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Introdução à Nutrigenética e

Nutrigenômica

Conteudista
Prof. Dr. Anderson Sena Barnabe

Revisão Textual
Esp. Andressa Moreira
OBJETIVOS DA UNIDADE
• Apresentar a conceituação básica sobre os efeitos dos nutrientes na re-
gulação epigenética do genoma humano e na expressão gênica;

• Identificar as bases moleculares da nutrigenômica e os efeitos dos fato-


res dietéticos sobre o genoma.

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Introdução
No decorrer dos anos, pela perspectiva da esfera da ciência e da saúde, a nutri-
ção passou por muitas transformações e evoluções, principalmente no período
entre 1914 e 1918, ressaltando a emergência da ciência da nutrição. Porém, no
Brasil, foi implantada entre os anos 1930 e 1940, quando houve o debate sobre
o conhecimento científico referente à alimentação humana, promovendo, entre
diversos países, a formação dos primeiros centros de estudo e investigação, os
primeiros cursos de formação especializada e os primeiros institutos a realizar
intervenções nutricionais (Garcia; Sbrisse; Godoy, 2023). Os autores afirmam que
outros acontecimentos importantes que ocorreram nas últimas duas décadas do
século XX devem ser ressaltados, como o frenético desenvolvimento científico-
-tecnológico nas áreas da comunicação e informática, da genética (mapeamento
do genoma humano) e das teorias referentes à sustentabilidade ecológica do
planeta Terra. Vasconcelos (2010) afirma que recentemente foi discutida a rele-
vância das interpelações da genética nutricional e da genômica nutricional, com
ênfase na era ou fase pós-genômica.

De acordo com Garcia, Sbrisse e Godoy (2023), a nova era da nutrição está se ade-
quando a um ciclo definido por um amplo avanço tecnológico. Na área agroin-
dustrial, por exemplo, os OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) são
classificados como um grande avanço na cadeia produtiva de alimentos, pois
o mecanismo genético que é empregado em sua produção consiste na altera-
ção do material genético do organismo alvo (como uma planta). Dessa forma,
os genes de outras plantas, animais ou microrganismos podem ser inseridos
no genoma da espécie receptora, conferindo a ela novas características para
otimizar a produção de alimentos, medicamentos e outros produtos industriais
(Moratoya et al., 2013).

Na perspectiva de grandes centros de biotecnologia e produtores rurais, a cria-


ção de OGMs é vista como um avanço científico lucrativo, pois a partir da tec-
nologia do DNA recombinante são conferidas propriedades que, sem tal me-
todologia, jamais poderiam ser obtidas pelo uso do melhoramento tradicional
(Ribeiro; Marin, 2012). Para Moratoya et al. (2013), frente a este cenário de al-
terações alimentares, graças à utilização de tecnologias biomoleculares torna-
-se essencial considerar o consumo mundial de alimentos e seu impacto nas
populações e países.

Segundo Fialho, Moreno e Ong, 2008, no decorrer da última década, ocorreu um


amplo progresso nos estudos referentes à interação gene-alimento, apontando
que a variação genética individual está ligada às preferências de comidas, ca-
rências nutricionais e à resposta às diversas intervenções alimentares. A forma

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como os alimentos atuam nos genes e como o metabolismo responde a essa
interação proporcionou um novo campo de ação para a nutrição: a genômica
nutricional (Ferguson et al., 2016).

Ferguson et al. (2016) afirmam que a ciência da nutrição assume uma importante
base no cuidado da saúde humana, não sendo somente “one-size-fits-all” (uma re-
ceita geral para todos), e passa a compreender o que cada pessoa deve consumir
para que seus genes atuem e respondam de forma adequada à sua saúde por
meio de uma nutrição personalizada.

Com base nesse cenário, a nutrição personalizada é reconhecida por debater as


variantes genéticas de cada ser humano e, alicerçada nessas investigações indi-
viduais, cada indivíduo receberia uma dieta de ingestão específica de nutrientes
validada para conceder os melhores resultados de acordo com a sua genômica
(Manica-Cattani; Spada, 2021) e nesse âmbito, os autores acima citados, apon-
tam a nutrigenômica, a nutrigenética e, mais recentemente, a nutriepigenética.

