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Parauapebas
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Administrativo
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R$ 5.986,45
Matrículas:
(91) 98912-2544
primeeducacionalpbs
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AULA
L. Portuguesa
01
0101
Prof. Alan Pojo
01
Fonema X Morfema
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Quem estuda passa por aqui.
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Quem estuda passa por aqui.
frases [...]” o prefixo re-, na palavra reproduz, d) Na lista, foram discriminados todos os produtos à
indica repetição. venda no balcão.
II. Em “[...] um celeiro de máquinas perfeitamente
dispensáveis (e também de muitas indispensáveis)”, e)” Aquele jovem é bastante desenrolado para falar
o prefixo in-, na palavra indispensáveis, indica sobre política.”
negação.
III. Em “Oito horas depois, acorda o sonhador lenta
e calmamente [...]”, o sufixo -or, na palavra
sonhador, é indicador de agente.
IV. Em “Definitivamente, um país de sonhadores”, o
sufixo -mente, na palavra definitivamente, indica
origem.
4) Observe
I. “Encontro na bienal com tênis especiais”
II. “Um sarau é o bocado mais delicioso que temos,
de telhado abaixo.”
III. “Eu faço versos como quem chora De
desalento...de desencanto...”
IV. “Infelizmente não posso informá-lo agora.”
Quanto ao processo de formação das palavras
destacadas, identifique a alternativa incorreta.
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L. Portuguesa
01
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Prof. Alan Pojo
02
Denotação e Conotação
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f) ( ) “Tantas palavras / Que eu conhecia / E já não d) Os Estados Unidos importa muitos produtos
falo mais, jamais/ Quantas palavras/ Que ela brasileiros.
adorava/ Saíram de cartaz” e) Cada um de nós fez o que pôde.
a) Uma andorinha só não faz verão 03. Segundo o texto, é correto afirmar:
b) Nem tudo que reluz é ouro
c) Quem semeia ventos, colhe tempestades. a) Mike Tyson estava irritado com o assédio das
d) Quem não tem cão caça com gato. garotas de programa.
b) Mike Tyson foi preso em companhia das garotas.
As idéias centrais dos provérbios acima são, na c) Tyson foi liberado da delegacia por demonstrar
ordem (marque um X na opção correta): exercício arbitrário de suas razões.
d) Mike Tyson, em duas noites, esteve em três
a)solidariedade- aparência- vingança- dissimulação. boates e uma delegacia.
b)cooperação – aparência- punição- adaptação. e) Mike Tyson distribuiu US$ 100 em gorjetas e se
c)egoísmo- ambição- vingança- falsificação. esbaldou na noite paulistana.
d)cooperação – ambição – conseqüência-
dissimulação 04. Leia o Texto que segue:
e)solidão – prudência- punição – adaptação.
O Projeto Genoma, que envolve centenas de
INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE cientistas de todos os cantos do globo, às vezes tem
01. Considere o seguinte trecho: de competir com laboratórios privados na corrida
Em vez do médico do Milan, o doutor José Luiz pelo desenvolvimento de novos conhecimentos que
Runco, da Seleção, é quem deverá ser o responsável possam promover avanços em diversas áreas.
pela cirurgia de Cafu. Foi ele quem operou o volante
Edu e o atacante Ricardo Oliveira, dois jogadores Assinale a alternativa em que o termo “privado” foi
que tiveram problemas semelhantes no ano usado no mesmo sentido que apresenta acima.
passado. a) Muitos laboratórios acabam privados de participar
da concorrência pelos obstáculos legais que se
O termo “ele”, em destaque no texto, refere-se: impõem aos participantes.
b) Nem sempre os projetos que envolvem ciência
a) ao médico do Milan. básica podem contar com a injeção de recursos
b) a Cafu. privados, que privilegiam as pesquisas com
c) ao doutor José Luiz Runco. perspectivas de retorno econômico no curto prazo.
d) ao volante Edu. c) Mesmo alguns dos grandes laboratórios que
e) ao atacante Ricardo Oliveira. atuam no mercado vêem-se privados de condições
materiais para investir em pesquisa de ponta.
02. Das alternativas abaixo, assinale aquela que d) Os laboratórios privados da licença para
NÃO está de acordo com a norma culta. desenvolver pesquisas com clonagem de seres
humanos prometem recorrer da decisão.
a) Foi ele quem comprou o carro. e) Muitos projetos desenvolvidos em centros
b) Alguns de nós seremos vitoriosos. universitários, privados de recursos, acabam sendo
c) A maior parte das pessoas faltou ao encontro. engavetados.
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05. Considere as seguintes sentenças: d) não começar um livro por sua morte.
I. Ele sempre falou por meias palavras. e) começar um livro ao mesmo tempo pelo
II. É meio-dia e meio. nascimento e pela morte.
III. Estava meia nervosa por causa da mãe.
IV. Quero meia maçã para a sobremesa. 3) Deduz-se do texto que o autor-personagem:
V. Ficaram meio revoltados com a situação. a) está morrendo.
b) já morreu.
Do ponto de vista da gramática normativa, estão c) não quer morrer.
CORRETAS as sentenças: d) não vai morrer.
a) III e IV somente. e) renasceu.
b) II e V somente.
c) I, II e III somente. 4) A semelhança entre o autor e Moisés é que
d) II e IV somente. ambos:
e) I, IV e V somente. a) escreveram livros.
b) se preocupam com a vida e a morte.
c) não foram compreendidos.
VAMOS A MAIS EXERCÍCIOS, ENTÃO! d) valorizam a morte.
e) falam sobre suas mortes.
TEXTO XX
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em 5) A diferença capital entre o autor e Moisés é que:
primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés,
duas considerações me levaram a adotar diferente religioso.
método: a primeira é que eu não sou propriamente c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela
um autor defunto, mas um defunto autor, para quem morte.
a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela
ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que morte.
também contou a sua morte, não a pôs no intróito, e) o livro do autor é mais novo e galante do que o
mas no cabo: diferença radical entre este livro e o de Moisés.
Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias
Póstumas de Brás Cubas) 6) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:
a) não fala da morte de Moisés.
b) foi lido pelo autor do texto.
c) foi escrito por Moisés.
d) só fala da vida de Moisés.
e) serviu de modelo ao autor do texto.
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L. Portuguesa
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Prof. Alan Pojo
03
Figuras de Linguagem
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de Uso da antítese expressa pelos termos que têm
rosas vagando num deserto inefável" sentidos opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz
COMPARAÇÃO e guerra
Chamada de comparação explícita, ao contrário da PARADOXO
metáfora, neste caso são utilizados conectivos de O paradoxo representa o uso de ideias que têm
comparação (como, assim, tal qual). sentidos opostos, não apenas de termos (tal como
Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas. no caso da antítese).
Observe:
Música: Certas coisas
Intérprete: Lulu Santos
Composição: Luiz Santos / Nelson Motta
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Questão 05 – “É como mergulhar num rio e não se assemelha-se ao que é dado a uma pessoa, o que
molhar” (Skank); “Tristeza não trem fim, felicidade caracteriza a figura de estilo denominada
sim” (Vinicius de Moraes). As frases acima são, paronomásia.
respectivamente, exemplos de: d) a referência ao Morro da Babilônia produz, no
percurso figurativo do poema, um oxímoro: a
a) Antítese e Zeugma relação entre terror e gentileza no espaço urbano
b) Antítese e Paradoxo
c) Paradoxo e Paradoxo Questão 08 - (UERJ-2014)
d) Paradoxo e Antítese
e) Antítese e Antítese A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
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Questão 06 - Guignard foi um pintor brasileiro que Difícil de mandar recado para ela.
ficou famoso por retratar paisagens mineiras. Não havia e-mail.
2
Assinale a alternativa em que o uso do nome do O pai era uma onça.
artista tem a função de metonímia. A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
a) “Mas me diga só uma coisa: viu Guignard pintar E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
este quadro?” Se a namorada respondesse pela mesma pedra
b) “Qualquer um vê logo que se trata de Guignard Era uma glória!
autêntico, Guignard da melhor época.” Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da
c)“Guignard tinha alunos; e daí?” goiabeira
d) “Eu não duvido nada, só que existem por aí uns E então era agonia.
cinquenta quadros falsos de Guignard, e então...” No tempo do onça era assim.
(Manoel de Barros
Questão 07 Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.)
O pai era uma onça (ref. 2). Nesse verso, a palavra
Morro da Babilônia onça está empregada em um sentido que se define
À noite, do morro como:
descem vozes que criam o terror a) enfático
(terror urbano, cinquenta por cento de cinema, b) antitético
e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua c) metafórico
Geral). d) metonímico
Quando houve revolução, os soldados
espalharam no morro, Questão 09
o quartel pegou fogo, eles não voltaram.
Alguns, chumbados, morreram. “A novidade veio dar à praia
O morro ficou mais encantado. na qualidade rara de sereia
Mas as vozes do morro metade um busto de uma deusa maia
não são propriamente lúgubres. metade um grande rabo de baleia
Há mesmo um cavaquinho bem afinado a novidade era o máximo
que domina os ruídos da pedra e da folhagem do paradoxo estendido na areia
e desce até nós, modesto e recreativo, alguns a desejar seus beijos de deusa
como uma gentileza do morro. outros a desejar seu rabo pra ceia
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do oh, mundo tão desigual
mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, tudo tão desigual
p.19.) de um lado este carnaval
do outro a fome total
No poema “Morro da Babilônia”, de Carlos e a novidade que seria um sonho
Drummond de Andrade, milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
a) a menção à cidade do Rio de Janeiro é feita de ali naquela praia, ali na areia
modo indireto, metonimicamente, pela referência ao a novidade era a guerra
Morro da Babilônia. entre o feliz poeta e o esfomeado
b) o sentimento do mundo é representado pela estraçalhando uma sereia bonita
percepção particular sobre a cidade do Rio de despedaçando o sonho pra cada lado”
Janeiro, aludida pela metáfora do Morro da (Gilberto Gil – A Novidade)
Babilônia.
c) o tratamento dado ao Morro da Babilônia
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a) Metáfora e Hipérbole
b) Antítese e Paradoxo
c) Metáfora e Comparação
d) Metáfora e Paradoxo
e) Hipérbole e Comparação
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Prof. Alan Pojo
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Texto 2
EXERCÍCIOS
Resposta do jogador Lúcio, capitão da Seleção
Brasileira, ao Blog da Copa, quando perguntado se
I. “Filho de rico é boy. ele já havia se imaginado levantando a taça.
Filho de pobre é motoboy.”
É uma situação complicada ficar toda hora pensando
(Rodrigo Batista de Moraes, motoboy que não
assim, mas sonho muito com isso. É meu objetivo e
conseguiu obter emprego com carteira assinada, em
do grupo também. Não penso apenas em mim. Sei
inscrição no seu capacete – Folha de São Paulo)
que seria o destaque naquele momento, como
II. “Nossa língua cotidiana está algo
capitão, levantando a Copa, mas seria a vitória do
distanciada da língua portuguesa, que é a
grupo, e não apenas a individual. Seria o
oficial e, num certo sentido, é uma língua
reconhecimento do sacrifício de todos, o sonho dos
importada. Não raro viajamos entre jogadores, das famílias e da torcida brasileira. Mas a
toponímicos tupis.”
caminhada é longa.
Disponível em: .
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estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. e) o enunciador tem como objetivo principal a
Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) manutenção da
conversando entender como necessitamos nos comunicação.
reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; 5. (Fuvest-2004)
não apenas transcrição do que tínhamos em mente, Observe, ao lado, a gravura
do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do de Escher: Na linguagem
próprio verbal, exemplos de
pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente aproveitamento de recursos
escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe equivalentes aos da gravura
respondo, “Não consigo escrever sem pensar em de Escher encontram-se,
você por perto, espiando o que escrevo. Não me com frequência,
deixe falando sozinho.”
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com a) nos jornais, quando o repórter registra uma
interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais ocorrência que lhe parece extremamente
apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas intrigante.
sempre ativamente presentes. Depois é espichar b) nos textos publicitários, quando se comparam
conversas e novos interlocutores surgem, entram na dois produtos que têm a mesma utilidade.
roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde. c) na prosa científica, quando o autor descreve com
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, isenção e distanciamento a experiência de que
1997, p. 13). trata.
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em d) na literatura, quando o escritor se vale das
nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa palavras para expor procedimentos construtivos do
tarde” já não funcionam para engatar conversa. discurso.
Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de e) nos manuais de instrução, quando se organiza
futebol.” Ela faz referência à função da linguagem com clareza uma determinada sequência de
cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa operações.
que explicita essa função.
a) Função emotiva
b) Função referencial
c) Função fática
d) Função conativa
Função emotiva: caracteriza-se
e) Função poética
pela subjetividade, tendo como
principal objetivo emocionar o leitor.
4. (Enem-2012)
Função referencial: caracterizada
Desabafo
pela função de informar, notificar,
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma
referenciar, anunciar e indicar por
cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá.
meio da linguagem denotativa.
Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã
Função fática: estabelece uma
de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala
relação de interação entre o emissor
que esqueci ontem à noite. Seis recados para
e o receptor do discurso, sendo
serem respondidos na secretária eletrônica.
usada no início, meio e final das
Recados chatos. Contas para pagar que venceram
conversas.
ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
Função conativa: o intuito principal
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
dessa função é de convencer,
Nos textos em geral, é comum a manifestação
persuadir e cativar o interlocutor.
simultânea de várias funções da linguagem, com o
Função poética: focada na
predomínio, entretanto, de uma sobre as outras.
mensagem que será transmitida,
No fragmento da crônica Desabafo, a função da
essa função é característica dos
linguagem predominante é a emotiva ou
expressiva, pois textos poéticos.
a) o discurso do enunciador tem como foco o
próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que
está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na
construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em
detrimento dos demais.
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Interpretação Textual
cobrado do aluno ou candidato o nome dessa pessoa 01. De acordo com o texto, é correto afirmar que
ou algo que ela tenha feito. Por isso, é importante (A) o uso de novas tecnologias não interfere no
desenvolver o hábito da leitura, como já foi dito. cotidiano pessoal e profissional porque faz o usuário
Procure estar atualizado, lendo jornais e revistas misturar lazer e trabalho.
especializadas. (B) ter amigos reais, preservar os momentos de
lazer e impedir que a tecnologia interfira no
INTERPRETAÇÃO cotidiano são indícios de uma relação saudável com
VUNESP/técnico/TJMT/2008 a tecnologia.
Leia o texto para responder às questões de números (C) o avanço tecnológico dos últimos 20 anos trouxe
01 a 04. mais prejuízos que benefícios para a sociedade.
TEXTO 1 (D) o uso excessivo de tecnologia afeta a saúde da
Cientista alerta para o perigo do excesso de mesma maneira que o vício em cigarro.
tecnologia (E) os fabricantes de tecnologia são obrigados a
A professora Nada Kakabadse, da Universidade de alertar o usuário sobre os riscos do vício.
Northampton, na Inglaterra, está preocupada com o
excesso do uso de aparelhos tecnológicos e colocou 02. Considere as afirmações sobre os dados da
no ar uma pesquisa para medir quão viciados estão pesquisa da professora Kakabadse.
os usuários. Com a pesquisa, a cientista quer I. A amostragem pesquisada equivale a 33% da
descobrir como o uso de múltiplas formas de população britânica.
tecnologia afeta o cotidiano. II. Na entrevista, registrou-se a frequência com que
Kakabadse conduziu uma pesquisa de pequena o usuário verifica suas mensagens.
escala com 360 pessoas e observou que cerca de um III. A pesquisa identificou os sintomas do vício em
terço dos tecnologia.
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13. Observe a charge por meio de um texto coerente e coeso. Todo texto é
produzido com algum intuito comunicativo. Quando
organizamos bem o sentido, a intenção do autor se faz
mais evidente e contribui na compreensão do
leitor/ouvinte.
FATORES PRAGMÁTICOS DA
TEXTUALIDADE
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b) 9 e 5 por ou 9:5.
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2. PROPORÇÃO
Proporção é a igualdade de duas razões, ou seja, dados
quatro números a, b, c e d (com b ≠ 0 e d ≠ 0), então: b) Certa máquina produz 90 peças, trabalhando durante 50
minutos. Quantas peças produzirá em 1h20min?
Proporção
é uma proporção.
Exemplo:
Um veículo que percorre:
_ 80km em 1 hora.
_ 160km em 2 horas. EXERCÍCIOS
_ 240km em 3 horas. O1) Assinale a alternativa incorreta:
Obs.: Enquanto o tempo aumenta, a distância percorrida a) Um carro realiza um percurso de 140 km com 16 litros de
também aumenta. Dizemos então, que o tempo e a distância são gasolina. Assim, para percorrer 1500 km este carro necessita de
grandezas diretamente proporcionais. 171,43 litros de gasolina.
3.2 - Grandezas inversamente proporcionais b) Uma torneira quando aberta despeja 2000 litros de água na
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, caixa em 3 horas. Se a caixa estiver vazia, em 14 horas a mesma
aumentando uma delas, a outra diminui na mesma razão da torneira aberta irá encher uma caixa de 10000 litros.
primeira. C) Uma galinha come por dia 200 grãos de milho. Em 1 mês (de
30 dias) esta mesma galinha comerá 6000 grãos.
Exemplo: D) Um ciclista dá uma volta em uma praça com percurso de 500
m em 2 minutos. Em 24 minutos, o mesmo ciclista consegue dar
Um veículo faz um percurso em:
12 voltas na praça, com velocidade constante.
1 hora com velocidade de 120km/h.
2 horas com velocidade de 60km/h.
02) Um conhecido autor de contos fantásticos associou o tempo
3 horas com velocidade de 40km/h.
restante de vida de certa personagem á duração de escoamento
da areia de uma enorme ampulheta. A areia se escoa, uniforme,
Obs.: Enquanto o tempo aumenta, a velocidade diminui. lenta e inexoravelmente, á razão de 200 g por dia. Sabendo que
Dizemos, então, que o tempo e a velocidade são grandezas a ampulheta comporta 30 Kg de areia e que 2/3 do seu conteúdo
inversamente proporcionais. inicial já se escoaram, quantos dias de vida ainda restam á tão
desinfeliz personagem?
a) 5 dias
b) 50 dias
4. REGRA DE TRÊS SIMPLESDE TRÊS SIMPLES c) 10 dias
d) 15 dias
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e) 2 dias
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tarefa e, nos primeiros 10 dias, trabalharam 3 horas diárias,
arrecadando 12 kg de alimentos por dia. Animados com os
resultados, 30 novos alunos somaram-se ao grupo e passaram a
trabalhar 4 horas por dia nos dias seguintes até o término da
campanha.
Admitindo-se que o ritmo de coleta tenha se mantido constante,
a quantidade de alimentos arrecadados ao final do prazo
estipulado seria de:
A) 920 kg.
B) 800 kg.
C) 720 kg.
D) 600 kg.
E) 570 kg.
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MATEMÁTICA AULA
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Prof. MÁRIO JÚNIOR
PORCENTAGEM J=C∙i∙t
Uma porcentagem é uma fração cujo denominador é J → juro Obs.: "É importante que a
igual a 100. Por exemplo, “quinze por cento” é representado por
taxa de juro e o tempo
15% (forma percentual), e equivale à fração (forma fracionária) C → capital
que é igual a 0,15 (forma deci- estejam sempre na mesma
mal). i → taxa de juro unidade de tempo. "
Calcule: t → tempo"
a) 25% de 1.800
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Marque a alternativa correta:
A) Somente a afirmativa I é falsa.
B) Somente a afirmativa II é falsa.
C) Somente a afirmativa III é falsa.
D) Todas as afirmativas são verdadeiras.
06) Luiz comprou uma casa por $175.000,00. Para o pagamento
foi dada uma entrada de $145.000,00 e o restante parcelado a
juros simples com taxa de 12% ao ano durante 5 anos. Qual é o
valor total dos juros?
A) $36.000,00
B) $18.000,00
C) $16.000,00
D) $24.000,00
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Lógica de Proposições
Exemplo
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Lógica de Proposições
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13 - A negação da proposição “se Paulo trabalha oito Exemplo.
horas por dia, então ele é servidor público” é 8 - Uma negação lógica para a proposição “Pedro
logicamente equivalente à proposição: estudou e está participando de um concurso” está
a) Paulo trabalha oito horas por dia ou é servidor contida na alternativa:
público. a) Pedro não estudou ou não está participando de um
b) Paulo trabalha oito horas por dia e não é servidor concurso.
público. b) Pedro não estudou e não está participando de um
c) Paulo trabalha oito horas por dia e é servidor público. concurso.
d) Se Paulo não trabalha oito horas por dia, então não c) Pedro estudou pouco, mas está participando de um
é servidor público. concurso.
e) Se Paulo é servidor público, então ele não trabalha d) Pedro estudou, mas não está participando de um
oito horas por dia. concurso.
e) Pedro estudou pouco e não está participando de um
3) (p v q) ⸪ (¬ p) →q (NEOUMA) concurso.
Ex.: Vou ao cinema ou vou a praia.
Negação: Se não vou ao cinema então vou à praia 9 - A negação da proposição: André é professor e
Exemplo. médico é:
a) André é professor ou médico.
06. Dizer que ''Pedro não é pedreiro ou Paulo é b) André é professor, então não é médico
paulista'' é, do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer c) André não é professor e não é médico
que: d) André não é professor ou é médico
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista e) André não é professor ou não é médico
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista 10. A negativa correta para a afirmação "O professor
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista fala e os alunos escutam" é:
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista a) O professor não fala ou os alunos não escutam.
b) O professor fala ou os alunos não escutam.
07. A afirmação “A menina tem olhos azuis ou o c) O professor não fala e os alunos escutam.
menino é loiro” tem como sentença logicamente d) O professor fala e os alunos não escutam.
equivalente: e) O professor não fala e os alunos não escutam.
a) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.
b) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro. 11. Não gosto de ficar em casa e vou ao cinema todos
c) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é os dias. Do ponto de vista lógico, uma afirmação que
loiro. corresponde a uma negação dessa afirmação é:
d) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então a) Não gosto de sair de casa e não vou ao cinema todos
o menino é loiro. os dias.
e) não é verdade que se o menino é loiro, então a b) Vou ao cinema todos os dias e gosto de ficar em
menina tem olhos azuis. casa.
c) Gosto de ficar em casa ou não vou ao cinema todos
4. Negação da operação da Conjunção. “p e q” os dias.
Leis de de Morgan d) Não vou ao cinema todos os dias ou não gosto de
¬ (p ^ q) = ¬p v ¬q ficar em casa.
e) Gosto de ficar em casa ou não vou ao cinema todos
NeNe tira e coloca ou os dias.
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6. ¬ (p v q) = p ↔ q (MAMA) Questão 8. Uma proposição equivalente de 𝑃 → 𝑄 é:
A) ¬𝑄 → ¬𝑃
Ex.: Ou viajo ou estudo B) 𝑄 → 𝑃
Viajo se somente se estudo C) 𝑄 ∨ 𝑃
D) 𝑄 ∧ 𝑃
APLICAÇÃO E) 𝑄 ⟷ P
Questão 1. Uma negação lógica para a afirmação “João é Questão 9. A negação da proposição “Antônio passa na
rico, ou Maria é pobre” é: prova ou vai ao cinema em Novo Horizonte” é:
(A) João é rico, e Maria não é pobre. A) Antônio não passa na prova.
(B) João não é rico, ou Maria não é pobre. B) Antônio não vai ao cinema em Novo Horizonte.
(C) Se João não é rico, então Maria não é pobre. C) Antônio não passa na prova ou não vai ao cinema em
(D) Se João é rico, então Maria é pobre. Novo Horizonte.
(E) João não é rico, e Maria não é pobre. D) Antônio não passa na prova e não vai ao cinema em
Novo Horizonte.
Questão 2. A negação De não gosta de ler ou gosta de usar E) Se Antônio passa na prova, então vai ao cinema em
a internet é: Novo Horizonte.
a) Gosta de ler e gosta de usar a internet.
b) Gosta de ler ou gosta de usar a internet. Questão 10. Se não é verdade que “A é igual a 3 e B ou C
c) Gosta de ler ou não gosta de usar a internet. é igual a 7”, então é correto afirmar que
d) Gosta de ler e não gosta de usar a internet. a) “A é igual a 3 ou B e C são diferentes de 7”.
b) “A é diferente de 3 ou B e C são diferentes de 7”
Questão 3. Considere a afirmação: “Nem todos os técnicos c) “A é igual a 3 e B e C são diferentes de 7”.
gostam de informática e todos os chefes de seção d) “A é diferente de 3 e B e C são diferentes de 7”
sabem que isso acontece”. Uma afirmação que e) “A é diferente de 3 ou B ou C é igual a 7”.
corresponde à negação lógica da afirmação anterior é:
(A) Nenhum técnico gosta de informática ou nenhum chefe Questão 11. Considerando as proposições p: Marcos é
de seção sabe que isso acontece. político e q: Octávio é agricultor, assinale a alternativa que
(B) Todos os técnicos gostam de informática e existe algum representa a negação da proposição “Se Marcos é político,
chefe de seção que não sabe que isso acontece. então Octávio é agricultor”.
(C) Nenhum técnico gosta de informática e nenhum chefe a) Marcos é político e Octávio não é agricultor.
de seção sabe que isso acontece. b) Se Marcos não é político, então Octávio não é agricultor.
(D) Todos os técnicos gostam de informática ou c) Octávio é agricultor ou Marcos é político.
existe algum chefe de seção que não sabe que d) Marcus é agricultor.
isso acontece. e) Marcos não é político e Octávio não é agricultor.
(E) Pelo menos um técnico gosta de informática e
algum chefe de seção não sabe que isso acontece. Questão 12. 19-A negação de “se Joaquim passa no
concurso então faz uma viagem” é:
Questão 5. Considerando falsa a afirmação “Se Ana é a) Joaquim não passa no concurso e não viaja.
gerente, então Carlos é diretor”, a afirmação b) Joaquim não passa no concurso ou não viaja.
necessariamente verdadeira é: c) Joaquim passa no concurso e não viaja.
(A) Ana não é gerente, ou Carlos é diretor. d) Se Joaquim não passa no concurso então não viaja. e)
(B) Ana não é gerente, e Carlos não é diretor. Se Joaquim viajar, passará no concurso.
(C) Ana é gerente.
