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Lisboa,

2023
Lisboa,
2023
SIGLAS E ABREVIATURAS

APA – American Psychological Association


APDP - Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal
CLE – Curso de Licenciatura em Enfermagem
DGS – Direção-Geral de Saúde
DM - Diabetes Mellitus
EC – Ensino Clínico
ESEL – Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
IOGP – Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto
LS - Literacia em Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
PCEAO – Processo de Cuidados de Enfermagem em Área Opcional
RAOND - Relatório Anual do Observatório Nacional de Diabetes
RD – Retinopatia Diabética
SPD - Sociedade Portuguesa de Diabetologia
UC – Unidade Curricular

RESUMO (250 palavras)


Contexto:
Objetivo: Compreender de que modo a promoção da literacia em saúde de
pessoas adultas com diabetes, enquanto intervenção de enfermagem, permite
prevenir a retinopatia diabética.

Metodologia:
Resultados:
Conclusão:

Palavras-Chave: adultos com diabetes; autocuidado; intervenções de


enfermagem; literacia em saúde; prevenção da retinopatia diabética.

ABSTRACT (250 palavras)

Background:
Objective:
Methodology:
Results:
Conclusion:

Key-words: adults with diabetes; diabetic retinopathy prevention; health literacy;


nursing interventions; self-care.

ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO

__________________________________________________________________________

2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

_________________________________________________________

2.1. Conceitos fundamentais e a sua relação em enfermagem

____________________

2.1.1. A Diabetes

____________________________________________________________

2.1.2. Retinopatia Diabética

_________________________________________________

2.1.3. A Literacia em Saúde

_________________________________________________

2.1.4. Níveis de Prevenção

__________________________________________________

2.1.5. O Autocuidado

_______________________________________________________

3. METODOLOGIA_________________________________________________________________

_______

4. A RETINOPATIA DIABÉTICA EM PESSOAS ADULTAS: INTERVENÇÕES DE

ENFERMAGEM

___________________________________________________________________

4.1. A literacia em saúde na prevenção da Retinopatia Diabética - fatores

que influenciam no controlo das complicações

____________________________________________

4.2. Gestão terapêutica e controlo de complicações da Diabetes

__________________

5. CONCLUSÃO_____________________________________________________________________

_______
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

______________________________________________________________

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

______________________________________________________

8. ANEXOS

_________________________________________________________________________________

9. APÊNDICES

_____________________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO (500 a 700 palavras) - 705 palavras atualmente

No âmbito da Unidade Curricular (UC) de Ensino Clínico (EC) Processo de

Cuidados de Enfermagem em Área Opcional (PCEAO), foi-nos proposta a

elaboração de um trabalho monográfico, tal como está expresso no guia da UC

(nota de rodapé) com o objetivo de promover o desenvolvimento de

competências de utilização crítica de resultados de investigação, através da

leitura e pesquisa baseada na evidência científica sobre uma temática específica

dos cuidados de enfermagem, relacionada com o Ensino Clínico (nota de

rodapé- Cabete et al., 2023).

Face à realidade do contexto em que decorre o ensino clínico , no

Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto (IOGP), designadamente na Consulta de

Enfermagem da Diabetes e na Unidade de Cirurgia de Ambulatório, sentimos a

necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a Diabetes Mellitus (DM),

inerentes complicações em pessoas adultas, particularmente aquelas

relacionadas com a visão. Na nossa experiência neste ensino clinico

identificámos nas pessoas adultas com diabetes que recorrem ao IOGP, a

existência de uma baixa literacia em saúde. Esta manifesta-se, sobretudo, no

desconhecimento de de algumas complicações associadas à Diabetes Mellitus,

nomeadamente, o risco de desenvolver retinopatia diabética, a qual representa

uma das principais causas de cegueira evitável em Portugal (DGS 2018).