Segundo Marti et al. (2005), levando em consideração os progressos na genéti-


ca molecular e no sequenciamento do genoma humano, procura-se entender a
ligação da genética com os campos da nutrição. Na esfera da genômica nutricio-
nal, atualmente alguns estudos promoveram dados que auxiliam a compreender
como se comportam os nutrientes na ótica do tratamento da saúde e da doença,
e quais alterações podem determinar na expressão e/ou estruturas dos genes
de um indivíduo, visando então um tratamento nutricional específico e mais ade-
quado ao genótipo individual (Santos; Albuquerque, 2019).

A nutrigenética é a área da nutrição que analisa os genes dos indivíduos que


estão ligados ao metabolismo, como a produção de enzimas, com a finalidade de
entender as questões nutricionais e alimentares (Manica-Cattani; Spada, 2021).
Respostas fenotípicas, como peso, pressão arterial, colesterol plasmático e ní-
veis de glicose, podem ser relevantes para se propor uma dieta específica dada
à particularidade do genoma de cada indivíduo (Garcia; Sbrisse; Godoy, 2023).
Já a nutrigenômica estuda os efeitos dos nutrientes e seus compostos bioativos
na expressão gênica em indivíduos, ou seja, estuda os mecanismos pelos quais
os nutrientes interferem na expressão gênica, modificam a síntese proteica e
sua função em várias vias metabólicas (Garcia; Sbrisse; Godoy, 2023). Manica-
Cattani e Spada (2021) afirmam que essas alterações podem estar relacionadas
ao desequilíbrio fisiológico, o que pode desencadear algumas patologias. Afonso
(2013) ressalta que o entendimento das interações gene-nutriente é crucial para
esboçar um plano nutricional individual, eficiente na promoção de saúde e na
prevenção/retardamento de patologias (Sutton e Zelândia, 2007). Tal abordagem
pode ser vista junto a Figura 1.

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Tanto a nutrigenética quanto a nutrigenômica possuem um potencial facilitador
na prevenção de doenças crônicas: a primeira de forma individualizada na con-
duta dietética e a segunda por meio da resposta da expressão dos genes em
relação ao consumo de nutrientes (Corthésy-Theulaz, 2005).

Figura 1 – Nutrigenômica e nutrigenética


Fonte: Adaptada de AFONSO, 2013
#ParaTodosVerem: imagem representando a interação entre genes, a forma de um ser humano em marrom
e com os braços abertos. Ao lado, há imagens de alimentos vegetais e leite nas cores branco, marrom, verde
e amarelado, interligados por setas verde e setas escuras. A imagem do DNA tem traços esverdeados e
todas as representações estão sobre um fundo branco. Fim da descrição.

Genética a Favor da Nutrição


A genética estuda os genes, a variação genética e a hereditariedade das particu-
laridades dos organismos. Já a nutrigenética tem como objetivo compreender
como as variantes dos genes podem influenciar na resposta à dieta, ao passo
que a nutrigenômica visa entender como a dieta afeta a expressão dos genes
(transcriptoma) e no metaboloma (Ordovas; Mooser, 2004).

Binneck (2023) define o transcriptoma como um conjunto de moléculas de RNA


mensageiro cuja informação biológica é requerida pela célula em um determina-
do momento. A metabolômica é um campo da genômica funcional que pesquisa
as alterações na expressão de metabólitos nos sistemas biológicos, que é possí-
vel complementar a genômica por favorecer avaliações objetivas pelo fenótipo
(Weckwerth et al., 2004).

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Choi e Friso (2010) apontam que a moderna nutriepigenética objetiva seus estu-
dos nas intervenções nutricionais específicas atribuídas à reversão de alterações
epigenéticas que poderiam ter um importante impacto na prevenção e trata-
mento de doenças crônicas humanas.

Saiba Mais
A metabolômica é definida como o estudo do conjunto de me-
tabólitos (produto do metabolismo de uma determinada molé-
cula ou substância) de um determinado sistema biológico.

Para Noecker e Borenstein (2016), a identificação das diversas carências nutri-


cionais individuais e as respostas à dieta estão alterando os critérios de cuidado
nutricional, gerando novas possibilidades na nutrição.

