Introdução Aos Números Complexos

02/11/2023, 15:17 Introdução aos números complexos
Introdução aos números complexos

Prof.ª Nehab
Descrição
A construção do conceito de número complexo, suas representações

(algébrica e trigonométrica) e suas propriedades operatórias.
Propósito
O entendimento do conceito dos números complexos é fundamental

para os profissionais das Ciências Exatas, garantindo domínio no
desenvolvimento de operações usuais e representações algébricas
fundamentais para a exposição no ensino da Matemática.
Objetivos
Módulo 1
Definir número complexo por meio de sua representação algébrica.
Módulo 2
Operações com números complexos na

forma algébrica
Descrever as operações usuais de números complexos em sua forma
algébrica.
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04348/index.html# 1/51
Módulo 3
Números complexos e sua representação

trigonométrica
Definir a representação trigonométrica de um número complexo.
meeting_room
Introdução
Números Complexos – De onde surgem?
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e

aspectos sobre os números complexos. Vamos lá!
1 - Introdução aos números complexos

Ao final deste módulo, você será capaz de definir número complexo por meio de sua
representação algébrica.
Vamos começar!
video_library
Abordagem intuitiva dos números
complexos
Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e aspectos
que devem ser observados durante a leitura deste módulo. Vamos lá!
Número complexo é complexo?

Como surgiram os números complexos?
Historicamente, tudo começou com uma estranha situação surgida a
partir da fórmula de Tartaglia, que desenvolveu uma formuleta para
determinar raízes de equações do terceiro grau deste tipo:
3
x + px + q = 0
Eis sua fórmula:
2 3 2 3
3 q q p 3 q q p
√ √
x = − + √( ) + ( ) + − − √( ) + ( )
2 2 3 2 2 3
Ocorre que, analisando a equação x 3 − 15x − 4 = 0, por exemplo,

onde p = −15 eq = −4, é fácil perceber que as raízes são 4 e
−2 ± √ 3, pois x 3 − 15x − 4 = (x − 4) (x
2
+ 4x + 1).
Mas, quando substituímos p = −15 eq = −4 na expressão de

Tartaglia, obtemos:
3 3
√ √
x = 2 + √ −121 + 2 − √ −121
No mínimo é uma expressão estranha, pois como seria possível a

ocorrência, duas vezes, da raiz quadrada de -121 (que até aquele
momento não fazia sentido) e o resultado da expressão ser igual a 4?
Ao designar √−1 por i, supondo que essa excentricidade possua

alguma utilidade, admita que "números" como 2 + √−1 = 2 + i e
2 − √ −1 = 2 − i podem ser operados da mesma forma que
expressões do tipo 3 − √2 ou 2 + √3, que possuem um radical.
Teríamos:
3 3 2 2 3
(2 + i) = 2 + 3 ⋅ 2 ⋅ i + 3 ⋅ 2 ⋅ i + i
3
(2 + i) = 8 + 12i − 6 − i
3
(2 + i) = 2 − 11i
Analogamente (2 − i) 3 = 2 + 11i e, então, a expressão anterior
3 3
√ √
x = 2 + √ −121 + 2 − √ −121
resulta em:
3 3
x = √ 2 + 11i + √ 2 − 11i
x = (2 − 11i) + (2 + 11i) = 4
Essa situação curiosa sugeriu a conveniência de se investigar um novo

objeto matemático – expressões do tipo a + bi, sendo a e b números
(reais) com o elemento i sendo tratado com um objeto aparentemente
útil, com a propriedade de i 2 ser igual a −1.
Em verdade, veremos, no desenrolar deste conteúdo, a bela

consequência dessa história: se incluirmos em nossa vida números do
tipo a + bi , onde a e b são números reais, chegaremos ao fantástico
teorema fundamental da Álgebra, que nos garante, em síntese, que, se
ampliarmos o conceito de número dessa forma, toda equação de grau n
possuirá sempre n raízes.
Exemplo 1
Mostre que equação do segundo grau x 2 − 2x + 2 = 0 não possui
raízes reais.
Solução
Veja a demonstração da solução:
2 2
x − 2x + 2 = 0 ⇒ (x − 2x + 1) + 1 = 0
2
⇒ (x − 1) + 1 = 0
2
⇒ (x − 1) = −1
Como não há valor real x − 1 que elevado ao quadrado se iguale a −1,

essa equação não pode possuir raízes (reais...).
Mas note que, se incluirmos o mágico i abordado anteriormente em

nossa discussão, podemos prosseguir o desenvolvimento da forma que
se segue:
⇒ x − 1 = ±√ −1 = ±i
⇒ x = 1 ± i
Ou seja, os números:
1 + i = 1 + √ −1
1 − i = 1 − √ −1
O que chamamos de números complexos são as duas raízes da

equação, como acabamos de ver.
Veja: operando “na marra” essas expressões como operamos com

radicais, obtemos:
2 2
x − 2x + 2 = (1 + i) − 2(1 + i) + 2
2 2 2
x − 2x + 2 = (1 + 2 ⋅ 1 ⋅ i + i ) − (2 − 2i) + 2
2
x − 2x + 2 = [1 + 2i + (−1)] − (2 − 2i) + 2
2
x − 2x + 2 = 2i − 2 − 2i + 2 = 0
Ou seja, 1 + i satisfaz à equação dada.
Experimente, agora, 1 − i.
Exemplo 2
Admitindo que podemos operar a expressão X = (2 − 3i)(3 − 4i)
como operamos radicais, qual será o resultado obtido?
Solução
Como o habitual, multiplicando “todo mundo” do lado esquerdo por

“todo mundo” do lado direito, temos:
X = (2 − 3i)(3 − 4i)
X = 2 ⋅ 3 + 2 ⋅ (−4i) − 3i ⋅ 3 − 3i(−4i)
2
X = 6 − 8i − 9i + 12i
X = 6 − 8i − 9i + 12(−1)
X = (6 − 12) − (8i + 9i)
X = −6 − 17i
Potência da unidade imaginária

O objeto i = √ −1 é chamado de unidade imaginária e, supondo a
definição usual da potenciação, veja o que ocorre quando analisamos a
potência i n quando n é um número natural.
N i
n
1 i
1
= i
2 i
2
= −1
3 i
3
= i
2
⋅ i = (−1) ⋅ i = −i
4 i
4
= i
2
⋅ i
2
= (−1)(−1) = 1
5 i
5 4
= i , i = 1, i = i
6 i
6
= i
4
⋅ i
2
= 1 ⋅ i
2
= −1
7 i
7
= i
4
⋅ i
3
= 1 ⋅ i
3
= −i
8 i
8
= i
4
⋅ i
4
= 1 ⋅ 1 = 1
9 i
9
= i
8
⋅ i = 1 ⋅ i = i
Tabela: Análise da potência i n quando n é um número natural.

