Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parte 4:
Engrenagens
ENGRENAGENS - Avarias
Representação esquemática
dos limites de carga e velocidade para
vários tipos de avaria das engrenagens.
ENGRENAGENS
Avarias
ENGRENAGENS - Avarias
Desgaste Excessivo;
Gripagem;
Fadiga de Contacto:
Micropitting (micro-escamas);
0 0 0
-5 -5 -5
[ mm] [ mm] [ mm]
-10 -10 -10
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
Comprimento leitura [mm]
Temperatura
Tipo de óleo Viscosidade @ 40 ºC
de gripagem
TLcrit
ub
10 ºE 75 cSt 120 ºC
Sem aditivos 30 ºE 220 cSt 190 ºC
60 ºE 450 cSt 260 ºC
30 ºE 220 cSt 210 ºC
Com aditivos
40 ºE 300 cSt 260 ºC
3 1
T T0
crit
FN E * 4
4
U1 U2
máx
Tflash 0.893
L ub
1.49 Req PTS1 U1 PTS 2 U2
FN 4
crit
1 TL ub T0 PTS1 U1 PTS 2 U2 Req
3
1
4
*
G 0.893 1.49 U1 U 2 E
4
0.683
L ub
*
G U1 U2 E
4
FN PT T T crit 3
Req
1
3
0.683
0 L ub
PTS1 PTS 2 PT *
G U1 U2 E
Jorge H. O. Seabra, SMAp, DEMec
ENGRENAGENS - Mecânica do Contacto e Lubrificção EHD 12 / 28
ENGRENAGENS - 4
FN PT T T
crit 3
Req
1
3
0.683 L ub0
*
Avarias - Gripagem (a quente) G U1 U2 E
0.2
FN
Aumento da resistência à Gripagem MIC 0.048 0.05 R 0.25
VR Req 0 a
4 0.2
PT T T
crit 3 1 FN
FN Req 3
MIC 0.048 0.05 R 0.25
L ub 0
0.683 * VR Req 0 a
G U1 U2 E
Justificação ?
FN PT T crit T 3
Req
1
3
0.683
L ub 0
*
G U1 U2 E
Micropitting resulta da
iniciação superficial de
fissuras de fadiga;
vt
Jorge H. O. Seabra, SMAp, DEMec
ENGRENAGENS - Mecânica do Contacto e Lubrificção EHD 24 / 28
Jorge H. O. Seabra
Tópicos 2 / 53
Objectivo
1. Redutor Symetro – Vida remanescente
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente
3. Cónica – Rotura por choque
4. Espiral cónica – Perfil “rebarbado”
5. Espiral cónica – Pré-rodagem
Resumo
Objectivo
1. Redutor Symetro – Vida remanescente
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente
3. Cónica – Rotura por choque
4. Espiral cónica – Perfil “rebarbado”
5. Espiral cónica – Pré-rodagem
Resumo
Redutor
SYMETRO TSFP-1350
Conclusão final:
Para um acabamento superficial “fresado fino” o
lubrificante ISO VG 220 é adequado para o equipamento:
Temperatura de funcionamento de 56ºC;
Espessura específica média do filme lubrificante ao longo da linha
de engrenamento garante uma probabilidade de avaria inferior a 5%;
Lubrificante ISO VG 220 está de acordo com a norma AGMA:
redutores de duplo andar, com entre-eixo superior a 200 mm e
funcionamento a temperaturas ambiente entre 10 ºC e 50 ºC
AGMA - 5EP;
Substituição por um lubrificante ISO VG 320, garante uma espessura
específica 20% superior, embora tal não impeça que um processo de
avaria de fadiga de contacto nos flancos dos dentes, uma vez
iniciado, continue a sua progressão.
Objectivo
1. Redutor Symetro – Vida remanescente
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente
3. Cónica – Rotura por choque
4. Espiral cónica – Perfil “rebarbado”
5. Espiral cónica – Pré-rodagem
Resumo
SUPERFÍCIE DE FRACTURA
- Fracturas semelhantes, aspecto rugoso e geometria global quase
plana através da base do dente;
- Estrias de propagação de fissuras por fadiga;
- Morfologias características das cementadas junto às arestas
correspondentes aos flancos activos;
- Propagação de fissura no pé de dente devido a sobrecarga.
a = 20º a = 25º
Dimensionamento da Engrenagem
Z 16 44 22 5000 horas
n 540 196.4 392.7 óleo ISO VG 220, 70ºC
b a
18 20 340.6 936.6 468.3 Nm - binário
19.26 kW - potência
2.23 1.4 / 1.44 2.32 flexão
1.07 1.16 / 1.3 1.25 pitting
2.74 3.74 gripagem-flash
18 25 358.7 986.5 493.2 Nm - binário
20.29 kW - potência
2.02 1.4 / 1.43 2.09 flexão
1.09 1.2 / 1.35 1.28 pitting
2.97 4.02 gripagem-flash
25 25 494.2 1359.1 679.5 Nm - binário
27.95 kW - potência
2.02 1.4 / 1.43 2.03 flexão
1.09 1.2 / 1.34 1.27 pitting
2.95 4.00 gripagem-flash
J H O Seabra, Análise de Avarias em Caixas de Engrenagens – Casos Reais
Dept. Engenharia Mecânica, ISEP, IPP. 7 de Junho de 2016
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente 23 / 53
Conclusão:
Engrenagem mal dimensionada:
Potência admissível baixa;
2 engrenamentos por ciclo;
Aumento do ângulo de pressão insuficiente para resolver
o problema;
Necessário aumento do ângulo de pressão e da largura
activa do dente.