Segundo Ordovas e Mooser (2004), a ideia de interação entre gene e nutriente


expõe a modulação dos efeitos dos elementos dietéticos em um fenótipo exclu-
sivo ligado a um polimorfismo genético.

Figura 2 – Nutrição molecular


Fonte: Adaptada de MARTI et al., 2005
#ParaTodosVerem: interação entre genes. Em um círculo branco, ligado por setas tracejadas em preto,
ligando outro círculo com a descrição de nutrientes. Todas as letras estão em preto, sobre um fundo branco.
Fim da descrição.

Afman e Müller (2006) ressaltam que diversas patologias crônicas, como obesida-
de, diabetes mellitus tipo 2 (DMT2), doenças cardiovasculares (DCV) e síndrome

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metabólica (SM), têm sua patogenia compatível com aspectos ambientais e gené-
ticos. Dos aspectos ambientais, podemos incluir a dieta, que tem a possibilidade
de favorecer na incidência e na gravidade dessas doenças crônicas (Steemburgo;
Azevedo; Martinez, 2009). Em contrapartida, Gillies (2003) afirma que os itens da
dieta podem possuir um efeito modulador nos fenótipos dependentes da varia-
ção genética, denominado como interação entre gene e nutriente.

Pesquisas de genômica nutricional demonstram relevantes associações de


polimorfismos com o consumo de nutrientes – com a gordura, em especial
(Steemburgo; Azevedo; Martinez, 2009). Ordovas et al. (2002) ressaltam que, na
população como um todo, foi visto que a ingestão de gorduras é capaz de definir
o efeito de alguns polimorfismos (gene da lipase hepática e gene da apolipopro-
teína) no metabolismo de lipoproteínas. A ligação entre o consumo de gordura e
a presença dos itens da SM é também modulada pela presença de polimorfismos
intrínsecos, como os do gene do proliferador de peroxissoma gama (PPAR-gama)
(Robitaille et al., 2003; Robitaille et al., 2007).

Evidências atuais relacionadas à interação entre gene e nutriente em pacientes


com diabetes mellito, em especial o tipo 2, e em pessoas com obesidade, vêm
também sendo descritas na literatura.

Em relação ao risco de câncer, está diretamente relacionado com a taxa de danos


ao DNA em células somáticas (Maluf et al., 2001). Falhas no material genético
ocorrem de forma espontânea, ou podem ser intensificadas em determinadas
situações, como deficiências nutricionais e exposição excessiva a agentes muta-
gênicos (Maluf; Erdtmann, 2000; Maluf et al., 2001).

Referente ao diabetes mellitus não insulinodependente (DM2) e à obesidade,


diversos genes de vulnerabilidade implicados na regulação do metabolismo li-
pídico e na sensibilidade à insulina têm sido apontados como moduladores do
risco para o início da doença (Saraiva et al., 2020). Para Shimano et al. (1997), a
função das proteínas sintetizadas por estes genes se relaciona com a síntese
de ácidos graxos e resistência à insulina (SREBPs). Mutch et al. (2005) ressaltam
o catabolismo de ácidos graxos e sensibilidade à insulina (PPARs), resposta à
insulina (IFABP) e genes relacionados ao metabolismo lipídico, como das apo-
lipoproteínas B e. Tais genes estão relacionados à resposta individual à dieta,
apontando as interações entre o genótipo e a nutrição, que acontecem no DM2
(Luis et al., 2018).

Segundo Saraiva et al. (2020), o controle da saciedade é extremamente afetado


por polimorfismos em genes codificadores de receptores ou de peptídeos
sinalizadores periféricos, como a insulina, por exemplo, além da leptina e
adiponectina, como visto em pacientes com obesidade. Logo, a nutrição mais

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personalizada objetiva prevenir e gerenciar doenças crônicas, ajustando
intervenções ou recomendações dietéticas ao aspecto genético de uma pessoa,
perfil metabólico e exposições ambientais. Wang e Hu (2018) apontam que os
progressos atuais em tecnologias de genômica, metabólica e da microbiota
intestinal, por exemplo, ofereceram possibilidades e desafios no uso dessa
nutrição na prevenção e gerenciamento da diabetes tipo 2.

