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Hipóteses Práticas
R: O capital social consiste numa cifra pecuniária, estatutária e contabilística (deve constar
obrigatoriamente do balanco da sociedade) que representa a soma dos valores nominais ou
dos valores das participações sociais correspondentes a entradas pecuniárias ou em espécie
emitidas por uma sociedade comercial.
O capital social possui valor mínimo obrigatório na generalidade dos tipos sociais, incluindo
nas sociedades anonimas, sociedade em causa no caso concreto, cujo o valor mínimo é de
50.000 euros (arts.276º, nº5) e o valor nominal mínimo tem de ser superior a 1 cêntimo (276º,
nº3). Requisitos cumpridos in casu.
O capital social é tradicionalmente concebido como a principal garantia dos credores sociais e
terceiros em geral que lidam com a sociedade, a lei preocupou-se sobremaneira com a sua
proteção, através de diversas regras imperativas que visam assegurar a sua exata formação no
momento do nascimento da sociedade (regras de constituição).
1º regra é relativa ao objeto, avaliação e realidade das entradas (9º nº1 f) + 28 + 29 + 178):
o Objeto: entradas que os sócios realizam em troca das participações sociais subscritas no
capital social.
No que diz respeito ao sócio A, é permitido por lei diferir a entrada até um máximo de 5
anos (277/2º, 285/1º).
Quanto ao sócio B, a sua entrada com um automóvel de 20.000 euros é válida, pois são
admitidas entradas em espécie, bem suscetível de penhora (art.20º).
Valor das entradas deve ser certificado por um relatório elaborado por um revisor
oficial de contas independente da sociedade (28) designado através de deliberação
social na qual não participe o sócio ou sócios titulares das entradas (nº1). Relatório
destina-se a certificar se o valor dos bens é ou não suficiente para cobrir o valor nominal ou
de emissão das participações sociais atribuídas aos sócios - evitar entradas fictícias
Quanto ao sócio C, são proibidas entradas de indústria (277/1º), dado que são difíceis de
avaliação pecuniária e porque consistem em prestações de facto infungíveis e
insuscetíveis de execução, pelo que a sua entrada é nula. Quanto a sua designação como
administrador, esta é permitida, porque C é sócio e estes podem ser designados
administradores. E mesmo que este não fosse acionista, poderia ser designado
administrador (390/3º).
Quanto a D: D fez uma entrada em espécie, o que é possível (20/1º e 277/1º), desde que
os bens sejam penhoráveis e cumpra os requisitos do art.º 28º. As partes sociais com que
D entrou não são bens suscetíveis de penhora e quanto aos bens avulsos que tinha em
casa, é necessário avaliar se estes se tratavam de bens indispensáveis à economia
doméstica, e por isso relativamente impenhoráveis, ou não.
O direito especial a 10% dos lucros anuais distribuídos: de acordo com o art.24º podem
ser atribuídos direitos especiais aos sócios nos estatutos, mas de acordo com o 24º, nº4,
nas S.A esses direitos têm de ser necessariamente incorporados em ações.
O perdão da entrada diferida de A: não é possível, sendo nula esta deliberação por violar
uma norma imperativa (27/1 76 alíne b)e º).
Quanto a distribuição de dividendos aos sócios no montante de 25.000 euros:
O licro é de 47 mil e quinhentos euros
Lucros apurados 50.000 euros nas contas de exercício, seráo suscetivos de distribuição
aos soócios? Sim Art 33º, a lei ou os estatutos podem obrigar a socidade á integração
dos lucros num fundo de reserva.
Direito ao dividendo deliberado: direito formado na esfera jurídica de cada sócio com
a deliberação da assembleia geral que decida distribuir os lucros sociais apurados e
distribuíveis em determinado exercício social.
o Direito extrassocial e creditório – advém do estatuto de sócio, mas autonomiza-se
deste, passando o sócio a ser titular de um dir. de crédito autónomo sobre a
sociedade, exigível ou vencível com o decurso de um prazo após a deliberação social
(217 no2 + 294 no2) e cindível da respetiva participação social.
Distribuição:
Há a exiguencia de Deliberação prévia por parte dos sócios em AG (31º no1)
Lucros sociais distribuíveis (32 + 33): apenas podem ser objeto de distribuição os
lucros sociais distribuíveis – depois de cumpridos os requisitos de afetação primária
defenidos pela lei- 37.500. Art 297º - deliberação por maioria simples se vão ditribuir
mais de metade ou mais dessse lucros. Se por contrario menos de metade seria uma
deliberação tomada por maioria de mais de 3 quartos.
Eventuais reservas livres (217 no1 + 294 no1): voluntáriamente captar lucros e
reservar los para enfrentar futuras vicissitudes económicas. lei permite que a AG opte
por reter no património social uma parte ou mesmo a totalidade desses lucros,
mediante deliberação por maioria simples (até metade dos lucros distribuíveis) ou
maioria qualificada (mais de metade dos lucros distribuíveis)