Carlos Nehab.
Percebe-se que há uma periodicidade nos valores obtidos de i n . Ou

seja, se n é múltiplo de 4, então i n = 1; se n deixa resto 1 quando
dividido por 4 , então i n = i… e assim por diante.
Exemplo 3
Calcule o inverso de i, ou seja, i −1 … .
Solução
Ora, se nos fosse solicitado racionalizar o denominador da expressão

por exemplo, certamente multiplicaríamos numerador e
3
,
√2
denominador por √2.
Então, é natural, nesse caso, multiplicar numerador e denominador pelo

próprio valor i = √ −1, com objetivo de eliminar o radical.
1 1 i i i
= × = = = −i
2
i i i i −1
Exemplo 4
2 3
Calcule X
i+i +i
= 3
.
i
Solução
Observe que i 3
= −i. Logo, temos:
2 3 2 3 2 3
i + i + i i + i + i i i i
X = = = + +
3
i −i −i −i −i
2
x = −1 − i − i = −i
Representação algébrica de um número complexo

Das discussões anteriores parece razoável ampliar o conceito de
número criando objetos da forma:
z = a + bi
Onde a e b são números reais e i é a nossa raiz de −1, ou melhor, o

objeto i é tal que i 2 = −1.
Nesse caso, dizemos que a é a parte real e b é a parte imaginária do

número complexo z = a + bi.
Se a parte imaginária de um objeto como esse vale zero, ou seja, b = 0,
dizemos que o número complexo se torna um número real (usual).
Claro, essa discussão visa sugerir que nosso propósito

é que tais objetos – os números complexos – sejam
uma extensão dos conhecidos números reais, com os
quais estamos habituados a tratar.
Veja, se:
N - Conjunto dos números naturais.
Z - Conjunto dos números Inteiros.
Q - Conjunto dos números racionais.
R - Conjunto dos números reais.
C - Conjunto dos números complexos.
Então, estamos ampliando progressivamente o conceito de número,

pois:
N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R ⊂ C
Exemplo 5
Determine a parte real e a parte imaginária do complexo resultante do

produto de 1 + i por 1 − i.
Solução
Tratando o produto de 1 + i por 1 − i como tratamos expressões

usuais, obtemos:
z = (1 + i)(1 − i)
z = 1.1 + 1(−i) + i.1 + i(−i)
2
z = 1 − i + i − i = 2
Claro que poderíamos usar o conhecido produto notável,

(A + B)(A − B) = A
2 2
− B . Veja:
2 2
z = (1 + i)(1 − i) = 1 − i = 1 − (−1) = 2
Note que esses objetos são no mínimo curiosos. O

produto de dois números complexos pode ser um
número real usual.
Plano de Argand-Gauss
Representação geométrica de um número complexo
É interessante observar que a representação algébrica de um complexo
explicita duas partes independentes: a real e a imaginária. Assim, surge
a ideia de representar um número complexo identificando-o como um
ponto em um plano especial, chamado de plano de Argand-Gauss.
Em analogia ao plano cartesiano, usamos dois eixos, designados como

eixo real e eixo imaginário (Im), associando o complexo z = a + bi ao
ponto P (a; b). Esse ponto é chamado de afixo do número complexo e,
muitas vezes, identificamos o número complexo pelo segmento
orientado que parte da origem e possui extremidade no ponto P (a; b),
como sugere a imagem a seguir.
Exemplo de representação geométrica no plano de Argand-Gauss.
Exemplo 6
Represente os números complexos indicados no plano de Argand-

Gauss:
z 1 = −2 + i
z 2 = 3i
z 3 = 3 − 2i
z4 = 4
Solução
Basta associar os complexos dados, respectivamente, aos afixos

(pontos) P 1 (−2; 1), P 2 (0; 3), P 3 (3; −2) e P 4 (4; 0)
Exemplo 7
Represente os números complexos indicados no plano de Argand-

Gauss:
z1 = 1
z2 = 1 + i
2
z3 = 1 + i + i
2 3
z4 = 1 + i + i + i
Solução
Note que z 3 = i e z4 = 0.
Logo, os afixos correspondentes são P 1 (1; 0), P 2 (1; 1), P 3 (0; 1) e

P 4 (0; 0):
Módulo e conjugado de um número complexo

É fácil perceber que a representação geométrica de um número
complexo está ligada à representação de vetores (pense na Física
−→
básica). Assim, o comprimento do segmento orientado OP , que
representa o número complexo, é definido como o módulo do número
complexo.
Representação do segmento orientado.
Assim, naturalmente, como aplicação imediata do teorema de Pitágoras,

o módulo do número complexo z = a + bi(a e b são reais) é igual à
hipotenusa do triângulo de catetos |a| e |b|. Ou seja, representando o
módulo de z por |z| temos que:
|z| = √ a + b
2 2
Além disso, definimos como número complexo conjugado z̄, de um

dado número complexo (z = a + bi), como: –
z = a − bi. A imagem a
seguir representa, no plano de Argand- Gauss, os números: complexo (z)
→).
e seu conjugado (z
Representação de um número complexo e de seu conjugado.
Exemplo 8
1+√ 3
Quando tratamos de expressões do tipo ou é comum
2
,
3−√ 2 √ 2−1
racionalizar o denominador, ou seja, expressá-lo sem radicais nos

denominadores.
Nesse caso, o produto notável é:
2 2
(a + b)(a − b) = a − b
Onde temos o quadrado de a e o quadrado de b parece extremamente