Polimorfismos Genéticos
As variações genéticas que acontecem no DNA (ácido desoxirribonucleico)
entre seres da mesma espécie são denominadas polimorfismos. Isso ocorre
devido a uma mutação silenciosa que abrange uma mudança (troca, deleção
ou inserção) de um ou mais nucleotídeos (bases nitrogenadas) na sequência de
um gene. Corella e Ordovas (2005) afirmam que esta variação pode ser encon-
trada em pelo menos 1% da população, e não induz a patologias, podendo ser
considerada normal.

Os polimorfismos de um único nucleotídeo são as variações genéticas mais


estudadas na área da nutrição de precisão, em que diversos deles foram li-
gados de forma positiva a patologias crônicas não transmissíveis, como a dia-
betes mellitus tipo 2, hipertensão, hipercolesterolemia e o câncer, através de
interações com o consumo de macro e micronutrientes, ou com o consumo
de determinados alimentos e padrões alimentares (Ramos-Lopez et al., 2017).
Além disso, conforme Corella e Ordovas (2005), pesquisas estão utilizando os
escores de risco genético (GRS – Genetic Risk Score), em que analisam o efeito
cumulativo de um conjunto de polimorfismos de um nucleotídeo sobre intera-
ções dietéticas e vulnerabilidade a doenças.

Nutrição Personalizada
A nutrição personalizada pode ser definida, de acordo Ordovas e Mooser (2004),
como:

Uma abordagem que usa informações para preservar ou aumentar


a saúde usando métodos genéticos, fenotípicos, informações médi-
cas, nutricionais e outras informações relevantes sobre caracterís-
ticas individuais para desenvolver um aconselhamento nutricional
direcionado, produtos ou serviços, que serão mais eficazes do que
abordagens genéricas.
Fonte: Ordovas; Mooser, 2004, n.p.

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A personalização é alicerçada na concepção de que a individualização nutricional
é mais eficiente do que uma intervenção genérica e pode ser utilizada por pesso-
as saudáveis ou com uma doença específica. Segundo Ordovas e Mooser (2004),
ela é construída a partir dos seguintes parâmetros:

• Evidência biológica de respostas diferenciais a alimentos/nutrientes que


dependem de particularidades genotípicas ou fenotípicas;

• Análise do comportamento atual, preferências, barreiras e objetivos para


o emprego posterior a intervenções, que incentivam e preparam cada in-
divíduo a realizar alterações adequadas em seu modelo alimentar.

Outra temática que se sobrepõe à nutrição personalizada é a nutrição de preci-


são, que visa disponibilizar uma intervenção alimentar com base na compreen-
são quantitativa e na relação complexa entre o indivíduo, seu consumo alimentar
e seu fenótipo (Ordovas; Mooser, 2004). Os dois modelos de abordagem seguem
o mesmo ideal de facilitar uma dieta mais apropriada e com impacto considera-
velmente positivo na sua saúde conforme a bioindividualidade.

Uma intervenção apoiada na deliberação mais individualizada pode aumentar a


aceitação e adesão do paciente, porque o aceite de mudanças no estilo de vida
é demasiadamente dependente da contribuição efetiva dos participantes que
estão sendo auxiliados a assumir a responsabilidade por seu comportamento
e sua saúde (Ordovas; Mooser, 2004; Macready et al., 2018). Por isso, Riedl et al.
(2017) acreditam que quanto mais elementos possam ser medidos, como carac-
terísticas genotípicas ou fenotípicas, por exemplo, mais eficientes serão os resul-
tados da personalização.

Nutrigenômica
A nutrigenômica objetiva precisar a influência que os nutrientes ou componen-
tes bioativos encontrados nos alimentos têm na expressão genética e como essa
variação influencia na origem de diversas respostas em um indivíduo (Moreira,
2016). Conforme Afman e Müller (2006) afirmam, é a combinação de nutrição
molecular e genômica.

Nos dias de hoje, o termo é usado no ambiente da biologia humana e, ainda


que seja muitas vezes utilizado como sinônimo de nutrigenética, possuem ori-
gens etimológicas distintas. As duas disciplinas objetivam elucidar as intera-
ções entre a dieta e o genoma, porém as abordagens e finalidades imediatas
são diferentes (Gillies, 2003).

