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Medo e Miscigenação:

a visão dos povos da loresta nos


relatos dos militares brasileiros no
século XX
Tássio Franchi*

Resumo:
O texto discorre sobre a construção das imagens das populações nativas da região
amazônica pelos militares brasileiros ao longo do século XX. As fontes foram 120 obras de
67 diferentes militares publicadas entre 1915 e 2007, estando a maioria deles concentrada no
segundo e terceiro quartéis do século. A visão sobre os indígenas não foi una, variando entre
uma adjetivação positiva cujo principal argumento era vê-los como brasileiros e elementos
importantes na ocupação do “vazio demográico”, mas também como um ser que gerava
medos por sua agressividade, gerada por contatos pouco amistosos. Ambas as visões tem
nuances e se modiicam no decorrer do período.
Palavras-Chave: Exército Brasileiro, Amazônia, populações nativas, indígenas, século XX.

Abstract:
The paper issues the construction of the Amazon native´s image by the Brazilian
military during the twentieth century. The sources were 120 books of 67 diferent military
authors, published between 1915 and 2007. Most of them concentrated in the second and
third quarters of the century. The reresentation of the natives in these books changed over
time. They were seen as Brazilians and as an important element in the occupation of the
“demographic vacuum”, but they were also feared by their aggressiveness, impression
produced after unfriendly contacts. Both views have nuances and change over the period.
Keywords: Brazilian Army, Amazon, native populations, indigenous, twentieth century.

Introdução
A área da Amazônia Legal corresponde XVIII, com os tratados que deram a posse
a mais de 60% do território nacional e da região à coroa portuguesa, fortiicações e
abriga mais de 25 milhões de brasileiros vilas foram sendo construídas e mobiliadas
muitos dos quais indígenas. O contato com tropas coloniais e imperiais, após 1822.
destas populações com os homens brancos Desde a instauração da república a defesa
data do século XVI. No decorrer do século de toda a região cabe Forças Armadas

48 * Professor na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro

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brasileiras constituídas pelo Exército, documentos oiciais das FFAA relacionados
Marinha e Aeronáutica (Art. 142, CF- com a região amazônica3.
1988). Sendo desta forma um ator com uma A inspiração para o recorte temporal
presença secular e importante no território deriva da concepção de longa duração4,
em questão. Seus soldados, marinheiros proposta por Fernand Braudel (1995) para
e aviadores estiveram sempre em contato investigar as continuidades e as rupturas
com as populações existentes na Amazônia, históricas. Braudel coloca “(...) a diiculdade
produzindo e reproduzindo para todo o país em romper certos marcos geográicos,
impressões sobre as mesmas. Este trabalho certas realidades biológicas, certos limites
busca investigar de forma exploratória quais da produtividade e até reações espirituais:
foram os principais argumentos ou ideias também os enquadramentos mentais
ligadas a estas populações que os militares, representam prisões de longa duração”
principalmente do Exército, construíram e (BRAUDEL, 1990, p. 14). Para tal no
reproduziram em obras publicadas ao longo apoiamos metodologicamente, na análise
do século XX. de conteúdo, observando essas reações
De inicio é preciso alertar o leitor sobre e enquadramentos mentais diante das
os limites deste trabalho, que não construiu populações da Amazônia que se buscou
uma visão antropológica ou sociológica dos identiicar nos escritos dos militares
nativos e dos militares, mas tão somente brasileiros.
uma visão histórica da reprodutibilidade A visão dos indígenas nos relatos
de certos argumentos e ideias produzidos dos militares durante o século XX é dual
por militares e ex-militares sobre algumas e complementar. Nela tanto encontramos
das populações amazônicas, notadamente os nativos retratados como perigosos e
indígenas e imigrantes nordestinos. O recorte selvagens, quanto como sendo os ‘primeiros
temporal extenso apresenta-se como uma brasileiros’ ou brasilvícolas, para usar o
possibilidade de investigação das estruturas termo cunhado pelo Marechal Cândido
discursivas de modo a compreender a sua Rondon, como vítimas do contato com os
permanência e o seu sentido ao longo do brancos e carentes da proteção do Estado.
século, por outro ele torna imperativo Mais que somente uma visão, nos parece
outros recortes que viabilizem o texto. Nessa que houve durante décadas uma verdadeira
dimensão, os recortes incidiram sobre as relação dual. De um lado, indígenas
fontes e métodos utilizadas1, bem como trabalhavam junto na construção das linhas
sobre os exemplos escolhidos para ilustrar telegráicas feitas por Rondon; auxiliando
o texto. Optou-se por usar apenas as fontes os trabalhos dos irmãos Villas Boas na
bibliográicas produzidas por militares abertura de trechos de estradas que estavam
(livros e relatórios ostensivos)2. Foram sendo feitas pelos Batalhões de Engenharia
investigadas mais de 120 obras publicadas e Construção (BEC) na década de 1970; e
por 67 diferentes militares brasileiros, todas mais recentemente integrando as ileiras,
publicadas durante o século XX, além de principalmente, do Exército Brasileiro. E 49

