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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CAMPUS ABAETETUBA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIENCIAS BIOLÓGICAS

ALIMENTOS REMOSOS X PROCESSOS INFLAMATÓRIOS

JOELLEN GOMES CARDOSO


MATHEUS SOARES RODRIGUES
NALANDA DA SILVA MAUÉS
PABLO VINÍCIUS DIAS MARQUES
RENATO CARDOSO VIEGAS

ABAETETUBA - PA
2023
JOELLEN GOMES CARDOSO
MATHEUS SOARES RODRIGUES
NALANDA DA SILVA MAUÉS
PABLO VINÍCIUS DIAS MARQUES
RENATO CARDOSO VIEGAS

ALIMENTOS REMOSOS X PROCESSOS INFLAMATÓRIOS

Pesquisa apresentada à disciplina Histologia e


Embriologia Comparada do Curso de
Graduação de Licenciatura em Ciências
Biológicas, do IFPA Campus Abaetetuba,
como requisito para a obtenção parcial de nota
referente a avaliação bimestral.

Orientador(a): Prof. Cleber Monteiro Cruz

ABAETETUBA - PA
2023
RESUMO
A pesquisa aborda a relação entre alimentos "remosos" e processos inflamatórios, destacando o papel
crucial da dieta na regulação do equilíbrio inflamatório. A metodologia adotada foi a pesquisa
bibliográfica, com busca em bases como Google Acadêmico e Scielo, utilizando descritores
específicos. A seleção dos artigos seguiu critérios de relevância nos últimos 12 anos. Os resultados
apontam que alimentos como carne de porco, carne gordurosa bovina e frutos do mar estão associados
a processos inflamatórios, sublinhando a importância da dieta na prevenção e tratamento de doenças
crônicas. A perspectiva cultural, evidenciada por Vieira e Franzoi (2021), destaca a diversidade de
alimentos "remosos" e alerta para seus potenciais efeitos negativos na saúde, principalmente em
situações de risco. Brito Júnior e Estácio (2013) complementam essa perspectiva, atribuindo aos
alimentos "remosos" a capacidade de prejudicar o sangue e causar prurido. A revisão ressalta que
estados fisiológicos ou patológicos podem intensificar respostas inflamatórias, evidenciando a
complexidade da interação entre dieta, sistema imunológico e tecidos. A conclusão destaca a
necessidade de uma abordagem equilibrada na alimentação, reconhecendo que a ciência nutricional é
dinâmica. A individualidade na resposta aos alimentos é enfatizada, promovendo a busca por uma
dieta adaptada às necessidades individuais para prevenir condições inflamatórias. A evolução da
ciência nutricional é mencionada, ressaltando a importância de orientação profissional para decisões
informadas sobre hábitos alimentares saudáveis. Em síntese, a pesquisa destaca a relação entre
alimentos "remosos" e inflamação, reforçando a necessidade de uma abordagem consciente na escolha
alimentar. Essa abordagem integral pode ser determinante para promover uma vida saudável,
respeitando tradições, considerando descobertas científicas e, acima de tudo, cuidando do corpo de
forma equilibrada
Palavras-chave: Alimentos Remosos; Processos Inflamatórios; Prevenção de Doenças; Respostas
Imunológicas; Saúde.
Sumário
1. Introdução ................................................................................................................................. 7
2. Referencial Teórico ................................................................................................................... 8
3. Metodologia ............................................................................................................................ 10
4. Resultados e Discussões.......................................................................................................... 11
5. Conclusões .............................................................................................................................. 12
6. Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 13
1. Introdução
"Alimentos remosos" é um termo utilizado para descrever alimentos que têm o potencial
de desencadear ou intensificar processos inflamatórios no organismo. Esses alimentos podem
contribuir para a ativação de respostas imunológicas e desequilíbrios que estão associados a condições
de saúde crônicas.
Nesse sentido, os alimentos que consumimos desempenham um papel crucial na
regulação do equilíbrio inflamatório do organismo. Assim, o conceito de "alimentos remosos" tem
emergido como um ponto central de discussão, referindo-se àqueles que podem potencialmente
desencadear ou modular respostas inflamatórias.
Essa interação entre alimentos e inflamação torna-se particularmente relevante à medida
que as doenças crônicas não transmissíveis continuam a representar um ônus significativo para a
saúde global. A compreensão dos efeitos específicos dos alimentos sobre os processos inflamatórios
oferece uma perspectiva valiosa para o desenvolvimento de estratégias alimentares direcionadas,
visando não apenas a nutrição básica, mas também a modulação da inflamação como uma abordagem
preventiva.
Nesta revisão, exploraremos a relação entre alimentos considerados "remosos" e os
processos inflamatórios no organismo. Investigaremos como escolhas alimentares podem influenciar
a expressão de marcadores inflamatórios e seus potenciais impactos sobre o equilíbrio dinâmico dos
processos inflamatórios.
2. Referencial Teórico
Alimentos "Remosos": Impactos na Inflamação e Distúrbios Sanguíneos

No consenso popular, comidas “remosas” são aquelas provenientes de carne de porco, carne
gordurosa bovina e frutos do mar, como caranguejo, camarão e peixes de pele e couro, que
não devem ser consumidas por pessoas com ferimentos na pele sob o risco de aumentar os
danos teciduais e o processo inflamatório local. Para os pacientes, a gordura existente na pele
desses animais e a sujidade que eles carreiam interferem na cicatrização. (Vieira e Franzoi,
2021).

