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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
Foi utilizada como metodologia a análise crítica dos arquivos e pontos relevantes
da obra de Umberto Eco “Os limites da Interpretação”, na medida em que nos auxiliam
a entender todo o fenômeno da interpretação semiológica.
3 A LEITURA COMO EXPERIÊNCIA HUMANA
A interpretação da mensagem por via do destinatário de uma obra literária pode
passar por várias camadas de pensamento e transformações antes do “produto final”, ou
seja, a mensagem decodificada toque a mente do leitor. Consideremos Eco:
A oposição entre enfoque gerativo (que prevê as regras de produção de um
objeto indagável independente dos efeitos que provoca) e enfoque
interpretativo não equivale a um outro tipo de oposição que circula no âmbito
dos estudos hermenêuticos, e que de fato se articula como tricotomia, isto é, a
oposição entre interpretação como pesquisa da intentio auctoris interpretação
como pesquisa da intentio operis e interpretação como imposição da intenctio
lectoris.
Podemos afirmar que a matemática pertence ao primeiro enfoque, o gerativo,
pois o texto matemático é de caráter inambíguo, e deve ser interpretado de uma única
forma, pretendida pelo autor da mensagem. Em seu estudo, Imam et al, dividiram a
habilidade de leitura em seis classes diferentes, e nos indica cada uma tem uma maior
ou menor correlação com a leitura de textos matemáticos, nos mostrando a
complexidade do assunto e a relevância das pesquisas comportacionais-cognitivas, no
progresso do ensino.
Ainda sobre a leitura, Ávila e Silva dizem que o letramento não é sujeita a
escrita, mas a utiliza como ferramenta, incorporando-a no conjunto de práticas sociais
que levarão ao desenvolvimento cognitivo-intelectual do sujeito. Como toda prática
humana, a leitura é histórico-social, e a formação do leitor está condicionada à sua
relação como cidadão-sujeito.
4 A interpretação textual na formação do estudante
Freitag conta uma pequena anedota em seu livro, onde uma estudante dedicada
de matemática não consegue extrair informação do seu livro-texto, pois não possui o
ferramental suficiente para a correta interpretação dos códigos próprios do texto. Em
seu estudo na Finlândia, Imam et al dividiram a competência da leitura em seis sub-
áreas, à seguir, em tradução livre: Entender o Vocabulário no Contexto, Entender a
Ideia Principal, Notar Detalhes, Fazer Inferências, Extrapolar e Extrair Conclusões.
A partir de testes de correlação, eles concluíram que a leitura melhora a
capacidade matemática do individuo, mas, principalmente, as competências Entender o
Vocabulário do Contexto, Entender a Ideia Principal e Fazer Inferências, mostraram
uma significativa correlação com o desempenho matemático, o que os autores
confirmam ser coerente com os achados os estudos mais antigos.
Isso, mais uma vez, nos mostra a necessidade de incorporar o vocabulário e a
semiótica matemática ao dia a dia do estudante, e equipa-lo com o ferramental para
entender problemas matemáticos. Também nos informa da necessidade da leitura ser um
lugar comum na vida estudantil, pois a mesma lhe permitirá o acesso aos conhecimentos
contido nos materiais escritos e o tornará um cidadão crítico, capaz de tomar decisões
baseadas em sua própria experiência e conhecimento. Negar a leitura é negar uma parte
importante da humanidade de uma pessoa, negar-lhe acesso a sua capacidade
fundamentalmente humana.
5 MATEMÁTICA E LEITURA
6 CONCLUSÃO
7 BIBLIOGRAFIA
Öztürk, M., Akkan, Y., & Kaplan, A. (2019). Reading comprehension, Mathematics
self-efficacy perception, and Mathematics attitude as correlates of students’ non-routine
Mathematics problem-solving skills in Turkey. International Journal of Mathematical
Education in Science and Technology. p 1-17.