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de outro lado, indígenas que geralmente nas fronteiras do país, ou que simplesmente
não haviam ainda feito contato com os estavam envolvidos em alguma missão pela
civilizados e que lutavam para proteger área.
suas terras daqueles invasores, o que gerava As visões e o direcionamento das ações
encontros pouco amistosos, alguns dos quais das Forças Armadas no século XX com
terminaram com mortes de ambos os lados. relação aos indígenas na Amazônia foram
No texto tentamos retratar essa dupla visão amplamente inluenciados pelos trabalhos
do nativo, ora como um perigo dentro do do Marechal Rondon e, posteriormente,
“inferno verde”, ora como um elemento que por seus discípulos à frente do Serviço
o estado deveria proteger por ser, junto com de Proteção ao Índio (SPI), que veio a se
os ribeirinhos e imigrantes, um elemento tornar a atual Fundação Nacional do Índio
essencial ao povoamento da região. (Funai). Para introduzir o pensamento de
Rondon sobre os indígenas, podemos partir
da seguinte citação:
Desenvolvimento
Que é o índio? Neste particular, permito-
Na Amazônia havia diversos grupos
me o prazer de transmitir a opinião do
indígenas nativos, cujo contato com os cha- Serviço de Proteção ao Índio pela sua
mados civilizados já havia sido feito há ge- ardorosa diretoria: ‘A preciosidade maior
rações nos séculos anteriores (HEMMING, que encontramos na marcha para o
2004, 2007, 2008; RIBEIRO, 2010; RON- Oeste,’ E essa preciosidade, continua ela
DON 1946; 1953; 1955). Entretanto, havia discorrendo, vem das grandes qualidades
os ‘bravos’, índios que ou não conheciam ou que a sua incorporação trará ao povo
rejeitavam o contato com os civilizados. Es- brasiliano (RONDON, 1942, p. 22).
ses grupos indígenas arredios defendiam os Embora Rondon defendesse com ardor
seus territórios de forma aguerrida contra os indígenas durante a primeira metade do
a invasão dos estrangeiros ou de outras tri- século XX, os seus relatos e os da Comissão
bos que fugiam ao contato com os brancos. Rondon com certeza contribuíram, de forma
Durante a primeira metade do século XX, inconsciente, para reforçar uma mística em
existiam regiões do país que ainda estavam torno de alguns grupos como bravios ou
‘fechadas’ à colonização por esses grupos. agressivos. Ao ler em sequência algumas
Vários indivíduos, brancos e índios, perde- publicações de Rondon e os textos da
ram a vida em encontros e tentativas de pa- Comissão Rondon (1915; 1916; 1942; 2003),
ciicação desses indígenas (VILLAS BOAS, ou ao folhear os três volumes de Índios do
2012). Nesse trabalho de contatos com os Brasil (1946; 1953; 1955), são retratadas as
nativos, alguns nomes se destacam duran- isionomias, os costumes, a cultura material
te o século XX: Candido Mariano da Silva de diversas tribos, além das localidades, os
Rondon e os irmãos Villas-Bôas. Mas, esse animais e o meio ambiente da região5. Vemos
contato também ocorrida com diversos mi- que alguns grupos, como os Nhambiquaras,
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litares que serviam em postos avançados foram retratados como donos de tamanha
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ferocidade que, conforme o próprio texto, destinados aos agressores, no próprio
algumas vezes os simples vestígios da sua local em que eles o hostilizaram 6. Grifo
presença bastavam para causar desconforto nosso
às tropas: No segundo ataque, Rondon se
O que não teria passado pelo espírito dos encontrava junto com o grupo que foi
nossos soldados e tropeiros, cercados, alvo das lechas disparadas pelos índios
nestes ermos, de indícios e vestígios Nhambiquaras:
dos Nhambiquaras, nome que só por
Na frente ia o Domingos, armado de
si basta para arrebatar as almas, mesmo
carabina Winchester, em seguida eu com
as mais frias, às regiões povoadas de
uma Remington de caça, a tiracolo, depois
cenas pavorosas da antropofagia, de
o Ten. Lyra e o fotógrafo Leduc, ambos
que andam cheias as lendas secularmente
armados com pistolas Colt. Mais atrasado
entretecidas em torno desta nação de
vinha o resto do pessoal. (...) Domingos
silvícolas?! (RONDON, 1916, p. 136).
fora alvejado por duas lechas, eu por
A citação reverbera um dos temores três, a terceira das quais viera quebrar-se
mais antigos relacionados aos nativos de encontro a minha arma, no momento
brasileiros, o da antropofagia. Entretanto, em que desfechei sobre o selvagem da
mais que somente indícios da presença esquerda, o que me alvejou no peito.
de índios, ocorreram muitos incidentes Não sei por que acaso encontrou
com eles, envolvendo inclusive o próprio esta lecha o furo da bandoleira
onde se engastou, senão ter-me-ia
Rondon. “Eu próprio e as minhas turmas
fatalmente morto (RONDON, 1946, p.
de exploração de 1907 e 1908 fomos duas
10-11. Grifo nosso).
vezes violentamente agredidos a lechadas,
pelos altivos guerreiros Nhambiquara, às Mesmo sendo um grupo relativamente
margens do famoso rio Jurema” (Rondon, grande e bem armado de homens, os índios
1946, p. 6). No primeiro ataque, o Ten. não hesitaram em atacar. A presença de
Nicolau Bueno dos Santos Horta Barbosa e fotógrafos durante os trabalhos permitiu
o Aspirante a Oicial Tito de Barros foram que o fato fosse registrado em imagens
as vítimas: divulgadas a posteriori. Rondon, o Tenente
[...] ambos no exercício de funções Lyra e outros homens estavam a cavalo,
concernentes à construção da linha conforme se vê nas fotos (RONDON, 1946,
telegráica entre as estações de Jurema e p. 37). Ao relato de Rondon seguem-se a foto
Nhambiquaras, foram lechados pelos da espingarda com a ponta da lecha presa na
índios desta última denominação, bainha e outras fotos do local do incidente.
em pleno peito. Fiel ao nosso lema, Existem amplos registros fotográicos dos
o Tenente Nicolau, comprimindo o
trabalhos de Rondon à frente da Comissão
ferimento donde brotava abundante, tão
de Linhas e Telégrafos e de outras missões,
generoso sangue brasileiro, não consentiu
de modo algum que perseguissem nem disponíveis em diversas publicações suas
atirassem contra os silvícolas e, ao e em relatórios entregues ao Ministério da
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contrário, mandou empilhar presentes, Guerra.
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O material fotográico e os relatos na Gen. Belarmino quanto Euclides da Cunha
coleção Índios do Brasil (RONDON 1946; haviam descrito incidentes com os nativos
1953; 1955) desenharam aos leitores, civis que os seus próprios soldados sofreram ou
ou militares, os rincões do Brasil longe do presenciaram. Sobre o rio Purus, Euclides
litoral. Nos relatórios sobre os trabalhos escreveu:
da Comissão de Linhas Telegráicas, icou Sobre tudo isto, a ameaça dos inieles.
demonstrado que inúmeros homens Duas horas antes de alcançarmos aquele
perderam a vida, vítimas dos encontros com ponto, tínhamos visto, atirado no barranco
índios bravios: esquerdo do rio, num claro, entre as
frecheiras, o cadáver de uma mulher,
Além da morte por febre a que aludimos,
uma amauaca. Fora, ao que colhemos
teve a expedição de lamentar mais as
depois, trucidada pelos bárbaros,
consequências dum assalto inopinado que
que rondavam por perto numa ameaça
alguns índios caritianas deram a uma
permanente e surda (CUNHA, 2000
das canoas, na tarde de 2 de setembro.
[1907], p. 330).
Infelizmente, desse assalto resultou
sair ferido o médico Dr. Paulo dos Cabe destacar que Euclides usa termos
Santos, alcançado no braço esquerdo pejorativos como ‘inieles’ e ‘bárbaros’
por duas lechas, e no abdome por uma; para se referir aos indígenas. Porém, esses
e morto, por submersão no rio, o
termos não são comuns nos relatos. Nos
remador Eugênio Martins Afonso
textos de Rondon há termos como selvagem,
(RONDON, 2003, p. 115. Grifo nosso).
silvícolas, brasilvícolas, ou o nome da etnia
Depois da instalação das linhas te-
ou da tribo, quando isso era conhecido, ou
legráicas, era necessário criar postos de
se usava simplesmente o termo índios, de
retransmissão, operadas por turmas de
forma genérica.
soldados ou índios incorporados aos ser-
Na região do Araguaia-Tocantins,
viços para manutenção das linhas. Esses
os primeiros índios abordados pelo SPI
destacamentos, situados ao longo de todo
foram os Xavante. Uma aproximação mal
o percurso das linhas, também eram alvos
sucedida culminou com a morte do Dr.
de ataques. O Cel. Amílcar Botelho de Ma-
Genésio Pimentel Barbosa e de mais quatro
galhães, subordinado de Rondon nas obras
ajudantes, descrita de forma minuciosa por
das linhas telegráicas, relata: “Com a linha
Rondon, mencionando as armas usadas
já em tráfego, os Nhambiquara surpreen-
para o ataque (bordunas) e o estado em que
deram o destacamento do rio Juína, aí ins-
os corpos foram achados:
talado principalmente para tomar conta
da balsa em que era feita a travessia deste [...] veriicaram os dois homens [que
curso d’água, e mataram todos os soldados” retornaram ao acampamento posterior ao
ataque] que o seu chefe havia trancado à
(MAGALHÃES. Apud In: RONDON, 1946,
chave todas as armas de fogo e que, na sua
p. 14).
imobilidade cadavérica, que perpetuara
Nos relatórios das Comissões Mistas no rosto o sorriso com que passou da vida
52 que subiram os rios Juruá e Purus, tanto o objetiva para subjetiva – o seu último