(D) Ana é gerente, e Carlos é diretor. Questão 13. Assinale a alternativa que contém a sentença
(E) Carlos é diretor. logicamente equivalente a “Se Maria é solteira, então
Carlos é corredor''.
a) Se Carlos é corredor, Maria é solteira.
Questão 6. Considere a afirmação:
b) Maria é solteira ou Carlos é corredor.
“João não trabalha e Maria fica em casa”
c) Se Maria não é solteira, então Carlos não é corredor. d)
A negação dessa afirmação é:
Maria e Carlos são solteiros.
a) João não trabalha e Maria não fica em casa
e) Se Carlos não é corredor, então Maria não é solteira.
b) João trabalha e Maria fica em casa
c) João trabalha e Maria não fica em casa
Questão 14. A negação da proposição “se Paulo trabalha
d) João trabalha ou Maria não fica em casa
oito horas por dia, então ele é servidor público” é
e) João trabalha ou Maria fica em casa
logicamente equivalente à proposição:
a) Paulo trabalha oito horas por dia ou é servidor público.
Questão 7. Qual é a negação de p∧q?
b) Paulo trabalha oito horas por dia e não é servidor público.
a) ~p∧q c) Paulo trabalha oito horas por dia e é servidor público. d)
b) ~p∧~q Se Paulo não trabalha oito horas por dia, então não é
c) p∨~q servidor público.
d) ~p∨~q e) Se Paulo é servidor público, então ele não trabalha oito
horas por dia.
3
MATEMÁTICA AULA
01
0101
Prof. MÁRIO JÚNIOR
06
Exercícios de Lógica de Proposições
12-De acordo com raciocínio lógico matemático a 16 - A negação lógica da sentença “Estou de férias e,
frase “O Brasil não foi campeão ou o presidente foi ao se tenho vontade, então viajo” é:
comício” é equivalente a frase: a) Não estou de férias ou tenho vontade e não viajo.
a) O Brasil foi campeão ou o presidente não foi ao b) Não estou de férias e tenho vontade e não viajo.
comício. c) Estou de férias ou tenho vontade e não viajo.
b) Se o Brasil foi campeão, então o presidente foi ao d) Estou de férias e tenho vontade e não viajo.
comício. e) Não estou de férias e tenho vontade e viajo.
c) O Brasil não foi campeão e o presidente foi ao
comício. 17 - Uma afirmação equivalente a “Se o imposto foi
d) O Brasil foi campeão se, e somente se o presidente pago, então o empresário está sem dívida” é:
não foi ao comício. a) O imposto foi pago ou o empresário está sem dívida.
e) Ou o Brasil foi campeão ou o presidente foi ao b) O imposto não foi pago e o empresário está sem
comício. dívida.
c) O imposto não foi pago ou o empresário está sem
dívida.
d) O imposto foi pago ou o empresário não está sem
dívida.
2
MATEMÁTICA AULA
01
0101
07
Prof. MÁRIO JÚNIOR
Tratamento da Informação
Legendas: É opcional, mas aqueles que têm devem sempre ser 4. Gráficos em linhas.
lidos.
1. Gráfico em barras.
Questão 01.
2. Gráfico de colunas.
Disponível em:
<http://oglobo.globo.com/economia/negocios/bc-prometeduas-
intervencoes-de-ate-us-3-bi-no-mercado-de-cambio-
17625197>.Acesso em: 28 nov. 2016.
Com base exclusivamente nos dados apresentados no gráfico
quanto à cotação do dólar comercial no último dia útil de cada
mês de 2015, assinale a alternativa correta.
1
Quem estuda passa por aqui.
a) Em dezembro de 2014, a cotação do dólar comercial foi menor
que 2,689.
b) O maior valor para a cotação do dólar comercial foi verificado
em 28 de setembro.
c) A função que representa o valor da cotação do dólar comercial
em relação ao tempo é crescente, no intervalo apresentado no
gráfico.
d) A diferença entre os valores da cotação do dólar comercial de
maio e de março foi menor que um centavo de real.
e) Em 15 de agosto, o valor da moeda foi menor que 3,629.
Questão 02.
A tabela a seguir mostra os rendimentos mensais com as Ao observar os dados da tabela, podemos afirmar que:
respectivas alíquotas e deduções do imposto de renda – I.R. (A) A soma da população dos municípios B, C, D e E é maior que
a de Curitiba.
(B) Curitiba tem aproximadamente o triplo de habitantes de Ponta
Grossa e Foz do Iguaçu.
(C) Foz do Iguaçu tem mais do que o dobro da população de
Londrina.
(D) A diferença da população de Curitiba e Maringá é de 1 milhão
de habitantes.
Neste período, o salário mensal de Renata era de R$ 2 500,00,
então:
(A) Renata era isenta.
(B) Renata deve pagar R$ 375,00 de I. R.
(C) Renata deve pagar R$ 495,00 de I. R.
(D) Renata deve pagar R$ 687,50 de I. R.
Questão 05.
O gráfico a seguir diz respeito aos resultados obtidos por uma
turma de alunos de um curso preparatório específico para
professor de educação básica.
Resultados dos professores no curso preparatório
Questão 03.
Para construir um gráfico de setores, representando alguma
estatística a respeito de sua turma, um estudante fez a divisão
ilustrada na imagem e colocou nele um número referente a um
dos setores do gráfico. A respeito dessa construção, assinale a
alternativa correta.
2
Quem estuda passa por aqui.
(C) 749 pessoas mudam devido ao espaço.
(D) 1 016 pessoas mudam devido à segurança.
Questão 09.
A professora Lisiane de Matemática realizou um levantamento
para saber a preferência
musical dos alunos das 7ª séries A e B. O gráfico seguinte mostra
o resultado obtido por ela:
Questão 08.
Em uma pesquisa onde 2 673 pessoas foram entrevistadas com
o seguinte questionamento: O que leva as pessoas a se mudarem
para os condomínios fechados fora das grandes cidades? As
respostas foram organizadas no gráfico a seguir, após análise do
gráfico, pode-se afirmar que, aproximadamente:
3
Quem estuda passa por aqui.
a) 2ª feira
b) 4ª feira
c) 6ª feira
.
d) Sábado
Com base nos dados acerca da evolução da população brasileira
e) Domingo
apresentados na tabela acima, marque a alternativa correta a
respeito do gráfico a seguir:
Questão 13.
O gráfico abaixo mostra que no período de 94 a 95 houve um
grande aumento no desmatamento da Amazônia. O aumento
aproximado, em porcentagem, desse desmatamento no período
de 94 a 95 foi de:
Questão 12.
O gráfico abaixo mostra a produção diária de lixo orgânico de Questão 14.
duas pessoas. O dia da semana que o gráfico mostra que as O 150º Batalhão é responsável pela 301ª CIA PM, 302ª CIA PM,
produções de lixo das duas pessoas foram iguais é: 303ª CIA PM e 304ª CIA PM. Nesse Batalhão, no ano de 2017,
todas as CIAS PM obtiveram redução percentual (%) nos crimes
em relação ao ano de 2016. Com base nas informações contidas
no gráfico abaixo, marque a alternativa CORRETA.
4
Quem estuda passa por aqui.
GRÁFICO: crimes na área do 150º BPM, por CIA PM – 2016 a
2017:
Questão 15.
O gráfico apresenta a distribuição de vítimas de trânsito no mês
de julho de 2013, segundo o tipo de usuário da via pública em
uma determinada cidade brasileira.
5
05/06/2023, 13:43 Estatuto do Servidor (Funcionário) Público de Parauapebas - PA
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A Prefeita Municipal de Parauapebas - Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou
e ela, em seu nome, sanciona a seguinte Lei:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DO REGIME JURÍDICO
Art. 1º O regime jurídico dos servidores públicos da Administração direta, das autarquias e das fundações públicas do Município
de Parauapebas é o estatutário.
II - aos empregados de empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades da Administração indireta que
explorem atividade econômica.
III - aos contratados por tempo determinado, para atender à necessidade temporária por excepcional interesse público.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, são servidores aqueles legalmente investidos em cargos públicos, de provimento efetivo ou de
provimento de comissão.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidade previstas na estrutura organizacional, cometido a um
servidor.
Parágrafo único. os cargos públicos acessíveis a todos os brasileiros, e aos estrangeiros na forma da lei, são criados por lei em
número certo, denominação própria e vencimentos pagos pelos cofres públicos.
Art. 4º Os cargos de provimento efetivos da Administração direta, das autarquias e das fundações públicas serão organizados
preferencialmente em carreiras.
Art. 5º As carreiras serão organizadas em classes de cargos, observadas a escolaridade e a qualificação profissional exigidas, bem
como a natureza e a complexidade das atribuições a serem exercidas por seus ocupantes, na forma prevista na legislação
especifica.
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Art. 6º É vedado cometer ao servidor atribuições diversas das de seu cargo, exceto as de cargo de direção, chefia ou
assessoramento e de comissões legais.
Art. 7º É proibido o exercício gratuito de cargos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
CAPÍTULO II
DO PROVIMENTO
Seção I
Disposições Gerais
I - nacionalidade brasileira;
VI - boa saúde física e mental, comprovada em prévia inspeção médica oficial, admitida a incapacidade parcial, na forma que a
lei estabelecer.
§ 2º Lei específica, observada a lei federal, poderá definir os critérios para admissão de estrangeiros no serviço público.
§ 3º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de
cargos cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, sendo a elas reservados 5% (cinco por cento)
das vagas oferecidas no concurso.
Art. 9º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato de autoridade competente de cada Poder, de o dirigente superior
de autarquia ou fundação pública.
I - nomeação;
II - promoção;
III - readaptação;
IV - reversão;
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V - reintegração;
VI - recondução;
Seção II
Do Concurso Público
Art. 12. A investidura em cargo público de provimento efetivo será feita mediante concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo.
Parágrafo único. A Admissão dos profissionais da educação far-se-á exclusivamente por concurso público de provas e títulos.
Art. 13. O concurso público terá validade de até 02 (dois) anos, prorrogável, uma vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no órgão
oficial de imprensa e em periódico de grande circulação no Município.
§ 2º Na inexistência do órgão oficial de imprensa no Município, o edital será fixado em locais públicos, quando produzirá
efeitos legais, sendo obrigatória a publicação posterior no periódico de que trata o parágrafo anterior.
§ 3º Não se abrirá novo concurso público enquanto a ocupação do cargo puder ser feita por servidor em disponibilidade ou
por candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade ainda não expirado.
§ 4º A aprovação em concurso não cria direitos à nomeação, mas esta, quando se der, far-se-á em ordem rigorosa de
classificação dos candidatos, após prévia inspeção médica oficial.
Art. 14. Além das normas gerais, os concursos públicos serão regidos por instruções especiais, com ampla publicidade, que farão
parte do edital.
Art. 15. O edital do concurso estabelecerá os requisitos a serem satisfeitos pelos candidatos.
Parágrafo único. Do edital do concurso deverão constar, entre outros, os seguintes requisitos:
II - número de vagas a serem preenchidas, distribuídas por áreas especializadas ou disciplina, quando for o caso, com o
respectivo vencimento do cargo.
Art. 16. O concurso somente poderá ser realizado no prazo mínimo de 30 (trinta) dias após o encerramento das inscrições.
Art. 17. Aos candidatos serão assegurados meios amplos de recursos nas fases de homologação das inscrições, publicação de
resultados parciais ou globais e homologação de concurso e nomeação.
Seção III
Da Nomeação
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou de carreira, cujo exercício exija apenas conhecimentos profissionais
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II - em comissão, para cargos de livre nomeação e exoneração cujo exercício exija relação de confiança entre a autoridade
nomeante e o nomeado, fora eventuais conhecimentos profissionais.
Art. 19. A nomeação para cargo efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos,
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único. Os demais requisitos para ingresso e desenvolvimento dos servidores na carreira, mediante promoção, serão
estabelecidos pela lei que disponha sobre o sistema de carreira na Administração Pública Municipal e seus respectivos
regulamentos.
Art. 20. Os cargos em comissão, destinados apenas as atribuições de direção, chefia e assessoramento, serão providos mediante
livre escolha da autoridade competente de cada poder.
§ 1º Será reservado o percentual mínimo de 3% (três por cento) para o provimento dos cargos em comissão por servidores
titulares de cargo efetivo
§ 2º O servidor efetivo, quando ocupar cargo em comissão, poderá optar pela remuneração deste ou por uma gratificação de
40% (quarenta por cento) sobre o vencimento do cargo.
Subseção I
Da Posse e do Exercício
Art. 21. Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o compromisso
de bem servir, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e do empossado.
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de provimento, prorrogável por igual período
a requerimento do interessado e conveniência da administração.
§ 2º Em se tratando de servidor em licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término do
impedimento.
§ 5º Será tornado automaticamente sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nos prazos previstos nos §§ 1º e 2º
deste artigo.
Art. 22. A posse em cargo público dependerá da prévia inspeção médica oficial, previstas no inciso VI do art. 8º
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado física e mentalmente apto para o exercício do cargo.
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I - da posse;
§ 3º Será exonerado o servidor empossado que não entrar no exercício no prazo previsto no § 1º
§ 4º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor competente dar-lhe o exercício.
§ 5º O servidor que exercer cargo efetivo em órgão ou entidade da Administração distante da sede do Município terá até 30
(trinta) dias de prazo para entrar em exercício.
§ 6º Considera-se o prazo previsto no parágrafo anterior o período necessário ao deslocamento do servidor para a nova
localidade, desde que tal medida implique mudança de seu domicílio.
§ 7º Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, os prazos previstos neste artigo serão contados a partir do
término do afastamento.
Art. 24. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício serão registrados no assentamento individual do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício o servidor apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao seu
assentamento individual.
Art. 25. O exercício do cargo em comissão exigirá de seu ocupante integral dedicação ao serviço, sem direito à gratificação pela
prestação de serviço extraordinário, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.
Subseção II
Do Estágio Probatório
Art. 26. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por um
período de 36 (trinta e seis) meses, durante o qual sua aptidão e capacidade serão avaliadas para o desempenho do cargo,
observados os seguintes fatores:
I - assiduidade;
II - disciplina;
IV - qualidade de trabalho;
V - produtividade;
VI - responsabilidade.
Art. 27. Suspender-se-á o estágio probatório o período em que o servidor encontrar-se nos seguintes casos:
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V - afastamento para exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, ressalvada a hipótese de
acumulação do cargo com um mandato.
Parágrafo único. Retornando o servidor ao exercício do cargo, será retomada a contagem do período restante do estágio
probatório.
Art. 28. A avaliação de desempenho do servidor no estágio probatório será realizada por uma comissão composta de 03 (três)
servidores estáveis, sendo um destes designado presidente.
§ 1º A Comissão será integrada por servidores designados pela autoridade competente para avaliação de desempenho do
servidor no estágio probatório.
§ 2º Os servidores a que se refere o caput deste artigo terão nível hierárquico igual ou superior ao do servidor a ser avaliado,
podendo ser um deles, inclusive, o seu chefe imediato.
§ 3º A Comissão terá como secretário um dos servidores que a integram, a ser designado pelo seu presidente.
§ 4º Não poderá participar da Comissão cônjuge, convivente ou parente do servidor em estágio probatório, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o segundo grau.
§ 5º Havendo previsão de uma comissão de desenvolvimento funcional na lei que instituir o sistema de carreiras, poderá ficar
a cargo desta a avaliação do desempenho do servidor em estagiário probatório.
Art. 29. A Comissão emitirá parecer contrário ou favorável da confirmação do servidor no estágio probatório no prazo mínimo de
120 (cento e vinte) dias antes do término do período, avaliando o seu desempenho com relação à observância ou não dos
requisitos mencionados no art. 26.
§ 1º Se o parecer for contrário à permanência do servidor, dar-se-lhe-á conhecimento, para efeito de apresentação de defesa
escrita no prazo de 10 (dez) dias.
§ 2º A Comissão encaminhará o parecer, bem como a defesa, quando houver, à autoridade municipal competente, que
decidirá sobre a exoneração ou manutenção do servidor.
§ 3º Se a autoridade considerar cabível a exoneração do servidor, ser-lhe-á encaminhado o respectivo ato; caso contrário,
ratificará o ato de nomeação.
§ 4º Após comprovada administrativamente a incapacidade ou inadequação para o serviço público, será o servidor em estágio
probatório exonerado, ou se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, na forma do art. 40.
§ 5º A apuração dos requisitos mencionados no art.26 deverá processar-se de modo que a exoneração, se houver, possa ser
feita antes do término do período do estágio probatório.
Subseção III
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Da Estabilidade
Art. 30. São estáveis, após 03 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público.
IV - quando houver a necessidade de redução de pessoal, em cumprimento ao limite de defesa estabelecido em lei
complementar federal.
§ 1º A perda do cargo nos termos do inciso III dar-se-á na forma da lei complementar federal.
§ 2º O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por
ano de serviço.
Seção IV
Da Promoção
Art. 32. Promoção é a elevação do servidor à classe imediatamente superior àquela a que pertence, na mesma carreira, desde que
comprovada, mediante avaliação prévia, sua capacidade para exercício das atribuições da classe correspondente.
Art. 33. A promoção não interrompe nem suspende o tempo de exercício que é contado no novo posicionamento na carreira a
partir da data da publicação do ato que promover o servidor.
Art. 34. Os critérios de avaliação do servidor para efeito de promoção serão estabelecidos pela lei que instituir o sistema de
carreiras.
Art. 35. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica. (Regulamentado pelo Decreto nº 106/2023)
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de carreira de atribuições afins ao anteriormente ocupado, respeitada a
habilitação exigida.
§ 3º Inexistindo cargo vago, o servidor será colocado em disponibilidade, observados os arts. 48 a 51, devendo ser aproveitado
tão logo haja vacância de cargo compatível com a sua capacidade.
§ 4º Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar aumento ou redução dos vencimentos do servidor.
Seção VI
Da Reversão
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Art. 36. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez quando, por junta médica oficial, declarados
insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria.
Art. 37. A reversão far-se-á no mesmo cargo anteriormente ocupado ou em outro de atribuições analógicas e de igual vencimento.
Art. 38. Para que a reversão possa efetivar-se, é necessário que o aposentado não haja completado 70 (setenta) anos de idade.
Seção VII
Da Reintegração
Art. 39. Reintegração é a reinvestidura do servidor concursado no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens
e reconhecimento dos direitos inerentes ao cargo.
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 48 a 51.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo de atribuições e vencimentos compatíveis ou, ainda, posto em disponibilidade remunerada.
Seção VIII
Da Recondução
Art. 40. Recondução é o retorno do servidor concursado estável ao cargo anteriormente ocupado.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo anterior, o servidor será aproveitado em outro de atribuições e vencimentos compatíveis
ou colocado em disponibilidade, observada, em qualquer das hipóteses, o disposto no arts. 48 a 51.
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO
Seção I
Da Remoção
Art. 41. Remoção é o ato pelo qual o servidor passa a ter exercício em outro órgão da Administração Municipal, no âmbito do
mesmo quadro de pessoal.
§ 1º Dar-se-á a remoção:
I - de ofício;
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§ 2º A remoção de ofício ocorrerá para ajustamento de lotação e força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos
caso de reorganização da estrutura interna da Administração Municipal.
Seção II
Da Redistribuição
Art. 42. Redistribuição é o deslocamento de servidor estável para cargo do quadro de pessoal de outra entidade da Administração
Municipal, no âmbito do mesmo poder, observados os seguintes preceitos:
I - equivalência de vencimentos;
§ 1º A redistribuição ocorrerá de ofício para ajustamento de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços,
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de entidade da Administração Municipal.
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de entidade, extinto o cargo ou declarado sua desnecessidade, os servidores
estáveis que não puderem ser redistribuídos serão colocados em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 48 a 51.
CAPÍTULO IV
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 43. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano de 365 (trezentos e
sessenta e cinco) dias.
Art. 44. Além das ausências ao serviço previstas no art. 164, serão considerados como de efetivo exercício os afastamentos em
virtude de:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão ou entidade federal, estadual, distrital ou municipal;
IV - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, exceto para promoção por merecimento;
VI - missão ou estudo, quando o afastamento houver sido autorizado pela autoridade competente;
VII - licenças previstas nos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do art. 124, observado o disposto no art. 145, parágrafo único.
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Parágrafo único. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou
função de órgão ou entidades dos Poderes da União, do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios.
CAPÍTULO V
DA VACÂNCIA
I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção
IV - readaptação;
V - aposentadoria;
VII - falecimento.
II - quando tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido;
III - quando não aprovado na avaliação periódica de desempenho prevista no art. 31, III;
IV - quando houver necessidade de redução de pessoal, em cumprimento ao limite de despesas estabelecido em lei
complementar federal.
III - da publicação da lei que cria o cargo e conceder dotação para o seu provimento ou da lei que determinar esta última
medida, se o cargo já estiver criado, ou, ainda, do ato que aposentar, exonerar, demitir ou conceder promoção;
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CAPÍTULO VI
DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
Art. 48. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
§ 1º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será contado para efeito de disponibilidade.
§ 2º O cálculo da remuneração a que se refere o caput deste artigo far-se-á na razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano
de serviço, se homem, e de 1/30 (um trinta avos) por ano de serviço, se mulher.
§ 3º A proporcionalidade de que trata o parágrafo anterior será reduzida em 05 (cinco) anos para professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
§ 4º A remuneração do servidor em disponibilidade não poderá ser inferior a 01 (um) salário mínimo vigente no país.
Art. 49. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á, mediante aproveitamento obrigatório, em caso de vacância
de cargo de atribuições e vencimento compatível com o anteriormente ocupado.
§ 1º O órgão de pessoal determinará o imediato aproveitamento do servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer
em órgão ou entidade da Administração Municipal.
§ 2º No aproveitamento terá preferência o servidor que estiver há mais tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o
que contar mais tempo de serviço público municipal.
Art. 50. O aproveitamento de servidor que se encontre em disponibilidade dependerá de prévia comprovação de sua capacidade
física e mental, mediante inspeção por junta médica oficial.
§ 1º Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de
aproveitamento.
§ 2º verificando-se redução de sua capacidade física ou mental que inviabilize o exercício das atribuições antes
desempenhadas, observar-se-á o disposto no art. 35.
§ 3º Constatada a incapacidade definitiva para o exercício de qualquer atividade no serviço público, o servidor em
disponibilidade será aposentado.
Art. 51. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
estabelecido no § 1º do artigo anterior, salvo em caso de doença comprovada em inspeção por junta médica oficial.
Parágrafo único. A hipótese prevista neste artigo configurará abandono de cargo, apurado mediante processo administrativo,
na forma desta Lei.
CAPÍTULO VII
DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 52. Os servidores ocupantes de cargo em comissão ou investidos em função gratificada terão substitutos indicados por ato
normativo da Administração, ou previamente designados pela autoridade competente.
§ 1º O servidor substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função a que se refere o caput deste artigo na
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Art. 53. Em caso excepcional, atendida à conveniência da Administração, o titular do cargo de direção, chefia ou assessoramento
poderá ser nomeado ou designado, cumulativamente, como substituto para outro cargo da mesma natureza, até que se verifique a
nomeação ou designação do titular.
Parágrafo único. Nessa hipótese o servidor somente perceberá o vencimento correspondente a um cargo, cabendo-lhe fazer a
devida opção.
Art. 54. Havendo excepcional interesse público, a substituição temporária de servidor efetivo poderá se dar mediante contratação
por tempo determinado, na forma que a lei estabelecer.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E VANTAGENS
CAPÍTULO I
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 55. A jornada normal de trabalho dos servidores municipais não será superior a 08 (oito) horas e o período normal da semana
de trabalho não excederá a 44 (quarenta e quatro) horas.
§ 1º A jornada mínima dos servidores atenderá à conveniência da Administração e poderá ser diferenciada de acordo com a
necessidade de cada setor, devendo ser fixada por decreto.
§ 2º O período extraordinário não está compreendido nos limites previstos no caput deste artigo, devendo ser remunerado
com a gratificação prevista no art. 80.
§ 3º O período extraordinário só será assim considerado quando requisitado justificadamente pela chefia imediata, não
podendo exceder o limite máximo de 02 (duas) horas diárias.
§ 4º Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá o período extraordinário exceder o limite máximo previsto no parágrafo
anterior, para à realização de serviço inadiáveis, ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto à Administração.
§ 5º Atendendo à conveniência e à necessidade de serviço, poderá ser adotado o sistema de compensação de horários
estabelecido por decreto.
§ 6º A jornada de trabalho pode ser fixada de norma distinta à do caput deste artigo, sempre que o serviço público exigir o
regime de escalonamento de trabalho, respeitando-se o limite semanal.
Art. 56. O servidor terá direito a repouso remunerado, em um dia de semana, preferencialmente aos domingos, bem como nos
dias de feriado civil e religioso.
Parágrafo único. A remuneração do dia de repouso corresponderá a um dia normal de trabalho para cada semana trabalhada.
Art. 57. Em qualquer trabalho contínuo cuja duração exceda 6 (seis) horas, conceder-se-á um intervalo para repouso ou
alimentação, o qual será, no mínimo, de uma 1 (uma) hora, não podendo exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, conceder-se-á um intervalo de 15 (quinze) minutos, quando a duração
ultrapassar 4 (quatro) horas.
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§ 2º Não poderá haver prestação de serviço extraordinário durante o intervalo de que trata este artigo.
CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÂO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 58. Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas
em lei.
Art. 59. Nenhum servidor poderá receber, mensalmente, a título de remuneração importância superior aos limites estabelecidos
pela Constituição da República.
Art. 60. A revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos municipais far-se-á sempre na mesma data e sem distinção
de índices.
Art. 61. Nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou proventos, salvo por imposição legal ou mandado judicial.
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros,
por meio de celebração de convênio, a critério da Administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.
Art. 62. A remuneração e os proventos não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de decisão judicial.
Art. 63. As reposições e indenizações ao Erário poderão ser descontadas em parcelas mensais não excedentes à décima parte da
remuneração ou proventos, em valores atualizados.
§ 1º Quando constatado pagamento indevido ao servidor por erro no processamento da folha, a reposição ao Erário poderá
ser feita em uma única parcela no mês subsequente.
§ 2º O servidor em débito com o Erário que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade
cassada terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitá-lo.
§ 3º Será inscrito em dívida ativa para cobrança judicial o débito que não houver sido quitado no prazo previsto.
