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Túnel de vento
Monografia
Autor
David F. R. Alves
41187 ELM
2 Introdução 2
3 Nomenclatura 3
3.1 Nomenclatura de Asa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.2 Nomenclatura de Perfis Alares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3.3 Constituintes de um Perfil Alar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5 Procedimento Experimental 7
5.1 Túnel de vento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5.2 Procedimento experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
5.3 Obtenção de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
6 Cálculos 8
6.1 Offset . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
6.1.1 AFT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
6.1.2 FORE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
6.1.3 DRAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.2 Velocidade do escoamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6.3 Reynolds . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.4 CL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6.5 CD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
7 Discussão de Resultados 10
Túnel de vento
1 Lista de Símbolos
• RPM - rotações por minuto [rpm]
• CL - coeficiente de Sustentação
• CD - Coeficiente de Arrasto
1
Túnel de vento
2 Introdução
A história da aerodinâmica é um vasto e fascinante ramo da engenharia que se concentra no es-
tudo do movimento do ar e da sua interacção com um corpo sólido. O desejo inerente ao ser humano
de poder voar da mesma forma que os pássaros impulsionou o seu desenvolvimento. Começou com
um estudo conceptual dos engenhos de "Da Vinci", avançando para uma fase de pura experimen-
tação utilizando métodos clássicos de hidrodinâmica e, mais tarde, o desenvolvimento de suportes
matemáticos para perfis alares.
2
Túnel de vento
3 Nomenclatura
3.1 Nomenclatura de Asa
Define-se o bordo de ataque como a secção da asa que primeiro sente o impacto do ar, e o bordo
de fuga como a parte da asa que faz o último toque com o escoamento. A raiz é a parte mais
próxima da fuselagem, enquanto que o bordo marginal é a parte mais distante da fuselagem. Final-
mente, a envergadura pode ser definida como a maior distância entre os pontos das asas de um avião.
3
3.3 Constituintes de um Perfil Alar Túnel de vento
Na Fig. 4, ao olhar para os componentes de um perfil alar, a corda é a distância mais curta
entre as arestas de ataque e evasão (bordo de fuga). Obtivemos o extradorso através do corte do
perímetro do perfil alar na superfície superior, e o intradorso através do corte do perímetro na
superfície inferior. O ângulo de ataque é o ângulo entre a linha de corda e a direcção do movimento
do ar, e é um dos principais responsáveis pela força de sustentação. Forma-se uma linha de flecha
quando todos os pontos do interior do perfil alar estão à mesma distância do intradorso e extradorso.
Como resultado, se o perfil de alar for simétrico, ou seja, se a região do perfil alar abaixo da linha
de corda for a mesma que a região do perfil alar acima dela, a linha do corda coincidirá com a linha
da flecha.
4
4.1 Força de Sustentação Túnel de vento
ρ1 A1 V1 = ρ2 A2 V2 (4.1)
Onde os índices 1 e 2 indicam cada secção, designam a massa específica do fluído, A a área
da secção, e V a velocidade da localização do fluído (assume-se ∆V = 0 e ∆A = 0 no volume de
controlo objecto de estudo). A partir desta equação, pode-se deduzir que uma diminuição na área
da secção leva a um aumento da velocidade do fluído e vice-versa.
A segunda expressão relaciona a variação da pressão com a variação da velocidade do fluido:
dp = −ρV dV (4.2)
Assim p denota pressão, ρ massa especifica, e velocidade V. Analisando-a, descobre-se que à
medida que a velocidade aumenta, a pressão diminui e vice-versa. Combinando o conhecimento de
ambas as equações, conclui-se que a diminuição da área da secção em que um fluido se move leva a
uma diminuição da pressão nessa região.
5
4.3 Coeficientes de Sustentação e de Arrasto Túnel de vento
L
Cl = (4.5)
q∞ S
D
Cd = (4.6)
q∞ S
A pressão dinâmica pode ser calculada da seguinte forma:
2
ρU∞
q∞ = (4.7)
2
Assim, o coeficiente de arrasto fica:
FD
Cd = 1 (4.8)
2
ρV 2 A
Onde FD é a força de arrasto, V é a velocidade a que ocorre o deslocamento do corpo através do
fluído incompressível,ρ a massa específica do fluído e A, a área de secção transversal. A constante
2 , foi inserida para formar a familiar pressão dinâmica.
1
FL
Cl = 1 (4.9)
2
ρV 2 Ap
Onde FL é a força de sustentação, V é a velocidade a que ocorre o deslocamento do corpo através
do fluído incompressível,ρ a massa específica do fluído e Ap , a área projectada máxima da asa.