Neste sentido,, decidimos aprofundar este tema, intitulando a monografia

: “A promoção da literacia em saúde de pessoas adultas: intervenções de

enfermagem na prevenção da retinopatia diabética” .Com a realização deste

trabalho monográfico, pretendemos compreender de que forma as intervenções

de enfermagem na promoção da literacia em saúde em pessoas adultas com

diabetes permitem prevenir a retinopatia diabética.

9
Deste modo, torna-se importante clarificar alguns conceitos fundamentais

para a compreensão da monografia Não é para a compreensão da monografia,

mas sim do tema. Um deles é a Diabetes Mellitus, que enquanto doença crónica

ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando a insulina

produzida não é utilizada eficazmente (WHO, 2018). De acordo com a Sociedade

Portuguesa de Diabetologia (2019), a sua prevalência na população portuguesa,

entre os 20 e 79 anos, é cerca de 13,3%. Por essa razão, selecionámos como

população-alvo para a realização deste trabalho as pessoas adultas. O controlo

eficaz da glicémia e a promoção de estilos de vida saudáveis podem evitar o

aparecimento de complicações associadas à DM, como a Retinopatia Diabética

(RD) (Sociedade Portuguesa de Diabetes 2019). A prevalência desta em pessoas

com DM tipo 2 é de 16,3%, de acordo com a análise do Programa de Rastreio

implementado em Portugal nos anos de 2016, 2017 e 2018, publicado no

Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes (Sociedade Portuguesa de

Diabetologia, 2019).

Se tivermos em conta que os estilos de vida estabelecem uma relação

direta de causa e consequência com o desenvolvimento de doenças crónicas e

suas complicações, torna-se fundamental assegurar intervenções ajustadas à

promoção da literacia e direcionada às necessidades da população (Veiga, 2020).

No entanto, segundo a DGS (2018), Portugal é o país que apresenta menor

percentagem de pessoas com nível excelente de literacia em saúde (8,6%),

comparando com a média europeia (16,5%). Por essa razão, consideramos que

esta temática seja bastante relevante, tanto para a prestação de cuidados de

enfermagem e prática profissional, bem como para a elaboração desta

monografia.

Relativamente à estrutura deste trabalho monográfico, apresentamos 6

capítulos: o 1º capítulo corresponde à presente introdução, seguida do 2º

10
capítulo, que diz respeito ao enquadramento teórico, onde iremos descrever os

“conceitos fundamentais e a sua relação em enfermagem”, sendo estes: a Diabetes

Mellitus, a Retinopatia Diabética, a Literacia em Saúde, os Níveis de Prevenção e

o Autocuidado. Importa referir que, para dar suporte teórico a este último

conceito, iremos fazer referência à Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem.

Posteriormente, no 3º capítulo apresentamos a metodologia, e no 4º capítulo

são abordadas as intervenções de enfermagem na prevenção da retinopatia

diabética através da promoção da literacia em saúde em pessoas adultas,

nomeadamente …….(temas dos subtítulos). Ainda, o 5º capítulo corresponde à

conclusão, seguida do 6º capítulo, com as considerações finais. Por fim, as

referências bibliográficas (7º capítulo), os anexos (8º capítulo) e os apêndices (9º

capítulo).

A presente monografia foi realizada de acordo com o manual para

elaboração de trabalhos académicos da ESEL (2023) disponível no blackboard e

segundo as orientações da Norma da American Psychological Association (APA),

7ª edição.

11
2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO (1500 a 2000 palavras)
Apresenta o tema, do geral para o particular, identificando os conceitos que irá
explorar; define e articula os conceitos e a relação entre eles; enquadra o tema
nos documentos que enquadram a profissão e a disciplina de modo que se
compreenda porque é uma área de interesse para a enfermagem e quais os
ganhos em saúde para a pessoa cuidada resultantes desse cuidado de
enfermagem (qualidade, segurança, empowerment ou outro). Estabelece a
ligação com uma teoria, filosofia ou conceito em enfermagem. Termina com um
parágrafo de síntese no qual explicita a questão ou tópico de pesquisa e os
objetivos da revisão da literatura.

