomos da estrutura, produzindo
esse "mar". Por causa disso, metais costumam ser ótimos condutores de corrente elétrica, o que os
torna ideal para componentes eletrônicos e fios de eletricidade.
Entretanto, alguns metais são de famílias diferentes e possuem certas particularidades. Na extrema
esquerda da tabela, temos os Metais Alcalinos e os Alcalinos Terrosos. Ambos têm poucos elétrons na
camada de valência e, por isso, são "doadores" de elétrons. O que decorre dessa especificidade é que
eles são bons formadores de sais e de bases. Além disso, alguns Metais Alcalinos, quando puros, tem
alta reatividade com água e podem, até, provocar explosões. No processo, gás hidrogênio - uma
molécula altamente inflamável - é formado.
4 Textos por semana para membros LumberPlus
https://www.youtube.com/channel/UCMwaWm4ufTtwD8Ay56eM4qw/join

Você também pode gostar