útil, pois o radical desaparece ao multiplicar o denominador 3 − √2 por
3 + √ 2, assim como, multiplicando o denominador √2 − 1 por
√ 2 + 1, o radical também desaparece.
Tais expressões, onde o sinal “interno” é trocado, são

chamadas de expressões conjugadas.
Assim, temos:
3 − √2 e 3 + √2
√2 − 1 e √2 + 1
Multiplicando numerador e denominador pelas respectivas expressões

conjugadas dos denominadores, teremos:
2 3 + √2 2(3 + √ 2) 2
× = =
3 − √2 3 + √2 9 − 2 7(3 + √ 2)
1 + √3 √2 − 1
× = (1 + √ 3)(√ 2 − 1)
√2 − 1 √2 − 1
E agora? Percebeu por que o complexo z̄ = a − bi é chamado de

complexo conjugado de z = a + bi?
Exemplo 9
O que acontece se multiplicarmos (como fazemos com radicais usuais)

um número complexo z por seu conjugado –
z?
Solução
Veja a solução a seguir:
–
z ⋅ z = (a + bi)(a − bi)
– 2 2
z ⋅ z = a − (bi)
– 2 2 2
z ⋅ z = a − b i
– 2 2
z ⋅ z = a − b (−1)
– 2 2
z ⋅ z = a + b
Eis, então, que percebemos uma propriedade curiosa: o produto de um

número complexo pelo seu conjugado é igual ao quadrado de seu
módulo.
Exemplo 10
Se z e w são números complexos, mostre, intuitivamente, que o

conjugado da soma de dois complexos é igual à soma dos conjugados
–
– –
z + w = z + w. das parcelas, ou seja,
Interprete esse resultado graficamente.
Solução
Podemos justificar essa propriedade algebricamente. Por exemplo, se

z = a + bi ew = c + di, então, sucessivamente:
z + w = (a + c) + (b + d)i
–
z + w = (a + c) − (b + d)i
–
z + w = (a − bi) + (c + di)
–
z + w = z̄ + w̄
Sabemos que os afixos de um complexo e de seu conjugado são pontos

simétricos com relação ao eixo real no plano Argand-Gauss.
Exemplo 11
Determine o conjunto-solução da equação x 2 + 4x + 5 = 0 no campo

dos complexos.
Solução
Os produtos notáveis (a ± b) 2 = a
2
± 2ab + b
2
são a chave para
resolver equações do segundo grau sem apelar para formuletas.
Se conseguirmos ajustar a expressão x 2 + 4x como um quadrado de

um binômio, conseguiremos operar algebricamente a equação de uma
forma interessante:
2 2
x + 4x + 5 = (x + 4x + 4) + 1
Onde x 2 + 4x + 4 é o quadrado procurado.
Então:
2 2
x + 4x + 5 = (x + 4x + 4) + 1
2 2
x + 4x + 5 = (x + 2) + 1
Ou seja,
2 2
x + 4x + 5 = 0 → (x + 2) + 1 = 0
02/11/2023, 15:17
Exemplo 12
Resolva a equação x 4
Solução
Observe que se x 4
Daí temos que:
x
2
= 1
= ±1 → ⎨
⎪
= 1
→ (x + 2)
→ x = −2 ± i
Logo, o conjunto-solução da equação é S
então x 2
que seus afixos constituem um quadrado.
Exemplo 13
Resolva a equação x 3
Solução
Analisando a igualdade x 3
Veja:
Ou seja:
a
3
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/04348/index.html#
= 1
que o único x que a satisfaz é x
± b
x
3
3
x
2
x
→ x + 2 = ±√ −1
→ x + 2 = ±i
2
2
= ±1.
= −1
no campo dos complexos.
no campo dos complexos.
= 1,
números, mas complexos, cujo cubo também vale 1.
Esse exemplo sugere a importância de estarmos

atentos aos produtos notáveis básicos.
= (a ± b) (a
= 1 → x
= {−2 + i; −2 − i}.
= 1 → x = ±1 ou
= −1 → x = ±√ −1 = ±i
Representando as quatro soluções no plano de Argand-Gauss, vemos
sem dúvida, somos tentados a concluir

= 1.
3
Mas, curiosamente, há outros
Uma forma de percebermos esse fato, algebricamente, é lembrarmos do

produto notável:
2∓ab
− 1 = 0
2
+ b )
13/51
02/11/2023, 15:17
Então:
Ou seja:
x
3
− 1 = 0
(x − 1) (x
Então, de fato, além da raiz x
x
2
x +
2
+ x + 1) = 0 → ⎨
analisar quais complexos satisfazem à equação x 2

x
2
+ x
= 1,
é um quadrado perfeito se adicionamos
x
2
+ x + 1 = (x
+ x + 1 = (x +
2
= ±√ −
x = −
1
2
2
+ x +
Perceba a representação no plano de Argand-Gauss das três raízes

obtidas.
Representação das raízes no plano de Argand-Gauss.
Note o fato de que os três afixos dos complexos encontrados formam

um triângulo equilátero. Certamente não é uma coincidência, que, no
entanto, só investigaremos mais adiante.
library_add_check
1
= ±
√3
2
⎪
⎧ x − 1 = 0 ou
que anula x − 1
i
x
√3
2
) +
2
+ x + 1
i
.
4
= 0,
4
precisamos
+ x + 1 = 0.
Veja:
3
Mas
14/51
Mão na massa
Questão 1
k=100
O valor do somatório S = ∑
k=1
(i
3k
) vale:
A i
B -i
C 1
D -1
E 0
Parabéns! A alternativa E está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph%20u-text--medium%20c-table%20u-centered%20my-
4'%3E%20%24%24S%3Di%5E%7B3%7D%2Bi%5E%7B6%7D%2Bi%5E%7B9%7D%2B%5Ccdots%2Bi%5E%7B300%
paragraph%20u-text--
medium'%3E%20Ora%2C%20utilizando%20do%20cl%C3%A1ssico%20artif%C3%ADcio%20%E2%80%9Cmultipli
4'%3E%5C(S%3Di%5E%7B3%7D%2Bi%5E%7B6%7D%2Bi%5E%7B9%7D%2B%5Ccdots%2Bi%5E%7B300%7D%5C)
4'%3E%5C(i%5E%7B3%7D%20S%3Di%5E%7B6%7D%2Bi%5E%7B9%7D%2Bi%5E%7B12%7D%2B%5Ccdots%2Bi%
medium'%3ESubtraindo%20essas%20express%C3%B5es%2C%20obtemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%
4'%3E%5C(i%5E%7B3%7D%20S-S%3Di%5E%7B303%7D-
i%5E%7B3%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%5C(S%5Cleft(i%5E%7B3%7D-
1%5Cright)%3Di%5E%7B3%7D%5Cleft(i%5E%7B300%7D-
1%5Cright)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
medium'%3EMas%20%5C(i%5E%7B300%7D%3D1%20%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20
medium'%3ELogo%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
4'%3E%5C(S%5Cleft(i%5E%7B3%7D-
1%5Cright)%3Di%5E%7B3%7D(1-
1)%3D0%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
Questão 2
O valor de (1 + i) 99 /2 49 é igual a:
A i
B 1+i
C -1+i
D 1-i
E -1-i
Parabéns! A alternativa C está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
medium'%3ECalculando%20%5C((1%2Bi)%5E%7B2%7D%5C)%20obtemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B2%7D%3D1%2B2%20i%2Bi%5E%7B2%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%2
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B2%7D%3D1%2B2%20i%2B(-1)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B2%7D%3D2%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
medium'%3EEnt%C3%A3o%2C%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%2
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B99%7D%3D%5Cleft%5B(1%2Bi)%5E%7B2%7D%5Cright%5D%5E%7B49%7D%20%5Ct
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B99%7D%3D%5B2%20i%5D%5E%7B49%7D%20%5Ctimes(1%2Bi)%5C)%3C%2Fp%3E%
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B99%7D%3D2%5E%7B49%7D%20%5Ccdot%20i%5E%7B49%7D%20%5Ctimes(1%2Bi)
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B99%7D%3D2%5E%7B49%7D%20%5Ccdot%5Cleft(i%5E%7B4%7D%5Cright)%5E%7B%
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B99%7D%3D2%5E%7B49%7D%20%5Ccdot%20i%20%5Ctimes(1%2Bi)%5C)%3C%2Fp%
medium'%3ELogo%2C%3C%2Fp%3E%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B99%7D%20%2F%202%5E%7B49%7D%3D%5Cfrac%7B2%5E%7B49%7D%20%5Ccdot
4'%3E%5C((1%2Bi)%5E%7B99%7D%20%2F%202%5E%7B49%7D%3Di(1%2Bi)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%2
4'%3E%5C(%5Cfrac%7B(1%2Bi)%5E%7B99%7D%7D%7B2%5E%7B49%7D%7D%3D-
1%2Bi%5C)%20%3C%2Fp%3E%20%0A%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
Questão 3
Representando os complexos z 1 = 2 + i e z2 = iz 1 no plano de