2.1. A diabetes como problema de saúde pública : perspectiva de

enfermagem?Conceitos fundamentais e a sua relação em enfermagem

2.1.1. A Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus é uma doença crónica e progressiva caracterizada por

níveis elevados de glicose no sangue que pode originar diversas complicações,

tais como doenças cardiovasculares, retinopatia, neuropatia, nefropatia e até a

12
morte prematura. O controlo de glicémia tem um papel importante na

prevenção do desenvolvimento e progressão de complicações na DM tipo 1 e 2

(WHO, 2018).

Segundo a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (2016), a “Diabetes

constitui, atualmente, uma das principais causas de morte, principalmente por

implicar um risco significativamente aumentado de doença coronária e acidente

vascular cerebral” (p.30). É preponderante a implementação de hábitos de vida

saudáveis, apostando na literacia em saúde, na gestão da doença, na otimização

do controlo metabólico e no controlo das complicações, sejam a curto, médio ou

longo prazo, traduzindo-se, consequentemente, em ganhos em saúde (WHO,

2016).

Nos últimos anos, registou-se um aumento crescente da incidência e

prevalência da diabetes mellitus tipo 2 que afeta já 415 milhões de pessoas no

mundo, com previsão de subida para 642 milhões em 2040 (OND, 2015). Em

Portugal, mais de 1 milhão de pessoas sofrem desta doença, com aumento da

prevalência de 23% (DGS, 2017) nas idades dos 65 - 74 anos. A prevalência

global, padronizada por idade, da DM quase duplicou desde 1980, passando de

4,7% para 8,5% na população adulta. Isso reflete um aumento nos fatores de

risco associados. A DM foi responsável por 1,5 milhão de mortes no Mundo em

2012.não há dados mais recentes? A hiperglicemia foi a causa de mais de 2,2

milhões de mortes, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Cerca de

43% destes 3,7 milhões de mortes ocorrem antes dos 70 anos de idade (WHO,

2016).

As principais complicações da DM são a neuropatia e amputação,

retinopatia, nefropatia e doença cardiovascular. Não se começa a frse com uma

citação“A diabetes pode provocar complicações crónicas em vários órgãos do

organismo nomeadamente no Pé, no Rim e no Olho (complicações

microvasculares) assim como pode? causar complicações macrovasculares, que

13
podem conduzir ao Enfarte agudo do miocárdio (EAM) e ao Acidente Vascular

Cerebral (AVC)” (DGS, 2017, p. 6).

São inúmeras as manifestações a nível da visão -oftalmológicas da DM,

estando as principais resumidas na figura 1. Entre estas complicações

oftalmológicas, a Retinopatia Diabética (RD) constitui a mais importante e

característica, sendo responsável por cerca de 80% dos casos de cegueira

imputados à DM.

Figura 1 - Principais alterações Oculares na DM (Negi & Vernon, 2003).

2.1.2. A Retinopatia Diabética

Dados apontam que A RD afeta em torno de 35% a 40% das pessoas com

diabetes mellitus, estando presente, após 20 anos de doença, em cerca de 90%

dos pacientes com DM insulino dependentes e em aproximadamente 60% dos

pacientes com DM não insulino dependentes (Silveira et al., 2018; Alves et al.,

2014; Mendanha et al., 2016). Com o decorrer do tempo, aproximadamente

metade das pessoas com diabetes mellitus desenvolvem RD, com efeitos que

vão desde a diminuição parcial da acuidade visual até à cegueira. Estima-se que

14
a pessoa com DM possua uma probabilidade 29 vezes maior de apresentar

perda visual do que uma pessoa sem a doença. Todas essas alterações

ocasionam cerca de 7,5% das causas de incapacidade para o trabalho em

adultos e, segundo a OMS, a RD é a causa de cerca de 5% dos 37 milhões de

deficientes visuais presentes no mundo (Jost et al., 2010; Menezes & Morais,

2020; Rodríguez, 2015).