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sorriso, dedicado aos seus inconscientes ele tornou-se presidente do recém-criado
agressores, a nimbar-lhe a isionomia de Serviço de Proteção aos Índios e Localização
mártir – mantinha ainda, entre ambas de Trabalhadores Nacionais (SPILTN)
as mãos hirtas, uma porção de brindes,
(Decreto-Lei nº 8.072, de 20 de junho de
que certamente insistia em oferecer aos
1910). Conforme o nome do órgão indica,
atacantes, mesmo depois dos primeiros
atos de hostilidade e violência! (RONDON, havia uma associação entre proteção aos
1953, p. 157). indígenas e recrutamento de trabalhadores
(de outras regiões) para ocuparem terras
Esse relato de Rondon mostra o
nas imediações das linhas telegráicas.
valor dado aos indígenas por Rondon ─
O SPILTN tanto visava proteger quanto
“o seu último sorriso, dedicado aos seus
integrar o indígena à sociedade brasileira.
inconscientes agressores”. O último sorriso
Rondon empregou inúmeros indígenas que
é do vitimado, não dos agressores. Essa
trabalharam tanto na construção quanto na
postura de Rondon marcou a forma pela qual
operação das linhas telegráicas. Para Bigio,
o Exército percebia o seu papel com relação
foi nesse momento do início do século que
aos nativos, embora até o início da década
se forjou a política indigenista do regime
de 1970 ainda houvesse relatos de incidentes
republicano, cujo “[...] principal pensador
com nativos. É o caso de um trabalhador
e articulador dessa política foi o Coronel
do 9o BEC que trabalhava na vanguarda da
Cândido Mariano da Silva Rondon que,
construção da rodovia Cuiabá-Santarém e
alicerçado nos pressupostos positivistas de
foi lechado por índios da etnia Krenakore.
Augusto Conte, propôs uma ação indigenista
Nas semanas posteriores, com a ajuda dos
para integrar as populações indígenas à
irmãos Villas-Bôas, foram estabelecidos
sociedade nacional” (BIGIO, 2003, p. 256).
os primeiros contatos pacíicos com esses
índios, possibilitando que a construção O modelo de contato e integração
seguisse sem outros incidentes (VILLAS dos indígenas era pacíico, por meio de
BOAS, 2012, p. 543). aproximações, com a oferta de “brindes” e
a ajuda de outros indígenas, que serviam
Mesmo com os numerosos incidentes
de interlocutores. Entretanto, para
envolvendo soldados e índios, a postura de
Bigio, os métodos praticados pelo SPI
Rondon, perpetuada no SPI e posteriormente
não impediram o “extermínio físico [por
na Funai, contribuiu para a construção de doenças] ou a aniquilação cultural de partes
uma postura das FFAA que visava integrar dessas sociedades” (BIGIO, 2003, p. 259).
os indígenas à sociedade, e não exterminá- O órgão serviu, em última instância, para
los (BIGIO, 2003; 2009). a incorporação dos territórios indígenas à
Durante o período em que comandou a nação. Todavia, a posição de Darcy Ribeiro
Comissão de Linhas Telegráicas Estratégicas com relação a Rondon e ao SPI é divergente.
do Mato Grosso ao Amazonas (1907-1915), Ele entendia que a criação do SPI e o papel
Rondon, descendente de índios Bororo, da Rondon foram decisivos na promoção da
procurou proteger os nativos. Em 1910, política indigenista nacional: 53

