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Bruna Chmiel1; Cilda Piccoli2; Geciane Toniazzo Backes3; Roseana Baggio Spinelli4
1
Acadêmica do Curso de Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões,
URI Erechim. E-mail: bruna_chmiel@outlook.com
2
Nutricionista, Docente do Curso de Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões, URI Erechim, Mestra em Engenharia de Alimentos pela Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões, URI Erechim.
3
Engenheira de Alimentos, Docente do Curso de Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões, URI Erechim, Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro, UFRJ – Rio de Janeiro.
4
Nutricionista, Docente do Curso de Nutrição da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões, URI Erechim, RS, Mestre em Gerontologia Biomédica (PUCRS).
alimento também faz muito sucesso, e existe Esse perigo na qualidade do sushi é por
uma procura grande por estabelecimentos não haver tratamento térmico, portanto não
especializados nesse tipo de culinária, que se ocorre a esterilização do alimento, deixando
tornou um hábito alimentar e um modismo da -o vulnerável à ação desses microorganismos
população pela culinária oriental (SANTOS patogênicos (CORREIA; RONCADA, 1997;
et al., 2012). MORAES; DARLEI; TIMM, 2019).
Entretanto, condições ambientais insa- A ANVISA (Agência Nacional de Vigi-
tisfatórias e precárias medidas higiênico- lância Sanitária), por meio da Resolução n°
sanitárias, durante a manipulação, podem 216/04, estabeleceu critérios de boas práticas
ocasionar problemas à saúde dos consumi- para serviços de alimentação, pelo fato da
dores, como uma DTA (Doença Transmitida maioria das infecções parasitárias serem
por Alimentos) (MONTANARI et al., 2015; adquiridas pela transmissão oral-fecal, prin-
GUIMARÃES; SILVA; GUIMARÃES, cipalmente pela ingestão de água e alimen-
2016; MEDEIROS; CARVALHO; FRAN- tos contaminados. Além disso, a resolução
CO, 2017). exige que os funcionários que manipulam
Na sua preparação, além da contaminação alimentos crus, devem, antes de manusear
do pescado, o contato direto com as mãos os alimentos, realizar a lavagem e a anti-
dos manipuladores, o armazenamento da sepsia das mãos, e adotar todas as medidas
matéria-prima, a higiene dos utensílios, dos higiênicas para minimizar ao máximo o risco
equipamentos e do ambiente, e o acondi- de contaminação cruzada (BRASIL, 2004;
cionamento incorreto dos produtos prontos LODO et al., 2010; SILVA et al., 2018).
para o consumo, sem o controle de tempo/ Embora a diarreia seja o sintoma mais
temperatura, pode ocasionar uma contamina- comum de uma DTA, várias outras conse-
ção por microrganismos patogênicos, como quências podem ocorrer, como dores abdomi-
Staphylococcus aureus, Salmonella spp. e nais, problemas nos rins e fígado, desordens
Escherichia coli (SOUZA et al., 2015). neurológicas e até a morte, principalmente
Em relação à qualidade sanitária de um com grupos mais vulneráveis, como crian-
alimento, os coliformes fecais (E. coli) são ças, idosos e grávidas (SCHLUNDT, 2002;
indicadores de condições higiênico-sanitárias MOUTA et al., 2014).
precárias, tanto da conservação, como do Contudo, a saúde e a higiene dos mani-
preparo desses alimentos. Outra preocupa- puladores de alimentos são extremamente
ção é a presença de Salmonella neste tipo de fundamentais para garantir a qualidade das
alimento, principalmente porque o homem é preparações e garantir um alimento seguro
uns dos principais portadores e transmissores para o consumidor (SANTOS et al., 2012).
dessa bactéria, causando surtos alimentares Desta forma a escolha de fornecedores que
em diversos países (PINHEIRO et al., 2006; garantam a qualidade do seu produto e que
LUCENA et al., 2015). suas condições de estocagem e processamen-
O S. aureus é outro microrganismo que to estejam adequados é muito importante
indica níveis de higiene nos alimentos. Essas (MONTANARI et al., 2015). Diante do
bactérias são capazes de formar enterotoxi- exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar
nas, e se ingeridas pelo homem, podem pro- a qualidade microbiológica de sushi coleta-
vocar intoxicações alimentares que geram um do em estabelecimento especializado e não
grande desconforto ao indivíduo (SANTOS especializado da cidade de Erechim, no Rio
et al., 2012; MONTANARI et al., 2015). Grande do Sul.
Tabela I - Resultados das análises microbiológicas de coliformes fecais, Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella reali-
zadas nas amostras de Sushi do estabelecimento especializado (E) e não especializado (NE)
E. coli (NMP/g) ≤ 1,0 x 102 ≥ 2,4 x 102 9,3 x 101 ≥ 2,4 x 102
S. aureus (UFC/g) ≤ 5 x 103 0 0 0
Salmonella Ausência Ausência Ausência Ausência
Estabelecimento NE
REFERÊNCIAS