Em Portugal, estima-se a existência de cerca de 250 mil diabéticos tipo 2

com RD, em vários estádios de gravidade da retinopatia- referencia. No ano de

2017, foram efetuados mais 38.045 rastreios face ao ano anterior, o que se

traduziu num aumento de 32% dos doentes com diabetes rastreados para a

RD.45- fonte

A presença de hiperglicemia prolongada, comum a uma pessoa com DM,

gera uma série de eventos que afetam o fluxo sanguíneo nos vasos da retina,

poisos pequenos vasos sanguíneos são expostos ao dano causado pelo excesso

de glicose no organismo. O fator desencadeante da RD está relacionado com a

hipóxia tecidual associada à perda de autorregulação dos vasos retinianos

(Silveira et al., 2018; Hirakawa et al., 2019; Mendanha et al., 2016). Ainda

segundo estes autores? Essas alterações levam à formação de microaneurismas,

perda de células endoteliais, células com função de reparação e suporte ao

endotélio capilar, o que gera um dano a barreira hematorretiniana, podendo

provocar isquémia e aumento da permeabilidade vascular. Existem dois tipos de

retinopatia diabética: não proliferativa e proliferativa.

A deteção precoce e a instituição de tratamento atempado permitem a

prevenção de alterações na visão relacionadas com a diabetes até 98%. As

estratégias de rastreio dependem das taxas de desenvolvimento e progressão

da RD, bem como dos fatores de risco associados ao paciente que possam ter

influência nestas taxas.44


15
No que diz respeito aos doentes com DM tipo 2, cerca de 1/5 apresenta

RD aquando do diagnóstico da diabetes, visto que estes podem ter a doença por

diagnosticar há muitos anos e, como tal, têm um risco significativo de ter RD em

estádios mais avançados aquando do diagnóstico. Assim, segundo as normas da

DGS, os pacientes diagnosticados com DM tipo 2 devem realizar 2 retinografias

por olho aquando do diagnóstico. Em ambos os casos, os exames devem ser

realizados por profissionais de saúde treinados na técnica de retinografia. 47

A RD é uma doença influenciada por múltiplos fatores de risco, alguns

deles não modificáveis tais como a duração da doença e fatores genéticos, que

tornam impossível impedir, por completo, o desenvolvimento da complicação.

No entanto, sabe-se que o controlo dos fatores associados à doença,

nomeadamente o controlo da glicémia, podem prevenir e/ou retardar o

desenvolvimento desta complicação. Assim, as recomendações gerais para as

pessoas com DM são a realização de uma alimentação adequada e exercício

físico regular. As pessoas com DM devem procurar ainda cumprir o regime

terapêutico e ter uma vigilância em saúde ativa.

2.1.3. A literacia em Saúde

A literacia em saúde (LS) é “o grau em que os indivíduos têm a capacidade

de obter, processar e entender as informações básicas de saúde para utilizarem

os serviços e tomarem decisões adequadas de saúde” (DGS, 2019), que não vai

contribuir apenas para a promoção da saúde e prevenção da doença, mas

também para a eficácia e eficiência dos serviços de saúde.

Em Portugal, existe um elevado número de pessoas com baixos níveis de

literacia, particularmente os idosos, com doenças crónicas, com baixos níveis de

escolaridade e baixos rendimentos (DGS, 2018). Baixos níveis de LS estão

relacionados com um maior número de internamentos e com uma utilização

mais frequente dos serviços de urgência, bem como uma menor prevalência de

16
atitudes individuais e familiares preventivas em saúde, levando a uma

diminuição da qualidade de vida. Assim, os profissionais de saúde assumem um

papel importante, enquanto agentes determinantes na promoção da literacia

em saúde. Este facto vai de encontro à nossa experiência em contexto de

estágio.

