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Néfrons
5. Pequenos e grandes cálices
GENERALIDADES
Ultraestrutura do néfron
Anatomofisiologia renal 1. O néfron é capaz tanto de filtrar, processo de filtração, quando
1. Pesa entre 115 e 170g (menos de 0,5% do peso corporal) devolver ao sangue o excesso de alguma estrutura filtrada, pro-
2. Dimensões de 11x6x3cm cesso de reabsorção
3. Fluxo sanguíneo 25 a 30% do DC (75% veia porta e 25% da ar- 2. Então, após ser absorvido, o líquido filtrado receberá modifica-
téria renal) (1,25L/min) ções ao longo de todo o néfron, seja por filtração, secreção ou re-
Anatomia renal absorção
1. Hilo 3. O grau de contração da arteríola aferente controla o volume san-
a. A. renal guíneo que vai ser filtrado
b. V. renal Os néfrons e suas relações com as camadas cortical e medular
c. Ureter 1. Temos dois tipos de néfrons: cortical e justamedular
2. Córtex 2. O néfron cortical, como o próprio nome diz, está quase todo in-
3. Medula serigo no córtex
a. Tem de 8 a 18 pirâmides a. No máximo, a alça e Henle adentra a medula
b. Base córtico-medular 3. O néfron justamedular difere do cortical pelo tamanho da alça,
c. No ápice da pirâmide tem a papila (localizada dentro que alcança a parte interna da medula
do pequeno cálice) 4. Semelhanças entre os dois são:
a. Em ambos, cápsula de Bowman, glomérulo, TCD e
TCP estão no córtex
b. Também têm parte da alça e do ducto coletor no córtex
Acidificação da urina
1. Os ácidos voláteis são excretados pelos pulmões
H2O + CO2 → H2CO3 → H+ + HCO3-
2. Os ácidos fixos são excretados pelos rins
3. A produção de ácidos fixos pelo organismo depende da dieta ali-
mentar
4. Catabolismo de aminoácidos produz ácido sulfúrico
5. O catabolismo de ácido nucleicos produz ácido fosfórico e ácido
úrico
6. Durante o jejum, há formação de corpos cetônicos, ácido acetoa-
7. Além desse mecanismo, o rim pode gerar bicarbonato cético e beta-hidroxibutírico
8. As células do TCP são capazes de metabolizar a glutamina 7. pH da urina – variável conforme a alimentação
a. Quando o pH sanguíneo baixa, as células do TCP uti- a. Alimentação rica em proteínas pode tornar o pH pró-
lizam seus reservatórios de glutamina, quebrando em ximo a 5,5
NH3 e a-cetoglutarato b. Uma alimentação vegetariana pode tornar o pH pró-
b. O a-cetoglutarato é metabolizado a CO2 e, posterior- ximo a 8
mente, bicarbonato Tampões do sangue e do néfron
c. A amônia produzida é excretada no néfron, reabsor- 1. No sangue, o tampão mais influente é o do bicarbonato, no en-
vida na alça de Henle (ascendente), indo para o inters- tanto, o sangue ainda conta com os tampões da hemoglobina, da
tício (onde se acumula) e, posteriormente, é novamente albumina e do fosfato
excretada 2. No néfron, o principal tampão é o do fosfato, mas esse conta com
outras formas de controle do pH como:
a. No TCP há grande reabsorção de HCO3- (80~90%) -
b. Na alça de Henle continua a reabsorção de HCO3
(7,5~10%)
CONTROLE DA OSMOLARIDADE DOS LÍQUIDOS Regulação da secreção de ADH
CORPORAIS 1. A regulação com base na osmolaridade é a principal responsável
pela secreção de ADH
Características gerais a. Feita por osmoceptores
2. A hemodinâmica contribui para o controle da secreção de ADH
1. Os rins contribuem com a perda ou conservação de água e ele- a. Receptores de pressão presentes no arco aórtico e seio
trólitos, de acordo com as necessidades do organismo carotídeo
2. A manutenção do balanço da água depende da entrada/saída b. Receptores de volume presentes no átrio esquerdo e va-
3. Existe um controle hormonal bem refinado, que será modelado sos pulmonares
pelo ADH 3. Está relacionado à sede
4. Balanço hídrico positivo dilui a urina (urina hiposmótica)
5. Balanço hídrico negativo concentra a urina (urina hiperosmó- Ação do ADH no néfron
tica) 1. Na ausência do ADH, somente o TCP e o segmento descendente
6. Perturbação do balanço hídrico implica em alteração da osmo- da alça de Henle é permeável à água