Art. 64. O recebimento de quantias indevidas poderá ensejar processo administrativo disciplinar para apuração de
responsabilidade e aplicação das penalidades cabíveis.
I - a remuneração do dia, se não comparecer ao serviço, salvo por motivo legal ou por moléstia devidamente comprovada nos
termos deste Estatuto;
II - a parcela da remuneração diária proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 60
(sessenta) minutos mensais, exceto nos casos de compensação de horários ou quando devidamente autorizados ou justificados
pela autoridade competente;
III - 1/3 (um terço) da remuneração, quando afastado por motivo de prisão em flagrante ou preventiva, determinada pela
autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;
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IV - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não
determine a perda do cargo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos III e IV do artigo anterior, observar-se-á o disposto no art. 95.
Seção II
Do Vencimento
Art. 66. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei, sendo vedada a sua
vinculação, ressalvado o disposto no art. 68.
Parágrafo único. Para efeito desta Lei, considera-se vencimento o valor correspondente ao vencimento do cargo acrescido das
vantagens pecuniárias estabelecidas em lei como de caráter permanente.
Art. 67. Os vencimentos são irredutíveis, desde que observados os limites dispostos na Constituição da República.
Art. 68. Lei que instituir o plano de cargos e carreiras poderá estabelecer a relação entre o maior e o menor vencimento pago pelo
Município.
Art. 69. O menor vencimento não será inferior a 1 (um) salário mínimo vigente no País.
CAPÍTULO III
DAS VANTAGENS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 70. Por vantagem compreende-se todo o estipêndio diverso do vencimento recebido pelo servidor e que represente efetivo
proveito econômico.
I - gratificações e adicionais;
II - abono familiar;
IV - auxílio-funeral;
Parágrafo único. As vantagens previstas nos incisos II e III serão concedidas na forma da legislação competente.
Art. 72. As vantagens previstas nesta Seção não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de acréscimos
pecuniários ulteriores.
Seção II
Das Gratificações e Dos Adicionais
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Art. 73. Além dos vencimentos e vantagens previstos nesta Lei, serão deferidos os adicionais e as gratificações seguintes:
I - gratificação natalina;
V - adicional noturno.
§ 1º As gratificações e adicionais somente se incorporarão aos vencimentos ou proventos nos casos indicados em lei.
§ 2º Aos ocupantes de cargo em comissão alheios aos quadros de pessoal permanente do Município será concedida apenas a
gratificação natalina.
Art. 74. Ao servidor investido em função gratificada, com atribuições de chefia, direção ou assessoramento, é devida gratificação
pelo seu exercício, a ser acrescida à sua remuneração.
§ 1º As funções gratificadas serão especificadas nos decretos que as instituir, para atender a encargos previstos na organização
administrativa do Município, para os quais não se tenha criado cargo em comissão.
§ 2º Somente serão designados para o exercício de função gratificada servidores ocupantes de cargo efetivo no Município de
Parauapebas.
§ 3º A criação de função gratificada dependerá de dotação orçamentária para atender às despesas dela decorrentes.
Subseção II
Da Gratificação Natalina
Art. 75. A gratificação natalina será paga, anualmente, a todo servidor municipal, inclusive os ocupantes de cargos em comissão,
independentemente da remuneração a que fizer jus.
§ 1º A gratificação natalina corresponderá a 1/12 (um doze avos), por mês de efetivo exercício, da remuneração devida em
dezembro do ano correspondente.
§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de exercício será tomada como mês integral, para efeito do parágrafo
anterior.
Art. 76. A gratificação natalina poderá ser paga em duas parcelas, devendo ser integralizado seu pagamento até o dia 20 (vinte) de
dezembro de cada ano.
§ 1º O pagamento de cada parcela far-se-á tomado por base a remuneração devida no mês em que ocorrer o pagamento.
§ 2º A segunda parcela será calculada com base na remuneração em vigor no mês de dezembro, abatida a importância da
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Art. 77. Caso o servidor deixe o serviço público municipal, a gratificação natalina ser-lhe-á paga proporcionalmente ao número de
meses de exercício no ano, com base na remuneração do mês em que ocorrer a exoneração ou demissão.
Art. 78. A gratificação natalina será estendida aos inativos e pensionistas, com base nos proventos e na pensão que perceberem na
data do pagamento daquela.
Art. 79. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Subseção III
Da Gratificação Por Serviço Extraordinário
Art. 80. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal de
trabalho e de 100% (cem por cento) quando executado aos domingos e feriados, exceto nos casos em que a escala de trabalho seja
exigência do cargo que o servidor ocupa ou em que haja legislação específica.
§ 2º O serviço extraordinário realizado no horário previsto no art. 89 será acrescido do percentual relativo ao serviço noturno,
em função de cada hora extra.
Art. 81. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite
máximo de 02 (duas) horas diárias e observado o disposto no art. 55, § 4º
§ 1º O serviço extraordinário previsto neste artigo será precedido de autorização da chefia imediata, que justificará o fato.
§ 2º Optando a Administração Pública pela compensação de horários prevista no art. 55, § 5º, não será concedida a
gratificação de que trata esta Seção.
Art. 82. O exercício de cargo em comissão, bem como a função gratificada, exclui a gratificação por serviço extraordinário.
Art. 83. O servidor que receber importância relativa à gratificação por serviço extraordinário não prestado será obrigado a restituí-
la de uma só vez, ficando, ainda, sujeito à punição disciplinar, caso tenha agido de má-fé.
Parágrafo único. É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário com objetivo de remunerar outros serviços ou
encargos.
Subseção IV
Do Adicional Por Tempo de Serviço
Art. 84. O adicional por tempo de serviço é vantagem permanente, calculada sobre o vencimento do cargo efetivo adquirido em
razão do transcurso de 03 (três) anos de efetivo exercício no Município de Parauapebas.
§ 1º Por triênio de efetivo exercício no serviço público municipal, será concedido ao servidor um adicional correspondente a
3º (três por cento) do vencimento de seu cargo efetivo, sendo devido a partir da primeira remuneração a ser paga depois de
completado o período aquisitivo, até o limite de 11 (onze).
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§ 2º Serão considerados tempos de serviço, para concessão do benefício previsto no caput deste artigo, os afastamentos
computados como de efetivo exercício.
Subseção V
Dos Adicionais Pelo Exercício de Atividade Insalubre, Perigosa ou Penosa
Art. 85. Os servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substância tóxica,
radioativa ou com risco de vida fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
§ 1º O percentual relativo aos adicionais tratados nesta Subseção será estabelecido em decreto de iniciativa do Poder
Executivo.
§ 2º O servidor que fizer jus a mais de um dos adicionais dispostos nesta Subseção deverá optar por um deles, sendo vedado o
recebimento cumulativo dessas vantagens.
§ 3º O direito ao adicional de insalubridade, periculosidade ou penosidade cessa com a eliminação das condições ou dos
riscos que deram causa à sua concessão.
Art. 86. Haverá permanente controle da atividade de servidor em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou
perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e
locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.
Art. 87. Na concessão dos adicionais de insalubridade, periculosidade ou penosidade, serão observadas as situações especificadas
na legislação Municipal.
Art. 88. Os locais de trabalho e os servidores que operam com raios-x ou substâncias radioativas devem ser mantidos sob controle
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo devem ser submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.
Subseção VI
Do Adicional Noturno
Art. 89. O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia a 05 (cinco) horas do dia
seguinte terá o valor/hora acrescido de mais 20% (vinte por cento), computando-se cada hora como 52 (cinqüenta e dois) minutos
e 30 (trinta) segundos.
§ 1º Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre o valor da hora normal de
trabalho acrescido do respectivo percentual de extraordinário.
§ 2º Nos casos em que a jornada de trabalho diária compreender um horário entre os períodos diurnos e noturnos, o
adicional será pago proporcionalmente, às horas de trabalho noturno.
Seção III
De Abono Familiar
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Art. 90. Será concedido o abono familiar ao servidor, ativo ou inativo, cuja remuneração não ultrapasse o limite estabelecido em
lei, desde que sejam atendidas as seguintes condições:
I - por cônjuge, quando inválido ou mentalmente incapaz e que não tenha renda própria;
II - por filho menor de 14 (quatorze) anos que não exerça atividade remunerada e nem tenha renda própria
§ 1º Compreende-se, neste artigo, o filho de qualquer condição, o enteado, o adotivo, bem como o menor que, mediante
autorização judicial, estiver sob a guarda e o sustento do servidor.
§ 2º Ao pai e mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.
§ 3º A invalidez, para efeito deste artigo, corresponde à incapacidade total e permanente para o trabalho, comprovada
mediante inspeção médica oficial.
§ 4º Considera-se renda própria ou atividade remunerada, para efeito deste artigo, o recebimento de importância igual ou
superior ao menor vencimento pago no Município.
Art. 91. Ocorrendo o falecimento do servidor, o abono familiar continuará a ser pago diretamente a seus beneficiários ou por
intermediário da pessoa em cuja guarda se encontrem, enquanto fizerem jus à concessão.
§ 1º Com o falecimento do servidor e à falta do responsável pelo recebimento do abono familiar, será assegurado aos
beneficiários o direito à sua percepção, enquanto assim fizerem jus.
§ 2º Passará a ser efetuado ao cônjuge o pagamento do abono familiar relativo ao beneficiário que vivia sob a guarda e
sustento do servidor falecido.
§ 3º Caso o servidor não haja requerido o abono familiar relativo a seus dependentes, o requerimento poderá ser feito após
sua morte pela pessoa em cuja guarda e sustento se encontrem, operando seus efeitos a partir da data do pedido.
Art. 92. Nenhum desconto incidirá sob o abono familiar, nem este servirá de base a qualquer contribuição, ainda que para fins de
previdência social.
Art. 94. Todo aquele que, por ação ou omissão, der causa a pagamento indevido de abono familiar ficará obrigado à sua
restituição, sem prejuízo das demais cominações legais.
Seção IV
Auxílio - Reclusão
Art. 95. À família do servidor em atividade é devido o auxílio-reclusão, nos seguintes valores e situações:
I - 2/3 (dois terços) da remuneração quando afastado por motivos de prisão em flagrante ou preventiva, determinada pela
autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não
determine a perda do cargo.
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§ 1º No caso previsto no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, desde que absolvido.
§ 2º O pagamento de auxílio reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda
que condicional.
Seção V
Do Auxílio Funeral
Art. 96. O auxílio funeral é devido à família do servidor falecido, ainda que ao tempo de sua morte estivesse em disponibilidade ou
aposentado, em valor equivalente ao menor vencimento pago pelo Município.
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão de um dos cargos ocupados.
§ 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior quando se tratar de hipótese de acumulação de proventos com vencimentos.
§ 3º Será concedido transporte à família do servidor quando este falecer fora do Município, no desempenho do cargo ou de
serviço.
§ 4º O auxílio-funeral será pago também ao servidor por morte do cônjuge, convivente ou filho menor ou inválido.
Art. 97. O auxílio funeral será pago à pessoa da família que houver comprovadamente custeado o funeral, no prazo de 03 (três)
dias úteis, por meio de procedimento sumaríssimo, até o limite previsto no caput do artigo anterior.
§ 1º Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, mediante comprovação de despesa, observado o limite
previsto no parágrafo anterior.
§ 2º O pagamento será autorizado pela autoridade competente, à vista da certidão de óbito e demais documentos.
CAPÍTULO IV
DAS INDENIZAÇÕES
Seção I
Disposições Gerais
Art. 98. Considera-se indenização todo valor pecuniário percebido pelo servidor para evitar ocorrência de gastos pessoais
extraordinários pelo exercício de suas atribuições.
Parágrafo único. Não incidirá sobre as indenizações desconto de qualquer natureza, nem poderão ser computadas para
percepção de qualquer vantagem.
I - ajuda de custo;
II - diárias.
Seção II
Da Ajuda de Custo
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Art. 100. A ajuda de custo destina-se à compensação das despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço,
desloque-se da sede do Município por período superior a 30 (trinta), dias nas seguintes situações:
II - quando designado para serviço, programa de treinamento ou outra atividade fora do Município.
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, a ajuda de custo será calculada sobre o vencimento do servidor, não podendo
exceder à importância correspondente a 3 (três) meses do respectivo vencimento.
I - aos ocupantes de cargo em comissão que alheios aos quadros de pessoal permanente do Município;
II - ao servidor cedido a outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios;
Art. 102. Será concedida nova ajuda de custo ao servidor que voltar a ter exercício na sede do Município, observado o disposto no
art. 100, § 2º
Art. 103. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo, no prazo de 5 (cinco) dias, quando injustificadamente, não se
apresentar no local para onde foi designado e quando, antes de findo o desempenho da atividade que lhe foi cometida, regressar
por vontade própria, pedir exoneração ou abandonar o serviço.
§ 1º A responsabilidade pela restituição de que trata este artigo atinge, exclusivamente, a pessoa do servidor.
§ 3º Não haverá obrigação de restituir a ajuda de custo nos casos de exoneração de ofício ou de retorno por motivo de doença
comprovada.
Seção III
Das Diárias
Art. 104. Ao servidor, inclusive o ocupante de cargo em comissão, que for designado para serviço, curso ou outra atividade fora do
Município, por período de até 30 (trinta) dias, serão concedidas diárias, para custeio das despesas de viagem. (Vide Decretos nº
313/2005 e nº 1662/2013)
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite
fora da sede.
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.
Art. 105. O servidor que receber diárias e não se afastar do Município, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
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Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar ao Município, em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento,
deverá restituir as diárias recebidas em excesso, no prazo estabelecido no caput.
Art. 107. Os critérios e os valores das diárias serão fixados através de decreto.
CAPÍTULO V
DA APOSENTADORIA E DA PENSÃO
Art. 108. Os servidores municipais titulares de cargo efetivo serão aposentados, observados os arts. 258 a 261, das Disposições
Transitórias:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente
em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, observado o disposto nos arts. 110 e 111;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;
III - voluntariamente, desde que cumprido o tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e 5 (cinco)
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) 60 (sessenta) anos de idade e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem, e 55 (cinqüenta e cinco) anos de idade e
30 (trinta) anos de contribuição, se mulher;
b) 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos servidores a que se
refere este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física, definidos em lei complementar federal.
§ 2º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em 5 (cinco) anos em relação ao disposto no inciso III,
alínea "a" deste artigo para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio.
Art. 109. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço
correspondente para efeito de disponibilidade.
III - o tempo já computado para a concessão de qualquer aposentadoria prevista nesta lei ou por outro regime de previdência
social;
Art. 110. Entende-se por doença profissional a que decorrer das condições do serviço, devendo o laudo da junta médica municipal
estabelecer rigorosa caracterização.
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Art. 111. Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia
grave, doença de parkinson, nefropatia grave, espondiloartrose anquilosante, estado avançado da doença da paget (osteíte
deformante), síndrome da imunodeficiência adquirida - AIDS, contaminação por radiação e outras previstas em lei federal, com
base nas conclusões da medicina especializada.
Art. 112. A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato da autoridade competente, com vigência a partir do
dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.
Art. 113. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
Art. 114. A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde por período definido em lei específica.
Parágrafo único. Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o
servidor será aposentado.
Art. 115. O servidor que retornar à atividade após a cessação dos motivos que causaram sua aposentadoria por invalidez terá
direito, para todos os fins, salvo para o de promoção e férias, à contagem do tempo relativo ao período de afastamento.
Art. 116. Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca de tempo de contribuição na Administração Pública e
na atividade privada, rural e urbana.
Art. 117. Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na remuneração do servidor no
cargo efetivo em que se der a aposentadoria e corresponderão à totalidade da remuneração.
Art. 118. Os proventos de aposentadoria e a pensão, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do
respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
Art. 119. O benefício da pensão será igual aos proventos de aposentadoria percebidos pelo servidor falecido, ou corresponderá ao
valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data do seu falecimento, observados os arts. 117 e 118.
Art. 120. Os proventos de aposentadoria e a pensão não poderão ser inferiores a 1 (um) salário mínimo vigente no país, nem
superiores aos limites estabelecidos pela Constituição da República.
Art. 121. Observado o disposto no artigo anterior, os proventos de aposentadoria e a pensão serão revistos na mesma proporção e
na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo estendidos aos inativos e aos
pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, ou que serviu de referência
para a concessão do benefício da pensão.
Art. 122. Aplica-se o limite fixado no art. 120 à soma total de proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o Regime Geral de
Previdência Social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na
forma da Constituição da República, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
Art. 123. O disposto nesta Seção não se aplica aos ocupantes de cargo em comissão alheios aos quadros de pessoal permanente
do Município.
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CAPÍTULO VI
DAS LICENÇAS
Seção I
Disposições Gerais
§ 1º O servidor somente poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a 24 (vinte e quatro) meses
nos casos dos incisos III, V e VII.
§ 2º Uma vez findo o período de licença, deverá o servidor retornar ao seu cargo no primeiro dia útil subsequente, sob pena
de ser considerado como faltoso neste e nos demais dias em que não comparecer, salvo demonstre justificativa acolhida nesta lei.
§ 3º Fica vedado o exercício de atividade remunerada durante o período das licenças previstas nos incisos I a IV.
§ 4º Ao servidor que se encontre no período de estágio probatório, só poderão ser concedidas as licenças previstas nos incisos
I, II, III e V.
§ 5º Ao ocupante de cargo em comissão só poderão ser concedidas as licenças previstas nos incisos I, II e III deste artigo.
Art. 125. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como
prorrogação.
Art. 126. O pedido de prorrogação de qualquer licença deverá ser apresentado, no mínimo, 5 (cinco) dias antes de findo o prazo
respectivo.
Parágrafo único. Indeferido o pedido, contar-se-á como licença o período compreendido entre a data da conclusão desta e a
do conhecimento denegatório da prorrogação pretendida.
Seção II
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Art. 127. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica oficial,
sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 128. Para licença até 15 (quinze) dias, a inspeção será feita por médico indicado pelo Município e, se por prazo superior, nos
termos da legislação específica.
§ 1º Sempre que necessária, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar
onde se encontrar internado.
§ 2º Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor, será aceito atestado passado por médico
particular, que deverá ser ratificado por médico do Município de Parauapebas.
Art. 129. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome da doença, salvo quando se tratarem de lesões
produzidas por acidentes em serviço, doença profissional ou quaisquer das doenças especificadas na legislação pertinente.
Art. 130. Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela
prorrogação da licença ou pela aposentadoria.
§ 1º No curso da licença poderá o servidor requerer inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir o exercício ou
com direito à aposentadoria.
§ 2º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato de aposentadoria será considerado
como de prorrogação da licença.
Art. 131. O servidor não poderá recusar a inspeção médica, aplicando-se-lhe o disposto no art. 197 § 1º
Art. 132. Caso fique comprovado que o servidor gozou de licença para tratamento de saúde indevidamente, o mesmo estará
sujeito à penalidade prevista no art. 194, inciso II.
Seção III
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença Paternidade
Art. 133. Será concedida licença à servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
§ 1º A licença poderá iniciar-se a partir do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento a servidora será submetida a exame médico e, se julgada
apta, reassumirá o exercício.
§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a um período de afastamento correspondente ao
que for atestado por médico oficial.
Art. 134. Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de
trabalho, a 1 (uma) hora, que poderá ser parcelada em 2 (dois) períodos de meia hora.
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Art. 135 À servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança de até 6 (seis) anos de idade serão concedidos 60 (sessenta)
dias de licença remunerada para ajustamento do adotado ou tutelado ao novo lar.
Art. 135. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, será concedida licença-maternidade
nos termos do art. 133 (Redação dada pela Lei nº 4419/2010)
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 6 (seis) anos de idade, o prazo de que trata este
artigo será de 30 (trinta) dias. (Revogado pela Lei nº 4419/2010)
Art. 136. Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá direito à licença-paternidade de 7 (sete) dias consecutivos.
Seção IV
Da Licença Por Acidente
Art. 137. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.
Art. 138. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor e que se relacione mediata ou
imediatamente com o exercício do cargo.
Art. 139. O servidor que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, correndo as despesas
por conta do Município.
Parágrafo único. O tratamento de que trata este artigo deverá ser recomendado por junta médica oficial e somente será
permitido se inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.
Art. 140. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.
Seção V
Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoas da Família
Art. 141 Poderá ser concedida licença sem remuneração ao servidor, até 30 (trinta) dias, por motivo de doença do cônjuge ou
convivente, padrasto ou madrasta, ascendente e descendente.
Art. 141. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do
padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante
comprovação por junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 4421/2010)
§ 1º A licença será precedida de exame médico ou atestado fornecido por junta médica oficial e comprovação do parentesco.
§ 2º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de acompanhamento social.
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Art. 142. Cessada a necessidade, deverá o servidor regressar ao exercício de seu cargo em 24 (vinte e quatro) horas, salvo se
apresentar justificativa para prazo maior.
§ 1º O prazo previsto no artigo anterior poderá ser prorrogado por mais 60 (sessenta) dias, hipótese em que o servidor fará jus
a 2/3 (dois terços) de sua remuneração.
§ 1º A licença será concedida, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, no prazo de trinta dias, prorrogável por igual
período, mediante parecer de junta médica oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até noventa dias. (Redação
dada pela Lei nº 4421/2010)
§ 2º A prorrogação de que trata o parágrafo anterior dependerá de parecer de junta médica oficial.
Seção VI
Da Licença Para Serviço Militar
Art. 143. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença sem vencimentos à vista de documento oficial que
prove a incorporação obrigatória ou a matrícula em curso de formação da reserva.
Art. 144. Ao servidor desincorporado será concedido prazo não excedente a 15 (quinze) dias para reassumir o exercício, sem perda
do cargo.
Parágrafo único. O prazo previsto no caput deste artigo terá início na data da desincorporação do servidor do serviço militar.
Seção VII
Da Licença Para Concorrer a Cargo Eletivo
Art. 145. O servidor terá direito à licença, sem remuneração durante o período entre a sua escolha, em convenção partidária,
como candidato a cargo eletivo e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
Parágrafo único. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença
como se em efetivo exercício estivesse, sem prejuízo de sua remuneração, mediante comunicação, por escrito, do afastamento,
acompanhado de documento comprobatório.
Art. 146. Em se tratando de servidor efetivo investido do cargo em comissão, ficará exonerado do cargo comissionado e licenciado
do efetivo, na forma prevista no artigo anterior.
Seção VIII
Da Licença Para Exercício de Mandato Classista
Art. 147. É assegurado ao servidor o direito à licença remunerada para o desempenho de mandato em confederação, federação,
associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão.
§ 1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades até o
máximo de 3 (três) por ente da Administração Pública.
§ 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.
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§ 3º O servidor efetivo investido em cargo em comissão ou função gratificada deverá se desincompatibilizar do cargo ou
função no momento em que tomar posse no mandato classista.
Seção IX
Da Licença Para Tratar de Interesse Particular
Art. 148. A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assunto particular, pelo
prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração.
§ 1º O requerente aguardará, em exercício, a concessão da licença, sob pena de demissão por abandono de cargo.
§ 2º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou por interesse da Administração.
§ 3º A licença será negada quando o afastamento do servidor for inconveniente ao interesse da Administração.
§ 4º Não se concederá nova licença de igual natureza antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior.
Seção X
Da Licença-prêmio (redação Acrescida Pela Lei nº 4467/2011)
Art. 148-A A cada 5 (cinco) anos de efetivo exercício prestado no Município, na condição de titular de cargo de provimento efetivo,
o servidor terá direito a licença-prêmio de 03 (três) meses.
§ 1º O servidor ao entrar em gozo de licença-prêmio perceberá, durante este período, a remuneração devida na data da
concessão.
§ 2º O período de aquisição descrito no caput deste artigo não terá como termo inicial data anterior à vigência da lei
instituidora do benefício.
II - Afastar-se do cargo em virtude de licença para tratar de interesses particulares ou para acompanhar cônjuge ou
companheiro.
§ 4º As faltas ao serviço retardarão a concessão de licença prevista neste antigo na proporção de 01 (um) mês para cada 10
(dez) faltas injustificadas no período aquisitivo.
§ 5º Fica a cargo de cada Secretaria a organização da sequência de licenças aos servidores que fizerem jus à licença-prêmio.
(Redação acrescida pela Lei nº 4467/2011)
CAPÍTULO VII
DAS FÉRIAS
Art. 149. Todo servidor, inclusive o ocupante de cargo em comissão, terá direito, após cada período de 12 (doze) meses de
exercício, ao gozo de 30 (trinta) dias de férias remuneradas.
Art. 150. Atendendo à conveniência e à necessidade do serviço, as férias poderão ser concedidas em 2 (dois) períodos, não
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Art. 151. A época do gozo das férias pelo servidor será estabelecida de acordo com a escala organizada pela chefia imediata.
Parágrafo único. A escala de férias poderá ser alterada por autoridade superior, ouvido o chefe imediato do servidor.
Art. 152. O pagamento das férias será efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período de gozo.
Art. 153. Durante as férias, o servidor terá direito, além do vencimento, a todas as vantagens que percebia no momento em que
passou a gozá-las.
Art. 154. É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de 2 (dois) períodos,
atestada a necessidade pelo chefe imediato do servidor.
Art. 155. Conforme opção do servidor e conveniência da Administração, poderá ser permitida a conversão de 1/3 (um terço) das
férias em dinheiro, mediante requerimento do servidor apresentado 30 (trinta) dias antes do seu início, vedada qualquer outra
hipótese de conversão em dinheiro.
Parágrafo único. No cálculo do abono pecuniário a que se refere o caput deste artigo, tomar-se-á por base a remuneração
correspondente ao período de férias, acrescida do adicional previsto no art. 158.
Art. 156. O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou substâncias radioativas gozará, obrigatoriamente, 20
(vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer hipótese, a acumulação.
Parágrafo único. O servidor referido neste artigo não poderá converter suas férias nos termos do art. 155.
Art. 157. As férias dos servidores do magistério poderão ser reguladas por normas específicas.
Art. 158. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, adicional de 1/3 (um terço) da
remuneração correspondente ao período de férias.
Parágrafo único. Para o cálculo do adicional de que trata este artigo, observar-se-á o disposto no art. 153.
Art. 159. No caso de exoneração será devida ao servidor a remuneração correspondente ao período de férias cujo direito tenha
adquirido.