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As notáveis variações na resposta individual aos diversos nutrientes ou com-
ponentes bioativos estão gerando amplas contradições na área da nutrição, o
que fez com que muitos pesquisadores se questionassem sobre o que fomenta-
ria essas disparidades e se haveria alguma forma de alterá-las e/ou preveni-las
(Moreira, 2016). Essas variações foram ligadas às diversas genéticas individuais,
porém, somente após o sucesso do projeto do genoma humano, o registro dos
polimorfismos de nucleotídeo simples e a evolução da nutrição molecular é que
foi possível determinar essa ligação (Subbiah, 2008).

A concepção de que a dieta e os processos fisiológicos estão associados não


é nova; contudo, o reconhecimento de que não são apenas alguns nutrientes
que são fundamentais, mas sim suas quantidades específicas são capazes de
interagir e modular os mecanismos moleculares, guiou a uma nova era da me-
dicina e da nutrição que, por conseguinte, promoveu o crescimento da nutrige-
nômica (Sutton, 2007).

Com a finalidade de entender como o sistema biológico responde após um estímu-


lo nutricional, a nutrigenômica tem investido na utilização de novas e inovadoras
tecnologias, facilitando um melhor entendimento de como as moléculas afetam as
vias metabólicas e o controle homeostático (Moreira, 2016). Pela perspectiva mo-
lecular, os nutrientes são considerados moléculas de sinalização, que sinalizam
as mudanças na expressão gênica, proteínas e metabolitos. Posto isso, a nutrige-
nômica pode desenvolver avanços significativos nos cuidados de saúde pública
devido ao seu grande foco na medicina preventiva, tanto em pacientes saudáveis
quanto em pacientes doentes (Afman; Müller, 2006; Subbiah, 2008).

Componente bioativo é todo e qualquer componente encontrado em um deter-


minado alimento e que desencadeia um efeito fisiológico (Figura 3) (Gillies, 2003;
Subbiah, 2008).

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Figura 3 – Componentes bioativos
Fonte: Adaptada de MOREIRA, 2016
#ParaTodosVerem: oito círculos brancos com descrições em preto com letras em destaque escuro,
interligadas com traço preto, fazendo a união entre os círculos. Toda imagem está sobre um fundo branco.
Fim da descrição.

Moreira (2016) afirma que há muitas pesquisas que ressaltam que os micronu-
trientes possuem a capacidade de interagir com o genoma, alterando a expres-
são gênica ou atuando no processo de replicação e reparação do DNA, dado
que agem como cofatores ou substratos nestes mecanismos moleculares. Além
disso, a concentração certa de micronutrientes que auxiliam na prevenção ao
dano no genoma depende dos polimorfismos genéticos que estão ligados a cer-
tos genes, como o MTHFR, por exemplo (Gillies, 2003; Subbiah, 2008).

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Nutrigenética
Moreira (2016) explica que a nutrigenética tem como foco o entendimento de
como a constituição genética individual sistematiza a resposta à dieta devido aos
polimorfismos genéticos presentes, relacionando essas mudanças com o risco
de desenvolver doenças. A referida autora ainda completa que:

Do mesmo modo que a farmacogenética procura adaptar os fár-


macos à constituição genética individual, a nutrigenética oferece a
promessa de uma nutrição personalizada com base na constituição
genética individual e no conhecimento dos diversos polimorfismos.
Fonte: Moreira, 2016, n.p.

A metodologia atual, para notar as diversas interações, é a pesquisa dos diversos


grupos de alelos de polimorfismo de nucleotídeo simples, designados por haplo-
tipos. Um polimorfismo de nucleotídeo simples pode modificar um aminoácido,
alterando a função de sua proteína, ou ainda pode acontecer em um sítio de re-
gulação do gene alterando a regulação da expressão desse gene (Moreira, 2016).
A autora ressalta que:

A maioria das variações genéticas, como polimorfismo de nucleotí-


deo simples, inserções e repetições, foram encontradas como sendo
sequências nucleótidicas que codificam para enzimas e transporta-
dores relacionados com doenças de interesse.
Fonte: Moreira, 2016, n.p.