Argand-Gauss, é fácil perceber que o menor ângulo entre as setas
que os representam vale:
A 30º
B 45º
C 60º
D 90º
E 120º
Parabéns! A alternativa D está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAs%20representa%C3%A7%C3%B5es%20de%20%5C(z_%7B1%7D%3D2%2Bi%5C)%20e%20%5C(
1%2B2%20i%5C)%20s%C3%A3o%20imediatas%2C%20conforme%20mostra%20a%20imagem.%20Mas%20com
Questão 4
Intuitivamente, a soma dos números complexos z1 e z2,
representados no plano de Argand-Gauss, vale:
A 3+i
B 1-3i
C 1+3i
D 3+3i
E 3-i

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EOs%20complexos%20indicados%20s%C3%A3o%20%5C(z_%7B1%7D%3D-
3%2B4%20i%5C)%20e%20%5C(z_%7B2%7D%3D4-
i%5C).%20Assumindo%20que%20a%20soma%20dos%20n%C3%BAmeros%20complexos%20segue%20a%20m
4'%3E%5C(z_%7B1%7D%2Bz_%7B2%7D%3D(-3%2B4%20i)%2B(4-
i)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20
4'%3E%5C(z_%7B1%7D%2Bz_%7B2%7D%3D(-3%2B4%20%5Csqrt%7B-
1%7D%2B(4-%5Csqrt%7B-
1%7D)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp
4'%3E%5C(z_%7B1%7D%2Bz_%7B2%7D%3D(-3%2B4)%2B(4-
1)%20%5Csqrt%7B-
1%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp
4'%3E%5C(z_%7B1%7D%2Bz_%7B2%7D%3D1%2B3%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%
medium'%3ENote%2C%20na%20imagem%2C%20que%20em%20analogia%20%C3%A0%20soma%20de%20veto
image%20src%3D%22img%2Fimg024.jpg%22%20alt%3D%22%22%20title%3D%22Carlos%20Nehab.%22%20loa
image%3E%20%3Cbr%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
Questão 5
Qual o valor do módulo do complexo z = (3 + i)/(1 + 3i) ?
A 1
B 2
C √10
D √5
E √2
Parabéns! A alternativa A está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%E2%80%9CRacionalizando%20o%20denominador%E2%80%9D%2C%20obtemos%3A%3C%2Fp
4'%3E%5C(z%3D%5Cfrac%7B3%2Bi%7D%7B1%2B3%20i%7D%20%5Ctimes%20%5Cfrac%7B1-
3%20i%7D%7B1-
3%20i%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%5C(z%3D%5Cfrac%7B(3%2Bi)(1-
3%20i)%7D%7B1%5E%7B2%7D-
(3%20i)%5E%7B2%7D%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
4'%3E%5C(z%3D%5Cfrac%7B3-9%20i%2Bi-
3%20i%5E%7B2%7D%7D%7B10%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%5C(z%3D%5Cfrac%7B6-
8%20i%7D%7B10%7D%3D%5Cfrac%7B3%7D%7B5%7D-
%5Cfrac%7B4%20i%7D%7B5%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
medium'%3EEnt%C3%A3o%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
4'%3E%5C(%7Cz%7C%3D%5Csqrt%7B%5Cleft(%5Cfrac%7B3%7D%7B5%7D%5Cright)%5E2%2B%5Cleft(%5Cfrac
medium'%3EObserve%20que%20resultado%20curioso!%20Veja%2C%20os%20m%C3%B3dulos%20de%20%5C(
Questão 6
Se z = 3 + i ew = 1 + 2i , qual o menor ângulo de suas
representações geométricas?
A 30º
B 45º
C 60º
D 75º
E 90º
Parabéns! A alternativa B está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EConfira%20a%20resolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20quest%C3%A3o%20no%20v%C3%ADdeo%2
video-
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video-
player%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
note_alt_black
Teoria na prática
Determine, na forma a + bi, o complexo (1 + i) 3 + (1 − i)
3
.
Mostrar solução expand_more
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A soma i 7 + i
14
+ i
21
vale:
A 0
B 1
C -1
D i
E -i

%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Baligned%7
1-
i)%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%26i%5E%7B7%7D%2Bi%
i%5E%7B8%7D%3D-
1%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cend%7Baligned%7D%0A%20%20%
Questão 2
Se z = −2 + i ew , calculando graficamente v
= 4 + i = 2z + w
obtemos:
A 3i
B 1+i
C 3
D 1-i
E 0

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20imagem%20%C3%A9%20autoexplicativa.%20Conte%20quantos%20quadradinhos%20tem%
medium'%3E%5C(v%3D3%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
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image%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
2 - Operações com números complexos na forma algébrica