Parágrafo único. O servidor exonerado antes de 12 (doze) meses de serviço terá direito também à remuneração relativa ao
período aquisitivo incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
Art. 160. O servidor em regime de acumulação lícita perceberá o adicional calculado sobre a remuneração do cargo cujo período
aquisitivo lhe garanta o gozo das férias.
Parágrafo único. O adicional de férias será devido em função de cada cargo exercido pelo servidor.
Art. 161. As férias somente poderão ser interrompidas por imperiosa necessidade de serviço.
Art. 162. O servidor casado com servidora do Município e vice-versa poderão gozar férias no mesmo período, desde que não haja
prejuízo para o serviço.
CAPÍTULO VII
DAS CONCESSÕES
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Art. 163. Nenhum servidor poderá faltar ao serviço sem causa justificada.
a) falecimento de cônjuge, convivente, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob tutela ou adotado e irmãos;
b) casamento, contados da realização do ato.
Art. 165. Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário
escolar e o de trabalho, sem prejuízo do exercício do cargo.
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo será exigida a compensação de horário, respeitada a duração semanal do
trabalho.
Art. 166. O servidor poderá ser cedido mediante requisição para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Regulamentado pelo Decreto nº 1343/2019)
Parágrafo único. O ônus da remuneração será do órgão ou entidade requisitante, salvo nos casos previstos em lei ou convênio.
CAPÍTULO IX
DO EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO
Art. 167. Ao servidor municipal investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
a) havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo do subsídio do cargo efetivo;
b) não havendo compatibilidade de horários, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
§ 1º Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se em exercício
estivesse.
§ 2º O servidor investido em mandato eletivo municipal é inamovível e não poderá ser exonerado de ofício pelo tempo de
duração de seu mandato.
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CAPÍTULO X
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Art. 168. A assistência supletiva à saúde do servidor ativo ou inativo e dos dependentes legais compreende assistência médica
prestada na forma da lei municipal.
CAPÍTULO XI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 169. É assegurado ao servidor requerer aos Poderes Públicos em defesa de direito ou de interesse legítimo,
independentemente de qualquer pagamento.
Art. 170. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que
estiver imediatamente subordinado o requerente.
§ 1º O chefe imediato do requerente terá o prazo de 5 (cinco) dias, após o recebimento do requerimento, para remetê-lo
autoridade competente.
§ 2º O requerimento será decidido no prazo máximo de 30 (trinta) dias, salvo em casos que obriguem a realização de
diligência ou estudo especial, quando o prazo máximo será de 90 (noventa) dias.
Art. 171. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão denegatória.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior a que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e,
sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 173. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias a contar da publicação ou
ciência pelo interessado da decisão recorrida.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a publicação da decisão será feita em veículo de comunicação oficial do Município.
Parágrafo único. Em caso de provimento de pedido de reconsideração ou recurso os efeitos da decisão retroagirão a data do
ato impugnado.
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I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão, de cassação de aposentadoria, que coloquem o servidor em
disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência, pelo
interessado, quando o ato não for publicado.
Parágrafo único. Interrompida prescrição, o prazo recomeçará a correr pelo restante, no dia em que cessar a interrupção.
Art. 177. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.
Art. 178. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a
procurador por ele constituído.
Art. 179. A Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
TÍTULO III
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo que exerce;
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XII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e convenientemente trajado ou com o uniforme que for
determinado;
XIV - colaborar para o aperfeiçoamento dos serviços, sugerindo à Administração as medidas que julgar necessárias;
XV - providenciar para que esteja sempre atualizado o seu assentamento individual, bem como sua declaração de família;
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XI será apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é
formulada, assegurando-se ao representado o direito de defesa.
CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES
VI - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante
manifestação escrita ou oral, podendo, porém, criticar ato do Poder Público, do ponto de vista doutrinário ou da organização do
serviço, em trabalho assinado;
VII - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuições que sejam de sua
responsabilidade ou de seu subordinado;
VIII - compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação a associação profissional, sindical ou partido político;
IX - retirar, modificar ou substituir, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da
repartição, com o fim de criar direitos ou obrigações ou de alterar a verdade dos fatos;
X - ingerir bebida alcoólica ou fazer uso de substância entorpecente durante o horário do trabalho ou apresentar-se
habitualmente sob sua influência ao serviço;
XI - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem em detrimento da dignidade da função pública;
XII - participar de gerência ou de administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa
qualidade, transacionar com o Município, exceto se a transação for precedida de licitação;
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XIII - atuar como procurador ou intermediário junto a repartições públicas municipais, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até segundo grau e de cônjuge ou convivente;
XIV - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XVIII - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações transitórias de emergência;
XIX - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com horário de trabalho;
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
§ 1º A proibição de acumular estende-se a empregos e funções em autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados
e pelos Municípios.
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários, observados
os limites a que se refere o art. 59.
Art. 183. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria no serviço público com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma do artigo anterior, os cargos eletivos e os cargos em
comissão, observado o disposto no art. 122.
Art. 185. O servidor que acumular licitamente 2 (dois) cargos de carreira, quando investido em cargo de provimento em comissão,
ficará afastado de ambos os cargos efetivos.
Parágrafo único. O servidor que se afastar dos 2 (dois) cargos que ocupa poderá optar pela soma da remuneração destes ou
pela do cargo em comissão.
Art. 186. Verificada em processo administrativo a acumulação proibida e não havendo prova de má - fé, o servidor optará pela
remuneração de um dos cargos ou funções.
§ 1º Provada a má-fé, perderá o cargo ou função que exercia há mais tempo e será obrigado a restituir o que tiver percebido
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§ 2º N a hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido em outro órgão entidade a
demissão lhe será comunicada.
Art. 187. As autoridades que tiverem conhecimento de que seus subordinados acumulam, indevidamente, cargos ou funções
públicas, comunicarão o fato ao órgão de pessoal, para os fins indicados no artigo anterior.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 188. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 189. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que em prejuízo ao Erário ou a
terceiros.
§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao Erário somente será reparada na forma prevista no art. 63, na falta de
outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros responderá o servidor perante a Fazenda Pública em ação regressiva.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança
recebida.
Art. 190. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade.
Art. 191. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.
Art. 192. As sanções civis, penais e administrativas poderão ser aplicadas cumulativamente, sendo independentes entre si.
Art. 193. A responsabilidade administrativa dos servidores será afastada no caso de absolvição que negue a existência do fato ou a
sua autoria.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
I - advertências;
II - suspensão;
III - demissão;
Art. 195. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes e atenuantes, bem como os antecedentes funcionais.
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§ 2º O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
Art. 196. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação da proibição constante no Art. 181, incisos I a V, e de
inobservância de dever funcional previsto no art. 180 e em demais leis, regulamentos ou normas internas, desde que não justifique
imposição de penalidade mais grave.
Art. 197. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com a advertência e de violação das demais
proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder a 90 (noventa) dias.
§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que injustificadamente recusar-se a ser submetido à
inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
§ 2º O servidor suspenso perderá, durante o período de suspensão, todas as vantagens e os direitos do exercício do cargo.
Art. 198. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos
de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.
II - abandono de cargo;
IV - improbidade administrativa;
VII - ofensa física, em serviço a servidor ou a particular, salvo em legitima defesa ou defesa de outrem;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, funções ou empregos públicos, inclusive de proventos deles decorrentes, quando
decorrentes a má fé;
Art. 200. Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a
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demissão.
Art. 201. A destituição de servidor comissionado não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às
penalidades de suspensão e de demissão.
Art. 202. A demissão de cargo efetivo ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII e X do art. 199, implica o
ressarcimento ao Erário, sem prejuízo de ação penal cabível.
Art. 203. A demissão do cargo efetivo ou a destituição de cargo em comissão por infringência ao art. 199, incisos V e IX,
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público do Município de Parauapebas pelo prazo mínimo de 05 (cinco)
anos.
§ 1º O prazo a que se refere o caput deste artigo será de 15 (quinze) anos nos caso de infringência ao art. 199, incisos I, VIII, X
e XI.
§ 2º Ainda que haja transcorrido o prazo a que se refere este artigo, a nova investidura somente poderá se dar após o
ressarcimento, com valor atualizado, dos danos ou prejuízos decorrentes das faltas em razão das quais foram as penas aplicadas.
Art. 204. Configura abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.
Art. 205. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 30 (trinta) dias, intercaladamente,
durante o período de 12 (doze) meses.
I - pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara Municipal e pelo dirigente superior de autarquia e fundação, quando se tratar de
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e suspensão superior a 30 (trinta) dias de servidor vinculado ao respectivo
Poder, órgão ou entidade;
II - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão de não ocupante de
cargo efetivo;
III - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso I, quando se tratar
de suspensão inferior a 30 (trinta) dias;
IV - pelas chefias e direções competentes, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, em casos de advertência.
I - 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de
cargo em comissão;
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido pela autoridade competente para
aplicação da pena.
§ 2º Os prazos de prescrição, previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
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§ 3º a abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida
por autoridade competente.
§ 4º Interrompido o curso da prescrição, este começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
TÍTULO IV
DO PROCESSAMENTO ADMINISTRATIVO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 208. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata
mediante sindicância ou processo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
Art. 209. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração desde que contenham a identificação e o endereço do
denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
arquivada, por falta de objeto.
I - arquivamento do processo;
Art. 211. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias,
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou ainda destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração
de processo disciplinar.
CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
Art. 212. Como medida cautelar, e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade
instauradora do processo disciplinar poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias,
sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por até 60 (sessenta) dias, findos os quais cessarão os seus efeitos,
ainda que não concluído o processo.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR
Seção I
Disposições Gerais
Art. 213. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar as responsabilidades do servidor por infração praticada no
exercício de suas atribuições, ou que tenha relação imediata com atribuições do cargo em que se encontre investido.
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Art. 214. O processo disciplinar será conduzido por Comissão composta de 03 (três) servidores estáveis, sendo um destes
designado para exercer a Presidência.
§ 1º Os integrantes da Comissão serão determinados pela autoridade competente para aplicação da pena aparentemente
cabível.
§ 2º A comissão terá como secretário um servidor designado pelo seu Presidente, devendo a designação recair em um dos
seus membros.
§ 3º Não poderá participar de Comissão de Sindicância ou de Inquérito cônjuge, companheiro ou parente do acusado,
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.
Art. 215. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do
fato exigido pelo interesse da Administração.
III - julgamento.
Art. 217. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá a 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do
ato que constituir a Comissão, admitida a sua prorrogação por até 60 (sessenta) dias, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 1º Sempre que necessário, a Comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos.
§ 2º As reuniões da Comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
Seção II
Do Inquérito
Art. 218. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a
utilização dos meios e recursos admitidos em direito.
Art. 219. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução.
Parágrafo único. Na hipótese do relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente de imediata instrução do
processo disciplinar.
Art. 220. Na fase do inquérito, a Comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis,
objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir completa elucidação dos
fatos.
Art. 221. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e
reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
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§ 1º O Presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum
interesse para o esclarecimento dos fatos.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de
perito.
Art. 222. Antes da inquirição das testemunhas, a Comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedimentos
previstos nos arts. 223 e 224.
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e quando divergirem em suas declarações
sobre fatos ou circunstâncias poderá ser promovida acareações entre eles.
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo lhe vedado
interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do Presidente da Comissão.
Art. 223. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da Comissão, devendo a Segunda
via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público municipal, a expedição do mandado será imediatamente comunicada
ao chefe da repartição onde serve, enquanto que os servidores públicos federais, distritais e estaduais serão notificados por
intermédio das repartições ou unidades a que pertencem.
Art. 224. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente, de modo a evitar que uma ouça o depoimento da outra.
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes, quando
necessário para o esclarecimento dos fatos.
Art. 225. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado a Comissão proporá à autoridade competente que ele seja
submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao principal, após a expedição
do laudo pericial.
Art. 226. Tipificada a infração disciplinar será formulada a indicação do servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e
das respectivas provas.
§ 1º A Comissão determinará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a citação do indiciado, por mandado expedido pelo
Presidente da Comissão, encaminhando cópia do Termo Inicial, para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias,
assegurando-lhe vista do processo na repartição.
§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro para diligências reputadas indispensáveis, a critério da Comissão.
§ 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada
em termo próprio pelo membro da Comissão que fez a citação.
Art. 227. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à Comissão o lugar onde poderá ser encontrado.
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Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o indiciado será citado via postal, em carta registrada, juntando-se ao processo o
comprovante do registro e aviso de recebimento.
Art. 228. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado por 02 (duas) vezes, com intervalo
de 08 (oito) dias, em órgão de imprensa oficial ou em periódico de circulação no Município, para apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.
Art. 229. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
§ 2º Para defender o indiciado revel a autoridade instauradora do processo designará um servidor, de cargo de nível igual ou
superior ao indiciado, como defensor dativo.
Art. 230. Apreciada a defesa, a Comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará
as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a Comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem
como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 231. O processo disciplinar, com o relatório da Comissão, será remetido à autoridade que determinou sua instauração, para
julgamento.
Seção III
Do Julgamento
Art. 232. No prazo de (30) trinta dias, prorrogáveis por até 30 (trinta) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade
julgadora proferirá a sua decisão.
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à
autoridade competente que decidirá em igual prazo.
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição
de pena mais grave.
Art. 233. O julgamento se baseará no relatório da Comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.
Parágrafo único. Quando o relatório da Comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade.
Art. 234. Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e
ordenará a constituição de outra Comissão para instauração de novo processo.
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§ 2º A autoridade que tiver ciência da irregularidade do serviço público e der causa à prescrição de que trata o art. 207 será
responsabilizada na forma desta Lei.
Art. 235. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do processo nos assentamentos
individuais do servidor.
Art. 236. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para
eventual instauração de ação penal, ficando um translado na repartição.
Art. 237. O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido ou aposentado voluntariamente após a
conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
Art. 238. O servidor em estagio probatório será submetido ao processo disciplinar previsto neste Capítulo sempre que se vise a
apurar ato por ele praticado, durante o estagio probatório, passível a ser penalizado com demissão.
Parágrafo único. Decidindo-se a autoridade competente pela aplicação da penalidade, será considerado demitido o servidor,
sujeitando-se às conseqüências previstas para o ato praticado.
I - aos membros da Comissão e ao Secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de
missão essencial para esclarecimento dos fatos;
II - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado
ou indiciado.
Seção IV
Da Revisão do Processo
Art. 240. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou
circunstâncias suscetíveis de justificarem a inocência do punido e a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão
do processo.
§ 2º Em caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.
Art. 242. A simples alegação da injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos
ainda não apreciados no processo originário.
Art. 243. O requerimento da revisão de processo será encaminhado ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo
disciplinar.
Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a constituição de Comissão, na forma
prevista no art. 214.
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Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e a inquirição das testemunhas
que arrolar.
Art. 245. A comissão Revisora terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem.
Art. 246. Aplicam-se aos trabalhos da Comissão Revisora, no que couber, as normas e os procedimentos próprios da Comissão do
processo disciplinar.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até 10 (dez) dias contados do recebimento do processo, no curso do qual a
autoridade julgadora poderá determinar diligência.
Art. 248. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do
servidor, exceto em relação a destituição de cargo em comissão que será convertida em exoneração.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade já aplicada.
TÍTULO V
DSPOSIÇÕES GERAIS
Art. 249. O Prefeito Municipal baixará, por decreto, os regulamentos necessários á fiel execução da presença Lei.
§ 1º O presente Estatuto se aplicará aos servidores da Câmara Municipal, cabendo ao seu presidente as atribuições reservadas
ao Prefeito Municipal.
§ 2º Em relação aos servidores de fundação e autarquias aplicar-se-á o disposto neste Estatuto, cabendo à sua autoridade
máxima exercer as atribuições reservadas ao Prefeito, se isto estiver previsto na normas instituidoras e organizadoras da entidade.
Art. 250. Aos ocupantes de cargo em comissão alheios aos quadros de pessoal permanente do Município aplicam-se os direitos e
vantagens a eles expressamente previstos neste Estatuto e que não sejam incompatíveis com a natureza transitória e precária do
cargo.
Art. 251. Os Vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Art. 252. Para efeitos das leis que disponham sobre servidores públicos, consideram-se dependentes do servidor, além do cônjuge
e dos filhos, quaisquer pessoas que viviam a suas expensas e constem de seu assentamento individual.
Art. 253. Os instrumentos de procuração utilizados para recebimento de direitos ou vantagens de servidores municipais terão
validade por 12 (doze) meses, devendo ser renovados após findo esse prazo.
Art. 254. É vedado ao servidor trabalhar sob a chefia imediata de parente até segundo grau, salvo quando se tratar de função de
imediata confiança e livre escolha.
Art. 255. Para os efeitos previstos neste Estatuto e nas demais leis municipais, os exames médicos serão obrigatoriamente
realizados por profissional credenciado pelo Município.
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§ 1º Em casos especiais, atendendo à natureza da enfermidade, a autoridade municipal poderá designar junta médica para
proceder ao exame, dela fazendo parte, obrigatoriamente, o médico credenciado pelo município.
§ 2º Os atestados médicos concedidos aos servidores municipais, quando em tratamento fora do Município, terão sua
validade condicionada à ratificação posterior por médico credenciado pela Administração municipal.
Art. 256. Os prazos previstos neste Estatuto serão todos contados por dia corrido, na forma da lei civil.
Parágrafo único. Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se para o primeiro dia útil o vencimento que incidir em
sábado, domingo ou feriado.
Art. 257. O dia 28 (vinte e oito) de outubro será consagrado ao servidor público municipal.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 258. É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores municipais, bem como a seus
dependentes que, até a data da publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, tenham cumprido os
requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente.
§ 1º O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências para aposentadoria integral e que opte por
permanecer em atividade, fará jus à isenção da contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria
contidas no art. 108, III.
§ 2º Os proventos de aposentadoria a serem concedidos aos servidores referidos no caput em termos integrais ou
proporcionais ao tempo de serviço já exercido até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20/98, bem como as pensões
de seus dependentes, serão calculados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidas às prescrições nela
estabelecidas para a concessão destes benefícios ou nas condições da legislação vigente.
§ 3º São mantidos todos os direitos e garantias assegurados nas disposições constitucionais vigentes a data de publicação da
Emenda Constitucional nº 20/98 aos servidores, inativos e pensionistas, assim como àqueles que já tiverem cumprido, até aquela
data, os requisitos para usufruírem tais direitos, observados os limites previstos no art. 122.
Art. 259. O tempo de serviço considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, prestado até que a lei federal
discipline a matéria, será contado como tempo de contribuição, vedado o cômputo de qualquer forma de tempo fictício.
Art. 260. Observado o disposto no artigo anterior e ressalvado o direito de opção pela aposentadoria segundo as normas
estabelecidas no art. 108, é assegurado o direito à aposentadoria voluntária, com proventos calculados de acordo com o art. 117,
àquele que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na Administração Pública direta, autárquica e fundacional, até a data
de publicação da Emenda Constitucional nº 20/98, quando o servidor, cumulativamente:
I - tiver 53 (cinquenta e três) anos de idade, se homem, e 48 (quarenta e oito) anos de idade, se mulher;
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§ 1º O servidor de que trata caput deste artigo, desde que atendido ao disposto em seus incisos I e II e observado o disposto
no artigo anterior, poderá aposentar-se com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes
condições:
II - os proventos da aposentadoria proporcional serão equivalentes a 70% (setenta por cento) do valor máximo que o servidor
poderia obter de acordo com o caput, acrescido de 5% (cinco por cento) de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso
anterior, até o limite de 100% (cem por cento).
§ 2º O professor municipal que, até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20/98, tenha ingressado, regulamente,
em cargo efetivo de magistério e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput deste artigo, terá o tempo de serviço
exercido até aquela data contado com o acréscimo de 17% (dezessete por cento), se homem, e 20% (vinte por cento), se mulher,
desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exercício nas funções de magistério.
Art. 261. Aplica-se o disposto no art. 258, § 1º ao servidor que permanecer em atividade após completar as exigências para
aposentadoria estabelecidas no caput deste artigo.
Art. 262. O tempo de serviço prestado ininterruptamente ao Município de Parauapebas será computado a partir da data da
admissão regular do servidor para efeitos de:
Parágrafo único. Nas hipóteses de contratação por prazo determinado, o tempo de serviço não será computado para efeito
deste artigo.
Art. 263. As vantagens permanentes adquiridas anteriormente à vigência deste Estatuto integrarão a remuneração dos servidores
nos tempos das respectivas leis que as concediam.
Art. 264. Para fazer face às despesas decorrentes da aplicação desta lei, serão utilizados recursos orçamentários próprios em cada
exercício.
Art. 265. Revogadas as disposições em contrário em especial a lei 1.195, de 08 de junho de 1993.
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Dá-se nova redação, com reforma integral, ao texto da Lei Orgânica do Município
de Parauapebas - Pará, promulgada em 5 de abril de 1990.
A Mesa da Câmara Municipal de Parauapebas, em conformidade com o inciso I do artigo 56 e com o artigo 57 da Lei
Orgânica Municipal, e nos termos do § 3º do artigo 60 da Constituição da República, promulga a presente emenda de
Reforma Integral da Lei Orgânica do Município de Parauapebas-PA:
Art. 1º A Lei Orgânica do Município de Parauapebas, de 05 de abril de 1990, passa a vigorar com o texto que segue:
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo e do Município de Parauapebas, reunidos em Câmara Constituinte Municipal, com os
poderes outorgados pelas Constituições da República Federativa do Brasil e do Estado do Pará com o pensamento
voltado para a construção de uma sociedade soberana, livre, igualitária e democrática, fundada nos princípios de
justiça e do pleno exercício da cidadania, da ética e do trabalho, promulgamos, sob a inspiração popular e proteção
de Deus, a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PARAUAPEBAS-PA.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º. O Município de Parauapebas, parte integrante do Estado do Pará e da República Federativa do Brasil, reger-
se-á por esta LEI ORGÂNICA MUNICIPAL e demais leis que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas
Constituições Federal e Estadual e tendo como fundamentos:
I – autonomia;
II – cidadania;
III – dignidade da pessoa humana;
IV – valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – pluralismo político.
Parágrafo único Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Lei Orgânica.
Art. 2º. São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Executivo e o Legislativo.
Parágrafo único São procuradores municipais, tanto os do Legislativo, quanto os do Executivo, gozando de iguais
direitos e vantagens, devendo observar, entretanto, a simetria da harmonia e independência própria dos poderes.
Art. 3º. O Município de Parauapebas proverá o bem-estar de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, credo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
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Art. 4º. O Município de Parauapebas atuará com determinação por todos os seus órgãos e agentes, no sentido de
contribuir para a realização dos objetivos fundamentais da sociedade brasileira:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização reduzindo as desigualdades sociais, raciais e regionais;
IV – dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos;
V – usar adequadamente os recursos naturais e proteger o meio ambiente.
TÍTULO II
DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
S���� I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
Art. 8º. Ao Município de Parauapebas compete prover tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-
estar de sua população, cabendo-lhe privativamente as seguintes atribuições:
I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – emendar a Lei Orgânica;
III – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
IV – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas receitas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
V – elaborar o plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e lei orçamentária anual;
VI – criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
VII – elaborar o Plano Diretor;
VIII – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,
incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
IX – manter, por cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino
fundamental;
X – prestar, por cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
XI – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
XII – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora estadual e
federal;
XIII – administrar seus bens adquiri-los e aliená-los, aceitar e realizar doações, legados e heranças e dispor de sua
aplicação;
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XIV – desapropriar, por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social, nos casos previstos em lei;
XV – conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes;
XVI – fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;
XVII – organizar o quadro de servidores municipais;
XVIII – permitir ou conceder os serviços de transportes municipais, fixando suas tarifas;
XIX – regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de rolamento e zonas de silêncio;
XX – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;
XXI – disciplinar a limpeza dos logradouros públicos e a remoção do lixo domiciliar e hospitalar;
XXII – licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços, bem como cassar autorização de
funcionamento dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem-estar público e aos bons costumes;
XXIII – fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais,
bancários e de prestação de serviços e de diversões;
XXIV – interditar edificações irregulares, em ruínas ou em condições de insalubridade, e fazer demolir construções que
ameacem a segurança pública coletiva;
XXV – realizar atividades de defesa civil, inclusive as de combate a incêndio e prevenção de acidentes naturais, em
coordenação com a União e o Estado;
XXVI – regulamentar a exposição propagandística e publicitária no território do município;
XXVII – legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis em geral, no caso de transgressão
de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de venda das coisas e bens apreendidos;
XXVIII – organizar a polícia administrativa de interesse local, especialmente em matéria de saúde e higiene pública,
construção, trânsito e tráfego;
XXIX – participar de pessoa jurídica de direito público em conjunto com a União, o Estado ou o município, na ocorrência
de interesse comum;
XXX – organizar e prestar, diretamente ou sob a forma de concessão, a oferta, distribuição e consumo de água e
instalação de esgotos;
XXXI – organizar e prestar diretamente, ou sob regime de concessão ou permissão, o serviço de transporte escolar;
XXXII – dispor sobre o serviço funerário e cemitérios, administrando aqueles que forem públicos e fiscalizando os
pertencentes a entidades religiosas e aqueles explorados pela iniciativa privada;
XXXIII – regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso comum;
XXXIV – estabelecer e impor multas ou penalidades por infrações de suas leis e regulamentos;
XXXV – instituir posturas municipais, aplicando-as em códigos;
XXXVI – subvencionar os estabelecimentos, as associações e instituições de utilidade pública ou de beneficência;
XXXVII – dispor sobre serviço de abatedouro.
S���� II
DA COMPETÊNCIA COMUM
Art. 9º. É de competência administrativa comum do Município, do Estado e da União, observada a lei complementar
federal, o exercício das seguintes medidas:
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens
naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – promover o desenvolvimento sustentável;
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CAPÍTULO III
DAS VEDAÇÕES
TÍTULO III
DO PODER LEGISLATIVO
CAPÍTULO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
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Art. 11. O Poder Legislativo do Município de Parauapebas é exercido pela Câmara Municipal, composta de 15 (quinze)
vereadores, eleitos pelo sistema proporcional, pelo voto direto e secreto, com mandato de 4 (quatro) anos.
§ 1º O número de vereadores da Câmara Municipal de Parauapebas será fixado sempre com a observância dos limites
estabelecidos pelo art. 29, inciso IV da Constituição Federal, guardando proporcionalidade ao número de habitantes do
Município.