Com isso, uma das finalidades da nutrigenômica e da nutrigenética é a identifica-


ção em larga escala de genes modulados pelos nutrientes e os respectivos poli-
morfismos de nucleotídeo simples, tal como a sua validação e incorporação nos
planos nutricionais para a melhora da saúde e prevenção da doença. Entretanto,
conforme Ghosh, Skinner e Laing (2007), “é importante realçar que nem todos os
genes que são críticos na evolução clínica estão diretamente envolvidos na pato-
gênese da doença ou no benefício nutricional”. Mead (2007) afirma que:

A presença de um gene ou uma mutação em particular apenas indica


a predisposição para uma determinada doença na maioria dos casos.
Se esse potencial genético irá ou não manifestar a doença depende
de interações complexas entre o genoma humano, o ambiente e fa-
tores comportamentais.
Fonte: MEAD, 2007, n.p.

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Assim, não apenas o genótipo, como também os elementos externos, são
autores da formação de um certo fenótipo por causa de outro, sendo a
dieta um desses elementos externos que atua como fator desencadeador
(Penders et al., 2007).

Strachan e Read (2018) afirmam que doenças relacionadas a polimorfismos ge-


néticos são denominadas como multifatoriais, uma vez que são ocasionadas
devido a vários elementos ambientais e pela soma de diversos alelos de diferen-
tes genes relacionados. De acordo com os autores, bons exemplos de doenças
genéticas que são influenciadas pela dieta são a galactosemia e a fenilcetonúria,
pois ambas são patologias raras que, causadas por defeitos enzimáticos, levam,
respectivamente, ao acúmulo de galactose e fenilalanina no sangue, aumentan-
do o risco de retardo mental e dano neurológico caso não diagnosticado e tra-
tado precocemente. Avancini et al. (2010) ainda citam outros exemplos, como
a anencefalia e espinha bífida, que podem ser evitadas por meio do consumo
adequado de vitaminas, como o ácido fólico, que está presente em maior pro-
porção nos vegetais, especialmente em alimentos com coloração verde escuro e
alimentos como fígado, beterraba e cereais enriquecidos.

Em contrapartida, as doenças consideradas mundialmente como epidêmicas,


como o câncer, a diabetes, a obesidade e as doenças cardiovasculares, por exem-
plo, são patologias multifatoriais, ou seja, estão relacionadas tanto a fatores am-
bientais quanto aos genéticos (Mutch et al., 2005).

Figura 4 – Esquema relacionando hábitos nutricionais aos fatores genéticos e alterações


fenotípicas como elementos a serem considerados em doenças multifatoriais
Fonte: Adaptada de SARAIVA et al., 2020
#ParaTodosVerem: semicírculos em cinza escuro com letras descritivas em preto com os dizeres “dieta”,
“variabilidade genética” e “alterações fenotípicas”. Uma seta de cor cinza escuro liga os semicírculos ao
termo “doenças multifatoriais”, em preto. Toda a figura está sobre um fundo branco. Fim da descrição.

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O desenvolvimento de modelos dietéticos, nutracêuticos e suplementos alimen-
tares, delineados para aprimorar o manejo do genoma humano, pode contribuir
positivamente para uma novo plano de saúde com base em um tratamento nu-
tricional personalizado.

Hesketh (2013) julga importante destacar que a ideia de nutrição personalizada


se refere ao risco de desenvolver doença, e não ao tratamento, que é variável
entre indivíduos e que esse risco é modulado por interações entre a genética e
a nutrição.

Posto isto, toda e qualquer intervenção nutricional para a prevenção do risco de


desenvolver determinadas doenças torna-se um objetivo complexo e ambicioso,
que carece de um grande empenho de comunicação entre os profissionais das
diversas áreas, iniciando pelas universidades que terão um papel de liderança
não apenas no desenvolvimento de currículos diversificados e adequados, como
de programas de treinamento para atender às crescentes exigências de saúde e
programas de investigação (Moreira, 2016). Torna-se especialmente importante
quando é irrefutável que o conhecimento de genética e nutrição pelos médicos
é muito carente e preocupante, pois implica nos serviços de nutrigenômica ofer-
tados ao público, e que os dados gerados nos laboratórios devem ter coerência.
Afman e Müller (2006) e Subbiah (2008) acreditam que toda essa envolvência se
deve ao fato de um único estudo de nutrigenômica gerar imensos dados.