laridade 2. Na presença de ADH, o TCD e o ducto coletor começam a reab-
7. Mudanças da osmolaridade irão acarretar alterações: sorver água
o [PNa+] principal determinante da osmolaridade
(maior poder higroscópico)
o [PCl-] e [PHCO3-] são ânions mais comumente conju-
gados ao sódio
8. Anormalidades da [Na+] estão mais comumente relacionadas
com o balanço de água, e não com o de Na+
o Significa dizer que o consumo de sódio impacta no vo-
lume urinário, mas não com tanta intensidade das
concentrações de sódio no corpo
9. Mudanças no balanço do Na+ causam alterações de volume do
líquido extracelular plasmático não de osmolaridade
10. Hiposmolaridade (redução da Posm, que significa plasma dilu-
ído) implica em desviar a água para o interior das células (o que
causa tumefação)
o Isso inibe o ADH
o Os sintomas são náuseas, mal-estar, cefaleia, letargia,
convulsão e coma (tumefação das células cerebrais)
11. Hiperosmolaridade (elevação da Posm, que significa plasma mais
concentrado) implica em perda de água pelas células (retração
do volume celular)
o Liberação de ADH
o Mesmos sintomas que a hiposmolaridade, com agra-
vamento rápido do coma (seguindo à morte)
12. O controle da excreção renal de água, sódio, potássio, H+ e ureia
são independentes uns dos outros
o Existem transportadores específicos para cada um de-
les (a água, em alguns trecos, segue junto a esses íons)
ADH (VASOPRESSINA)
1. Peptídeo formado por 9 aminoácidos
2. Sintetizados por células neuroendócrinas hipotalâmicas
a. Núcleos paraventricular e supra-óptico
3. Liberado pela neuro-hipófise
4. Regulação fisiológica: Os receptores de vasopressina são receptores acoplados à proteína G
a. Osmótica ativadora da adenilil-ciclase. Uma vez ativados, ativam a cascata das
b. Hemodinâmica cinases aumentando a síntese e a exocitose de AQP2. Na ausência do
5. Então, esses neurônios endócrinos estão relacionados com recep- estímulo, as AQP2 são fagocitadas, voltando (o néfron distal) a ser
tores (osmoceptores e baroceptores, que são células neurais mo- impermeável à água. Prostaglandinas reduzem o efeito do ADH (em
dificadas) processos inflamatórios, por exemplo), o que piora a desidratação
Diabetes insípido central ou hipofisário (diabetes neurogênica)
1. Queda da liberação e/ou do efeito do ADH
2. Causas:
a. Traumatismo craniano, neoplasia e infecção cerebral
b. Ducto coletor não responde ao ADH
3. Sintomas:
a. polidipsia (elevação do consumo de água)
4. Tratamento:
a. ADH exógeno
Síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético
(SIADH)
1. Elevação da liberação de ADH
2. Causas:
a. Neoplasia, infecções cerebrais e drogas antineoplásicas
A sensibilidade a pressão está relacionada aos baroceptores aórticos, MECANISMOS RENAIS DE DILUIÇÃO (DIURESE) E CONCENTRA-
carotícos e o centro vasomotor. Os osmoceptores estão presentes no ÇÃO (ANTIDIURESE) DA URINA
próprio hipotálamo ➢ A medula, que é naturalmente muito concentrada, por ter sua
concentração dobrada com o ADH
Mecanismos renais de diluição (diurese – ausência de ADH) a. A diferença é que a ureia, ao invés de ser secretada no
1. Condição ducto coletor, ela é reabsorvida
a. Separação ideal da reabsorção do soluto e do solvente 3. O ADH também reabsorve ureia
no néfron a. Ativação dos receptores UT-A1 (transportadores de
b. Alça de Henle ureia) pelo mesmo mecanismo que o das AQP2
2. Como o rim produz urina hiposmótica (diurese)? b. A ureia tem poder higroscópico maior que o sódio
a. Reabsorção apenas de soluto 4. Essa reabsorção da ureia só ocorre na porção mais profunda da
i. Ramo ascendente medula, sendo prontamente secretada novamente no túbulo
ii. TCD e ducto coletor] (parte dela é reabsorvida pelo capilar)
3. No córtex, há equilíbrio na proporção água/soluto 5. A ureia é responsável pela metade do efeito do ADH, sendo a ou-
tra metade feita pelas porção mais superiores (utilizando AQP2)
6. Outra observação válida é que a urina mais concentrada que
conseguimos produzir é a máxima concentração da medula