§ 2º (Revogado) Revogado pelo Art. 4º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
Art. 12. Cabe à Câmara, com sanção do Prefeito, não exigida esta para o especificado no artigo subsequente, dispor
sobre as matérias de competência do Município, especialmente:
I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e estadual, no que couber;
III – legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções, anistias fiscais e remissão de dívidas;
IV – votar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, bem como autorizar a abertura de créditos
suplementares e especiais;
V – deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como sobre a forma e os meios
de pagamento;
VI – autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VII – autorizar a concessão de serviços públicos;
VIII – autorizar a concessão do direito real de uso de bens municipais;
IX – autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
X – autorizar a alienação de bens imóveis municipais, excetuando-se as hipóteses previstas nesta Lei Orgânica;
XI – autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;
XII – criar, organizar e suprimir distritos, observadas as legislações estadual e municipal;
XIII – criar, alterar, e extinguir cargos, funções e empregos públicos e fixar a remuneração da administração direta,
autárquica e fundacional;
XIV – aprovar as diretrizes gerais de desenvolvimento urbano, o Plano Diretor, a legislação de controle de uso, de
parcelamento e de ocupação do solo urbano;
XV – dispor sobre convênios com entidades públicas, particulares e autorizar consórcios com outros municípios;
XVI – criar, estruturar e atribuir funções às Secretarias e aos órgãos da administração pública;
XVII – autorizar, nos termos da lei, a alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;
XVIII – legislar sobre a criação, organização e funcionamento de Conselhos e Comissões;
XIX – delimitar o perímetro urbano e o de expansão urbana;
XX – aprovar o Código de Obras e Edificações, código tributário, código de posturas, plano diretor, código ambiental,
estatuto do servidor público;
XXI – denominar as vias e logradouros públicos obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis;
XXII – legislar sobre a implantação e ou expansão de loteamentos urbanos.
Art. 13. Compete privativamente à Câmara Municipal:
I – eleger sua Mesa, bem como destituí-la, na forma regimental;
II – elaborar o seu Regimento Interno;
III – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, nos termos análogos à Constituição Federal e observados
os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IV – dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los, definitivamente, do exercício do
cargo, nos termos da Lei;
V – conceder licença, para afastamento, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;
VI – fixar, por lei de sua iniciativa, para cada exercício financeiro, os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos
Secretários Municipais nos termos do inciso V do art. 29 da Constituição Federal, bem como, para viger na legislatura
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subsequente, os subsídios dos Vereadores, nos termos do inciso VI, da Constituição Federal, considerando-se mantido o
subsídio vigente, na hipótese de não se proceder à respectiva fixação na época própria, atualizado o valor monetário
conforme estabelecido em lei municipal específica;
VII – autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias consecutivos;
VIII – criar Comissões Parlamentares de Inquérito;
IX – convocar os Secretários Municipais ou responsáveis pela administração direta e indireta para prestar informações
sobre matéria de sua competência;
X – autorizar a convocação de referendo e plebiscito, exceto os casos previstos nesta Lei;
XI – decidir sobre a perda do mandato de Vereador;
XII – tomar e julgar as contas do Prefeito, da Mesa da Câmara Municipal de acordo com o parecer prévio do Tribunal de
Contas dos Municípios;
XIII – zelar pela preservação de sua competência legislativa, sustando os atos normativos do Executivo que exorbitem do
poder regulamentar;
XIV – julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos nesta Lei;
XV – fiscalizar e controlar diretamente os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta, acompanhando
sua gestão e avaliando seu resultado operacional, com o auxílio do Tribunal de Contas dos Municípios, sempre que
solicitado;
XVI – exercer a fiscalização financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município, auxiliada, quando solicitado,
pelo Tribunal de Contas dos Municípios;
XVII – conceder título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem à pessoa que reconhecidamente
tenha prestado relevantes serviços ao Município, mediante decreto legislativo aprovado pelo voto de, no mínimo 2/3
(dois terços) de seus membros;
XVIII – proceder à tomada de contas do Prefeito por meio de Comissão Especial quando não apresentadas à Câmara no
prazo e forma estabelecida na Lei, devendo tal comissão ser criada e regulamentada por Decreto Legislativo de iniciativa
da Mesa Diretora ou por 2/3 dos vereadores;
XIX – criar, organizar e disciplinar o funcionamento das Comissões da Câmara Municipal;
XX – votar moção de censura pública aos secretários municipais em relação ao desempenho de suas funções.
CAPÍTULO II
DOS VEREADORES
Art. 14. No primeiro ano de cada legislatura, a Câmara Municipal de Parauapebas reunir-se-á no dia 1º de janeiro, às
10 (dez) horas, em sessão solene de instalação, independente de número, sob a presidência do Vereador mais idoso
dentre os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1º No ato da posse os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e, na mesma ocasião, bem como ao término do
mandato, deverão fazer a declaração pública de seus bens, a ser transcrita em livro próprio, constando de ata o seu
resumo, e publicada no Diário Oficial e ou no mural de avisos da Câmara Municipal, no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá fazer no prazo de 15 (quinze) dias,
ressalvados os casos de motivação justa e aceita pela Câmara.
§ 3º No ato da posse, exibidos os diplomas e verificada sua autenticidade, o Presidente, em pé, no que será
acompanhado por todos os demais Vereadores, proferirá o seguinte compromisso: “PROMETO EXERCER COM
DEDICAÇÃO E LEALDADE O MANDATO QUE ME CONFIOU O POVO DE PARAUAPEBAS, RESPEITANDO A LEI E
PROMOVENDO O BEM-ESTAR GERAL DO MUNICÍPIO.”
Art. 15. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato, na
circunscrição do Município.
Parágrafo único Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão
do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
Art. 16. O Vereador não poderá:
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CAPÍTULO III
DA MESA DIRETORA
Art. 23. A Mesa Diretora é o órgão de direção colegiada da Câmara Municipal e será eleita para um mandato de 2
(dois) anos, vedada a reeleição, compondo-se de Presidente, Vice-Presidente, primeiro e segundo Secretários.
§ 1º Na composição da Mesa será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos
políticos.
§ 2º A Mesa tomará suas decisões por maioria de seus membros.
Art. 24. A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á sempre no mês de dezembro do ano em que se findar o
mandato da mesma, em sessão ordinária ou extraordinária, considerando-se automaticamente empossados os eleitos
a partir de 1º de janeiro do ano subsequente.
Art. 25. Pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, qualquer componente da Mesa poderá ser destituído,
quando faltoso, negligente, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições, devendo o Regimento Interno
da Câmara dispor sobre o processo de destituição e sobre a substituição do membro destituído para completar o
mandato.
Art. 26. Compete à Mesa, dentre outras atribuições:
I – tomar a iniciativa nas matérias de sua competência privativa;
II – suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite da autorização constante da
Lei Orçamentária;
III – apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou especiais, por meio de anulação
parcial ou total da dotação da Câmara;
IV – devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara no final do exercício;
V – enviar ao Tribunal de Contas dos Municípios, até o dia 1º de março, as contas da Câmara Municipal do exercício
anterior;
VI – propor ao Plenário, projeto de Resolução que crie, transforme e extinga cargos ou funções da Câmara Municipal,
bem como projeto de lei que fixe as respectivas remunerações, observadas as determinações legais;
VII – nomear, promover, comissionar, conceder gratificação e licenças, por em disponibilidade, exonerar, demitir,
aposentar e punir servidores da Câmara Municipal, nos termos da Lei;
VIII – declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício ou por iniciativa de quaisquer dos membros da Câmara
consoante as disposições desta Lei Orgânica e do Regimento Interno, assegurado o contraditório e a ampla defesa;
IX – praticar atos de execução das decisões do Plenário, na forma regimental;
X – elaborar e expedir, mediante Ato, a discriminação analítica das dotações orçamentárias da Câmara, bem como alterá-
las, quando necessário;
XI – encaminhar, mediante requerimento de Vereador, pedidos escritos de informações ao Prefeito e aos Secretários
Municipais, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento no prazo de 30 (trinta) dias, assim
como a prestação de informações falsas.
Art. 27. O Regimento Interno disporá pormenorizadamente sobre toda a matéria que envolva o processo eleitoral
para composição da Mesa Diretora da Câmara, especialmente sobre sua composição, suas atribuições e as atribuições
de seus membros.
S���� ����
DA PROCURADORIA GERAL DA CÂMARA
Art. 28. A Consultoria Jurídica, a supervisão dos serviços de assessoramento jurídico, bem como a representação
judicial ou extrajudicial da Câmara Municipal, quando couber, são exercidas por seus Procuradores, integrantes da
Procuradoria Geral da Câmara Municipal, diretamente vinculada a Mesa Diretora.
§ 1º A Procuradoria Geral da Câmara é cometido ofício de controle interno da legalidade dos atos do Poder Legislativo.
§ 2º Os Procuradores da Câmara Municipal, com iguais direitos e deveres, são organizados em carreira, na qual o
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ingresso far-se-á por meio de concurso público de provas e títulos, organizado pela própria Procuradoria, com
participação da OAB/PA, conforme disciplinado na Lei Complementar 002, de 20 de junho de 2012.
§ 3º O presidente da Mesa Diretora nomeará o Procurador Geral da Câmara conforme disciplinado no art. 4º da lei
complementar de que trata o § 2º.
§ 4º Os honorários da condenação judicial por sucumbência nas causas em que funcionar a Procuradoria Geral da
Câmara, pertencem, de forma rateada, a seus procuradores.
§ 5º É da competência privativa da Mesa Diretora a iniciativa do projeto de estruturação da Procuradoria Geral da
Câmara Municipal.
CAPÍTULO IV
DAS SESSÕES
Art. 29. A Câmara Municipal de Parauapebas reunir-se-á em sua sede, anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e
de 1º de agosto a 15 de dezembro.
Parágrafo único A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias
e nem concluída sem a aprovação do projeto de lei orçamentária anual.
Art. 30. A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conforme dispuser o seu Regimento
Interno.
§ 1º Durante a sessão legislativa ordinária, a Câmara Municipal de Parauapebas fará suas sessões plenárias ordinárias,
preferencialmente, às terças-feiras, às 09 (nove) horas. Alteração feita pelo Art. 5º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
§ 2º Quando for feriado, a sessão plenária ordinária ficará transferida para o primeiro dia útil subsequente, no mesmo
horário.
§ 3º Mediante deliberação do plenário, a Câmara Municipal de Parauapebas poderá fazer sessão plenária fora da sua
sede.
§ 4º As sessões extraordinárias serão convocadas, na forma regimental, em sessão ou fora dela, e, neste caso, mediante
comunicação pessoal e escrita aos Vereadores, pelo Presidente da Câmara, com antecedência mínima de 48 (quarenta e
oito) horas.
§ 5º As sessões extraordinárias e solenes não serão, em hipótese alguma, remuneradas.
Art. 31. A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á pelo(a):
I – Presidente da Câmara Municipal;
II – Maioria dos membros da Câmara Municipal;
III – Prefeito, durante o recesso parlamentar.
§ 1º Em qualquer das hipóteses dos incisos deste artigo, a convocação deve estar baseada em urgência ou interesse
público relevante.
§ 2º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal de Parauapebas somente deliberará sobre a matéria para a
qual for convocada, sendo vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
Art. 32. A Câmara Municipal de Parauapebas somente funcionará com a presença mínima de 1/3 (um terço) dos seus
membros, mas só haverá votação na presença da maioria absoluta.
§ 1º As deliberações são tomadas por maioria dos votos dos presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica
Municipal.
§ 2º O Presidente votará somente quando houver empate, quando exigir quorum de dois terços e nas votações secretas.
Art. 33. As sessões da Câmara Municipal são públicas e o voto é aberto, salvo disposição regimental.
CAPÍTULO V
Art. 34. A Câmara terá Comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no
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CAPÍTULO VI
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 36. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle
interno dos Poderes Executivo e Legislativo.
Art. 37. Prestarão contas qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou de direito privado, que utilize,
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arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelas quais o Município responda, ou
que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Art. 38. A Câmara Municipal de Parauapebas exercerá o controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas dos
Municípios do Estado do Pará.
Art. 39. As contas do Prefeito, referentes à gestão financeira do ano anterior, serão julgadas pela Câmara mediante
parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios, o qual somente deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos membros da Câmara.
§ 1º Ao final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das
metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública perante a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara
Municipal.
§ 2º As contas do Município ficarão disponíveis, inclusive por meios eletrônicos, durante todo o exercício, na Câmara
Municipal e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições
da sociedade, os quais poderão questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei.
§ 3º No primeiro e no último ano de mandato do Prefeito, o Município enviará ao Tribunal de Contas dos Municípios,
inventário de todos os seus bens móveis e imóveis.
Art. 40. Anualmente, dentro de sessenta dias do início da sessão legislativa, a Câmara Municipal receberá, em reunião
especial, o Prefeito, que informará, por meio de relatório, o estado em que se encontram os assuntos municipais.
Parágrafo único Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assunto de interesse público, a Câmara Municipal
o receberá em reunião previamente designada.
Art. 41. A Câmara, após aprovação da maioria de seus membros, convocará plebiscito para que o eleitorado do
Município se manifeste sobre ato político do Poder Executivo ou do Poder Legislativo, desde que requerida a
convocação por vereador, pelo Prefeito ou, no mínimo, por 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.
Art. 42. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, com a
finalidade de:
I – avaliar o adequado cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e
dos orçamentos do Município;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial dos órgãos da administração direta e indireta, bem como de aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Município;
IV – apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional, o qual terá acesso a toda e qualquer informação,
documentos ou registro que repute necessários para o cumprimento de sua função;
V – organizar e executar, por iniciativa própria ou por solicitação do Tribunal de Contas dos Municípios, programação
trimestral de auditorias contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas sob seu
controle.
Parágrafo único Para fins do disposto neste artigo, a Câmara Municipal e o Tribunal de Contas dos Municípios terão
acesso direto, através de sistema integrado de processamento de dados, às informações processadas em todos os órgãos
da administração direta e indireta do Município.
CAPÍTULO VII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
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V – resoluções.
Parágrafo único Salvo disposição em contrário da Lei Orgânica, ou do Regimento Interno da Câmara Municipal, as
deliberações do Poder Legislativo e de suas Comissões serão tomadas por maioria simples de votos. Alteração feita pelo Art. 1º. -
Emenda à Lei Orgânica nº 2, de 03 de junho de 2016.
Art. 44. São, ainda, entre outros, objeto de deliberação da Câmara Municipal de Parauapebas, na forma do Regimento
Interno:
I – autorizações;
II – indicações;
III – requerimentos;
IV – moções.
Parágrafo único As deliberações da Câmara Municipal e das suas Comissões se darão sempre por voto aberto, exceto
para os casos de cassação de mandato do prefeito e de vereador.
S���� I
DAS EMENDAS A LEI ORGÂNICA
Art. 45. A Lei Orgânica Municipal pode ser emendada mediante proposta:
I – de 1/3 (um terço), no mínimo, de vereadores;
II – do Prefeito;
III – dos cidadãos, mediante inciativa popular subscrita por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores do Município.
§ 1º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência do estado de defesa, estado de sítio ou intervenção.
§ 2º As subemendas obedecerão aos mesmos critérios, rigores e prazos que a emenda.
Art. 46. Em qualquer dos casos do artigo anterior, a proposta será discutida e votada em duas sessões, respeitado o
interstício mínimo de dez dias entre as sessões e, ter-se-á por aprovada, quando obtiver, em ambas as votações, o
voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
Parágrafo único A matéria constante de proposta de emenda à Lei Orgânica rejeitada ou prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Art. 47. A emenda aprovada será promulgada pela Mesa Diretora da Câmara Municipal com o respectivo número de
ordem.
Parágrafo único O texto da emenda aprovada passará a constar imediatamente no texto da Lei Orgânica Municipal,
acrescido de parêntese onde conterá a inscrição “redação dada pela Emenda nº”, seguido ainda do número e ano da
respectiva emenda.
S���� II
DAS LEIS
Art. 48. A iniciativa das leis complementares e ordinárias, salvo nos casos de competência privativa, cabe a qualquer
Vereador(a), ao(à) Prefeito(a) ou ao eleitorado, que a exercerá subscrevendo-se por, no mínimo, cinco por cento do
eleitorado do Município.
Art. 49. A matéria constante de projeto de lei rejeitado, assim como proposta de emenda a Lei Orgânica, rejeitada ou
havida por prejudicada, será arquivada e somente poderá constituir objeto de novo projeto na mesma sessão
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos vereadores da Câmara Municipal.
Art. 50. Os projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal de Parauapebas serão enviados ao Prefeito que,
aquiescendo, os sancionará.
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, veta-lo-á,
total ou parcialmente, dentro de 15 (quinze) dias úteis, contados daquele em que o receber, comunicando os motivos do
veto ao Presidente da Câmara Municipal, neste mesmo prazo.
§ 2º Vetado o projeto e devolvido à Câmara Municipal, será ele apreciado, dentro de 30 (trinta) dias a contar de seu
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recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores da Câmara Municipal.
§ 3º Em caso de rejeição ao veto, a Mesa Promulgará a Lei imediatamente. Se o veto for mantido a Lei será enviada ao
Prefeito, para em 48 (quarenta e oito) horas promulgá-la.
§ 4º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.
§ 5º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
§ 6º A omissão do Prefeito, decorrido o prazo de que trata o § 1º, importa em sanção tácita
§ 7º Não sendo a lei promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, no caso do § 3º deste artigo, o
Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo e, se este não o fizer, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.
Art. 51. O projeto de lei que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as Comissões em que estiver que
ser analisado, será tido como rejeitado, salvo com recurso para o Plenário, nos termos do Regimento Interno.
Parágrafo único O projeto que for considerado ilegal ou inconstitucional pela Comissão de Justiça e Redação será
arquivado.
Art. 52. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta e as ordinárias por maioria simples.
Parágrafo único Serão aprovados por lei complementar, necessariamente:
I – código de obras;
II – código tributário;
III – código de posturas;
IV – plano diretor;
V – código ambiental;
VI – estatuto do servidor público.
Art. 53. São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que disponham sobre:
I – orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual;
II – criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e
fundacional;
III – fixação ou aumento de remuneração dos servidores;
IV – servidores públicos municipais, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
V – organização administrativa, serviços públicos e de pessoal da administração; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica
nº 1, de 26 de abril de 2016.
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Art. 56. A Câmara Municipal, por meio de suas Comissões Permanentes, na forma regimental e mediante prévia e
ampla publicidade, se não for feito pelo Executivo, convocará obrigatoriamente pelo menos uma audiência pública
durante a tramitação de projetos de leis que versem sobre:
I – plano diretor;
II – plano plurianual;
III – diretrizes orçamentárias;
IV – orçamento;
V – matéria tributária;
VI – zoneamento urbano e uso e ocupação do solo;
VII – código de obras e edificações;
VIII – política municipal de meio ambiente;
IX – plano municipal de saneamento;
X – sistema de vigilância sanitária, epidemiológica e de saúde do trabalhador;
XI – atenção relativa à Criança e ao Adolescente.
§ 1º A Câmara poderá convocar uma só audiência englobando dois ou mais projetos de leis relativos à mesma matéria
ou dos relacionados acima.
§ 2º Serão realizadas audiências públicas durante a tramitação de outros projetos de leis mediante requerimento de 2%
(dois por cento) de eleitores do Município.
Art. 57. As questões relevantes aos destinos do Município poderão ser submetidas a plebiscito ou referendo por
proposta do Executivo, por 1/3 (um terço) dos vereadores ou por pelo menos 2% (dois por cento) do eleitorado,
decidido pelo Plenário da Câmara Municipal.
S���� III
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES
Art. 58. O Regimento Interno da Câmara Municipal disciplinará os casos de Decreto Legislativo e de Resolução.
TÍTULO IV
DO PODER EXECUTIVO
CAPÍTULO I
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
Art. 59. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais e subprefeitos.
Parágrafo único O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos simultaneamente, dentre brasileiros maiores de 21 (vinte e um)
anos e no exercício de seus direitos políticos.
Art. 60. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse e assumirão o exercício na sessão solene de instalação da Câmara
Municipal, no dia 1º de janeiro do ano subsequente à eleição e prestarão compromisso de cumprir e fazer cumprir a
Constituição da República, a Constituição Estadual, a Lei Orgânica do Município e a legislação em vigor, defendendo a
justiça social, a paz e a igualdade de tratamento a todos os cidadãos, nos seguintes termos: “PROMETO CUMPRIR E
FAZER CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, A LEI ORGÂNICA, AS LEIS DA UNIÃO, DO
ESTADO E DO MUNICÍPIO, PROMOVER O BEM COLETIVO E EXERCER O MEU MANDATO VISANDO O BEM COMUM
DOS CIDADÃOS PARAUAPEBENSES”.
§ 1º Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior,
não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2º No ato da posse e ao término do mandato, o prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração pública, circunstanciada, de
seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo e publicada no Diário Oficial ou no
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Art. 65. Será de 4 (quatro) anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se no dia 1º de janeiro do ano
subsequente ao da eleição, podendo ser reeleito para mais um mandato, nos termos da Constituição Federal.
Art. 66. O Prefeito, ou o Vice-Prefeito quando em exercício, não poderá ausentar-se do Município ou afastar-se do
cargo, sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda do cargo, salvo por período não superior a 15 (quinze)
dias consecutivos.
Art. 67. O Prefeito deverá residir no Município de Parauapebas.
Art. 68. A extinção ou a perda do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito ocorrerão na forma e nos casos previstos na
Constituição da República e nesta Lei.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
Art. 69. O Prefeito deverá solicitar licença à Câmara Municipal de Parauapebas, sob pena de extinção de seu mandato,
nas seguintes hipóteses:
I – quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivo de doença devidamente comprovada ou em licença
gestante e paternidade, observada a Constituição Federal e esta Lei.
II – afastamento do Município por um período superior a quinze dias;
III – viagens internacionais.
§ 1º O pedido de licença, amplamente justificado, indicará as razões e ou motivações.
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§ 2º O Prefeito, ao se ausentar do município por um período superior a 48 horas deverá assinar o livro de transição,
devendo o Vice-Prefeito assumir o cargo e, na sua ausência, o Presidente da Câmara.
CAPÍTULO III
DO SUBSÍDIO
Art. 70. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais serão fixados por lei de iniciativa da
Câmara Municipal, observando-se os limites estabelecidos na Constituição Federal do Brasil.
Parágrafo único Os subsídios de que trata o caput deste artigo serão fixados em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em
qualquer caso, o disposto na Constituição Federal.
CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
a) Receita Tributária: Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
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1 IPTU (Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
2 IRRF (Imposto de renda retido na fonte); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
3 ITBI (Imposto sobre a transmissão de bens inter vivos); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
4 ISS (Imposto sobre serviços); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
5 Taxas; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
6 Contribuição de Melhorias; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
7 Juros e multa das receitas tributária; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
8 Receita da dívida ativa tributária; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
9 Juros e multa da dívida ativa tributária; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
10 COSIP (Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública). Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho
de 2018.
b) Transferência da União: Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
1 FPM (Fundo de participação dos municípios); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
2 ITR (Imposto Territorial Rural); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
3 IOF OURO (Imposto sobre operações financeiras); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
4 ICMS Desoneração (Lei Complementar 87/96); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
5 CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
c) Transferência dos Estados: Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
1 ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
2 IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores); Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
3 IPI EXPORTAÇÃO (Imposto sobre produtos industrializados). Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de junho de 2018.
XXV – resolver, sobre os requerimentos, reclamações e representações que lhe forem dirigidos em matéria de
competência do Executivo Municipal;
XXVI – oficializar, obedecendo às normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros públicos, mediante denominação
aprovada pela Câmara;
XXVII – revogar atos administrativos por razões de interesse público e anulá-los por vício de legalidade, observado o
processo legal;
XXVIII – administrar os bens e as receitas públicas;
XXIX – permitir ou autorizar o uso por terceiros de bens municipais com a necessária autorização legislativa;
XXX – comunicar à Câmara Municipal, de ofício, a formação de comissão de licitação;
XXXI – promover o lançamento, a fiscalização e a arrecadação de tributos;
XXXII – superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e aplicação da receita, autorizando as
despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou crédito votado pela Câmara;
XXXIII – fixar as tarifas ou preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e outras atividades municipais,
mediante lei;
XXXIV – resolver sobre os requerimentos, reclamações, representações recursos que lhe forem dirigidos;
XXXV – divulgar, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos
arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos
critérios de rateio;
XXXVI – aplicar multas e penalidades quando previstas em lei, regulamentos e contratos, bem como revê-las quando
impostas irregularmente;
XXXVII – solicitar o auxílio da força policial do Estado para garantir o cumprimento de seus atos, bem como fazer uso da
guarda municipal, quando instituída, na forma de lei;
XXXVIII – organizar e manter o ensino público municipal;
XXXIX – propor ao Poder Legislativo o arrendamento, o aforamento e a alienação dos bens municipais, bem como a
aquisição de outros;
XL – propor a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;
XLI – criar, através de lei, conselhos municipais;
XLII – colocar as contas anuais do Município à disposição da população;
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XLIII – elaborar e publicar os relatórios de gestão fiscal, observados os prazos e as condições exigidas pela Lei
Complementar Federal 101, de 04 de maio de 2000;
XLIV – conceder, permitir ou autorizar a execução por terceiros, de obras e serviços públicos, observada a legislação
federal e a estadual sobre licitações;
XLV – autorizar a aquisição ou compra de quaisquer bens pela Municipalidade, observada a legislação federal e estadual
sobre licitações;
XLVI – (Revogado) Revogado pelo Art. 3º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
XLVII – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com membros da comunidade;
XLVIII – elaborar projetos de construção, edificações e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbanos ou para
fins urbanos;
XLIX – decretar o estado de emergência ou de calamidade pública quando for necessário preservar ou restabelecer em
locais determinados e restritos ao Município, a ordem pública ou a paz social;
L – conferir condecorações e distinções honoríficas;
LI – abrir créditos extraordinários, admitidos somente para atender despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de calamidade pública ou comoção interna, por lei específica;
LII – indicar servidores para frequentar os cursos de aperfeiçoamento;
LIII – pleitear auxílio da União e do Estado ao Município, com entrega ao órgão federal ou estadual competente, do
plano de aplicação dos respectivos créditos;
LIV – aplicar a legislação específica aos servidores contratados por tempo determinado;
LV – regular o processo de titulação de lotes urbanos, mediante lei;
LVI – exercer outras atribuições previstas nesta lei orgânica;
Parágrafo único O Prefeito poderá delegar ao Vice-Prefeito e aos Secretários e subprefeitos Municipais funções
administrativas que não sejam de sua exclusiva competência.