Ao final deste módulo, você será capaz de descrever as operações usuais de números
complexos em sua forma algébrica.
Vamos começar!
video_library
Operando números complexos
Operações na forma algébrica:

adição e multiplicação
Operação de adição de números complexos
As discussões anteriores sugerem que a definição “adequada” para a
soma de dois números complexos deve ser análoga à forma como
somamos expressões com radicais.
Então, naturalmente, ao somar dois números complexos, devemos fazê-

lo somando, de forma independente, suas partes reais e suas partes
imaginárias. Ou seja, se z = a + bi ew = c + di, a soma z + w é
dada por:
z + w = (a + c) + (b + d)i
Da mesma forma, a definição adequada para a diferença entre os dois

z − w é dada por:
z − w = (a − c) + (b − d)i
Claro que há outra inspiração para a definição da soma de dois

complexos.
Atenção!
Vale lembrar da forma como somamos dois vetores, a conhecida regra

do paralelogramo.
Perceba a analogia direta entre representação de vetores e de

complexos e as componentes do vetor e as partes real e imaginária dos
complexos parcelas.
Representação de vetores no plano complexo.
As propriedades da operação de adição de números complexos são

análogas às propriedades usuais da adição de número reais, ou seja, se
z, w e u são números complexos que valem a comutatividade e
associatividade.
A comutatividade
z + w = w + z
A associatividade
(z + w) + u = z + (w + u)
Exemplo 1
Chamamos de oposto ou simétrico de um número real x o número real

−x, de tal forma que a soma de um real com seu oposto vale 0 (zero):
x + (−x) = 0
Da mesma forma, o oposto de um número complexo z = a + bi é

representado por −z, e definido por −a+ (−b)i e, também nesse caso,
z + (−z) = 0.
Qual, então, é a representação no plano de Argand-Gauss do complexo

oposto a um complexo dado?
Solução
Veja na próxima imagem que sugere que os afixos P e P ′ ,
respectivamente, de z e −z, são simétricos com relação à origem.
Exemplo 2
Dados os complexos z = 3 + 4i ew = 5 + 12i, represente no plano

de Argand-Gauss os complexos z + w e z − w.
Solução
A imagem a seguir mostra o caso geral da soma e da diferença entre

dois complexos z e w associadas às diagonais de paralelogramos.
Faça a representação de z + w e z − w com os dados do exemplo

sabendo que:
⎧ z = 3 + 4i ⎧z + w = 8 + 16i
⎨ → ⎨
⎩ ⎩
w = 5 + 12i z − w = −2 − 8i
Exemplo 3
Dados os complexos z = 3 + 4i ew = 7 + 12i, calcule os módulos

dos complexos z, w e z + w, verificando que |z + w| ≤ |z| + |w|, ou
seja, o módulo da soma é menor ou igual à soma dos módulos. Essa
desigualdade é sempre válida? Justifique.
Solução
Veja a solução na demonstração a seguir:
z = 3 + 4i ⇒ |z| = √ 3 + 4 = 5
2 2
√ 2 2
z = 7 + 12i ⇒ |z| = 7 + 12 = 13
Mas:
z + w = (3 + 7) + (4 + 12)i = 10 + 16i
Logo:
√ 2 2
|z + w| = 10 + 16 = 2√ 89 ≅ 13, 43
Então, de fato:
|z + w| ≅ 13, 43 ≤ |z| + |w| = 18
E, de fato, essa desigualdade é, na verdade, uma propriedade geral e

consequência imediata do fato de que um lado de um triângulo é
sempre menor ou igual à soma dos outros dois.
O módulo da soma de dois de números complexos é

sempre menor ou igual à soma dos módulos dos
números complexos parcelas.
Operação de multiplicação de números complexos

Ao calcularmos o produto de duas expressões como 2 + √3 e
3 − √ 2, sabemos que, em essência, multiplicamos “todo mundo” da
primeira parcela por “todo mundo” da segunda parcela, assim:
(2 + √ 3)(3 − √ 2) =
= [2.3 + 2(−√ 2)] + [√ 3.3 + √ 3 ⋅ (−√ 2)]
= 6 − 2√ 2 + 3√ 3 − √ 6
Então, ao multiplicarmos dois complexos z = a + bi ew = c + di,
seguindo essa mesma estratégia, obtemos, naturalmente:
z ⋅ w = (a + bi)(c + di)
2
= ac + adi + bic + bdi
= (ac − bd) + (ad + bc)i
E essa expressão será exatamente a definição do produto dos

complexos z = a + bi ew = c + di.
Fica a pergunta natural se o produto assim definido

possui alguma interpretação no plano de Argand-
Gauss. E, além disso, se a operação, assim definida, a
torna uma operação comutativa e associativa, por
exemplo.
Vejamos algumas respostas nos exemplos que se seguem.
Exemplo 4
Se z = 2 + i ew = 1 − 3i, calcule zw e represente z, w e zw no

plano de Argand-Gauss.
Solução
Veja o cálculo e a representação a seguir.
zw = (2 + i)(1 − 3i)
2
zw = 2 − 6i + i − 3i
zw = 2 − 6i + i + 3
zw = 5 − 5i = 5(1 − i)
Efetue wz e perceba que, de fato, wz = zw.
A próxima imagem ilustra as representações de z, w e zw.
Ora, pelo teorema de Pitágoras, temos:
|z| = √ 2 + 1 = √ 5
2 2
|w| = √ 3 + 1 = √ 10
2 2
|zw| = √ 5 + 5 = √ 50 = 5√ 2
2 2
Curiosamente, |z| ⋅ |w| = √ 5 ⋅ √ 10 = 5√ 2 = |zw|
Será que, em geral, essa relação se mantém? Isto é, o

módulo do produto de dois complexos é igual ao
produto dos módulos desses complexos?
A resposta é sim, e essa propriedade pode ser facilmente demonstrada.

Veja: se z = a + bi ew = c + di temos:
zw = (ac − bd) + (ad + bc)i
E daí sucessivamente:
2 2
|zw| = √ (ac − bd) + (ad + bc)
|zw| = √ a c − 4abcd + b d + a d + 4abcd + b c