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Túnel de vento
5 Procedimento Experimental
5.1 Túnel de vento
O túnel aerodinâmico permite investigar o efeito do escoamento do ar no contexto de modelos
que foram especificamente dimensionados para a secção relevante das experiências. O túnel usado
é caracterizado como um circuito aberto uma vez que o ar é descarregado directamente para a
atmosfera, permitindo-nos afirmar que a pressão estática exercida na secção de exercício é quase
idêntica à da atmosfera. Antes de ser aspirado pelo ventilador centrífugo, o ar atmosférico é filtrado
para garantir que não são introduzidas partículas estranhas na integridade estrutural do ventilador
e dos modelos testados.
O túnel tem também uma contração na tubagem antes da secção de ensaios, que pode promover
uma boa direcção de escoamento, permitindo-lhe entrar na secção de ensaios de uma forma estável
e quase uniforme. Esta estabilidade deve-se, em parte, ao facto de o gradiente de pressões no cone
de contenção ser negativo, provocando a separação do escoamento das paredes do túnel. Existe um
equilíbrio aerodinâmico de três componentes ligado ao túnel aerodinâmico que permite determinar
as forças exercidas pelo escoamento sobre o sólido em ensaio, bem como o tempo.
• Instalação de um tubo de Pitot à saída da secção do escoamento, com ligação a uma cadeia
de manómetros, permitirá a obtenção analítica da velocidade a que se encontra o escoamento de ar.
7
5.3 Obtenção de Dados Túnel de vento
Ensaio 1 RPM \Delta h(mm) AFT(N) FORE(N) DRAG(N) AFT(N) FORE(N) DRAG(N)
500 36.3-34.8 2.62 -1.69 1.01 2.23 -2.34 0.97
2.26 -2.35 0.96
Os primeiros valores de AFT, FORE e DRAG correspondem aos zeros, fruto de um efeito
residual que são as forças introduzidas pelo peso da asa. Como resultado, antes da execução de
cada exercício, é necessário os obter para a calibração da balança.
Como o perfil alar em estudo foi posicionado invertidamente, os valores corrigidos ficam:
Ensaio 1 RPM \Delta h(mm) AFT(N) FORE(N) DRAG(N) AFT(N) FORE(N) DRAG(N)
500 36.3-34.8 -2.62 1.69 -1.01 -2.23 2.34 -0.97
-2.26 2.35 -0.96
6 Cálculos
6.1 Offset
O perfil alar não estando sobre efeito de um escoamento possuí no entanto força nos 3 eixos
devido ao seu peso, resultando de um valor inicial a que denominamos "zeros". Tirar o offset con-
siste em retirar aos valores medidos com efeito da força de sustentação e arrasto, os valores dos zeros.
6.1.1 AFT
AF Tz = −2.62N , AF T1 = −2.23N , AF T2 = −2.26N
Sem o offset:
AF T1 +AF T2 0.39+0.36
AF T = 2 ⇐⇒ AF T = 2 ⇐⇒ AF T = 0.375N
6.1.2 FORE
F OREz = 1.69N , F ORE1 = 2.34N , F ORE2 = 2.35N
Sem o offset:
8
6.2 Velocidade do escoamento Túnel de vento
6.1.3 DRAG
DRAGz = −1.01N , DRAG1 = −0.97N , DRAG2 = −0.96N
Sem o offset:
Para ∆h = 36.3mm:
P 948×100
P = ρar RT ⇐⇒ ρar = RT = 287×299.15
= 1.105Kg/m3
s
2g∆hp
U= ρar (6.1)
ρH2O
q
2×9.81×15.913×10−3
U= 1.105 =16.81m/s
1000
Para ∆h = 34.8mm:
P 948×100
P = ρar RT ⇐⇒ ρar = RT = 287×299.15
= 1.105Kg/m3
q
2×9.81×15.255×10−3
U= 1.105 =16.46m/s
1000
16.81+16.46
U= 2 = 16.6350m/s
9
6.3 Reynolds Túnel de vento
6.3 Reynolds
µ = 17.2 × 10−6 Pa.s
ρar U c
Re =
µ
Sendo c=0.152m acorda do perfil alar.
1.105×16.635×0.152
Re = =1.62 × 105
17.2×10−6
6.4 CL
FL
Sendo CL = 1 ρU 2 A , FL =FORE+AFT e Aproj = spar × c = 0.455 × 0.152 = 0.0692m :
2
2 p
FL = 0.655 + 0.375 = 1.03N
2×1.03
CL = = 0.0974
1.105×16.6352 ×0.0692
6.5 CD
FD
Sendo CD = 1 ρU 2 A
2 p
FD = DRAG = 0.045N
2×0.045
CD = = 0.004256
1.105×16.6352 ×0.0692
7 Discussão de Resultados
Os Resultados obtidos são satisfatórios, no entanto como o objecto em estudo é um perfil alar
NACA 0012 simétrico, para o caso de 0º de ataque admite-se que não sofre quaisquer forças de
sustentação ou de arrasto, portanto admite-se que os valores calculados analiticamente embora
próximos da realidade deveriam ser 0.000, concluindo assim que a diferença entre resultado obtido
e o real se deva a erros técnicos relacionados o túnel de vento.
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