Art. 72. O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentará o Programa de Metas de sua gestão, até cento e vinte dias após sua
posse, que conterá as prioridades: as ações estratégicas, os indicadores e metas quantitativas para cada um dos
setores da Administração Pública Municipal, Subprefeituras e Distritos da cidade, observando, no mínimo, as diretrizes
de sua campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as ações estratégicas e as demais normas da lei do Plano
Diretor.
§ 1º O Programa de Metas será amplamente divulgado, por meio eletrônico, pela mídia impressa, radiofônica e televisiva
e publicado no Diário Oficial no dia imediatamente seguinte ao do término do prazo a que se refere o "caput" deste
artigo.
§ 2º O Poder Executivo promoverá, dentro de trinta dias após o término do prazo a que se refere este artigo, o debate
público sobre o Programa de Metas mediante audiências públicas gerais, temáticas e regionais, inclusive nas
Subprefeituras, onde houver.
§ 3º O Poder Executivo divulgará semestralmente os indicadores de desempenho relativos à execução dos diversos itens
do Programa de Metas.
§ 4º O Prefeito poderá proceder a alterações programáticas no Programa de Metas sempre em conformidade com a lei
do Plano Diretor Estratégico, justificando-as por escrito e divulgando-as amplamente pelos meios de comunicação
previstos neste artigo.
§ 5º Os indicadores de desempenho serão elaborados e fixados conforme os seguintes critérios:
a) promoção do desenvolvimento ambientalmente, socialmente e economicamente sustentável;
b) inclusão social, com redução das desigualdades regionais e sociais;
c) atendimento das funções sociais da cidade com melhoria da qualidade de vida urbana;
d) promoção do cumprimento da função social da propriedade;
e) promoção e defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais de toda pessoa humana;
f) promoção do meio ambiente ecologicamente equilibrado e combate à poluição sob todas as suas formas;
g) universalização do atendimento dos serviços públicos municipais com observância das condições de regularidade, continuidade;
eficiência, rapidez e cortesia no atendimento ao cidadão; segurança; atualidade com as melhores técnicas, métodos, processos e
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equipamentos; e modicidade das tarifas e preços públicos que considerem diferentemente as condições econômicas da população.
§ 6º Ao final de cada ano, o Prefeito divulgará o relatório da execução do Programa de Metas, o qual será disponibilizado
integralmente pelos meios de comunicação previstos neste artigo.
CAPÍTULO V
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO
Art. 73. Importam em responsabilidades os atos do Prefeito ou Vice-Prefeito que atentem contra a Constituição
Estadual e Federal, especialmente o (a):
I – livre exercício dos poderes constituídos;
II – exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;
III – probidade administrativa;
IV – Lei Orçamentária;
V – cumprimento das leis e das decisões judiciais;
VI – repasse de duodécimo fora dos limites definidos na Constituição Federal;
VII – não envio do repasse de duodécimo até o dia vinte de cada mês;
VIII – envio do repasse do duodécimo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária.
Art. 74. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão processados e julgados:
I – pelo Tribunal de Justiça do Estado nos crimes comuns e nos de responsabilidade, nos termos da legislação federal
aplicável;
II – pela Câmara Municipal nas infrações político-administrativas nos termos da lei, assegurados, dentre outros requisitos
de validade, o contraditório, a publicidade, ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, e a decisão motivada
que se limitará a decretar a cassação do mandato do Prefeito.
§ 1º (Revogado) Revogado pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
§ 2º (Revogado) Revogado pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
§ 3º (Revogado) Revogado pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
§ 4º (Revogado) Revogado pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
§ 5º (Revogado) Revogado pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
§ 6º (Revogado) Revogado pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
§ 7º Se decorridos 90 (noventa) dias da acusação e o julgamento não estiver concluído, o processo será arquivado, salvo
se houver deliberação do plenário pela prorrogação do prazo.
§ 8º A lei definirá os procedimentos a serem observados desde o acolhimento da denúncia.
Art. 75. O Prefeito perderá o mandato, por cassação, nos termos do inciso II e dos parágrafos do artigo anterior,
quando:
I – infringir qualquer das proibições estabelecidas no art. 66;
II – infringir o disposto no art. 71;
III – residir fora do Município;
IV – atentar contra:
a) a autonomia do Município;
b) o livre exercício da Câmara Municipal;
c) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
d) a probidade na administração;
e) a lei orçamentária;
f) o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Art. 76. O Prefeito perderá o mandato, por extinção, declarada pela Mesa da Câmara Municipal quando:
I – sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, nos termos da legislação federal;
II – perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
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CAPÍTULO VI
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Art. 77. Os Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, definido
em lei, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra
espécie remuneratória, obedecido os limites fixados na Constituição Federal do Brasil.
Art. 78. Compete ao Secretário Municipal, além de outras atribuições estabelecidas em lei:
I – exercer a coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração municipal na área de sua competência
específica;
II – expedir instruções para execução das leis, decretos e regulamentos;
III – apresentar ao Prefeito relatório mensal das atividades da Secretaria a seu cargo;
IV – praticar os atos para os quais receber delegação de competência do Prefeito;
V – comparecer, sempre que convocado, à Câmara Municipal para prestar informações ou esclarecimentos a respeito de
assuntos compreendidos na área da respectiva secretaria.
Art. 79. Serão dispostas por lei a criação, estruturação e atribuições das secretarias municipais.
Art. 80. Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituições de que participe o Município, o disposto neste capítulo,
no que couber.
Art. 81. As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores efetivos, e os cargos em comissão serão
preenchidos, preferencialmente, por servidores de carreira nos percentuais definidos em lei.
CAPÍTULO VII
DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO
Art. 82. A Procuradoria-Geral do Município é a instituição que representa o Município, judicial e extrajudicialmente,
cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1º A Procuradoria-Geral do Município tem por chefe o Procurador-Geral do Município, de livre nomeação do Prefeito,
escolhidos entre cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada.
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público
e provas e títulos.
CAPÍTULO VIII
DOS SUBPREFEITOS
Art. 83. Os Subprefeitos, em número não superior a um por distrito, são delegados de confiança do Prefeito e por
este, livremente nomeados e exonerados.
Art. 84. Compete aos Subprefeitos nos limites do distrito correspondente:
I – executar e fazer cumprir as leis e regulamentos vigentes, bem como, de acordo com as instruções recebidas do
Prefeito, os demais atos por este expedidos;
II – fiscalizar os serviços distritais;
III – atender as reclamações dos munícipes e encaminhá-las ao Prefeito quando se tratar de matéria estranha às suas
atribuições, comunicando aos interessados a decisão proferida;
IV – solicitar ao Prefeito as providências necessárias ao distrito;
V – prestar contas ao Prefeito, mensalmente ou quando for solicitado.
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Art. 85. As funções de Subprefeito serão remuneradas nos termos da lei que regulamentará a função.
CAPÍTULO IX
DA GUARDA MUNICIPAL
Art. 86. O Município de Parauapebas deverá constituir Guarda Municipal destinada à proteção de seus bens, serviços
e instalações, nos termos de lei complementar. Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 28 de maio de 2019.
§ 1º A lei complementar de criação da Guarda Municipal de Parauapebas disporá sobre o acesso aos direitos, deveres,
vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.
§ 2º A investidura nos cargos da Guarda Municipal far-se-á mediante concurso público de provas ou provas e títulos.
CAPÍTULO X
DOS CONSELHOS MUNICIPAIS
Art. 87. Os conselhos municipais são órgãos comunitários que têm por finalidade auxiliar a administração na
orientação, planejamento, interpretação e julgamento de matéria de sua competência.
Art. 88. A lei que criar os conselhos municipais especificará sua organização, atribuições, composição, funcionamento,
forma de nomeação de titular e suplente, bem como o prazo de duração do mandato.
Art. 89. Os conselhos municipais serão compostos por membros indicados pelos Poderes Executivo, Legislativo,
entidades públicas, classistas e da sociedade civil organizada.
TÍTULO V
DA TRIBUTAÇÃO E DOS ORÇAMENTOS
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
S���� I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
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§ 4º O Município de Parauapebas poderá instituir contribuição para custeio de sistema de previdência e assistência social,
cobrada de seus servidores, em benefício destes.
S���� II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 91. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, sendo proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por ele exercida, independente da denominação jurídica, dos
rendimentos, títulos ou direitos;
III – cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou;
IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos intermunicipais, ressalvada a cobrança de
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Município;
VI – instituir imposto sobre:
a) patrimônio, renda ou serviço do Estado ou União;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, receita ou serviços de partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais e periódicos;
VII – estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou
destino;
§ 1º A vedação do inciso VI, alínea “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder
público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou dela
decorrentes.
§ 2º As vedações do inciso VI, alínea “a”, e a do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados ou
que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da
obrigação de pagar imposto relativo ao bem imóvel.
§ 3º As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio, a receitas e os serviços
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 4º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre as
mercadorias e serviços.
§ 5º Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária só poderá ser procedida através de lei
municipal específica.
S���� III
DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO
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S���� IV
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
Art. 93. Pertence ao Município, nos termos definidos pela Constituição Federal:
I – o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza incidente, na fonte,
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por ele, suas autarquias e pelas fundações que instituir ou mantiver;
II – cinquenta por cento do produto da arrecadação de impostos da União sobre a propriedade territorial rural,
relativamente aos imóveis nele situados, cabendo a totalidade do imposto quando fiscalizado e cobrado pelo próprio
município;
III – cinquenta por cento do produto da arrecadação de impostos do Estado sobre a propriedade de veículos
automotores licenciados em seu território;
IV – a sua parcela dos vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de
comunicação - ICMS, na forma dos parágrafos seguintes:
§ 1º Três quartos, no mínimo, serão na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de
mercadorias e nas prestações de serviços realizados em seu território.
§ 2º Até um quarto de acordo com o que dispuser a lei estadual.
Art. 94. A União entregará ao Município sua parcela correspondente sobre o produto da arrecadação dos impostos
sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre os produtos industrializados, conforme definido na
Constituição Federal, através do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, em transferências mensais, na
proporção do índice apurado pelo Tribunal de Contas da União - TCU.
Art. 95. O Estado repassará ao Município a sua parcela dos vinte e cinco por cento relativos aos dez por cento que a
União lhe entregar do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, conforme Constituição
Federal.
Art. 96. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos repassados ao Município
previstos neste Capítulo, neles compreendidos os adicionais e acréscimos relativos a impostos.
Parágrafo único O Estado e a União podem condicionar a entrega dos recursos ao pagamento de seus créditos vencidos
e não pagos e no caso da aplicação dos recursos destinados às ações e serviços públicos de saúde em percentuais abaixo
do mínimo estabelecido em Lei Complementar Federal.
Art. 97. O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, o montante de cada um dos
tributos arrecadados, os recursos recebidos a título de Convênios e os de Compensação Financeira por Exploração
Mineral - CFEM.
Art. 98. A Lei Complementar Municipal definirá o modo de aplicação dos recursos oriundos da Compensação
Financeira por Exploração Mineral — CFEM, buscando priorizar sua aplicação em: Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei
Orgânica nº 2, de 18 de dezembro de 2017.
I – educação, saúde e assistência social e segurança pública; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 2, de 18 de dezembro de
2017.
II – infra-estrutura; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 2, de 18 de dezembro de 2017.
III – fomento ao desenvolvimento econômico do Município; Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 2, de 18 de dezembro de
2017.
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IV – criação de um fundo próprio. Alteração feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 2, de 18 de dezembro de 2017.
Art. 99. O Município deverá efetuar cobrança judicial, sob pena de responsabilidade, dos devedores municipais
lançados em dívida ativa por mais de cento e oitenta dias.
CAPÍTULO II
DOS ORÇAMENTOS
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TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO I
DA ORDEM ECONÔMICA
S���� I
PRINCÍPIOS GERAIS DA ORDEM ECONÔMICA
Art. 108. O Município de Parauapebas atuará para que a ordem econômica e social seja fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tendo por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
I – autonomia municipal;
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II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente;
VII – redução das desigualdades sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – incentivo ao investimento e à fixação de atividades econômicas no Município, objetivando desenvolver suas
potencialidades.
Parágrafo único Os incentivos consistirão em simplificação e redução das obrigações administrativas, tributárias e
creditícias, sendo concedidos preferencialmente às:
I – formas associativas e cooperativas;
II – empresas que estabelecerem participação dos trabalhadores nos lucros de sua gestão;
III – empresas de pequeno porte e microempresas.
Art. 109. A exploração direta da atividade econômica pelo Município só será permitida em caso de relevante interesse
público, na forma da lei complementar que, dentre outras, especificará as seguintes exigências para as empresas
públicas e sociedades de economia mista ou entidades que criar ou mantiver:
I – regime jurídico das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias;
II – proibição de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado.
Art. 110. A prestação de serviços públicos pelo Município, diretamente ou mediante o regime de concessão ou
permissão, será regulamentada em lei complementar que assegurará:
I – exigência da licitação, em todos os casos;
II – definição do caráter especial dos contratos de concessão ou permissão, casos de prorrogação, condições de
caducidade, forma de fiscalização e rescisão;
III – direitos dos usuários;
IV – política tarifária;
V – obrigação de manter o serviço adequado;
VI – revisão periódica dos contratos de concessão de serviços e bens públicos.
Art. 111. O Município promoverá e incentivará o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
S���� II
DA POLÍTICA URBANA E HABITACIONAL
Art. 112. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal, obedecerá as diretrizes
estabelecidas pela Constituição Federal do Brasil, pela Lei 10.257, de 10 de junho de 2001 – Estatuto das Cidades, e
pelo Plano Diretor.
Art. 113. A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
I – garantia do direito a uma cidade sustentável, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras
gerações;
II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos
da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento
urbano;
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização, em
atendimento ao interesse social;
IV – planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do
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Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e
seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e
necessidades da população e às características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar a (o):
a) utilização inadequada de imóveis urbanos;
b) proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) parcelamento do solo, edificação ou uso excessivo, ou inadequado em relação à infraestrutura urbana;
d) instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como polos geradores de tráfego, sem previsão de
infraestrutura correspondente;
e) retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
f) deterioração das áreas urbanizadas;
g) poluição e degradação ambiental;
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento
socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites
da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do
desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos
diferentes segmentos sociais;
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos;
XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico,
artístico, paisagístico e arqueológico;
XIII – audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de implantação de
empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou construído,
conforto e segurança da população;
XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o
estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, considerando a situação
socioeconômica da população e as normas ambientais;
XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas a permitir a
redução dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais;
XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades
relativas ao processo de urbanização, atendendo o interesse social.
Art. 114. A implantação de loteamentos urbanos ou suas expansões propostos pelo Poder Executivo, dependerá de
autorização da Câmara Municipal nos termos do art. 12, Inciso XXII desta LOM.
Art. 115. O Plano Diretor aprovado pela Câmara Municipal é o instrumento básico da política urbana.
Art. 116. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação
da cidade expressa no Plano Diretor.
Art. 117. Os imóveis urbanos desapropriados pelo Município, serão pagos com prévia e justa indenização em
dinheiro, salvo nos casos do inciso III do parágrafo seguinte.
Parágrafo único O proprietário do solo incluído no Plano Diretor, com área não edificada, não utilizada ou subutilizada,
nos termos da lei federal, deverá promover seu adequado aproveitamento sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsória;
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, progressivo no tempo;
III – desapropriação, com justa indenização.
Art. 118. Compete, também ao Município, promover programas de moradias populares e melhoria de condições
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S���� III
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA
Art. 119. O Município estabelecerá, nos limites de sua competência, política agrícola, visando assistência aos
trabalhadores rurais e às suas organizações, fixada a partir de planos plurianuais de desenvolvimento e que
contemple:
I – apoio ao cooperativismo e associativismo;
II – habitação, educação e saúde;
III – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
IV – assistência técnica e extensão rural, através de órgãos próprios ou mediante convênio;
V – incentivo à pesquisa;
VI – programas de eletrificação, telefonia e irrigação;
VII – execução de programas integrados de conservação de solo, reflorestamento e aproveitamento de recursos hídricos;
VIII – incentivo à agroindústria;
IX – incentivo a programas de aproveitamento de resíduos orgânicos;
X – rede viária adequada;
XI – construção de instalações comunitárias de armazenamento da produção.
S���� IV
DA EXTRAÇÃO MINERAL
Art. 120. O município, nos limites de sua competência, fiscalizará a extração mineral, acompanhará o Departamento
Nacional de Produção Mineral na arrecadação da CFEM e para isso firmará os convênios necessários com essa
autarquia federal, estabelecendo que:
I – a Câmara Municipal instituirá comissão permanente com o fim de fiscalização e acompanhamento da exploração
mineral;
II – as empresas que realizam atividade de exploração mineral no município devem colaborar com a comissão de
fiscalização e com os demais órgãos municipais incumbidos das tarefas.
CAPÍTULO II
DA ORDEM SOCIAL
S���� I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 121. A ordem social tem como base o primado no trabalho e como objetivo o bem-estar e a justiça social.
S���� II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Art. 122. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Art. 123. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei e
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S���� III
DA SAÚDE
Art. 124. A saúde constitui serviço público essencial e compreende ações prioritárias do poder público, sendo direito
de todos, devendo o Município, com recursos da Seguridade Social e com auxílio do Estado e da União, integrar-se ao
Sistema Único de Saúde, cujas ações e serviços públicos na sua circunscrição territorial, são por ele dirigidos, com
fundamento nas seguintes diretrizes:
I – atendimento integral, com prioridades para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços emergenciais;
II – participação da comunidade, através do Conselho Municipal de Saúde criado em lei, que definirá sua organização,
controle e gestão;
III – descentralização do serviço, visando o atendimento médico-odontológico às áreas urbanas e rurais.
Art. 125. O conjunto dos recursos destinados às ações e serviços de saúde no Município constituirá o Fundo
Municipal de Saúde, regulamentado em lei.
Parágrafo único O Município aplicará 17% (dezessete por cento) da receita resultante de impostos, compreendida
aquela proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento da saúde.
Art. 126. As instituições privadas poderão participar, de forma complementar, do serviço municipal de saúde, segundo
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas, sem
fins lucrativos.
Art. 127. O Município poderá, através de lei, constituir entidades intermunicipais mediante consórcios e estabelecer
convênios para a implantação da política de saúde e assistência social.
Art. 128. Ao Sistema Municipal de Saúde, compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I – planejar, organizar, gerir, executar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, em articulação com os Sistemas
Federal e Estadual de Saúde;
II – participar da fiscalização dos serviços prestados e das condições ambientais de trabalho dos profissionais envolvidos;
III – participar da formulação e execução de normas de proteção ao meio ambiente e saneamento básico;
IV – participar na execução de ações e serviços de:
a) vigilância epidemiológica e sanitária;
b) alimentação e nutrição;
c) vigilância e controle das zoonoses;
d) combate, através de campanhas educacionais, ao uso de substâncias que criem dependência física e psíquica;
V – autorizar a instalação e funcionamento de serviços privados de saúde;
VI – propiciar recursos visando a educação sexual e os meios científicos que assegurem o direito ao planejamento
familiar, de acordo com livre decisão familiar;
VII – ordenar a formação de recursos humanos na área do Sistema Municipal de Saúde;
VIII – planejar, organizar e executar as ações de zoonoses no âmbito do município.
S���� IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 129. O Município prestará assistência social a quem dela necessitar, objetivando a:
I – proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, ao idoso e ao portador de necessidade especial;
II – habilitação e reabilitação dos portadores de necessidades especiais e a promoção de sua reintegração à vida
comunitária e ao mercado de trabalho.
Art. 130. As ações municipais na área de assistência social serão realizadas com recursos do orçamento municipal, da
seguridade social e de outras fontes, executadas em parceria com estado e a união, obedecendo à seguinte diretriz:
I – participação da população por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das
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S���� V
DA EDUCAÇÃO
Art. 131. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho e ainda:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – promoção humanística, científica e tecnológica.
Art. 132. O Município atuará prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
Parágrafo único O município buscará estabelecer convênios com o Estado e com a União para a oferta de vagas nos
demais níveis de ensino, inclusive escolas técnicas, podendo também ofertá-los diretamente e com recursos próprios.
Art. 133. A educação especial será promovida pelo Município.
Art. 134. O Ensino fundamental é obrigatório, gratuito e com oferta segurada para todos os que a ele não tiveram
acesso na idade própria.
Art. 135. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. O não oferecimento do ensino
obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
Art. 136. Fica garantido ao magistério público municipal plano de carreira, incluído no quadro único dos servidores
públicos municipais.
Art. 137. O Município de Parauapebas oferecerá aos educandos, prioritariamente do ensino fundamental e educação
infantil, programas suplementares de material didático-escolar, alimentação, transporte e assistência à saúde.
Art. 138. É assegurado aos estudantes de qualquer nível da rede pública e privada do município o benefício de tarifa
reduzida à metade, nos transportes urbanos regulares. Parágrafo único. Decreto do Poder Executivo regulamentará o
exercício do direito assegurado no caput deste artigo.
Art. 139. Os recursos municipais serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos às escolas comunitárias,
confessionais ou filantrópicas que comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em
educação.
Parágrafo único Os recursos municipais de que trata este artigo poderão ser destinados às escolas privadas, mediante
convênios ou bolsas de estudos, quando não houver vagas suficientes na rede pública.
Art. 140. O Município aplicará 27% (vinte e sete por cento) da receita resultante de impostos, compreendida aquela
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino municipal.
Art. 141. Anualmente, o Município publicará relatório da execução financeira da despesa em educação, discriminando
os gastos mensais.
Art. 142. É assegurado aos pais, professores, alunos e servidores o direito de se organizarem em todos os
estabelecimentos municipais de ensino, através de associações e grêmios.
Art. 143. As escolas municipais terão seus dirigentes eleitos diretamente, na forma de lei de iniciativa do Executivo.
S���� VI
DA CULTURA
Art. 144. O Município apoiará e incentivará a difusão das manifestações culturais e artísticas, prioritariamente as
ligadas diretamente à sua comunidade e à sua história.
Parágrafo único O Município instituirá, por lei, órgãos destinados à realização de atividades de caráter cultural e artístico.
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Art. 145. O Município manterá cadastro atualizado do patrimônio histórico e do acervo cultural público e privado.
Parágrafo único O Município preservará, de modo especial, os documentos, as obras e os prédios de valor histórico e
artístico.
Art. 146. O Município criará o Centro Cultural Municipal, compreendendo Casa da Cultura, Centro de Convenções e
Museu Municipal, que abrigarão os documentos e objetos importantes para preservação da memória municipal.
S���� VII
DO DESPORTO E DO LAZER
Art. 147. É dever do Município fomentar práticas desportivas como direito de todos, observadas:
I – a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto, especialmente nas escolas a ele
pertinentes e, em casos específicos, para o desporto de alto rendimento;
II – o tratamento diferenciado para o desporto profissional e não profissional e criação de órgão municipal que coordene
as atividades com a participação de entidades comunitárias legalmente constituídas;
III – a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional;
IV – o Município estimulará a realização de eventos periódicos, desportivos e atléticos.
Art. 148. O Município incentivará o lazer como forma de promoção social, especialmente mediante:
I – reserva de espaços verdes ou livres, em forma de parques, bosques, jardins e assemelhados, como base física da
recreação urbana;
II – construção de equipamento de parques infantis e de atividade de desenvolvimento físico corporal, centro de
juventude e edifícios de convivência comunal;
III – aproveitamento e adaptação de rios, vales, colinas, montanhas, lagos, matas e outros recursos naturais como locais
de passeio e distração.
S���� VIII
DO MEIO AMBIENTE
Art. 149. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
Parágrafo único Para assegurar a efetividade deste direito, o Município desenvolverá ação permanente de proteção,
restauração e fiscalização no meio ambiente, incumbindo-se primordialmente de:
I – cadastrar, fiscalizar e manter as áreas de preservação permanente e de domínio público, declaradas pelo Município,
por lei, impedindo sua utilização predatória e promovendo seu reflorestamento ecológico;
II – adotar normas e critérios técnicos para a arborização, remoção e poda de árvores;
III – combater a destruição da vegetação natural, de preservação permanente, ao longo de qualquer curso d’água e
lagos, nos topos de morros, montes, montanhas, rodovias e ferrovias, prevenindo e controlando a poluição e a erosão;
IV – controlar as queimadas, responsabilizando o infrator por suas consequências;
V – incentivar e auxiliar tecnicamente movimentos comunitários e entidades de caráter cultural, científico e
educacional, com finalidades ecológicas, na forma da lei;
VI – promover a educação ambiental e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente;
VII – exigir estudo de impacto ambiental, com alternativas de localização, para a operação de obras ou atividades
públicas ou privadas que possam causar degradação ou transformação no meio ambiente, dando a este a indispensável
publicidade;
VIII – reflorestar a faixa de domínio das estradas municipais e dos cursos d’água, bem como arborizar logradouros
públicos;
IX – incentivar o aproveitamento de energia alternativa não poluidora;
X – proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, vedadas as práticas que coloquem em risco sua função ecológica e
paisagística e que provoquem extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade;
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S���� IX
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO
Parágrafo único Para ter acesso à gratuidade, é obrigatório que o idoso apresente qualquer documento pessoal com
foto que faça prova de sua idade. Inclusão feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 2, de 03 de setembro de 2019.
S���� X
DO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS
Art. 159. O Município prestará assistência social, educacional e à saúde dos portadores de necessidades especiais,
visando a sua integração social e profissionalização por meio de seus órgãos próprios ou em convênios com o Estado
ou instituições privadas através de:
I – estabelecimento de normas para a construção e adaptação dos logradouros públicos e dos veículos de transporte
coletivo;
II – garantia de ensino especial em órgãos municipais ou conveniados.
S���� XI
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL MUNICIPAL
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Art. 160. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Município, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado
regime de previdência conforme ditames da Constituição Federal do Brasil.
