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UNIVERSIDADE DE VASSOURAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA


Professora Greiciane França Bronzato de Almeida

MICROBIOTA RUMINAL

Discente: Hudson Lima Ribeiro 201910899

22 de maio de 2020
A microbiota ruminal é constituída de três principais microrganismos, que são eles:
bactérias, fungos e protozoários. O rúmen é um ecossistema anaeróbio, caracterizado
pelo seu poder tampão, temperatura, pH e fermentação, tendo estas condições fica
favorável aos microrganismos.
Inúmeras espécies de microrganismos podem ser encontradas no rúmen, porém a
classificação destas como partes da microbiota ruminal só é possível se forem satisfeitos
os seguintes requisitos, propostos por GALL e HUTTANEN (1950): ser anaeróbio;
apresentar população mínima de 1000000 células/g de conteúdo ruminal fresco; ter sido
isolada pelo menos dez vezes em dois ou mais animais; ter sido isolada em pelo menos
duas diferentes localizações geográficas e produzir subprodutos encontrados no rúmen.
A maioria é composta por bactérias anaeróbicas obrigatórias, podendo ser encontradas
anaeróbicas facultativas (TEIXEIRA, 1991). Usualmente as bactérias são classificadas
de acordo com a atuação de cada grupo no processo fermentativo.
Bactérias fermentadoras estritas de aminoácidos, elas desaminam aminoácidos a uma
taxa 20 vezes maior a outras bactérias presentes no rúmen, Peptostreptococcus sp,
Clostridium minophilum, Clostridium sticklandii.
Bactérias anaeróbicas facultativas: elas digerem células epiteliais mortas, representam
mais de 1% da microbiota ruminal e tem um papel importante na manutenção de níveis
baixos de O2 no rúmen.
Bactérias celulolíticas:
1. Produzem a enzima extracelular celulase.
2. Atualmente acredita-se tratar de um complexo de enzimas com funções
específicas no metabolismo de degradação da celulose até glucose;
3. Possuem também a habilidade de utilizar a celobiose;
4. Presentes em grande número no rúmen, principalmente quando a dieta é rica
em forragens

As principais espécies são: Bacterioides succinogenes, Ruminococcus albus,


Eubacterium cellulosolvens, Clostridium lochheadii.

Bactérias hemicelulolíticas:
1. Grande parte das bac térias cel ulolíticas também é capaz de atuar na
degradação da molécula de hemicelulose.
2. Bactérias hemicelulolíticas também são capazes de degradar pectinas.

As principais espécies são: Butyrivibrio fibrisolvens, Ruminococcus sp., Succinivibrio


dextrinosolvens, Treponema sp.

Bactérias amilolíticas:
1. Responsáveis pela degradação do amido, presente em grande quantidade.
2. Degradação do amido se dá pela enzima extracelular amilase.

As principais espécies são: Bacterioides amylophilus, Succininimonas amylolytica,


Succinivibrio dextrinosolvens.
Bactérias utilizadoras de açucares:
1. Todas as bactérias que atuam na degradação de polissacarídeos são
capazes de utilizar açúcares simples.
2. Estes açúcares são encontrados no rúmen quando a dieta é rica em grãos.

Algumas dessas espécies são: Ruminococcus flavefaciens e Lactobacillus vitulinus.

Bactérias utilizadoras de AGV’s:


1. Utilizam ácidos produzidos durante a fermentação.
As principais espécies são: Megasphaera elsdenii, Selenomonas ruminantium,
Veillonella alcalescens, Anaerovibrio lipoly tica, Propioni bacterium, Veillonella
gazogenes, Peptostreptococcus elsdenii.

Bactérias proteolíticas:
1. Capazes de degradar proteína.
As principais espécies são: Bacteroides amylophilus, Baterioides ruminicola,
Butyrivibrio fibrisolvens, Streptococcus bovis.

Bactérias produtoras de amônia:


1. Capazes de produzir amônia de várias formas, como: pela deaminação de
aminoácidos, pela hidrólise da uréia etc.
As principais espécies são: Bacterioides ruminicola, Megasphaera elsdenii,
Selenomonas ruminantium, Butyrivibrio spp.

Bactérias produtoras de metano:


1. Produzem metano (CH4).
2. São especialmente importantes pois regulam a fermentação pela remoção das
moléculas de H2 produzindo CH4.
As principais espécies são: Methanosarcina barkerii, Methanobrevibacter
ruminantium, Methanobacterium formicicum, Methanomicrobium mobile.

Bactérias lipolíticas:
1. Sintetizam lipases, que atuam na hidrólise de triglicerídeos, fosfolipídios e
Galactolipídeos.
2. Também são responsáveis p ela hidrogenação de ácidos graxos de cadeia
longa e insaturada.
As principais espécies são: Anaerovibrio lipolytica, Butyrivibrio fibrisolvens,
Eubacterium spp., Micrococcus sp.

Bibliografia:
http://biosan.ind.br/artigos/estudo-da-microbiota-ruminal/. Acessado no dia 22 de maio
de 2020 às 17hrs.
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/artigo-estudo-dos-principais-
microorganismos-do-rumen. Acessado no dia 22 de maio de 2020 às 17h23min.
https://www.milkpoint.com.br/artigos/espaco-aberto/estudo-da-microbiota-ruminal-
quando-apenas-abrir-os-olhos-nao-e-o-suficiente-104250n.aspx?r=2070631546.
Acessado no dia 22 de maio de 2020 às 17h41min.
http://www.biotec-ahg.com.br/index.php/pt/acervo-de-materias/biocombustiveis/701-
microbiota-ruminal-e-os-biocombustiveis-. Acessado no dia 22 de maio de 2020 às
18h02min.

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