Objectivo
1. Redutor Symetro – Vida remanescente
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente
3. Cónica – Rotura por choque
4. Espiral cónica – Perfil “rebarbado”
5. Espiral cónica – Pré-rodagem
Resumo
Engrenagem cónica de
dentado recto
Aplicação:
caixa angular de uma
máquina agrícola
Avaria:
rotura no pé de dente por
sobrecarga de choque
J H O Seabra, Análise de Avarias em Caixas de Engrenagens – Casos Reais
Dept. Engenharia Mecânica, ISEP, IPP. 7 de Junho de 2016
3. Cónica – Rotura por choque 26 / 53
CARACTERÍSTICAS
DA ENGRENAGEM
Tipo:
cónica de dentes rectos,
tipo Gleason
Nº de dentes:
pinhão Z1 = 14, roda Z2 = 18
Funcionamento:
multiplicador (i = Z2 / Z1 = 1.2857)
Aspecto visual:
pinhão 1 dente fracturado;
roda 11 dentes fracturados;
danos superficiais (impactos e abrasão).
J H O Seabra, Análise de Avarias em Caixas de Engrenagens – Casos Reais
Dept. Engenharia Mecânica, ISEP, IPP. 7 de Junho de 2016
3. Cónica – Rotura por choque 27 / 53
SUPERFÍCIES DE FRACTURA
Fractura brutal (sem progressão de fissura) pelo pé do dente
de vários dentes;
Fractura por interferência de outros dentes;
Alguns dentes, do pinhão e da
roda, mostram fortes indentações;
11
3 9
4 8
5 6 7
A – Zona de descoesão 2 4 5
brutal do material, sob B B B
acção de uma forte A
A A
sobrecarga de corte,
do lado do flanco
activo, originado uma
superfície lisa;
B – Zona de rotura final,
por flexão, rugosa.
1 3 7
Rotura brutal no pé de
dente, por flexão,
devido a forte
sobrecarga;
Zona tratada visível.
J H O Seabra, Análise de Avarias em Caixas de Engrenagens – Casos Reais
Dept. Engenharia Mecânica, ISEP, IPP. 7 de Junho de 2016
3. Cónica – Rotura por choque 29 / 53
Conclusão:
Engrenagem submetida a forte carga de choque,
comum em equipamentos agrícolas.
Dentes arrancados por cisalhamento
devido a forte carga tangential;
Indentações provocados pelos dentes arrancados
sobre os restantes dentes;
Dentes fracturados por flexão.
Objectivo
1. Redutor Symetro – Vida remanescente
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente
3. Cónica – Rotura por choque
4. Espiral cónica – Perfil “rebarbado”
5. Espiral cónica – Pré-rodagem
Resumo
ENGRENAGEM RECEPCIONADA:
Tipo: espiral cónica
Nº de dentes: pinhão (Z1) = 29, roda (Z2) = 47
Funcionamento: multiplicador (i = Z2 / Z1 = 1.62)
Aspecto visual:
vários dentes partidos no pinhão;
danos superficiais de fadiga de contacto na
generalidade dos flancos activos dos dentes:
“pitting” acentuado e crateras de fadiga “spalling”;
corrosão generalizada na jante da roda a e em
muitos dentes da roda e do pinhão.
J H O Seabra, Análise de Avarias em Caixas de Engrenagens – Casos Reais
Dept. Engenharia Mecânica, ISEP, IPP. 7 de Junho de 2016
4. Espiral cónica – perfil “rebarbado” 34 / 53
ENGRENAGEM RECEPCIONADA:
Foram cortadas porções da roda e do pinhão para
produzir provetes:
- propriedades
dos materiais;
- amostras
metalográficas.
Caratera
Fissura
DENTES FRACTURADOS :
- Vários dentes do pinhão fracturados, na periferia radial do pinhão;
- Fracturas devidas a fadiga por flexão no pé do dente:
- Fissuras;
- Estrias de fadiga nas superfícies de fractura.
Flanco activo
Fissura
1000 A2*
500
0 A2
-500
-1000
-1500 B2
-2000
-2500
-3000
PINHÃO l = 15 mm
-3500
2500
contacto junto à base do dente
2000
B1
1500
B1
1000 A1
500
0
RODA l = 15 mm
-500
l = 15 mm
l = 15 mm
TEXTURAS Roda
A2
SUPERFÍCIES
DOS A1 B1
FLANCOS :
B1
B1
A2*
A2
C) vestígios de maquinagem nos
flancos não activosB (fresagem CNC);
2 B1
A1
gerou estrias longitudinais; B1
B2
B1
A1
A) zonas de contacto com grande
deformação plástica e forte
B1
polimento, apresentando crateras
PINHÃO
RODA
de fadiga e muitas fissuras devidas A1
A2*
à deformação plástica.