Parágrafo único Os servidores não efetivos serão, obrigatoriamente, vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.
TÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 161. A administração pública municipal direta e indireta de qualquer dos poderes obedecerá aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
III – o prazo de validade do concurso será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas
ou de provas e títulos, será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na
carreira;
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
VI – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas portadoras de necessidades especiais e
definirá os critérios de sua admissão;
VII – a lei estabelecerá os casos de contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;
VIII – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta,
autárquica e fundacional, dos membros do poder Municipal, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder os limites previstos no art. 37, inciso XI, da
Constituição Federal; Alteração feita pelo Art. 2º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 26 de abril de 2016.
IX – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do artigo 39 da Constituição Federal,
somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
X – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XI – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de
pessoal do serviço público;
XII – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores;
XIII – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto
nos incisos XI e XIV do artigo 37 e nos artigos 39, § 4º, 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, todos da Constituição Federal do Brasil;
XIV – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI, do artigo 37 da Constituição Federal;
XV – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista, suas subsidiárias e, sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
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XVI – nenhum servidor será designado para funções não constantes das atribuídas no cargo que ocupa, a não ser em
substituição e, se acumulada, com gratificação prevista em lei;
XVII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e circunscrição,
precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XVIII – ressalvados os casos determinados na legislação federal específica, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, a
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
§ 1º A não-observância do disposto nos incisos II e III, implicará em nulidade do ato e a punição da autoridade
responsável, nos termos da lei.
§ 2º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando
especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no
artigo 5º, X e XXXIII, da Constituição Federal do Brasil;
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função da
administração pública.
§ 3º Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos direitos políticos, na perda da função pública,
na indisponibilidade dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista na legislação federal, sem
prejuízo da ação penal cabível.
§ 4º O Município de Parauapebas e os prestadores de serviços públicos municipais responderão pelos danos que seus
agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa.
§ 5º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Art. 161-A. É vedada no âmbito da administração pública direta e indireta do Município de Parauapebas, a
contratação e/ou nomeação de servidor para cargos de natureza temporária, efetiva, comissionada ou função de
confiança, quando tenham sido condenados por decisão transitada em julgado, desde a data da condenação até o
transcurso de 2 (dois) anos após o cumprimento da pena, pelos seguintes crimes: Inclusão feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei
Orgânica nº 1, de 02 de junho de 2017.
I – violência contra a mulher, nos termos da Lei n° 11.340, de 7 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha; Inclusão feita pelo Art.
1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 02 de junho de 2017.
II – abusos sexuais contra criança ou adolescente. Inclusão feita pelo Art. 1º. - Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 02 de junho de 2017.
Art. 162. Ao servidor público municipal, em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo distrital, estadual ou federal, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
remuneração;
III – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício do mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado
para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
IV – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício
estivesse.
Art. 163. É vedada a contratação e ou nomeação de cônjuges, companheiros e companheiras e parentes, colateral ou
por afinidade, até o 3º grau, assim definidos pela Lei Civil, de detentores de cargos eletivos, Presidentes de Fundações,
Diretores de Autarquias ou de Empresas Públicas, ou ainda de dirigentes de empresas de concessionárias do serviço
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público, em cargos de confiança previstos no âmbito da administração indireta e a dos Poderes Executivo e Legislativo
Municipal.
CAPÍTULO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 164. O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por
servidores.
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:
I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II – os requisitos para a investidura;
III – as peculiaridades dos cargos.
§ 2º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto nos seguintes incisos do art. 7º, da Constituição
Federal: IV, VI, VIII, IX, X, XII, XIII, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXII e XXX.
§ 3º Licença à gestante, sem prejuízo de sua remuneração, será de 180 (cento e oitenta) dias.
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários Municipais serão remunerados exclusivamente
por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI da
Constituição Federal.
§ 5º Os Poderes Executivo e Legislativo Municipais publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos públicos.
§ 6º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.
Art. 165. O servidor público titular de cargo efetivo aposentar-se-á no Regime conforme os critérios definidos na
Constituição Federal do Brasil.
Art. 166. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público e somente perderão seus cargos nos seguintes casos:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei, assegurada ampla defesa.
§ 1º Durante o prazo estabelecido no caput o servidor fica sujeito as disposições concernentes ao estágio probatório, nos
termos e condições estabelecidas pela Lei Municipal nº 4.231/2002, de observância obrigatória para todos os servidores
públicos efetivos, sem nenhuma exceção.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga,
se estável, reconduzido ao cargo de origem.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.
Art. 167. É livre a associação profissional ou sindical do servidor público municipal, na forma da lei federal, observado
o seguinte.
Parágrafo único Nenhum servidor será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a associação ou sindicato.
Art. 168. (Revogado) Revogado pelo Art. 2º. - Emenda à Lei Orgânica nº 3, de 03 de junho de 2016.
Art. 169. É assegurado o direito de greve, definido por lei, competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Art. 170. A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis
da comunidade.
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Art. 171. É assegurada a participação dos servidores públicos municipais, por eleição, nos colegiados da administração
pública em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 172. A administração municipal promoverá cursos de especialização e aperfeiçoamento para seus servidores.
Art. 173. Aos servidores públicos civis do Município de Parauapebas é vedado:
I – explorar, sob qualquer título, atividade profissional paralela à sua, nas repartições públicas da municipalidade;
II – manter qualquer vínculo contratual, diverso do referente ao seu cargo, com órgãos públicos do Município, sob pena
de perda do cargo exercido e demais sanções legais.
CAPÍTULO III
DOS ATOS MUNICIPAIS
Art. 174. Os atos administrativos de competência do Prefeito devem ser expedidos e formalizados, com a observância
das seguintes regras:
I – Decreto, numerados em ordem cronológica, nos seguintes casos:
a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) abertura de créditos específicos e suplementares, até o limite autorizado por lei, assim como de créditos extraordinários;
d) declaração de utilidade ou necessidade pública ou de interesse social, para efeitos de desapropriação ou de servidão
administrativa;
e) aprovação de regimento ou regulamentação dos órgãos de administração direta;
f) permissão de serviços públicos e de uso de bens municipais por terceiros, bem como a respectiva revogação, inclusive de
contratos de concessão dos referidos serviços;
g) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos munícipes e servidores municipais, do Executivo, não previsto em
lei;
h) medidas executórias do Plano Diretor;
i) normas de efeito externo, não prevista em lei;
j) criação ou extinção de gratificações, quando autorizadas em lei;
k) criação, alteração e extinção de órgãos da Prefeitura, quando autorizados em lei;
l) definição da competência dos órgãos e das atribuições dos servidores da Prefeitura, não privativas em lei;
m) aprovação dos estatutos dos órgãos da administração descentralizada;
n) fixação e alteração dos preços dos serviços prestados pelo Município e aprovação dos preços dos serviços concedidos ou
autorizados;
o) permissão para a exploração de serviços públicos e para uso de bens imóveis;
p) aprovação de planos de trabalho dos órgãos da administração direta;
q) criação, extinção, declaração e modificação de direitos dos administrados, não privativas de lei;
r) aposentadoria;
s) criação de órgãos colegiados que não prevejam despesas com pessoal;
t) expedição de título definitivo ou provisório de propriedade de lotes urbanos.
II – Portarias, nos seguintes casos:
a) provimento e vacância de cargos públicos e demais atos de efeito individual, relativos aos servidores municipais;
b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;
c) criação de comissões e designação de seus membros;
d) instituição e dissolução de grupos de trabalho;
e) autorização para contrato e dispensa de servidores sob o regime da legislação trabalhista;
f) abertura de sindicância e processo administrativo, aplicação de penalidades e demais atos individuais relativos a servidores;
g) escala de férias;
h) aplicação de penalidades administrativas aos servidores municipais;
i) designação de servidor para desempenhar missão especial;
j) transferência do cargo de Prefeito ao substituto legal;
k) outros atos que, por sua natureza ou finalidade, não sejam objeto de lei ou decreto.
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III – Ordem de serviços, nos casos de determinação com efeitos exclusivamente internos.
Parágrafo único As atribuições constantes dos incisos II e III deste artigo poderão ser delegadas.
CAPÍTULO IV
DAS INFORMAÇÕES, DO DIREITO DE PETIÇÃO E DAS CERTIDÕES
Art. 175. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse
coletivo em geral, que serão prestadas no prazo de dez dias, prorrogáveis por igual tempo, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade ou das instituições
públicas.
Parágrafo único É assegurado a todos, independentemente do pagamento de taxas:
I – o direito de petição aos Poderes Públicos Municipais para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal;
II – a obtenção de certidões referentes ao inciso anterior.
Art. 176. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse
coletivo em geral, que serão prestadas conforme determinação em lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade ou das instituições públicas.
Parágrafo único É assegurado a todos, independentemente do pagamento de taxas:
I – o direito de petição aos Poderes Públicos Municipais para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal;
II – a obtenção de certidões referentes ao inciso anterior.
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 1º. O poder executivo municipal, em até 18 (dezoito) meses após a promulgação desta reforma à Lei Orgânica,
encaminhará à Câmara Municipal, proposta de Lei Complementar instituindo a Guarda Municipal.
Art. 2º. Em até 2 (dois) anos após aprovação desta reforma à Lei Orgânica, o poder executivo encaminhará proposta
de lei criando o Centro Cultural Municipal.
Art. 3º. Será elaborada proposta de regulamentação do uso dos recursos da CFEM, no prazo máximo de 1 (um) ano,
contados a partir da aprovação desta reforma à Lei Orgânica.
Art. 4º. O executivo municipal, por seu órgão competente, deverá expor, à Comissão competente da Câmara
Municipal, nos meses de agosto e fevereiro, os procedimentos adotados para a regularização fundiária dos
loteamentos urbanos.
Art. 5º. O Município, no prazo de 1 (um) ano, deverá criar o centro de Zoonoses vinculado à Secretaria Municipal de
Saúde, de que trata o inciso VIII do Art. 130.
Art. 6º. O Município, no prazo de 2 (dois) anos, deverá adaptar todos os prédios públicos visando dar acessibilidade
aos portadores de necessidades especiais.
Art. 7º. O Município, no prazo de 2 (dois) anos deverá criar o Centro de Reabilitação para atendimento aos portadores
de necessidades especiais, de modo a garantir-lhes cidadania plena, pelo que fica autorizado o remanejamento de
recurso para tal finalidade.
Art. 8º. O Município deverá disponibilizar à população Cemitério Público, provido de equipamento para cerimônias
religiosas e velório, em até 2 (dois) anos, para tanto o Poder Executivo está autorizado a remanejar os recursos
orçamentários necessários para implementar o disposto no art. 8º, inciso XXXII.
Art. 9º. O Município deverá, em até 2 (dois) anos, construir abatedouro público, estando autorizado ao
remanejamento de recursos para tal finalidade.
Art. 10. O Município implementará aterro sanitário em até um ano, a contar da promulgação desta emenda à Lei
Orgânica Municipal, estando autorizado a remanejar os recursos necessários.
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Art. 11. O Município deverá, em até 4 (quatro) anos, criar a Escola Técnica Municipal, estando autorizado a remanejar
os recursos necessários.
Art. 12. O Município deverá, em até 3 (três) anos criar o Cento de Atendimento à Saúde da Mulher, estando
autorizado a remanejar os recursos necessários.
Art. 13. O município no prazo máximo de 2 (dois) anos deverá submeter todos os projetos de lei complementar de
que dispõe o Art. 44 desta Lei Orgânica, para apreciação e aprovação pela Câmara Municipal.
Art. 14. O Poder Executivo Municipal deverá submeter no prazo de 18 (dezoito) meses o projeto de lei que
regulamentará o transporte coletivo do Município de Parauapebas.
Art. 15. O Poder Executivo tem prazo máximo de 180(cento e oitenta) dias para submeter a aprovação da Câmara de
Parauapebas projeto de lei que regule o parcelamento do solo.
Art. 2º. Fica revogado o texto, integralmente, da Lei Orgânica do Município de Parauapebas-PA, promulgada em 5 de
abril de 1990 e posteriores alterações realizadas pelas emendas: n° 001/99, n° 002/99, n° 003/99, n° 001/01, nº 001/02,
n° 001/06 e 001/07.
Art. 3º. Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.
Parauapebas/PA, 22 de dezembro de 2009.
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CRN 7ª Região
Auxiliar Administrativo
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de
certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.”
Desta forma, princípios são proposições que servem de base para toda estrutura de uma ciência, no
Direito Administrativo não é diferente, temos os princípios que servem de alicerce para este ramo do
direito público. Os princípios podem ser expressos ou implícitos, vamos nos deter aos expressos, que são
os consagrados no art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil. Em relação aos princípios
constitucionais, Meirelles afirma que:
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de
certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.”
Assim sendo, os princípios constitucionais da administração pública, como tão bem exposto, vêm
expressos no art. 37 da Constituição Federal, e como já afirmado, retoma aos princípios da legalidade,
moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade. Em consonância, Di
Pietro conclui que a Constituição de 1988 inovou ao trazer expresso em seu texto alguns princípios
constitucionais. O caput do art. 37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, os quais em seguida serão tratados com
mais ênfase.
Não obstante o exposto, se torna primeiramente necessário falar de dois princípios que regem a
Administração Pública de forma geral, são eles o princípio da supremacia do interesse público e o
princípio da indisponibilidade do interesse público. Vejamos:
Este princípio consiste na sobreposição do interesse público em face do interesse particular. Havendo
conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá.
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o somatório dos interesses individuais desde que
represente o interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade.
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo, é o interesse da coletividade como um
todo. Já o interesse público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como pessoa jurídica, titular de
direitos e obrigações, em suma, é vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse público
PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público SECUNDÁRIO) não se confundem.
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não contrariar nenhum interesse público
PRIMÁRIO. E, ao menos indiretamente, possibilite a concretização da realização de interesse público
PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que você compreenda perfeitamente esta distinção.
Sem prejuízo, voltamos a frisar que a Administração Pública deverá se pautar principalmente nos cinco
princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Os princípios são os seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
Princípio da Legalidade
Princípio da Impessoalidade
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com
boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador
público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas
dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem
comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras
de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a
forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo
37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por
fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem
exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções
com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para
favorecimento de outrem.
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de atos praticados pela Administração
Pública, obedecendo, todavia, as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutrinador
Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar
seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e pelo povo em
geral, através dos meios constitucionais...”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro.
São Paulo: Malheiros, 2005).
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XXXIII, garante a todos o direito a receber dos
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei nº
12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do
art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990;
revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e
dá outras providências).
Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de segurança cumprem importante papel
enquanto garantias de concretização da transparência.
Princípio da Eficiência
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37, da Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 é o da eficiência.
Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a efetividade, na administração outro não poderia
ser o caminho, enaltecido pela EC n. 19/98, que fixou a eficiência também para a Administração Pública.
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade,
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros”.1
Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação
ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo
de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”.2 Por sua atualidade merece especial
referência a questão do nepotismo, ou seja, a designação de cônjuge, companheiro e parentes para
cargos públicos no órgão. A lei proíbe o nepotismo direto, aquele em que o beneficiado deve estar
subordinado a seu cônjuge ou parente, limitado ao segundo grau civil, por consanguinidade (pai, mãe,
avós, irmãos, filhos e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros, cunhados, enteados e filhos dos
enteados).
O Supremo Tribunal Federal ampliou essa vedação, por meio da Súmula Vinculante nº 13, onde proíbe
o nepotismo em todas as entidades da Administração direta e indireta de todos os entes federativos,
enquanto que a Lei 8.112/90 veda apenas para a Administração direta, às autarquias e fundações da
União; estende a proibição aos parentes de terceiro grau (tios e sobrinhos), que alcançava apenas os
parentes de segundo grau; e proibiu-se também o nepotismo cruzado, aquele em que o agente público
utiliza sua influência para possibilitar a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em cargo em
comissão ou de confiança ou função gratificada não subordinada diretamente a ele.
A vedação do nepotismo representa os princípios da impessoalidade, moralidade, eficiência e
isonomia, de acordo com o decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC nº 12). A partir de
agora, temos a palavra da Suprema Corte, dizendo que o nepotismo ofende os princípios republicanos,
previstos nos arts. 5º e 37 da Constituição Federal.
Princípio da autotutela
Como o Poder Público está submetido a lei, sua atuação é voltada ao controle de legalidade e quando
esse poder é exercido pela própria Administração, esses atos são denominados de autotutela.
1
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2002.
2
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2002.
Princípio da Igualdade
Também conhecido como Princípio da Isonomia, considera que a Administração Pública deve se
preocupar em tratar igualmente as partes no processo administrativo, sem que haja discriminações não
permitidas.
O objetivo é tratar o administrado com urbanidade, com equidade, com congruência.
No processo administrativo, busca-se uma decisão legal e justa, pois se deve tratar igualmente os
iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades.
Princípio da Finalidade
A Administração Pública deve satisfazer a pretensão do interesse público, caso não seja satisfeita a
vontade, leva-se à invalidade do ato praticado pelo administrador.
Por exemplo, uma passeata de interesse coletivo, autorizadas pela Administração Pública, poderá ser
dissolvida, se tornar-se violenta, a ponto de causarem problemas à coletividade (desvio da finalidade).
Princípio da Motivação
Dito princípio implica para a Administração o dever de justificar seus atos, apontando-lhes os
fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e situações que deu
por existentes e a providência tomada, nos casos em que este último aclaramento seja necessário para
aferir-se a consonância da conduta administrativa com a lei que lhe serviu de arrimo.
Por ele, a autoridade administrativa deve demonstrar as razões que permitiram tomar determinada
decisão. A motivação é a exigência do Estado de Direito. Sem a explicitação dos motivos fica difícil aferir
a correção do que foi decidido. A falta de motivação no ato discricionário é o que permite a ocorrência de
desvio de poder e até mesmo de abuso, devido a impossibilidade de controle judicial, pois como dito
anteriormente, a motivação é o que permite aferir a intenção do agente.
O Estado como garantidor deve conceder segurança jurídica aos cidadãos, devido a necessidade de
demonstrar que embora seja o detentor de poder maior, deve-se dosar o controle da utilização deste
poder.
A Segurança Jurídica garante aos cidadãos os seus direitos naturais, como por exemplo, direito à
liberdade, à vida, à propriedade, entre outro.
Em sentido amplo ela refere-se ao sentido geral de garantia, proteção, estabilidade de situação ou
pessoa em vários campos. Devemos pensar que em sentido amplo está ligada à garantia real de direitos
que possuem amparo na Constituição Federal, como por exemplo os que são reconhecidos pelo artigo
5º, do citado diploma legal.
Não permite que os envolvidos sofram alterações em razão de constante mudança legislativa. É mais
voltada ao aspecto formal, típico do Estado de Direito Liberal e característico dos sistemas jurídicos
positivados, reconhecendo o momento exato em que uma lei entra em vigor e quando pode ser revogado.
Visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez que os serviços essenciais não podem ser
interrompidos.
Celso Ribeiro Bastos (in Curso de direito administrativo, 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 1996, p. 165.), é
um dos doutrinadores que defende a não interrupção do serviço público essencial: "O serviço público
deve ser prestado de maneira continua, o que significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre
pela própria importância de que o serviço público se reveste, o que implica ser colocado à disposição do
usuário com qualidade e regularidade, assim como com eficiência e oportunidade"... "Essa continuidade
afigura-se em alguns casos de maneira absoluta, quer dizer, sem qualquer abrandamento, como ocorre
com serviços que atendem necessidades permanentes, como é o caso de fornecimento de água, gás,
eletricidade. Diante, pois, da recusa de um serviço público, ou do seu fornecimento, ou mesmo da
cessação indevida deste, pode o usuário utilizar-se das ações judiciais cabíveis, até as de rito mais célere,
como o mandado de segurança e a própria ação cominatória".
Questões
01. (USP - Agente Técnico de Assistência à Saúde (Psicólogo) – USP/2017). Um servidor público
utiliza sua verba de representação ou cartão corporativo em negócios não previstos à sua condição de
pessoa pública ou do exercício profissional. Com base nestas informações, os princípios de
Administração Pública atingidos são:
(A) Legalidade e publicidade.
(B) Moralidade e impessoalidade
(C) Impessoalidade e publicidade.
(D) Moralidade e legalidade
( ) Certo ( ) Errado
06. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - CESPE/2016). A respeito dos princípios da
administração pública, assinale a opção correta.
(A) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a administração, aplicando-se
esse princípio, inclusive, às funções legislativa e judicial.
(B) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de preencher, mediante
institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas.
(C) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo
anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder
Judiciário.
(D) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por ela
instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais.
(E) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve indicar os fundamentos
de fato e de direito de suas decisões.
07. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - CESPE/2016). A respeito dos princípios da
administração pública, assinale a opção correta.
(A) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar atos
administrativos.
(B) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia do interesse
público equivalem-se.
(C) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência.
(D) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público.
(E) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da eficiência.
08. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - CESPE/2016). Assinale a opção correta a
respeito dos princípios da administração pública.
(A) O princípio da eficiência deve ser aplicado prioritariamente, em detrimento do princípio da
legalidade, em caso de incompatibilidade na aplicação de ambos.
(B) Os institutos do impedimento e da suspeição no âmbito do direito administrativo são importantes
corolários do princípio da impessoalidade.
(C) A administração deve, em caso de incompatibilidade, dar preferência à aplicação do princípio da
supremacia do interesse público em detrimento do princípio da legalidade.
(D) A publicidade, princípio basilar da administração pública, não pode sofrer restrições.
(E) A ofensa ao princípio da moralidade pressupõe afronta também ao princípio da legalidade.
10. (IF/AP - Contador - FUNIVERSA/2016). Os princípios que regem a Administração Pública podem
ser divididos em dois grupos: os expressos e os implícitos ou reconhecidos. A propósito desse assunto,
assinale a alternativa correta.
(A) A CF, no caput do art. 37, estabelece, de forma expressa, alguns princípios básicos. São eles:
legalidade, impessoalidade, moralidade, supremacia do interesse público, publicidade e eficiência.
(B) Os princípios da proporcionalidade, da indisponibilidade, da autotutela e da eficiência são princípios
implícitos ou reconhecidos.
(C) Prevê-se, expressamente, que a Administração Pública seja regida pelos princípios da legalidade,
moralidade, economicidade, publicidade e impessoalidade.
(D) De acordo com o princípio da legalidade, os agentes públicos têm autonomia de vontade, ou seja,
possuem liberdade para fazer o que for necessário, desde que não haja proibição legal.
(E) O princípio da moralidade administrativa impõe ao agente administrativo a observância dos
princípios éticos, da boa-fé e da lealdade, e não apenas a conformidade com a norma jurídica.
11. (UFCG - Administrador – UFCG/2016). Ao exercício da Administração Pública cabe obedecer aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Assim, pode-se dizer que:
(A) O princípio da legalidade classifica atos configuradores de improbidade na administração pública,
aos que importam em enriquecimento ilícito, aos que violam os princípios constitucionais, e aos que
causam prejuízo ao erário.
(B) O princípio da impessoalidade determina a observância do critério da divulgação oficial dos atos
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
(C) O princípio da moralidade estabelece o concurso público como requisito obrigatório para
investidura em cargo ou emprego público, ressalvadas as nomeações para cargos comissionados.
(D) O princípio da publicidade exige observâncias as normas legais e regulamentares, bem como aos
atos praticados visando a fim proibido em lei ou regulamento.
(E) O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza e
rendimento funcional, agregando as atividades desempenhadas pela legalidade, como também
resultados positivos para o serviço público.
12. (Prefeitura de Juiz de Fora/MG - Auditor Fiscal – AOCP/2016). Sobre o Princípio da Motivação,
é lícito afirmar que ele
(A) obriga o Estado a proporcionar aos seus agentes públicos condições para que estejam sempre
motivados a atender o interesse público.
(B) garante que o Poder Público exerça o controle sobre os próprios atos, podendo anular os ilegais e
revogar os inconvenientes, sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário
(C) obriga que o administrador público obedeça à lei e ao Direito, o que inclui os princípios
administrativos, sob pena de responder disciplinar, civil e criminalmente
(D) determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito que
embasaram sua decisão ou ato praticado.
(E) decorre do próprio Estado de Direito e motiva à autoridade competente a se sentir obrigada a dar
publicidade de seus atos.
Respostas
01. Resposta: D
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo
5º, II, da Constituição Federal de 1988.
De acordo com o princípio da moralidade administrativa, a Administração deve agir com boa-fé,
sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público de
observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
03. Resposta: B
Informativo 782 STF
04. Resposta: C
Através do Princípio da Publicidade, os particulares tem o direito de receber dos órgãos públicos
informações, pedir certidões, o que não é conseguido com facilidade na Administração. O habeas data é
um dos remédios constitucionais para esse caso.
05. Resposta: C
Constituição Federal
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
06. Resposta: B
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo, 2014. pp. 71-72:
Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desempenha
funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar. Dele decorrem consequências
importantes:
Necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição para preencher as funções
públicas temporariamente vagas;”
07. Resposta: C
Constituição Federal
Art.37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência. (LIMPE)
08. Resposta: B
Devemos ter em mente que não há relação de hierarquia ou subordinação entre os princípios.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da impessoalidade “traduz a ideia de que a
Administração tem de tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas.
Nem favoritismo, nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou
ideológicas não podem interferir na atuação administrativa”. E completa: “o princípio em causa não é
senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia”.
09. Resposta: C
O princípio da segurança jurídica deve ser visto com base em dois sentidos:
1. natureza objetiva: diz respeito à estabilização do ordenamento jurídico, a partir do respeito ao direito
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada;
2. natureza subjetiva: diz respeito à proteção da confiança do cidadão frente às expectativas geradas
pela Administração Pública.
10. Resposta: E
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com boa-
fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público
de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei).
11. Resposta: E
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade,
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:
Malheiros, 2005).
13. Resposta: C
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja
interesse público.
14. Resposta: C
Art. 5º, CF:
( )
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
15. Resposta: D
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo, o princípio da moralidade
impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua
conduta. Deve não só averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, mas
também distinguir o que é honesto do que é desonesto.” (, 16ª Ed. pág. 20).
16. Resposta: B
Segundo Alexandre Mazza, Inerente ao Estado de Direito, o princípio da legalidade representa a
subordinação da Administração Pública à vontade popular. O exercício da função administrativa não pode
ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar
a vontade da lei.