A observação sobre comidas "remosas", conforme destacado por Vieira e Franzoi (2021),
reflete a percepção popular em relação a certos alimentos e seu potencial impacto na saúde cutânea.
A crença de que a ingestão de carne de porco, carne gordurosa bovina e frutos do mar, como
caranguejo, camarão, e peixes de pele e couro, pode aumentar danos teciduais e interferir no processo
inflamatório local, particularmente em pessoas com ferimentos na pele.
Em seu estudo sobre a relação entre dieta, inflamação e distúrbios sanguíneos com ênfase no
prurido, Brito Júnior e Estácio (2013) desvendaram os impactos dos alimentos considerados
"remosos", destacando a complexidade dessa associação e sua relevância para a compreensão de
desequilíbrios fisiológicos:

Alimentos considerados remosos, adjetivo atribuído a alimentos que têm reima, isto é, que
prejudicam o sangue e causa prurido. No vocabulário popular amazônico, comidas remosas
são comidas fortes derivadas de carne de porco; mariscos, como caranguejo e camarão;
peixes de pele e cascudos, como tamuatá; aves, como patos; e algumas caças, como paca e
capivara, que não devem ser consumidas por pessoas em situação de risco, como, por
exemplo, em pós-operatórios, com quadros de infecção ou inflamações, e ferimentos, sob
risco de aumentar os danos teciduais, gerar a formação de pus e exacerbar o processo
inflamatório (Brito Júnior & Estácio, 2013)

O conceito de alimentos "remosos" apresentado no texto reflete uma perspectiva cultural


