Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Redao Modelo Enem Rpa Semana 4 Proposta A o Enfrentamento Da Violncia Contra A Populao Lgbtqia No Brasil
Redao Modelo Enem Rpa Semana 4 Proposta A o Enfrentamento Da Violncia Contra A Populao Lgbtqia No Brasil
KI
A
HI
REDAÇÃO MODELO ENEM – RPA SEMANA 4 - Proposta A
OP
0S
86
13
Recorte Temático: O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A POPULAÇÃO LGBTQIA+ NO
08
48
BRASIL
52
M
Em 2021, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou um relatório que informa que o
KI
A
Brasil é o país com mais mortes de travestis e transexuais no mundo pelo 14º ano consecutivo. A persistência de tal
HI
OP
violência expõe que faltam medidas para proteger não apenas a população transgênero, mas também a população
0S
LGBTQIA+ que enfrenta diversos desafios para sua existência. Nota-se que os altos índices de violência contra esse
86
grupo se dão pelo preconceito enraizado na sociedade e pela negligência do poder público, que é ineficaz no combate
13
de tal discriminação.
08
48
Inicialmente, é importante ressaltar que há, no imaginário coletivo, ideais preconceituosos que estigmatizam a
52
população LGBTQIA+. Tal afirmação se dá tendo em vista que apenas em 1990 a homossexualidade deixou de ser
M
categorizada como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que incorre na manutenção da visão
KI
A
de a homosexualidade ser condenável e verificando-se pelo número exorbitante de denúncias de violência contra
HI
esse público. Além disso, a discriminação normaliza a violência contra tal minoria. Em 2017, Dandara Kettley,
OP
0S
travesti cearense, foi brutalmente assassinada, expondo a banalização que há com relação à violência contra tal
86
população, visto que a morte de Dandara ocorreu em uma avenida, enquanto moradores estavam presentes e não
13
agiram para socorrê-la, filmaram e entoaram incentivos para que o espancamento continuasse. Desse modo, o que se
08
vê é que a intolerância impede os cidadãos de sentirem empatia pelo outro, pois não há o reconhecimento de que
48
52
Além do mais, há fatores estruturais que impedem o enfrentamento da violência contra pessoas LGBTs.
KI
Nesse sentido, ao observar as figuras políticas do país, é perceptível que essas são, em grande parte, homens
IA
PH
cisgêneros, muitas vezes ligados à religião ou à bancada evangélica, que se posiciona contra essa comunidade e, por
SO
ter espaço nas decisões políticas, frequentemente, tenta aplicar medidas que os prejudiquem. Desse modo, a falta de
60
representatividade da população LGBTQIA+ provoca um estado de insegurança para esse grupo, que tem seus
38
direitos frequentemente ameaçados, conforme notado pela volta do projeto que propõe a proibição do casamento
81
0
entre pessoas do mesmo sexo, mesmo sendo esse um direito assegurado pelo código civil desde 2017.
48
52
Portanto, para que haja um enfrentamento efetivo da violência contra essa minoria, é imprescindível que o
M
Ministério da Educação promova, em âmbito nacional, uma educação inclusiva que dissemine informações aos
KI
estudantes e à comunidade de forma geral, por meio da inserção de conteúdos sobre discriminação na Base Nacional
HIA
Comum Curricular (BNCC) e nos meios de comunicação de massa. Além disso, é necessário que o Ministério
OP
Público fiscalize a ação dos poderes legislativo, executivo e judiciário, para que ajam de forma laica e condizente
S
60
com os direitos assegurados pela Constituição, independentemente da orientação sexual de cada cidadão. Somente
38
assim o Brasil deixará de ser o país que mais mata pessoas transexuais e travestis no mundo.
1
08
48
52
M
KI
IA
PH
SO