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Centralização: Quando a execução do serviço estiver sendo feita pela Administração direta do Estado
(ex.: Secretarias, Ministérios etc.). Dessa forma, o ente federativo será tanto o titular do serviço público,
como o prestador do mesmo, o próprio estado é quem centraliza a atividade.
Descentralização: Quando estiver sendo feita por terceiros que não se confundem com a
Administração direta do Estado. Esses terceiros poderão estar dentro ou fora da Administração Pública.
Se estiverem dentro da Administração Pública, poderão ser autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista (Administração indireta do Estado). Se estiverem fora da Administração,
serão particulares e poderão ser concessionários, permissionários ou autorizados.
Assim, descentralizar é repassar a execução e a titularidade, ou só a execução de uma pessoa para
outra, não havendo hierarquia. Por exemplo, quando a União transferiu a titularidade dos serviços
relativos à seguridade social à autarquia INSS.
Na esfera federal, a Administração Direta ou Centralizada é composta por órgãos subordinados à
Presidência da República e aos Ministérios, como o Departamento da Polícia Federal, Secretaria do
Tesouro Nacional ou a Corregedoria-Geral da União.
CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Feitas essas considerações iniciais, passamos à análise das pessoas jurídicas que compõem a
Administração Pública Indireta:
AUTARQUIAS
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas para a prestação de serviços públicos,
contando com capital exclusivamente público, ou seja, as autarquias são regidas integralmente por regras
de direito público, podendo, tão-somente, serem prestadoras de serviços e contando com capital oriundo
da Administração Direta (ex.: INCRA, INSS, DNER, Banco Central etc.).
Características
Temos como principais características das autarquias:
- Criação por lei: é exigência que vem desde o Decreto-lei nº 6 016/43, repetindo-se no Decreto-lei nº
200/67 e constando agora do artigo 37, XIX, da Constituição;
- Personalidade jurídica pública: ela é titular de direitos e obrigações próprios, distintos daqueles
pertencentes ao ente que a instituiu: sendo pública, submete-se a regime jurídico de direito público,
quanto à criação, extinção, poderes, prerrogativas, privilégios, sujeições;
- Capacidade de autoadministração: não tem poder de criar o próprio direito, mas apenas a
capacidade de se auto administrar a respeito das matérias especificas que lhes foram destinadas pela
pessoa pública política que lhes deu vida. A outorga de patrimônio próprio é necessária, sem a qual a
capacidade de autoadministração não existiria.
Pode-se compreender que ela possui dirigentes e patrimônio próprios.
- Especialização dos fins ou atividades: coloca a autarquia entre as formas de descentralização
administrativa por serviços ou funcional, distinguindo-a da descentralização territorial; o princípio da
especialização impede de exercer atividades diversas daquelas para as quais foram instituídas; e
- Sujeição a controle ou tutela: é indispensável para que a autarquia não se desvie de seus fins
institucionais.
- Liberdade Financeira: As autarquias possuem verbas próprias (surgem como resultado dos serviços
que presta) e verbas orçamentárias (são aquelas decorrentes do orçamento). Terão liberdade para
manejar as verbas que recebem como acharem conveniente, dentro dos limites da lei que as criou.
- Liberdade Administrativa: As autarquias têm liberdade para desenvolver os seus serviços como
acharem mais conveniente (comprar material, contratar pessoal etc.), dentro dos limites da lei que as
criou.
Classificação
Para Carvalho Filho, pode-se apontar três fatores que de fato demarcam diferenças entre as
autarquias. São eles:
- o nível federativo: as autarquias podem ser federais, estaduais, distritais e municipais, conforme
instituídas pela União, Estados, Distrito Federal e pelos Municípios;
- quanto ao objeto: dentro das atividades típicas do Estado, as que estão pré-ordenadas; e
- as autarquias podem ter diferentes objetivos: as autarquias assistenciais são aquelas que visam
a dispensar auxílio a regiões menos desenvolvidas, ou à categorias sociais específicas, para o fim de
Quanto ao tipo de atividade elas ainda podem ser distribuídas em 5 grupos de classificação:
- Econômicas: São destinadas para incentivar a produção e controle de produtos. Como é o exemplo
do Instituto do Açúcar e do Álcool;
- De crédito e industriais: Para gestão de recursos financeiros, bem como sua distribuição mediante
empréstimo. Atualmente foram substituídas por empresas públicas, como é o caso da Caixa Econômica
Federal;
- De previdência e assistência: Para atividades de seguridade social. Como é o caso do INSS e o
IPESP;
- As profissionais ou corporativas: Para fiscalizar as profissões;
- As culturais ou de ensino: Universidades federais.
Patrimônio
A questão patrimonial diz respeito à caracterização dos bens em públicos e privados. Em 1916, o
sistema jurídico administrativo sofreu várias mudanças com a criação desse tipo especial de pessoas
jurídicas - as autarquias - que, mesmo sem integrar a organização política do Estado, a ela está vinculada,
ostentando personalidade jurídica de direito público. Vários doutrinadores, com intuito de adaptarem-se
à norma do Código Civil e mais ainda de proteger os bens das pessoas federativas, qualificaram os bens
públicos como aqueles que integram o patrimônio das pessoas administrativas de direito público. Dessa
forma, pacificou-se o entendimento de que os bens das autarquias são considerados como bens públicos.
Pessoal
Com o artigo 39 da Constituição, em sua redação vigente, as pessoas federativas (União, Estados, DF
e Municípios) ficaram com a obrigação de instituir, no âmbito de sua organização, regime jurídico único
para todos os servidores da administração direta, das autarquias e das fundações públicas. Segundo
Carvalho Filho, o art. 39 da CF, foi a maneira que o legislador encontrou de manter planos de carreira
idênticos para esses setores administrativos, acabando com as antigas diferenças que, como é sabido,
por anos e anos, provocaram inconformismos e litígios entre os servidores.
Controle Judicial
As autarquias, por serem dotadas de personalidade jurídica de direito público, podem praticar atos
administrativos típicos e atos de direito privado (atípicos), sendo este último, controlados pelo judiciário,
por vias comuns adotadas na legislação processual, tal como ocorre com os atos jurídicos normais
praticados por particulares. Já os atos administrativos, possuem algumas características especiais, pois
eles são controlados pelo judiciário tanto por vias comuns, quanto pelas especiais, como é o caso do
mandado e da ação popular.
Necessário se faz destacar que os elementos do ato autárquico que resultam de valoração sobre a
conveniência e oportunidade da conduta, são excluídos de apreciação judicial, assim como os atos
administrativos em geral que trazem o regular exercício da função administrativa e são privativos dos
seus agentes administrativos.
Responsabilidade civil
Prevê a Constituição que as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
A regra contida no referido dispositivo, consagra a teoria da responsabilidade objetiva do Estado,
aquela que independe da investigação sobre a culpa na conduta do agente.
Prerrogativas autárquicas
As autarquias possuem algumas prerrogativas de direito público, sendo elas:
- imunidade tributária: previsto no art. 150, § 2 º, da CF, veda a instituição de impostos sobre o
patrimônio, a renda e os serviços das autarquias, desde que vinculados às suas finalidades essenciais
ou às que delas decorram. Podemos, assim, dizer que a imunidade para as autarquias tem natureza
condicionada.
- impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas: não pode ser usado o instrumento coercitivo
da penhora como garantia do credor.
- imprescritibilidade de seus bens: caracterizando-se como bens públicos, não podem ser eles
adquiridos por terceiros através de usucapião.
- prescrição quinquenal: dívidas e direitos em favor de terceiros contra autarquias prescrevem em 5
anos.
- créditos sujeitos à execução fiscal: os créditos autárquicos são inscritos como dívida ativa e podem
ser cobrados pelo processo especial das execuções fiscais.
- presunção de legitimidade de seus atos administrativos:
- principais situações processuais específicas:
As autarquias são consideradas como fazenda pública, razão pela qual, nos processos em que é parte,
tem prazo em dobro para recorrer (art. 183 do NCPC). Elas estão sujeitas ao duplo grau de jurisdição. A
defesa de autarquia em execução por quantia certa, fundada em título judicial, se formaliza em outros
apensos ao processo principal e por meio de embargos do devedor.
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais,
cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.
A redação do Código de Processo Civil de 1973, previa prazo em dobro para a Fazenda Pública e o
Ministério Público se manifestarem e prazo em quádruplo para recorrer.
Com o novo Código de Processo de 2015, esse prazo sofreu modificações, de forma que o Ministério
Público, à Fazenda Pública e à Defensoria Pública gozam de prazo em dobro para manifestação nos
autos, exceto nos casos em que a lei estabelecer, de maneira expressa, outro prazo específico para
esses entes.
Entretanto, esse benefício da contagem do prazo em dobro, não se aplica ao ente público, Ministério
Público ou Defensoria Pública, quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente
público. (art. 183, §2º, NCPC)
§ 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
prazo próprio para o ente público.
Contratos
É toda aquela em que a lei instituidora conferir privilégios específicos e aumentar sua autonomia
comparativamente com as autarquias comuns, sem infringir os preceitos constitucionais pertinentes a
essas entidades de personalidade pública. O que posiciona a autarquia de regime especial são as regalias
que a lei criadora lhe confere para o pleno desempenho de suas finalidades específicas. 3
Assim, são consideradas autarquias de regime especial o Banco Central do Brasil, as entidades
encarregadas, por lei, dos serviços de fiscalização de profissões. Com a política governamental de
transferir para o setor privado a execução de serviços públicos, reservando ao Estado a regulamentação,
o controle e fiscalização desses serviços, houve a necessidade de criar na administração agências
especiais destinadas a esse fim.
OBS: Havia discussão no mundo jurídico acerca do regime jurídico da OAB, se seria autarquia de
regime especial ou não. No julgamento da ADIn 3026/DF o STF decidiu que “a OAB não é uma entidade
da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no
elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro”. Veja a íntegra do julgado:
3
http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/27676/autarquias-de-regime-especial
Agências executivas
A qualificação de agências executivas se dá por meio de requerimento dos órgãos e das entidades
que prestam atividades exclusivas do Estado e se candidatam à qualificação. Aqui estão envolvidas a
instituição e o Ministério responsável pela sua supervisão.4
Os planos devem definir diretrizes, políticas e medidas voltadas para a racionalização de estruturas e
do quadro de servidores, a revisão dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos
e o fortalecimento da identidade institucional da Agência Executiva.
A qualificação como Agência Executiva deve ser dada por meio de decreto do Presidente da República.
O plano estratégico de reestruturação deve produzir melhorias na gestão da instituição, com vistas à
melhoria dos resultados, do atendimento aos seus clientes e usuários e da utilização dos recursos
públicos.
4
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=661
O art 7º do Decreto subordina a execução orçamentária e financeira das Agências Executivas aos
termos do contrato de gestão e isenta a mesma dos limites nos seus valores para movimentação,
empenho e pagamento. Esta determinação não se coaduna, entretanto, com o pensamento reinante de
administração fiscal responsável a partir do que se encontra positivado pela Lei Complementar 101 de
2000.
Algo semelhante é o que se deu também com o art. 8º e parágrafo que delega competência para os
Ministros supervisores e dirigentes máximos das Agências para a fixação de limites específicos, aplicáveis
às Agências Executivas, para a concessão de suprimento de fundos para atender a despesas de pequeno
vulto.
As Agências Executivas poderão editar regulamento próprio de valores de diárias no País e condições
especiais para sua concessão. O que se busca é adequá-las às necessidades específicas de todos os
tipos de deslocamentos. Todos os dados relativos a número, valor, classificação funcional programática
e de natureza da despesa, correspondentes à nota de empenho ou de movimentação de créditos devem
ser publicados no Diário Oficial da União em atendimento ao princípio constitucional da publicidade.
Agências Reguladoras
As agências reguladoras foram criadas pelo Estado com a finalidade de tentar fiscalizar as atividades
das iniciativas privadas. Tratam-se de espécies do gênero autarquias, possuem as mesmas
características, exceto pelo fato de se submeterem a um regime especial. Seu escopo principal é a
regulamentação, controle e fiscalização da execução dos serviços públicos transferidos ao setor privado.
São criadas por meio de leis e tem natureza de autarquia com regime jurídico especial, ou seja, é
aquela que a lei instituidora confere privilégios específicos e maior autonomia em comparação com
autarquias comuns, sem de forma alguma infringir preceitos constitucionais.
Uma das principais características das Agências Reguladoras é a sua relativa autonomia e
independência. As agências sujeitam-se ao processo administrativo (Lei 9.784/99, na esfera federal, além
dos próprios dispositivos das leis especificas).
Caso ocorra lesão ou ameaça de lesão de direito, a empresa concessionária poderá ir ao Judiciário.
Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar esses serviços a serem
prestados por concessionárias ou permissionárias.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Fundação é uma pessoa jurídica composta por um patrimônio personalizado, destacado pelo seu
instituidor para atingir uma finalidade específica. As fundações poderão ser tanto de direito público quanto
de direito privado.
As fundações que integram a Administração indireta, quando forem dotadas de personalidade de
direito público, serão regidas integralmente por regras de Direito Público. Quando forem dotadas de
personalidade de direito privado, serão regidas por regras de direito público e direito privado.
O patrimônio da fundação pública é destacado pela Administração direta, que é o instituidor para definir
a finalidade pública. Como exemplo de fundações, temos: IBGE (Instituto Brasileiro Geográfico
Estatístico); Universidade de Brasília; FEBEM; FUNAI; Fundação Memorial da América Latina; Fundação
Padre Anchieta (TV Cultura).
Não existe hierarquia ou subordinação entre a fundação e a Administração direta. O que existe é um
controle de legalidade, um controle finalístico.
As fundações governamentais, sejam de personalidade de direito público, sejam de direito privado,
integram a Administração Pública. A lei cria e dá personalidade para as fundações governamentais de
direito público. As fundações governamentais de direito privado são autorizadas por lei e sua
personalidade jurídica se inicia com o registro de seus estatutos.
As fundações são dotadas dos mesmos privilégios que a Administração direta, tanto na área tributária
(ex.: imunidade prevista no art. 150 da CF/88), quanto na área processual (ex.: prazo em dobro).
As fundações respondem pelas obrigações contraídas junto a terceiros. A responsabilidade da
Administração é de caráter subsidiário, independente de sua personalidade.
As fundações governamentais têm patrimônio público. Se extinta, o patrimônio vai para a
Administração indireta, submetendo-se as fundações à ação popular e mandado de segurança. As
particulares, por possuírem patrimônio particular, não se submetem à ação popular e mandado de
segurança, sendo estas fundações fiscalizadas pelo Ministério Público.
EMPRESAS PÚBLICAS
Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas para a prestação de serviços
públicos ou para a exploração de atividades econômicas que contam com capital exclusivamente público
e são constituídas por qualquer modalidade empresarial. Se a empresa pública é prestadora de serviços
públicos, por consequência está submetida a regime jurídico público. Se a empresa pública é exploradora
de atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual ao da iniciativa privada.
Alguns exemplos de empresas públicas:
- BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): Embora receba o nome de banco,
não trabalha como tal. A única função do BNDS é financiar projetos de natureza social. É uma empresa
pública prestadora de serviços públicos.
- EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): É prestadora de serviço público (art. 21, X, da
CF/88).
- Caixa Econômica Federal: Atua no mesmo segmento das empresas privadas, concorrendo com os
outros bancos. É empresa pública exploradora de atividade econômica.
- RadioBrás: Empresa pública responsável pela “Voz do Brasil”. É prestadora de serviço público.
Vale fazer uma ressalva quanto às empresas públicas prestadoras de serviço público, muitos
doutrinadores divergem se eles podem ou não falir. Trouxemos os entendimentos apontados por alguns
doutrinadores no sentido que essas empresas não se submetem ao regime falimentar. Vejamos:
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, na obra: DIREITO ADMINISTRATIVO, 27ª edição, editora
ATLAS, 2014.
“As empresas públicas e sociedades de economia mista não estão sujeitas à falência, conforme está
expresso no artigo 2º da Lei nº 11.101 de 9-2- 2005 (Lei de Falências). Essa lei deu tratamento diferente
às empresas concessionárias e às empresas estatais (sociedades de economia mista e empresas
públicas). Estas últimas foram excluídas da abrangência da lei (art. 2º, I) . A diferença de tratamento tem
sua razão de ser: é que as empresas estatais fazem parte da Administração Pública indireta, administram
patrimônio público, total ou parcialmente, dependem de receitas orçamentárias ou têm receita própria,
conforme definido em lei, e correspondem a forma diversa de descentralização: enquanto as
concessionárias exercem serviço público delegado por meio de contrato, as empresas estatais são
criadas por lei e só podem ser extintas também por lei. Sendo criadas por lei, o Estado provê os recursos
orçamentários necessários à execução de suas atividades, além de responder subsidiariamente por suas
obrigações.
Só cabe fazer uma observação: a lei falhou ao dar tratamento igual a todas as empresas estatais, sem
distinguir as que prestam serviço público (com fundamento no artigo 1 75 da Constituição) e as que
exercem Administração Indireta atividade econômica a título de intervenção (com base no artigo 1 73 da
Constituição). Estas últimas não podem ter tratamento privilegiado em relação às empresas do setor
privado, porque o referido dispositivo constitucional, no § 1 º, II, determina que elas se sujeitem ao mesmo
regime das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações.”
“Quando se tratar de exploradoras de atividade econômica, então, a falência terá curso absolutamente
normal, como se de outra entidade mercantil qualquer se tratara. É que a Constituição, no art. 173, §1º,
II, atribui-lhes sujeição "ao regime jurídico próprio das empresas privadas inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais (...).”
“De plano, o dispositivo da Lei de Falências não parece mesmo consentâneo com a ratio inspiradora
do art. 173, § 1º, da Constituição Federal. De fato, se esse último mandamento equiparou sociedades de
economia mista e empresas públicas de natureza empresarial às demais empresas privadas, aludindo
expressamente ao direito comercial, dentro do qual se situa obviamente a nova Lei de Falências, parece
Apostila gerada especialmente para: DOLGLAS DA CRUZ SILVA 004.948.512-10
. 20 135
incongruente admitir a falência para estas últimas e não admitir para aquelas. Seria uma discriminação
não autorizada pelo dispositivo constitucional. Na verdade, ficaram as entidades paraestatais com
evidente vantagem em relação às demais sociedades empresárias, apesar de ser idêntico o objeto de
sua atividade. Além disso, se o Estado se despiu de sua potestade para atuar no campo econômico, não
deveria ser merecedor da benesse de estarem as pessoas que criou para esse fim excluídas do processo
falimentar.”
“A nova Lei de Falências (Lei 11.101, de 9.2.2005, que `regula a recuperação judicial, extrajudicial e a
falência do empresário e da sociedade empresária’) dispõe expressamente, no art. 2º, I, que ela não se
aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista. Não obstante, a situação continuará a
mesma. Tal dispositivo só incidirá sobre as empresas governamentais que prestem serviço público; as
que exploram atividade econômica ficam sujeitas às mesmas regras do setor privado, nos termos do art.
173, §1º, II, da CF [...].”
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Privado criadas para a prestação
de serviços públicos ou para a exploração de atividade econômica, contando com capital misto e
constituídas somente sob a forma empresarial de S/A. As sociedades de economia mista são:
- Pessoas jurídicas de Direito Privado.
- Exploradoras de atividade econômica ou prestadoras de serviços públicos.
- Empresas de capital misto.
- Constituídas sob forma empresarial de S/A.
Autarquia Fundação
Criação: ocorre por lei ordinária e específica Criação: ocorre por autorização legislativa e lei
complementar, o que permite definir a área de
atuação.
Personificação: serviço público. Personificação: patrimônio.
Pessoa Jurídica: de direito público. Pessoa Jurídica: de direito público ou privado.
Funções: exerce função típica do Estado. Funções: exerce funções atípicas do Estado.
Natureza: administrativa Natureza: social
Questões
03. (PC/PE - Escrivão de Polícia – CESPE/2016). Com referência à administração pública direta e
indireta, assinale a opção correta.
(A) Os serviços sociais autônomos, por possuírem personalidade jurídica de direito público, são
mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais.
(B) A fundação pública não tem capacidade de autoadministração.
(C) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia realiza atividades típicas da administração
pública.
(D) A sociedade de economia mista tem personalidade jurídica de direito público e destina-se à
exploração de atividade econômica.
(E) A empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado e controle acionário majoritário da
União ou outra entidade da administração indireta.
07. (JUCEPAR/PR - Administrador – FAU/2016). A Administração Pública pode ser exercida por
meio de órgãos ou instituições diretas e indiretas, de várias formas e com conceitos e caracterizações
bem definidos. Neste sentido questiona-se: a que tipo de órgão ou instituição pertence a seguinte
caracterização?
“(...) o patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou
privado, e destinado por lei, ao desempenho de atividades do Estado na ordem social, com capacidade
de autoadministração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei.”
(A) Autarquia.
(B) Sociedade de Economia Mista.
(C) Fundação.
(D) Agência Reguladora.
(E) Administração Direta.
14. (EPT – Maricá -Assistente Administrativo –IESAP/2015). Sobre as autarquias não é correto
afirmar:
(A) Deve ser criada mediante lei específica.
(B) Executa atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
(C) É uma entidade com personalidade jurídica de direito privado, criada por lei.
(D) São entes de direito público com personalidade jurídica e patrimônios próprios.
16. (TJ/SC - Técnico Judiciário Auxiliar – FGV/2015). São pessoas jurídicas de direito privado,
integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob qualquer forma
jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou,
em certas situações, execute a prestação de serviços públicos, as:
(A) autarquias;
(B) fundações públicas;
(C) fundações privadas;
(D) empresas públicas;
(E) agências reguladoras.
17. (Prefeitura de Rio de Janeiro – RJP- Assistente Administrativo - Prefeitura do Rio de Janeiro
– RJ/2015). De acordo com o entendimento doutrinário, as empresas públicas podem ser conceituadas
como:
(A) pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas por lei sob a
forma de sociedades anônimas para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam
próprias e típicas de estado
(B) pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração Indireta, criadas por autorização
legal sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, para que o governo exerça atividades gerais
de caráter econômico ou, em certas situações, execute a prestação de serviços públicos
Respostas
01. Resposta: D
De acordo com Maria Silvia de Pietro a autarquia é conceituada como "pessoa jurídica de direito
público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço público
descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei".
02. Resposta: E
Decreto 200/1967
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
( )
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e
de outras fontes.
( )
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a
inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes
aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.
03. Resposta: C
Decreto 200/67
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
04. Resposta: C
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, a Administração Pública Indireta é o conjunto de pessoas
administrativas que, vinculadas à respectiva Administração direta, têm o objetivo de desempenhar as
atividades administrativas de forma descentralizada. (José dos Santos Carvalho Filho).
05. Resposta: A
Lei nº 8666/1993
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público
devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e
entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de
avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:( )
06. Resposta: B
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
( )
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
Na ADIN 1.649-1 o STF firmou o seguinte entendimento: "é dispensável a autorização legislativa
para a criação de empresas subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei que
07. Resposta: C
Fundação pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público ou privado, sem fins
lucrativos, criada por lei (Fundação de Direito Público) ou criada em virtude de autorização legislativa
(Fundação de Direito Privado), para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por
órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
08. Resposta: A
Autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Pública
Indireta, criadas por lei específica para o exercício de atividades típicas da Administração Pública.
Algumas das autarquias mais importantes do Brasil são: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS,
Banco Central – Bacen, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
Ibama.
09. Resposta: B
A descentralização administrativa ocorre quando o estado desempenha algumas de suas atribuições
por meio de outras pessoas e não pela sua administração direta. Ex: as autarquias.
10. Resposta: A
Na descentralização administrativa, o Estado transfere a execução dessas atividades a particulares ou
a outras pessoas jurídicas, de direito público ou privado. Dito de outro modo, a descentralização
administrativa consiste na distribuição ou transferência de atividades ou serviços da Administração Direta
para a Administração Indireta ou para particulares, o que pressupõe a existência de pelo menos duas
pessoas, a pessoa política que transfere as atribuições e a pessoa física ou jurídica (de direito público ou
de direito privado) que recebe as atribuições.
11. Resposta: E
DL 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios.
12. Resposta: D
DL 200/67
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de
personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.
13. Resposta: D
Ocorre desconcentração administrativa quando uma pessoa política ou uma entidade da administração
indireta distribui competências no âmbito de sua própria estrutura afim de tornar mais ágil e eficiente a
prestação dos serviços. Desconcentração envolve, obrigatoriamente, uma só pessoa jurídica.
15. Resposta: C
Embora possua capacidade de autoadministração e autonomia para o desenvolvimento de suas
atividades, as autarquias não possuem autonomia nas suas atividades normativas e regulamentares,
pois só podem editar normas e regulamentos nos limites definidos na lei. Nesse sentido, o STJ já
decidiu que não caberia a determinada autarquia expedir atos de caráter normativo por inexistir norma
expressa que lhe conferisse tal competência (Resp. 1.103.913/PR).
16. Resposta: D
Art. 5º, Decreto 200/1967.Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o
Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo
revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e
de outras fontes.
17. Resposta: C
MAZZA (2014) — Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por
autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime organizacional livre. Exemplos: Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos – ECT, Caixa Econômica Federal – CEF, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
Embrapa e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero.
A Administração Pública se sujeita a controle por parte dos Poderes Legislativo e Judiciário, além de
exercer, ela mesma, o controle sobre os próprios atos.
Embora o controle seja atribuição estatal, o administrado participa dele à medida que pode e deve
provocar o procedimento de controle, não apenas na defesa de seus interesses individuais, mas também
na proteção do interesse coletivo.
A Emenda Constitucional nº 19/98 inseriu o § 3º no artigo 37, prevendo lei que discipline as formas de
participação do usuário na administração pública direta e indireta: é o chamado controle popular. Essa
lei ainda não foi promulgada.
Atualmente, uma instituição que desempenha importante papel no controle da Administração Pública
é o Ministério Público. Além da tradicional função de denunciar autoridades públicas por crimes no
exercício de suas funções, ainda atua como autor da ação civil pública, seja para defesa de interesses
difusos e coletivos, seja para repressão à improbidade administrativa.
O controle abrange a fiscalização e a correção dos atos ilegais e, em certa medida, dos inconvenientes
ou inoportunos.