Deste modo, a promoção da literacia em saúde é determinante para que

a pessoa adulta com diabetes mellitus esteja habilitada a tomar decisões

informadas relativamente à sua doença crónica. A pessoa com DM e com baixa

LS tem grandes dificuldades em aceder, compreender e usar a informação em

saúde e usufruir dos serviços do sistema de saúde. Para que o profissional de

saúde consiga o desafio de levar uma pessoa a ter uma melhor gestão da sua

saúde ou de quem dela depende, de fazer o seu autocuidado (Orem ), tem de

procurar estratégias que levem à mudança de comportamentos. Dessas

estratégias é de salientar a necessidade de apoiar com informação assertiva,

clara e positiva (Vaz de Almeida, 2019) tudo o que seja dito à pessoa com

diabetes, demonstrando confiança e conhecimento.

Conforme Sørensen et al. (2012), as competências cognitivas e sociais

unem-se à motivação que é um dos motores da mudança, principalmente em

situações de doença crónica. As pessoas nesta jornada de mudança de

comportamentos para um resultado em saúde favorável, é um desafio longo,

resiliente, com várias técnicas e estratégias, e, apesar de por vezes não ser

percetível, sempre muito satisfatório nas suas várias fases pois essa é a

verdadeira missão de qualquer profissional de saúde.rever

O profissional de saúde é um pilar nesta mudança de comportamentos,

estando presente na fase da motivação, da ação e da manutenção dos mesmos.

(Assumpção et al., 2016). Todas as pessoas com diabetes pertencem a um

espaço com valores sociais, culturais, económicos e experiências de saúde-

17
doença diferentes (Vaz de Almeida, 2018), sendo que cada uma passará por este

processo de forma distinta.

Concluindo, o enfermeiro é também um educador (terapêutico) e, por

isso, terá influência na mudança de comportamentos por parte da pessoa adulta

com diabetes, contribuindo para um aumento da literacia em saúde e na

prevenção de complicações tal como a retinopatia diabética nesta população.

2.1.4. Níveis de Prevenção

De acordo com Bonita et al. (2010) – ver Levell and Clark-existem vários

níveis de prevenção sendo estes: primordial, primária, secundária, terciária e

quartenária.

A literacia em saúde enquadra-se na prevenção secundária? que tem o

objetivo de reduzir as consequências mais graves da doença através do

diagnóstico precoce e do tratamento. Estão incluídas na prevenção secundária

intervenções individuais e coletivas que permitem diagnóstico precoce e

intervenção imediata e efetiva (Bonita et al., 2010).

Assim que o processo de doença seja detetado, neste caso a diabetes,

segundo Bonita et al. (2010) deve-se efetuar a prevenção secundária, através de

diagnóstico precoce e tratamento imediato e adequado, para evitar sequelas e

complicações da doença crónica – retinopatia diabética -, limitando o risco de

invalidez. Uma forma de o fazer poderá ser através da promoção do auto-

cuidado, o qual abordaremos de seguida.

2.1.5. Autocuidado

O autocuidado (Orem, 2001) como intervenção de enfermagem na

prevenção da retinopatia diabética em pessoas adultas fundamenta-se como

uma sustentação da vida e da saúde e de forma a manter a qualidade de vida.

Dorothea Orem (data) define o auto-cuidado como que as pessoas necessitam

18
de um fornecimento de informação contínua e que as mesmas sofrem

limitações de acordo com a realização dos seus cuidados, ao longo da idade.

Neste sentido, pretendemos promover a autonomia da pessoa adulta

com diabetes através de intervenções de enfermagem promotoras de literacia

em saúde, abordando a prevenção secundária, para que esta tenha a autonomia

necessária para lidar com a situação de doença crónica, através da aplicação da

teoria do autocuidado de Orem.

19
3. METODOLOGIA (500 a 750 palavras)
Explicita e justifica as opções do percurso, incluindo as questões éticas relacionadas com a
pesquisa e utilização de conhecimento científico:
o explicita o referencial teórico da revisão da literatura e as etapas que a mesma engloba;
o descreve a estratégia e os termos de pesquisa de acordo com as bases de dados a
pesquisar;
o explicita critérios de inclusão/exclusão de artigos;
o apresenta, o processo de seleção de artigos (sugerimos uma apresentação esquemática do
tipo Prisma Flow Diagram);
o Apresenta data da recolha de artigos e forma como foi validada.