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Esse acontecimento [da criação do Unidos as populações autóctones foram
SPI] representa para os índios o que vencidas por unidades militares regulares,
representou a Abolição para os escravos. cujas conquistas eram consignadas em
Rondon não só airmava o direito de os tratados de paz, no Brasil o uso da força
índios serem e continuarem sendo índios, estava proscrito, o Estado assumia uma
mas criava todo um serviço, integrado tutela quanto aos indígenas, mas não
por jovens oiciais [das FFAA], dedicado lhes reconhecia territórios especíicos
à localização e paciicação das tribos (OLIVEIRA. In: VILLAS BOAS, 2012, p.
arredias e à proteção dos antigos grupos 17-18).
indígenas dispersos por todo o país”
Institucionalmente, fora das FFAA, o
(RIBEIRO, 2010, p. 36).
legado de Rondon se perpetuou. Em 1967,
O envolvimento sistemático de jovens o SPI desapareceu, mas permaneceram
oiciais, sob o comando de Rondon, em as concepções de contato pacíico, de
serviços de proteção aos indígenas foi, assimilação do indígena e de relação tutelar
com certeza, uma experiência sem paralelo do Estado Brasileiro para com os indígenas.
dentro das FFAA. É possível rastrear as O órgão criado para substituir o SPI, a
inluências de Rondon nos oiciais de Fundação Nacional do Índio (Funai), pela
gerações posteriores, na medida em que Lei nº 5.371, de 5 de dezembro de 1967,
o citam como exemplo ao longo do século herdou esse legado (BIGIO, 2003). Em seu
XX6. Art. 1o, alínea V, lê-se: “promover a educação
Durante o processo de integração de base apropriada do índio visando à
de vastas áreas da Amazônia ao território sua progressiva integração na sociedade
nacional, o contato com populações nacional”. Na sequência: “Parágrafo
indígenas foi inevitável. Após as linhas único. A Fundação exercerá os poderes
telegráicas abertas por Rondon, outro de representação ou assistência jurídica
grande projeto que acabou promovendo esse inerentes ao regime tutelar do índio, na
contato foi a Marcha para o Oeste (1942) forma estabelecida na legislação civil comum
e a Expedição Roncador-Xingu (1943). A ou em leis especiais” (Lei nº 5.371, de 5 de
diferença no trato com os índios herdada de dezembro de 1967). Assim, a concepção
Rondon pode ser percebida na explicação da função tutelar do estado brasileiro para
de Oliveira sobre a Marcha para o Oeste: com as populações indígenas sofreu forte
Mas a nossa ‘marcha para o oeste’ foi inluência das ideias preconizadas por
algo muito distinto, um fenômeno do Rondon. Todd Daicon airma que “o legado
século XX, em que o Estado teve um de Rondon mantém-se inluente porque
papel muito mais ativo e os pioneiros não a ideia de nação que ele acalentou nasceu
estiveram nas linhas de frente. As razões
de sua visão dos índios como símbolos de
que justiicavam a penetração nos sertões
brasilidade” (DAICON, 2006, p.198). Essa
do Brasil Central eram principalmente
de natureza geopolítica, e a ideologia que identidade indígena, inventada ou não, é
cimentava suas ações era um apaixonado para Daicon um dos alicerces da moderna
54 nacionalismo. Enquanto nos Estados identidade da nação brasileira, apesar de os