2 2 2 2 2 2 2 2
|zw| = √ a c + b d + a d + b c
2 2 2 2 2 2 2 2
2 2 2 2 2 2
|zw| = √ a (c + d ) + b (c + d )
2 2 2 2
|zw| = √ (a + b ) (c + d )
|zw| = √ a + b ⋅ √ c + d
2 2 2 2
|zw| = |z| ⋅ |w|
Exemplo 5
Calcule o módulo do complexo definido por:
02/11/2023, 15:17
Solução
Daí, como |2 + i|
Exemplo 6
= √ 5,
z = (2 + i)
segue-se que
∣
12
É trabalhoso determinar a parte real e a parte imaginária de z para, a

seguir, calcular seu módulo. Imagine se o expoente fosse 50, e não 12.
Mas perceba que |zw| = |z| ⋅ |w| e z n é o produto de z por si mesmo n
vezes. Logo, podemos concluir que o |z n | = |z|
(2 + i)
A multiplicação também “herda”, de certa forma, as

propriedades da comutatividade e da associatividade
da multiplicação entre os números reais? E a
distributividade da multiplicação com relação à
adição?
n
12
Já observamos que a operação de adição de números complexos é

comutativa e associativa.
.
= (√ 5)
A resposta é afirmativa e é fácil perceber que, se z, w e u são números

complexos, temos:
Comutatividade
Associatividade
Distributividade
Exemplo 7
Determine o módulo da soma:
Solução
z × w = w × z
(z × w) × u = z × (w × u)
z × (w + u) = z × w + z × u
S = (1 − i) + (1 − i)
e
(w + u) × z = w × z + w × u
2
+ ⋯ + (1 − i)
A estratégia para calcular somas dessa natureza, em essência uma

progressão geométrica no campo dos números complexos, é multiplicar
a soma pela razão, que vale 1 − i.
10
12 6
= 5 .
27/51
Calculando (1 − i)S − S = −iS, obtemos:
11
− iS = (1 − i) − (1 − i)
1
S =
11
−i [(1 − i) − (1 − i)]
11
S = i [(1 − i) − (1 − i)]
De (1 − i) 2 = −2i, obtemos:
11 5
(1 − i) = (−2i) (1 − i)
11 5
(1 − i) = −32i (1 − i)
11
(1 − i) = 32(1 − i)
Substituindo em S, obtemos:
11
S = i [(1 − i) − (1 − i)]
S = i[32(1 − i) − (1 − i)]
S = 31i[1 − i]
Logo:
|S| = 31 ⋅ |i| ⋅ |1 − i| = 31√ 2
Operação de divisão: uso do complexo conjugado

Se desafiado a simplificar a fração:
√3
2 + √3
Você certamente multiplicaria numerador e denominador pela

expressão conjugada do denominador, ou seja, por 2 − √3, com o
objetivo de eliminar o radical do denominador.
É a partir dessa observação que podemos definir a divisão entre o

complexo z = a + bi e o complexo w = c + di(z ≠ 0) de forma
natural:
02/11/2023, 15:17
Exemplo 8
Note que |z|

e, de fato,
Exemplo 9
Solução
√ (−
w
=
z
w
w
w
z
Determine o quociente entre z

módulo do complexo quociente.
Solução
Veja o cálculo a seguir:
Veja o cálculo a seguir:

|w|
2
=
=
=
E o módulo do quociente é dado por:
1
)
= √ 1 + 3 = √ 10
|z|
′
2
a + bi
c + di
a + bi
c + di
1 + 3i
2 − i
1 + 3i
2 − i
1 + 3i
2 − i
+ (
pois √2
7
2 − i
∣
+ d
3 + 4i
Também, como consequência da definição de quociente entre

complexos, é simples mostrar
w
=
z
= −
Determine a parte real e a parte imaginária do complexo:

c − di
c − di
(ac + bd) + (bc − ad)i
(ac + bd)
2
c
2
2
quociente entre dois complexos é igual ao quociente dos módulos

desses complexos.
= 1 + 3i
= √
⋅
+ d
1 + 3i
2 − i
2
(bc − ad)
|w|
|z|
2 + i + 6i + 3i
5
+
e que |w|
√ 10
√5
3 − 4i
1 + 3i
′
25
2
por w
1
+ d
7i
5
2
2 + i
2
⋅ i
ou seja, o módulo do
⋅
= 2 − i,
2 + i
49
25
2
= √2
2
bem como o
= √ 2 + (−1) = √ 5
29/51
2
2 − i 3 − 4i 6 − 8i − 3i + 4i
⋅ =
2
3 + 4i 1 + 3i 3 + 9i + 4i + 12i
2 − i 3 − 4i 6 − 8i − 3i − 4
⋅ =
3 + 4i 1 + 3i 3 + 9i + 4i − 12
2 − i 3 − 4i 2 − 11i
⋅ =
3 + 4i 1 + 3i −9 + 13i
2 − i 3 − 4i 2 − 11i −9 − 13i
⋅ = ⋅
3 + 4i 1 + 3i −9 + 13i −9 − 13i
2 − i 3 − 4i −18 − 26i + 99i − 143

⋅ =
3 + 4i 1 + 3i 81 + 169
2 − i 3 − 4i −161 + 73i
⋅ =
3 + 4i 1 + 3i 250
2 − i 3 − 4i −161 72
⋅ = + i
3 + 4i 1 + 3i 250 250
Logo, a parte real vale e a parte imaginária,

−161 72
.
250 250
Exemplo 10
Determine o módulo do complexo:
15 20
(1 + 2i) ⋅ (2 − i)
u =
16
(3 + 4i)
Solução
Naturalmente, o cálculo das partes real e imaginária do complexo u é

inviável. Mas o uso das propriedades que envolvem o módulo do
produto e o módulo do quociente entre dois complexos simplifica a
solução.
15 20
(1 + 2i) ⋅ (2 − i)
|u| =
16
(3 + 4i)
15 20
|1 + 2i| ⋅ |2 − i|
|u| =
16
|3 + 4i|
15 20
√5 ⋅ √5
|u| = = 5√ 5
16
5
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Qual é o valor do módulo do complexo z = i(2 − 3i) − 4 + 3i ?
A 3
B √10
C 4√4
D √26
E 6

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20express%C3%A3o%20desejada%20%C3%A9%20dada%20por%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%2
4'%3E%5C(z%3Di(2-
3%20i)-4%2B3%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%5C(z%3D2%20i-3%20i%5E2-
4%2B3%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
4'%3E%5C(z%3D2%20i%2B3-
4%2B3%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
4'%3E%5C(z%3D-
1%2B5%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
4'%3EPortanto%2C%20%5C(%7Cz%7C%3D%5Csqrt%7B(-1)%5E2%2B5%5E2%7D%3D%5Csqrt%7B26%7D%5C).%
Questão 2
Qual o módulo do complexo produto dos números complexos z 1 e

z2 , representados no plano de Argand-Gauss?
A 1
B √2
C 2
D √5
E 5√17

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
4'%3EOs%20complexos%20indicados%20s%C3%A3o%20%5C(z_1%3D-
3%2B4%20i%5C)%20e%20%5C(z_2%3D4-
i.%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
medium'%3ELogo%3A%3C%2Fp%3E%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class
4'%3E%5C(z_1%20%5Ccdot%20z_2%3D(-3%2B4%20i)(4-i)%3D-
8%2B19%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
4'%3E%5C(z_1%20%5Ccdot%20z_2%3D-12%2B3%20i%2B16%20i-
4%20i%5E2%3D-
8%2B19%20i%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
medium'%3EEnt%C3%A3o%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20c
4'%3E%5C(%5Cleft%7Cz_1%20%5Ccdot%20z_2%5Cright%7C%3D%5Csqrt%7B(-8)%5E2%2B19%5E2%7D%3D%5
4'%3E%5C(%5Cleft%7Cz_1%20%5Ctimes%20z_2%5Cright%7C%3D%5Csqrt%7B425%7D%3D5%20%5Csqrt%7B1
Questão 3
O módulo do complexo (1 + i) 99 é igual a:
A 2
49
B 2
98
C 2
49
√2
D 2
98
√2
E
99
2