Para a realização desta monografia foi utilizado o referencial teórico de


Crorin, Ryan e Coughlan (2008) para uma revisão de literatura, que é um resumo
“objetivo e completo” (Crorin et al., 2008) e engloba uma análise crítica da
pesquisa relevante disponível. O objetivo desta revisão é atualizar o leitor sobre
um tema através da literatura existente e ser uma justificação para futuras
pesquisas na área. Existem quatro tipos de revisão da literatura: narrativa;
sistemática; meta-análise e meta-síntese.
De forma a elaborarmos este trabalho, selecionámos a revisão narrativa e
sistemática porque (...)

Pretendemos realizar esta RSL para responder à questão de investigação


“De que modo a promoção da literacia em saúde de pessoas adultas com
diabetes, enquanto intervenção de enfermagem, permite prevenir a retinopatia
diabética?” e, assim, procedemos à seleção de x artigos

Dizer o que é a revisão de literatura , que tipos existem, qual selecionaram e


porquê? - Narrativa e sistemática
Para a realização da revisão da literatura foi utilizado o referencial teórico de
Crorin, Ryan e Coughlan (2008).

Pretendemos realizar esta RSL para responder a questão de investigação e


assim procedemos a seleção de x artigos

Questão - PICO (População, Fenómeno de interesse, Contexto)

*Será que se pode prevenir a retinopatia diabética através da literacia …


*Será que uma das intervenções de enfermagem para prevenir a retinopatia
diabética é a promoção do autocuidado, através da literacia em saúde?

Eliminados artigos duplicados, filtro da língua, x em pt, x ing, x em esp


20
Pesquisa complementada - Google scholar, apdp, dgs, oms, revista portuguesa
do diabetico

Questão: - Será que um das intervenções de enfermagem para prevenir a


retinopatia diabética é a promoção da literacia em saúde?

- Será que podemos prevenir a retinopatia diabética através da literacia em


saúde?
- de que modo a promoção da literacia em saúde de pessoas adultas com
diabetes, enquanto intervenção de enfermagem, permite prevenir a
retinopatia diabética?
-

Motor de busca/interface/plataforma: EBSCOhost WEB


Base de dados: MEDLINE e CINAHL

descritores/termos MeSH (Medical Subject Headings): https://research.library.gsu.edu/c.php?


g=115556&p=753156 Igual às palavras chave??

descritores
adultos
prevenção

Operadores boleanoss:
● adults with diabetes;
○ OR (adults AND diabetes)
○ OR diabetic person
○ OR person with diabetes
○ OR (person AND diabetes)
○ OR diabetes

● AND diabetic retinopathy prevention;


○ OR (diabetic retinopathy AND prevention)
○ OR (diabetic eye disease AND prevention)
○ OR diabetic retinopathy

● AND health literacy;


○ OR health AND literacy
○ OR literacy
○ OR promoting health literacy
○ OR promoting literacy
○ OR promoting AND health AND literacy

21
● AND nursing interventions;
○ OR nursing AND interventions
○ OR nursing care
○ OR nursing
○ OR nursing process

● AND self-care.
○ OR selfcare
○ OR self care

● NOT (child OR children OR infant OR pediatric)

Critérios de inclusão e exclusão:


inclusão: - pessoas com diabetes de idade igual ou superior a 18 anos
- período temporal dos artigos – últimos 5 anos, de 2019 a 2023
- língua – português, ingles e espanhol
- acesso a texto integral
- artigos que incluam no título, resumo ou texto integral os descritores
selecionados