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indígenas serem um grupo numericamente nome, por organizações internacionais
reduzido da população brasileira (DAICON, mascaradas com intenções cientíicas
2006). Cabia ao Estado e, em última (ecologia, ambientalismo, antropologia)
e que fazem uma pressão crescente
instância, às FFAA, como braços desse
no sentido de entregar a soberania
Estado, cuidar do bem-estar das populações
dessa área aos seus habitantes. Parece
indígenas. absurda, estapafúrdia, a proposta
Com relação aos indígenas existe dessas organizações internacionais.
ainda uma visão positiva dentro do Só se pode entendê-las, admitindo
que há um propósito velado atrás de
Exército Brasileiro que o constrói como
tudo isto – a internacionalização da
soldado excepcional por já deter vários dos
Amazônia, em nome da sonhada criação
conhecimentos necessários à sobrevivência de áreas do interesse da humanidade
na selva. Fregapani em sua obra, entende (MATTOS. In: BARRETO, 1995,
serem os índios os “guerreiros da loresta”, p. 11).
donos de saberes milenares e naturalmente
Percebe-se que os indígenas são colo-
mais adaptados à vida na loresta
cados apenas como novos instrumentos de
(FREGAPANI, 1995).
interesses de internacionalização da Ama-
Existem casos em que militares zônia, sem que entendam as reivindicações
identiicaram os indígenas de uma feitas em seu nome. Mas o próprio Barreto
forma depreciativa, associando-os a compactua com uma ideia bem mais forte e
interesses ligados ao argumento da cobiça secular dentro do discurso militar sobre os
internacional sobre o território amazônico. indivíduos na região amazônica, indígenas
Mas esses casos não são recorrentes ao ou não, a da miscigenação racial como for-
longo do século nos autores trabalhados. madora do povo brasileiro:
O exemplo mais sólido disso gira em torno
É preciso redescobrir o Brasil, o Brasil do
dos Ianomâmi, em Roraima. Nesse caso, século XXI, quinhentos anos depois de
em particular, levantou-se a hipótese Cabral. Com um povo de brancos, negros
de que grupos indígenas cooptados por e índios, todos misturados e unidos pelo
interesses estrangeiros viessem a declarar mesmo sonho de grandeza. Um povo
independência do Brasil, formando um país simples, generoso e nobre. Inteligente,
cujo território seria formado pelo território destemido e forte. Capaz de sacrifícios e
milagres (BARRETO, 1995, p. 169).
das reservas indígenas. Barreto (1995)
segue essa linha argumentativa de que O argumento da virtude, ou vantagem,
os indígenas de Roraima estariam sendo da miscigenação das raças encontra
usados por organizações e interesses que fundamentos, como apresentamos, no
não eram próprios deles. Sobre esse caso, próprio modus operandi inventado pelos
encontramos a fala de Meira Mattos na portugueses no século XVIII para consolidar
introdução do livro de Barreto: a conquista da região. O incentivo à migração
Estes próprios índios ignoram as de elementos externos à região para povoar
reivindicações que são feitas em seu efetivamente o território estava atrelado à 55