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EUsando%20a%20propriedade%20%5C(%5Cleft%7Cz%5En%5Cright%7C%3D%7Cz%7C%5En%5C)
4'%3E%5C(%5Cleft.%7C1%2Bi%7C%5Cleft(%3D%5Csqrt%7B2%7D%20%5CLongrightarrow%5Cleft%7C(1%2Bi)%
medium'%3ELogo%2C%20%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
4'%3E%5C(%5Cleft%7C(1%2Bi)%5E%7B99%7D%5Cright%7C%3D(%5Csqrt%7B2%7D)%5E%7B99%7D%3D2%5E%
Questão 4
Se x é um real entre 0 e 2 , inclusive entre os complexos da forma

z = −1 + xi , qual o módulo do complexo de maior módulo?
A 1
B √2
C 2
D √5
E 3

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%5C(%7Cz%7C%3D%5Csqrt%7B(-1)%5E2%2Bx%5E2%7D%3D%5Csqrt%7Bx%5E2%2B1%7D%5C)%3C%2Fp
medium'%3EMas%20se%20%5C(x%5C)%20varia%20entre%200%20e%202%2C%20o%20maior%20valor%20pos
Questão 5
100
Qual é o valor do módulo do complexo u = (
3−i
1+3i
) ?
A 1
B 2
C √10
D √5
E √2

%0A%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAssista%20ao%20v%C3%ADdeo%20para%20conferir%20a%20resolu%C3%A7%C3%A3o%20da%
video-
player%20src%3D%22https%3A%2F%2Fplay.yduqs.videolib.live%2Findex.html%3Ftoken%3Df5d2d14f4fab490d
VID2%22%3E%3C%2Fyduqs-video-
player%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
Questão 6
Sabendo que x é um número real arbitrário, determine o menor

valor possivel do módulo do complexo z = (1 − x) + xi .
A 1/2
B 1
C
√2
D √2
E √3

%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%
video-
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player%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
note_alt_black
Teoria na prática
Se z = −2 + i ew , calcule o módulo do complexo dado por:
= 4 + i
wz̄(w̄ + z)
u =
zw̄(z̄ + w)
Questão 1
A parte imaginária do complexo z, expresso por

z = (2 + i)(4 − 3i) + (2 − i)(4 + 3i) vale:
A 0
B 1
C 2
D -1
E -2

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20a%20resposta%20do%20c%C3%A1lculo%20da%20quest%C3%A3o%3A%3C%2Fp%3E%0
4'%3E%5C(z%3D(2%2Bi)(4-3%20i)%2B(2-i)
(4%2B3%20i)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
4'%3E%5C(z%3D%5Cleft(8-6%20i%2B4%20i-
3%20i%5E2%5Cright)%2B%5Cleft(8%2B6%20i-4%20i-
3%20i%5E2%5Cright)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
4'%3E%5C(z%3D2%5Cleft(8-
3%20i%5E2%5Cright)%3D22%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
Questão 2
Determine o módulo do seguinte complexo:
3 3
5 (1−i) +(1+i)
u = (1 + 2i) ⋅ 4
(2−i)
A 1
B √5
C 4√ 5
D 4
E 4√5

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EVeja%20a%20resposta%20do%20c%C3%A1lculo%20da%20quest%C3%A3o%3A%3C%2Fp%3E%0
4'%3E%5C((1-i)%5E3%2B(1%2Bi)%5E3%3D%5Cleft(1-
3%20i%2B3%20i%5E2-
i%5E3%5Cright)%2B%5Cleft(1%2B3%20i%2B3%20i%5E2%2Bi%5E3%5Cright)%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%2
4'%3E%5C((1-
i)%5E3%2B(1%2Bi)%5E3%3D%5Cleft(2%2B6%20i%5E2%5Cright)%3D-
4%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20c
medium'%3EDa%C3%AD%2C%20%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%5C(%5Cleft%7C(1-
i)%5E%7B3%7D%20%2B(1%2Bi)%5E%7B3%7D%20%5Cright%7C%3D4%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%
medium'%3EObserve%20que%20n%C3%A3o%20%C3%A9%20necess%C3%A1rio%20calcular%20o%20valor%20
medium'%3EVeja%3A%20%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
4'%3E%5C(%7C1%2B2%20i%7C%3D%5Csqrt%7B5%7D%5C)%20e%20%5C(%7C2-
i%7C%3D%5Csqrt%7B5%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
medium'%3EPor%C3%A9m%2C%20analisamos%20duas%20propriedades%20%C3%BAteis%2C%20ou%20seja%
4'%3E%5C(%7Cz%20w%7C%3D%7Cz%7C%20%5Ccdot%20%7Cw%7C%20e%20%7Cz%20%2F%20w%7C%3D(%7
4'%3E%5C(%7Cu%7C%3D(%5Csqrt%7B5%7D)%5E5%20%5Ccdot%20%5Cfrac%7B%7C-
4%7C%7D%7B(%5Csqrt%7B5%7D)%5E4%7D%3D4%20%5Csqrt%7B5%7D%5C)%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%
3 - Números complexos e sua representação trigonométrica

Ao final deste módulo, você será capaz de definir a representação trigonométrica de um
número complexo.
Vamos começar!
video_library
A mágica da representação
trigonométrica
Forma trigonométrica de um
complexo
Argumento de um número complexo
A representação de números complexos no plano de Argand-Gauss
sugere que aprofundemos aspectos interessantes dessa representação.
Na próxima imagem, o ponto P 1 é o afixo do complexo z 1 = 3 + 3i eo
−→
ângulo α assinalado indica o ângulo que o segmento orientado OP
forma com o eixo horizontal (eixo da parte real).
Representação de números complexos no plano de Argand-Gauss.
Esse ângulo é chamado de argumento do complexo e, nesse caso,

naturalmente, α No entanto, qualquer ângulo côngruo com α é
∘
= 45 .
também chamado de argumento de z 1 : por exemplo, 405 ou −315