Exclusão: pessoas com diabetes de idade inferior a 18 anos


– trabalhos academicos nao disponiveis em repositorios digitais

- pessoas que apresentam diagnóstico de retinopatia diabética

- artigos de revista e de opinião

– anteriores a 2018

- não disponivel em texto intrgral

- noutra lingua que não ingles, portugues e eespanhol

22
4. CORPO DE REVISÃO (4000 a 5000 palavras)
Apresenta os quadros síntese dos conceitos aprofundados na literatura;
o Organiza os achados em temas/subtemas, de uma forma coerente em torno de um
eixo organizador (que pode ser construído antes da pesquisa ou após a leitura dos artigos);
o Considerando o enquadramento teórico, ou outra literatura relevante, analisa criticamente
os achados da revisão efetuada.

23
5. CONCLUSÃO (500 palavras)
Sintetiza o mais relevante da revisão;
o Se oportuno, faz sugestões para a prática e gestão de cuidados, bem como para a formação
(académica ou profissional) e investigação em enfermagem.

responder a questão de investigação

24
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota sobre pandemia covid

25
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Assumpção, A., Neufeld, C. & Teodoro, M. (2016). Terapia Cognitivo-

Comportamental Para o Tratamento da Diabetes. Revista Brasileira de Terapias

Cognitivas, 105-115.

Bonita, R, Beaglehole, R., Kjellström, T. (2010). Epidemiologia Básica (2ª ed.). São

Paulo: Santos.???

Cabete, D., Colaço, S., Veiga, J. (2023). Guia orientador para a elaboração da

monografia da Unidade Curricular Ensino Clínico Processo de Cuidados de

Enfermagem em Área Opcional 2022/2023. Lisboa: Escola Superior de

Enfermagem de Lisboa. Não é bibliografia- nota de rodapé

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step-by-step approach. Br J Nurs, 17(1), 38-43.

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Direção-Geral da Saúde. Disponível em: https://www.sns.gov.pt/wp-

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Direção-Geral da Saúde. (2018). Plano de ação para a literacia em saúde 2019-


2021.

26
Lisboa: Direção-Geral da Saúde. Disponível em:
https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/plano-de-acao-para-a-
literacia-em-saude-2019-2021-pdf.aspx

Direção-Geral da Saúde. (2019). Manual de Boas Práticas Literacia em Saúde -


Capacitação dos profissionais de saúde. Lisboa: Direção-Geral da Saúde.

Sørensen, K., Van den Broucke, S., Fullam, J., Doyle, G., Pelikan, J., Slonska, Z., &
Brand, H. (2012). Health literacy and public health: A systematic review and
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Orem, D. (2001). Nursing: Concepts of Practice (6ª ed.). St.Louis: Mosby.

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Literacia em saúde: Modelos, estratégias e intervenção (pp. 33-42). Lisboa:

Edições ISPA.

Vaz de Almeida, C. (2019). Modelo de comunicação em saúde ACP: As


competências de comunicação no cerne de uma literacia em saúde transversal,
holística e prática. In C. Lopes & C. V. Almeida (Coords.), Literacia em saúde na
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Disponível em:
27
https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272433/9789241550284

-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Sociedade Portuguesa de Diabetologia. (2016). Diabetes: Factos e Números –


O Ano de 2015 − Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes - Edição de
2016. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Diabetologia. Disponível em:

https://www.spd.pt/images/uploads/20210304-200808/DF&N-

2019_Final.pdf

Sociedade Portuguesa de Diabetologia. (2019). Diabetes: Factos e Números – O Ano


de 2016, 2017 e 2018 − Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes -
Edição de 2019. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Diabetologia. Disponível

em: https://www.spd.pt/images/uploads/20210304-200808/DF&N-

2019_Final.pdf

DGS, 2018

Duarte

OMS, 2016

https://idf.org/

DIABETES, CONHECER PARA MELHOR VIVER: CAPACITAÇÃO DA PESSOA COM DIABETES -


Em artigos de literacia - Artigo fixe para usar no enquadramento teórico

28
8. ANEXOS

29
9. APÊNDICES

30

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