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ideia de miscigenação desses migrantes com diferentes levas que se dirigiram para o
os habitantes locais (SILVA. In: BETHELL, interior da Amazônia durante o século XX.
2004). Exemplo desse argumento, no O Nordeste teve uma densidade demográica
século XXI, vem do Coronel Moacyr superior à da Amazônia durante todo
Barcellos Potyguara (2003). Ele descreve o século XX. As secas periódicas que
um casamento triplo visto pelos olhos de assolaram a região fragilizavam as suas
um tenente do exército recém-chegado cadeias produtivas, forçando os indivíduos
do sul do país e que passava seu primeiro a buscar alternativas fora da região. Isso
dia no PEF. O casamento envolvendo dois fez dos nordestinos trabalhadores em
militares e quatro civis, ocorrido em 1967, potencial nos diferentes ciclos econômicos
foi assim descrito: da Amazônia. Euclides de Cunha, durante
A cerimônia estava no meio, e o Tenente a viagem ao Purus, citava o papel dos
Schultz, ao analisar aquela cena, ilosofava nordestinos na Amazônia: “O cearense, o
para si mesmo: ‘É... isso é que faz a grandeza paraibano, os sertanejos nortistas, em geral,
deste país. Um crioulo, baiano, casa com ali estacionam, cumprindo, sem o saberem,
uma cabocla, um caboclo com uma índia
uma das maiores empresas destes tempos.
e um branco com uma cabocla. Todos
Estão amansando o deserto” (CUNHA,
icarão aqui e terão ilhos... assim vai-se
construindo uma pátria... (POTYGUARA, 2000 [1907], p. 146). Parafraseando Cunha,
2003, p. 191). Rodrigues apontava:

No trecho citado, os militares É esse homem soberbo, êsse ‘domador


de desertos’, êsse miscigenado ‘antes de
aparecem como os próprios agentes dessa
tudo um forte’, êsse buscador de caucho,
miscigenação, que contribuiria para a
apanhador de castanha do Pará, da
ediicação da nação. Esta é a mensagem ipecacuanha, da maniçoba, do mate, êsse
que o texto tenta passar de forma subjetiva. pesquisador de cristais, batedor de ouro,
Efetivamente, são poucos homens em garimpeiro de diamantes, êsse derrubador
postos de fronteiras, e seria difícil identiicar de lorestas ou jangadeiro do nordeste
quantos deles se casaram e com pessoas que é o heróico vencedor dessa natureza
de ‘raças’ diferentes. O número, mesmo excepcional (RODRIGUES, 1947, p. 75).

