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REDAÇÃO MODELO ENEM – RPA SEMANA 4 - Proposta A

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Recorte Temático: O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A POPULAÇÃO LGBTQIA+ NO

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Em 2021, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou um relatório que informa que o

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Brasil é o país com mais mortes de travestis e transexuais no mundo pelo 14º ano consecutivo. A persistência de tal

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violência expõe que faltam medidas para proteger não apenas a população transgênero, mas também a população

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LGBTQIA+ que enfrenta diversos desafios para sua existência. Nota-se que os altos índices de violência contra esse

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grupo se dão pelo preconceito enraizado na sociedade e pela negligência do poder público, que é ineficaz no combate

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de tal discriminação.

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Inicialmente, é importante ressaltar que há, no imaginário coletivo, ideais preconceituosos que estigmatizam a

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população LGBTQIA+. Tal afirmação se dá tendo em vista que apenas em 1990 a homossexualidade deixou de ser

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categorizada como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que incorre na manutenção da visão

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de a homosexualidade ser condenável e verificando-se pelo número exorbitante de denúncias de violência contra
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esse público. Além disso, a discriminação normaliza a violência contra tal minoria. Em 2017, Dandara Kettley,
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travesti cearense, foi brutalmente assassinada, expondo a banalização que há com relação à violência contra tal
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população, visto que a morte de Dandara ocorreu em uma avenida, enquanto moradores estavam presentes e não
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agiram para socorrê-la, filmaram e entoaram incentivos para que o espancamento continuasse. Desse modo, o que se
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vê é que a intolerância impede os cidadãos de sentirem empatia pelo outro, pois não há o reconhecimento de que
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pessoas homossexuais mereçam acolhimento.


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Além do mais, há fatores estruturais que impedem o enfrentamento da violência contra pessoas LGBTs.
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Nesse sentido, ao observar as figuras políticas do país, é perceptível que essas são, em grande parte, homens
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cisgêneros, muitas vezes ligados à religião ou à bancada evangélica, que se posiciona contra essa comunidade e, por
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ter espaço nas decisões políticas, frequentemente, tenta aplicar medidas que os prejudiquem. Desse modo, a falta de
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representatividade da população LGBTQIA+ provoca um estado de insegurança para esse grupo, que tem seus
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direitos frequentemente ameaçados, conforme notado pela volta do projeto que propõe a proibição do casamento
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entre pessoas do mesmo sexo, mesmo sendo esse um direito assegurado pelo código civil desde 2017.
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Portanto, para que haja um enfrentamento efetivo da violência contra essa minoria, é imprescindível que o
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Ministério da Educação promova, em âmbito nacional, uma educação inclusiva que dissemine informações aos
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estudantes e à comunidade de forma geral, por meio da inserção de conteúdos sobre discriminação na Base Nacional
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Comum Curricular (BNCC) e nos meios de comunicação de massa. Além disso, é necessário que o Ministério
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Público fiscalize a ação dos poderes legislativo, executivo e judiciário, para que ajam de forma laica e condizente
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com os direitos assegurados pela Constituição, independentemente da orientação sexual de cada cidadão. Somente
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assim o Brasil deixará de ser o país que mais mata pessoas transexuais e travestis no mundo.
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