enraizada no vocabulário popular amazônico, onde certos alimentos são rotulados como prejudiciais
ao sangue e associados a efeitos como prurido. Essa classificação inclui uma variedade de fontes
alimentares, principalmente derivadas de carne de porco, mariscos, peixes de pele e cascudos, aves e
algumas caças. A restrição desses itens é aconselhada em situações de risco, como pós-operatórios,
infecções e ferimentos, devido ao potencial de aumentar danos teciduais e exacerbar processos
inflamatórios. Essa perspectiva destaca a influência da cultura na percepção da relação entre dieta e
saúde, especialmente em contextos regionais como a Amazônia.
Os Alimentos Remosos nas Respostas Inflamatórias e Danos Teciduais
Para SILVIA (2016), determinados estados fisiológicos ou patológicos do organismo, são
capazes de estimular uma maior uma maior proliferação de células de defesa, o que pode levar a uma
exacerbação do processo inflamatório, e consequentemente danos teciduais
A afirmação de Silvia destaca a complexidade das respostas do organismo em diferentes
estados fisiológicos ou patológicos. Ao mencionar que esses estados podem estimular uma maior
proliferação de células de defesa, ela aponta para o potencial de uma resposta inflamatória mais
intensa. Essa intensificação, por sua vez, pode resultar em danos aos tecidos. A compreensão desses
processos é essencial para avaliar a relação entre o estado de saúde, a resposta imunológica e os
possíveis impactos nos tecidos, contribuindo para abordagens mais precisas em termos de cuidados e
prevenção.
3. Metodologia
Para o presente trabalho realizou-se uma pesquisa bibliográfica. Conforme Severino (2007),
esse tipo de pesquisa se define pela análise de registros já existentes, provenientes de pesquisas
previamente conduzidas, presentes em livros, artigos, teses e documentos impressos.
De acordo com Almeida (2011), a pesquisa bibliográfica procura estabelecer conexões entre
conceitos, características e concepções, frequentemente unindo dois ou mais tópicos.
Para a busca de trabalhos como fontes de pesquisa, foram empregados os descritores: alimento
remoso; e processo inflamatório; na base de dados Google Acadêmico e Scielo, no período de
dezembro de 2023.
Os critérios para inclusão dos artigos foram os publicados nos últimos 12 anos que abordam
o assunto “alimentos remosos x processo inflamatório” para encontrar estudos relevantes que
investigam a relação entre alimentos considerados "remosos" e processos inflamatórios. Foram
incluídos na seleção somente artigos completos, na língua portuguesa na qual contribuíram para
embasar a mencionada pesquisa.
A análise das informações foi conduzida fazendo uso da leitura exploratória do material
identificado.
4. Resultados e Discussões
Alimentos Remosos e Processos Inflamatórios
O termo "alimentos remosos" destaca-se como uma categoria que pode intensificar processos
inflamatórios no organismo, contribuindo para desequilíbrios e respostas imunológicas associadas a
condições crônicas de saúde. Essa observação ressalta a relevância da dieta na regulação do equilíbrio
inflamatório, um fator crucial na prevenção e tratamento de doenças crônicas.
Perspectiva Cultural e Impactos na Saúde
A percepção popular, como evidenciada por Vieira e Franzoi (2021), associa comidas
"remosas" a alimentos provenientes de carne de porco, carne gordurosa bovina e frutos do mar,
alertando sobre os potenciais danos teciduais e interferências no processo inflamatório local.
Brito Júnior e Estácio (2013) descrevem alimentos "remosos" como aqueles que têm "reima",
prejudicando o sangue e causando prurido. A variedade de fontes alimentares mencionadas, como
carne de porco, mariscos e aves, enfatiza a diversidade de itens considerados "remosos". A restrição
desses alimentos em situações de risco, como infecções e ferimentos, reforça a percepção cultural
sobre seus potenciais efeitos negativos na saúde.
Respostas Inflamatórias em Diferentes Estados Fisiológicos:
Silvia (2016) adiciona uma dimensão crítica, enfatizando que estados fisiológicos ou
patológicos podem estimular uma maior proliferação de células de defesa, intensificando respostas
inflamatórias e resultando em danos teciduais. Essa compreensão destaca a importância de considerar
o estado de saúde ao avaliar os impactos da dieta no sistema imunológico e nos tecidos.
Os resultados desta revisão destacam a ligação entre alimentos "remosos" e processos
inflamatórios, destacando a importância de considerar fatores culturais, o estado de saúde e a natureza
balanceada da dieta. As implicações práticas incluem a necessidade de estratégias alimentares
direcionadas para modular respostas inflamatórias, especialmente em contextos de risco, como
condições inflamatórias. Essa compreensão mais refinada pode orientar abordagens preventivas na
promoção de uma saúde equilibrada
Assim, a escolha alimentar pode afetar diretamente o processo de cicatrização e a saúde a
longo prazo. Dietas hipercalóricas e ricas em gorduras saturadas, presentes nos alimentos "remosos",
são desfavoráveis à cicatrização quando consumidas cronicamente, apontando para a necessidade de
uma alimentação balanceada.
5. Conclusões
Em conclusão, a relação entre alimentos remosos e processos inflamatórios destaca a
importância de uma abordagem equilibrada e consciente em relação à nossa alimentação. Embora a
ideia de alimentos remosos tenha raízes em tradições culturais e crenças populares, é crucial
reconhecer que a ciência da nutrição é dinâmica e complexa.
Ao considerar os alimentos sob a perspectiva de seu potencial impacto nos processos
inflamatórios, é fundamental lembrar que cada indivíduo responde de maneira única a diferentes tipos
de alimentos. A busca por uma dieta equilibrada e adaptada às necessidades individuais torna-se,
assim, um elemento crucial para promover a saúde e prevenir condições inflamatórias.
A ciência nutricional continua a evoluir, e as recomendações sobre alimentos remosos podem
variar. Portanto, é sensato procurar orientação profissional, como a de um nutricionista, para tomar
decisões informadas sobre hábitos alimentares saudáveis.
Em resumo, ao pensarmos sobre como certos alimentos podem causar inflamação, somos
convidados a conhecer melhor nossa relação com a comida. Isso significa entender nossos hábitos
alimentares, fazendo escolhas que respeitem nossas tradições e se alinhem com o que nosso corpo
precisa, levando em conta as descobertas científicas recentes. Essa abordagem completa pode ser a
chave para uma vida saudável, onde a comida não é apenas para nos alimentar, mas também para
cuidar de nós mesmos e respeitar nosso corpo.
6. Referências Bibliográficas
SILVA, Isabella Patrícia Lima. Influência de diferentes dietas proteicas em um modelo
experimental com infecção causada por SALMONELLA TYPHIMURIUM. 2016. Dissertação
de Mestrado. Universidade Federal de Pernambuco.
BRITO JÚNIOR, Lacy Cardoso de; ESTÁCIO, Adriana Guimarães. Tabus alimentares em
medicina: uma hipótese para fisiopatologia referente aos alimentos remosos. Revista da
Associação médica brasileira, v. 59, p. 213-216, 2013.
VIEIRA, Isabelly Christina Gomes. Tecnologia educativa em cordel para pessoas com úlcera
venosa: construção e validação de uma cartilha arretada. 2019.
TUA SAÚDE. Alimentos remosos: o que são e lista de comidas a evitar. Disponível em:
https://www.tuasaude.com/alimentos-remosos/. Acesso em 24 dez. 2023.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo:
Cortez, 2007.
ALMEIDA, M. de S. Elaboração de projeto, TCC, dissertação e tese: uma abordagem simples,
prática e objetiva. São Paulo: Atlas, 2011

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