que alto, seria irrisório no montante da É perceptível a inluencia de Euclides


população, mas o que o livro traz à baila sobre Rodrigues. A concepção de que a
com esse exemplo é essa ideia de que a miscigenação, em vez de deteriorar a raça,
miscigenação contribui para a formação da como airmavam as teorias vigentes à
nação. época, a fortaleciam, já haviam sido escritas
Com certeza, o principal elemento por Euclides em Os Sertões e em seus textos
exterior à região do qual descendem sobre a Amazônia e reaparecem em Lysias.
inúmeros caboclos e que igura de forma Também proveniente dos quadros da Força
secular nos relatos e análises dos militares são Aérea, o Brigadeiro Eduardo Gomes em
os nordestinos. Grupos humanos oriundos um discurso realizado em Fortaleza (11 de
56 Novembro de 1945), airma:
dos estados do Nordeste se sucederam em

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Na região cobiçada, que só a constância Mas o nordestino igurava, como
de nossos patrícios impediu se coloca o Cel. Fregapani, como o elemento
apresentasse ‘à voracidade das de miscigenação: “A miscigenação entre
potências como um problema do
nativos e imigrantes, particularmente
mundo’, na frase enérgica de Nilo
nordestinos da época da borracha, resultou
Peçanha – o cearense tem um destino
em uma população capaz de enfrentar o
histórico, pela tenacidade e pela inteireza
de ânimo, reveladas na ousadia das meio geográico com sucesso, e de uma
incursões em terra inóspita, como pioneiro especiicidade cultural digna de maiores
do progresso humano e do trabalho estudos” (FREGAPANI, 1987, p. 68).
produtivo. (...) raça de desbravadores Voltando a Menna Barreto, vejamos a
e povoadores da Amazônia (GOMES, descrição que faz da tropa no Segundo
1945, p. 186. Grifo nosso). Batalhão Especial de Fronteira de
A fala, feita após o inal da Segunda Roraima:
Guerra Mundial, pontua a ideia da Com toda a pobreza, nunca ví gente
necessidade da presença para se confrontar tão boa e tão feliz! E, também, nunca ví
a cobiça sobre a região e repete a ideia melhores soldados! (...) A miscigenação
do nordestino como que imbuído de um estava estampada nas feições do rosto e
‘destino histórico’ de desbravar e povoar a nos costumes de quase todos. Não eram
Amazônia. Essa relação dos nordestinos com índios nem brancos: eram mestiços. E
o povoamento da região volta à tona com o orgulhavam-se disso. Porque assim se
presidente Médici durante a sua campanha sentiam mais brasileiros (BARRETO,

de “Integrar para não Entregar”, que 1995, p. 107).

airmava ser necessário um esforço da nação Tanto na fala de Menna Barreto quan-
na direção da “solução dos dois problemas: to em Fregapani, é clara a construção po-
o do homem sem terras do Nordeste e da sitiva da miscigenação e do papel funda-
Terra sem homens na Amazônia” (MÉDICI, mental dos migrantes de contribuírem para
1970, p.11). compor a população. Essa população era de
Durante o período militar houve a fundamental importância para desenvolver
tentativa da materialização de uma solução as possibilidades do território, garantindo
permanente que promovesse essa conexão assim a posse da terra e afastando o receio
do ‘Homem sem terras do Nordeste’ com da cobiça internacional sobre a Amazônia.
as ‘Terra sem homens na Amazônia’, A miscigenação se conecta com a
que foi a rodovia Transamazônica. Nas percepção secular dos militares de que a
palavras do general Lyra Tavares: “Veio, Amazônia é uma região isolada e vazia do
ainal, a construção da Transamazônica ponto de vista demográico (FRANCHI,
com o projeto de transferência de grande 2013), o que suscitava respostas no sentido
número de famílias nordestinas para ixá- de integrar e povoar a região como garantia
las nas cidades chamadas cidades-piloto” inclusive de ratiicar a posse efetiva sobre
(TAVARES, 1978, p. 49).
57
ela.
Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias, Ano I, Número 1, Março de 2017
Em 1964, é criado o Centro de Instru- dos relatos, oque indica uma ruptura neste
ção de Guerra na Selva (CIGS) Coronel Jorge tipo de representação pelos militares. De
Teixeira. Sua missão era, e é, criar uma dou- forma paralela, a percepção de que os
trina para ambiente selvático e ministrar es- nativos eram um elo importante para o
tágios e cursos de sobrevivência, operações povoamento do país foi observada durante
e guerra na selva, muitos dos quais eram todo o período abordado, constituindo-se
conhecimentos de mateiros, ribeirinhos e assim uma continuidade de longa duração.
indígenas. De outro lado o aumento da pre- Nesta continuidade uma nuance importante
sença efetiva na região com a implantação indicada nos relatos mais recentes é a
de novas organizações militares (CASTRO, miscigenação como um elemento de
2006; FRANCHI, 2010), inclusive brigadas construção da nacionalidade, neste ponto
inteiras, possibilitou o maior contato com a presença dos migrantes nordestinos, e
elementos nativos, tanto no cotidiano de outros, ganha destaque.
vilas e operações, quanto eventualmente na Desta forma podemos inferir que se
incorporação à tropa. houve uma ruptura na visão dos nativos
como uma ameaça a percepção destas
Conclusões e Perspectivas populações como elementos importantes ao
povoamento da região permanece. Esse tipo
A imagem das populações nativas
de enquadramento mental, que atravessa
como agressivas foi construída nos relatos
mais de cem anos, deve ser reproduzido nas
de encontros pouco amistosos, com ataques
próximas gerações de militares. Ao estudo
e ocasionais mortes. Também nas descrições
cabe uma continuidade da investigação,
das características de cada etnia, onde se
abordando novas fontes como mídias
destacava a ferocidade de um ou outro
eletrônicas, jornais e outras plataformas
grupo em relação aos demais. Até a década
de difusão e reprodução das experiências
de 1970 ainda encontramos relatos com
que possam ser utilizadas pelos militares.
estes elementos. De fato no período militar,
Os resultados possíveis até aqui indicam
quando os BEC icaram responsáveis pelas
concepções que os futuros comandantes
aberturas de rodovias de integração na
podem ter nas próximas décadas, e que irá
região amazônica (BR-174, BR-319, BR-
parcialmente inluenciar a maneira como se
230, e outras) o contato com tribos se
relacionam com estas populações.
intensiicou e ocorreram incidentes. Neste
período, os trabalhos dos irmãos Villas-Bôas
junto com as frentes pioneiras e as turmas Referências
de topograia do Exército estabeleceram BETHELL, Leslie (org). História da
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64 Biblioteca do Exército, 1979. [General] [General]

Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias, Ano I, Número 1, Março de 2017
TRAVASSOS, Mário. Projeção Conti- NOTES
nental do Brasil. São Paulo: Companhia 1 A concepção de obras bibliográicas e relatos
Editora Nacional, 1935 (Brasiliana). [1a ed. enquanto fontes documentais encontram suporte
1931] [General] nas concepções de fontes oriundas da escola dos
Annales (BURKE, 1992)
VARGAS, Getúlio. A política Nacionalista 2 A opção por limitar as fontes de consulta a obras
do Petróleo no Brasil. Rio de Janeiro: publicadas, endenda-se livros, é devido ao fato que
Tempo Brasileiro, 1964. por meio deste tipo de publicação se alcançava todo
VIDIGAL, Armando Amorim Ferreira. 11 o publico nacional e não apenas os militares e poucos
interesados, no caso das publicações em relatórios
de setembro de 2001. Rio de Janeiro:
restritos, ou revistas militares.
FEMAR, 2002. [Vice-Almirante]
3 Ver: FRANCHI, 2013.
VIDIGAL, Armando Amorim Ferreira. A 4 Para Braudel, o tempo longo é o tempo estrutural,
Amazônia Azul, o ar que nos pertence. que se diferencia do tempo conjuntural e dos
Rio de Janeiro: Editora Record, 2006. [Vice- acontecimentos por sua temporalidade longa, que
Almirante] cria verdadeiras “estruturas mentais” sólidas que
atravessam várias décadas, podendo chegar a mais
VIDIGAL, Armando Amorim Ferreira. A de uma centena de anos. Braudel explica: “Para nós,
evolução do pensamento estratégico historiadores, uma estrutura é, indubitavelmente,
naval brasileiro. Rio de Janeiro: Biblioteca um agrupamento, uma arquitetura; mais ainda, uma
do Exército, 1985. [Vice-Almirante] realidade que o tempo demora imenso a desgastar
e a transportar. Certas estruturas são dotadas de
WIEDEMANN, Luiz Felipe. (Coord.). uma visão tão longa que se convertem em elementos
Brasil: Realidade e Desenvolvimento. estáveis de uma ininidade de gerações: obstruem a
São Paulo: 1977. [4a edição] [General] história, entorpecem-na e, portanto, determinam o
seu decorrer” (BRAUDEL, 1990, p. 14).
5 Índios do Brasil Vol. I - Do Centro ao Noroeste e Sul
de Mato Grosso; Vol. II – Cabeceiras do Xingu/ Rio
Araguaia e Oiapoque; Vol. III – Norte do Amazonas;
6 Algumas obras de autoria de militares em que
Rondon é citado: BALIÚ, 1947; RONDON, Frederico
1934. 1980; MARTINS (1971); PINHEIRO (1985);
FREGAPANI (1995); SILVA, Golbery do Couto,
1981; MATTOS, 1980. 1984. 1990; MOTTA, 2007;
BENTO, 2003; BARRETO, 1995.

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