Segundo Mead (2007), a “quantificação da ingestão de alimentos é um desafio


porque os Humanos não levam a vida diária como sendo uma experiência cien-
tífica onde a quantidade e tipo de alimentos é gravada detalhadamente”. Dessa
forma, serão requeridas ferramentas mais confiáveis para quantificar o consu-
mo de nutrientes.

Em concordância com Castle e Ries (2007), para manter o interesse do público, e


para que a profissão possa crescer, é necessário que a legislação se desenvolva
concomitantemente com esse crescimento, considerando que a nutrigenômica
trabalha com genômica e genética humana, nutrição molecular, pesquisa e de-
senvolvimento de novos alimentos.

Por meio do Projeto do Genoma Humano e da decorrente decodificação do ge-


noma humano, pesquisadores e governantes têm muitas preocupações em rela-
ção às questões éticas, legais e sociais resultantes dos atuais e futuros conheci-
mentos do patrimônio genético do ser humano (Borges-Osório; Robinson, 2001).

Moreira (2016) ressalta que é de grave necessidade que se certifiquem as dire-


trizes e a legislação para o monitoramento de laboratórios clínicos que forne-
cem testes nutrigenômicos, visto que uma das questões se refere ao registro de

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patentes de fragmentos de cromossomos pelos laboratórios. Dessa forma, a di-
vulgação para a comunidade científica fica impossibilitada.

Segundo Ghosh et al. (2007) e Subbiah (2008), outra situação relacionada com os
testes nutrigenômicos é o custo, pois a possibilidade de acesso à medicina genô-
mica em áreas mais pobres do planeta é muito limitada.

Ghosh et al. (2007) acreditam que os grandes anseios são a privacidade e a ética
na utilização e intervenção de dados genéticos, pois a passagem de informação
genética a outros (intencional ou não) pode resultar em estigmatização social e
práticas discriminatórias; integração de tecnologias genéticas modernas na prá-
tica clínica e problemas na pesquisa genética e educação pública e profissional.
Contudo, é plausível que a nutrigenômica siga as linhas da farmacogenômica,
com foco na confidencialidade paciente-médico.

Dessa forma, tanto o grupo ELSI (Ethical, Legal, And Social Issues), como a European
Nutrigenomics Organisation, possuem papéis importantes (Moreira, 2016). O
grupo ELSI é uma comunidade orientada para o impacto do Projeto do Genoma
Humano na inserção de novos testes clínicos, com a finalidade de determinar
quem terá acesso à constituição genética de um indivíduo e definir métodos
para educar tanto os profissionais de saúde como o público em geral sobre de-
talhes genéticos. Castle e Ries (2007) ressaltam que a European Nutrigenomics
Organisation desenvolveu uma guideline de bioética com a finalidade de padroni-
zar “éticas de pesquisa humana”, incluindo questões-chave na pesquisa genética,
como a conquista do consentimento informado dos participantes (tanto para es-
tudos genéticos, como para biobanking), gestão de biobancos e utilização e troca
de dados e amostras.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Vídeos

Nutrigenética: a Combinação da Nutrição e dos Genes


https://www.youtube.com/live/niH82AcTMsI

O que é Nutrigenômica e Nutrigenética?


https://youtu.be/UdueAqv1DbE

Nutrigenética e Nutrigenômica: Entenda as Diferenças


https://youtu.be/zQW1Pzk_hWo

Nutrigenética na Prática Clínica


https://youtu.be/EnSBCbUHPuw
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Journal of the American Dietetic Association, v. 106, n. 4, p. 569-576, 2006.

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Coimbra, Portugal, 2013.

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BORGES-OSÓRIO, M. R.; ROBINSON, W. M. Genética humana. 2. ed. Porto Alegre:


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CASTLE, D.; RIES, N. M. Ethical, legal and social issues in nutrigenomics: the challen-
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