0
1500
1000
500
-500
-1000
-1500
-2000
-2500
-3000
-3500
0
2500
2000
1500
1000
500
-500
J H O Seabra, Análise de Avarias em Caixas de Engrenagens – Casos Reais
Dept. Engenharia Mecânica, ISEP, IPP. 7 de Junho de 2016
4. Espiral cónica – perfil “rebarbado” 40 / 53
COMPOSIÇÃO QUÍMICA :
- Cr: 1.85-1.86, Mn: 1.31-1.33, Ni: 0.97-0.99 e Mo: 0.2-0.22 (%massa) ;
- Semelhante ao aço DIN 40 CrMnNiMo 8-6-4;
- Propriedades Mecânicas:
dureza - 290 a 345 HB (310 a 363 HV20);
alongamento à ruptura - 12%.
Medições de dureza.
RODA HV20 média var. %
sem contacto 296 312 312 307
com contacto 362 386 341 363 +18.4%
PINHÃO
sem contacto 321 321
com contacto 351 341 348 +7.8%
J H O Seabra, Análise de Avarias em Caixas de Engrenagens – Casos Reais
Dept. Engenharia Mecânica, ISEP, IPP. 7 de Junho de 2016
4. Espiral cónica – perfil “rebarbado” 41 / 53
CONCLUSÕES:
1) Os perfis dos dentes apresentam fortes imperfeições geométricas;
2) Tais alterações resultaram de um processo abrasivo efectuado por
meios manuais e não do funcionamento da engrenagem;
3) Essas imperfeições conduziram a uma distribuição de carga sobre o
flanco do dente fortemente assimétrica, quer na direcção da largura
quer ao longo do perfil;
4) A assimetria da distribuição de carga sobre os flancos conduziu a
sobrecargas localizadas em determinados pontos do flanco;
5) Tais sobrecargas originaram:
- fissuras no pé de dente, a sua propagação e rotura final parcial do
dente, ou
- pressão superficial excessiva e geração de crateras de fadiga de
contacto (pitting).
Objectivo
1. Redutor Symetro – Vida remanescente
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente
3. Cónica – Rotura por choque
4. Espiral cónica – Perfil “rebarbado”
5. Espiral cónica – Pré-rodagem
Resumo
- Aplicação desconhecida
(não divulgada);
- Tratamento térmico com
excesso de profundidade
de cementação;
- Análises da camada
cementada já realizadas;
- Questão:
O T. T. teve influência na
avaria?
CARACTERIZAÇÃO DA ENGRENAGEM
- Pinhão Z1 = 15 dentes; Roda Z2 = 47 dentes; Módulo = 5 mm;
- Muitos dentes sofreram rotura, tratando-se de roturas parciais da
extremidade interna dos dentes (lado do furo);
- Material: aço DIN 15 NiCr 13 (G15 Special);
- Engrenagem espiral-cónica
(roda e pinhão) maquinada com
tecnologia Klingelnberg,
o que permite obter elevada
precisão geométrica (?);
- Profundidade cementação = 1.4 mm,
demasiado elevada;
- Dureza superficial – 58 -60 HRC.
a) Libertação de escamas na a)
extremidade esquerda; b)
b) Desgaste do lado
esquerdo;
c) Ligeira interferência no pé d)
do dente do lado direito;
d) Ausência de contacto e de c)
desgaste do lado direito.
Repartição de carga
fortemente assimétrica
sobre o perfil dos dentes.
e) d)
a) Pontos de iniciação de
b) fendas no pé de dente;
b) Progressão da fenda no
c) interior do flanco;
a)
c) Linhas radiais de
progressão da fenda;
d) Linhas da frente de
progressão da fenda;
e) Zona de rotura final.
CONCLUSÃO:
CAUSAS:
1) Talhagem deficiente do dentado da engrenagem espiral-cónica,
originando insuficiente concordância geométrica entre os flancos
dos dentes do pinhão e da roda (Cementação e Pré-Rodagem);
2) Montagem inadequada da engrenagem espiral-cónica devida a
tolerâncias dimensionais e geométricas mal concebidas ou não
observadas durante a montagem;
3) Avaria ou montagem inadequada de um dos rolamento de apoio da
roda ou do veio-pinhão, originando empeno da engrenagem em
funcionamento.
Objectivo
1. Redutor Symetro – Vida remanescente
2. Cilíndrica – Rotura no pé de dente
3. Cónica – Rotura por choque
4. Espiral cónica – Perfil “rebarbado”
5. Espiral cónica – Pré-rodagem
Resumo
Funções
Cargos
Áreas de Investigação
Docência
4 – Pós-Doc concluídos;
7 – Doutoramentos concluídos
23 – Mestrados concluídos
Informação da SCOPUS (maior base de dados resumos e citações de publicações com peer-reviewed) -
25 de Maio de 2016
96 – publicações
14 – índice h (baseado no número de publicações e citações)
675 - citações