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Importância da Leitura.

A leitura é o processo cognitivo complexo de decodificar símbolos para extrair


significados. É uma forma de processamento da linguagem. (Lima, M. A., 2019).
De acordo com Gomes (2002:57), O acto de ler consiste em “decifrar símbolos
de linguagem escrita para lhes conferir a correspondência com os sons que
representam”.
Do conceito de leitura acima apresentado é possível notar que toda actividade da
aprendizagem terá o seu fulcro na leitura por que com base nela o estudante será capaz
de assimilar conteúdos a partir da atitude de clarificar os conteúdos subjectivos.
Segundo Potts (1989:56),
“No sentido genérico, a qualidade de uma leitura é a soma de todos os
elementos que estão presentes numa peça impressa, que influencia o êxito que um
grupo de leitores consegue com ela. O êxito é medido pela extensão em que o texto é
compreendido, a velocidade óptima é tida como interessante.”

Como se afirma na citação, o êxito da leitura é avaliado pelo grau da


compreensão do texto no processo de ensino e aprendizagem. Se os estudantes não
forem capazes de transmitir o conteúdo patente no texto, ou seja, de mostrar que
conhecimentos adquiriram ou, ainda, de usar os conhecimentos para responder a
determinadas necessidades, então, eles não entenderam o texto. Porém, a leitura é
antecedida por uma selecção de obras que normalmente nos é apresentada pelo docente
mas se assim não suceder siga as instruções que se seguem.

Lima, M. A. (2019), A leitura estimula o raciocínio, melhora o vocabulário,


aprimora a capacidade interpretativa, além de proporcionar ao leitor um conhecimento
amplo e diversificado sobre vários assuntos. Ler desenvolve a criatividade, a
imaginação, a comunicação, o senso crítico, e amplia a habilidade na escrita.(p. 76).

A leitura é uma prática que traz inúmeros benefícios aos leitores e quando
estimulada desde a infância os impactos positivos podem ser muito maiores. Por meio
dela, as crianças desenvolvem a concentração, memória, raciocínio e compreensão,
estimulam a linguagem oral e ampliam a capacidade criativa. (Santos & Oliveira, 2021).

A leitura promove a reflexão e favorece um raciocínio claro. Dessa forma, o


aluno adquire uma posição activa em seu processo de aprendizagem, pois percebe que é
capaz de se posicionar diante do conhecimento. Além de questionar e formular
argumentos bem fundamentados.

Segundo a pesquisadora Delaine Cafiero, quando alguém lê, não está apenas
traduzindo o que um autor quis dizer, e sim construindo sentido e significado a partir do
material que o autor fornece. Um leitor busca em um texto um ponto de partida e
constrói conhecimento a partir da bagagem e das vivências que ele próprio carrega.

Santos & Oliveira, (2021), Em um processo de leitura, dois pontos são


fundamentais: o primeiro diz respeito ao próprio texto; como ele se organiza, sua
estrutura e função social. O segundo tem a ver com o leitor, seus conhecimentos prévios
e os processos cognitivos que realiza para compreender o que está lendo.

Segundo um artigo da Associação Brasileira de Psicopedagogia, a linguagem


escrita é uma aquisição recente na história da humanidade, e o cérebro da espécie
humana não dispõe de um aparato neurobiológico preestabelecido para aprender a ler e
escrever. Apesar do cérebro humano precisar contornar essa dificuldade, diversas
pesquisas comprovam: a leitura dá acesso a uma variedade de informações e, por isso,
possibilita múltiplas experiências sociais e culturais. Dessa maneira, a prática leitora
transforma a vida de uma criança e o seu cérebro é permanentemente modificado por
ela. Nesse sentido, o letramento, ou seja, a construção de sentido a partir das práticas
sociais de leitura e escrita, é um pilar fundamental da educação básica.

Referências bibliográficas:

 Lima, M. A. (2019). Gramática Aplicada: Estudo dos Graus de Adjetivos na


Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Delta.

 Santos, P. R., & Oliveira, A. C. (2021). Análise Contrastiva dos Graus de


Adjectivos em Português e Inglês. Revista de Linguística Comparada, 15(2), 78-
92.

 Celso, C., & Cunha, L. F. (1997). Nova gramática do português contemporâneo.


Lisboa: Edições João Sá da Costa.

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