∘ ∘
.
A terminologia usual reserva o nome de argumento

principal de um complexo ao argumento limitado ao
intervalo ] − 180 ∘ ; 180 ∘ ] ou, se medido em radianos,
no intervalo ] −π; π].
A imagem a seguir indica os argumentos principais de z i , z 2 , z 3 e z 4 ,

cujos afixos estão em cada um dos quatro quadrantes.
Argumentos principais de Z i , Z 2 , z 3 e Z 4 com afixos em cada um dos quatro quadrantes.
Exemplo 1
Na próxima imagem, o ângulo α assinalado vale 30 e o raio do círculo

∘
vale uma unidade. Determine os argumentos principais de cada

complexo Z i , cujo afixo é P i (i = 1 a 12).
Solução
Como o argumento principal de um complexo se situa no intervalo ]

∘
−180 ; 180 ],
∘
a solução é imediata:
Afixo Argumento Principal
∘
P1 30
∘
P2 60
∘
P3 90
∘
P4 120
∘
P5 150
∘
P6 180
Tabela: 1 – Relação afixo e argumento principal.

Carlos Nehab.
∘
P7 −150
∘
P8 −120
∘
P9 −90
∘
P 10 −60
∘
P 11 −30
∘
P 12 0
Tabela: 2 – Relação afixo e argumento principal.

Carlos Nehab.
Exemplo 2
Se o módulo de um complexo vale 2 e seu argumento principal é 30º,

qual a sua parte real e qual a sua parte imaginária?
Solução
Naturalmente, a definição de seno e cosseno resolve imediatamente a
questão, pois seno (cosseno) é a razão entre o cateto oposto
(adjacente) e a hipotenusa.
Veja os cálculos a seguir:
1
∘ ∘
sen 30 = b/ 2 → b = 2 sen 30 = 2 × = 1
2
√3
cos 30% = a/2 → a = 2 cos 30% = 2 × = √3
2
Forma trigonométrica
O exemplo anterior sugere que, dados o módulo r e um argumento α de
um complexo, seu afixo está determinado, ou seja, o complexo está
determinado. Basta notar que, em qualquer quadrante em que esteja o
afixo do complexo z = a + bi, sempre teremos:
a = r ⋅ cos α
b = r ⋅ sen α
Como consequência:
z = a + bi
z = r ⋅ cos α + ir ⋅ sen α
z = r ⋅ (cos α + i sen α)
Usamos uma notação curiosa para escrever essa expressão de forma

compacta: criamos a sigla cis onde c vem de cosseno, a letra i é a
unidade imaginária, e a letra S, de seno.
Então, em vez de escrever isto:
z = r. (cosα + i sen α)
Escrevemos apenas isto:
z = r ⋅ cis α
Exemplo 3
Escreva, na forma trigonométrica, o complexo z = 1 + √ 3i.
A imagem anterior sugere um triângulo retângulo onde o cateto maior é

√3 vezes o cateto menor. Nesse caso, α = 60
∘
e a hipotenusa é o
dobro do cateto menor, ou seja, 2.
Então, podemos escrever z = 2. cis 60 ∘ .
Operação de multiplicação
O poder da representação trigonométrica dos números complexos pode
ser percebido pela seguinte propriedade relacionada à multiplicação de
complexos, que investigaremos a seguir:
O produto de dois números complexos w = r1 . cis α 1 e z = r2 . cis

α2 , de módulos r 1 e r 2 e argumentos α 1 e α 2 é o complexo de módulo
igual a r 1 ⋅ r2 e argumento igual a α 1 + α2 .
Ou seja:
w × z = (r 1 r 2 ) ⋅ cis (α 1 + α 2 )
Na verdade, já sabemos que o módulo do produto de dois complexos é

o produto dos módulos.
Portanto, a questão a analisar é esta surpreendente

propriedade: a soma dos argumentos das parcelas é
também um argumento do produto.
Veja:
(cos α 1 + i sen α 1 ) (cos α 2 + i sen α 2 ) =
(cos α 1 ⋅ cos α 2 − sen α 1 ⋅ sen α 2 )+
i (sen α 1 ⋅ cos α 2 + cos α 1 ⋅ sen α 2 )+
Mas
cos (α 1 + α 2 ) = cos α 1 ⋅ cos α 2 − sen α 1 ⋅ sen α 2
sen (α 1 + α 2 ) = sen α 1 ⋅ cos α 2 + cos α 1 , sen α 2
Logo,
wu = (r 1 ⋅ cis α 1 ) (r 2 ⋅ cis α 2 )
wu = r 1 r 2 [cos (α 1 + α 1 ) + i sen (α 1 + α 2 )]
Essa última igualdade justifica, então, a propriedade.
Exemplo 4
Como a unidade imaginária possui módulo 1 e argumento principal 90 ∘ ,
a propriedade nos sugere que multiplicar um número complexo u por i
equivale a obtermos um número complexo de mesmo módulo e rodado
de 90 ∘ no sentido trigonométrico.
Veja:
Se u = a + bi então ui = (a + bi)i = −b + ai.
Será que a + bi e −b + ai são, de fato, complexos de

mesmo módulo e de representações perpendiculares?
Experimente analisar a geometria da imagem que se segue e perceba

porque o ângulo entre as representações gráficas de u e ui, assinalado
em amarelo, mede 90º! Note que os triângulos em azul são idênticos!
Exemplo 5
O exemplo anterior sugere claramente que potências sucessivas de i

geram apenas quatro números complexos distintos, quais sejam:
i, −1, −i e 1. E, à luz da propriedade anterior, a imagem a seguir ilustra
a formação de um quadrado.
Exemplo 6
√3
Elevando o complexo z a potências inteiras sucessivas,
1
= − + i
2 2
quantos complexos diferentes são obtidos? Qual a imagem geométrica

determinada pelos seus afixos?
Solução
É imediato perceber que |z| = 1 e que um argumento desse complexo é

√3
pois cos 120 e sen 120 ∘
∘ ∘ 1
120 , = − = .
2 2
A proxima imagem ilustra, então, que multiplicar sucessivamente por z é

apenas rodar o complexo anterior de 120º e, então, fica formado um
triângulo equilátero.
Síntese e provocações
Síntese das propriedades
Vários conceitos e propriedades sobre complexos foram desenvolvidos
nos itens anteriores. Vejamos um resumo.
Definições
Veja as definições a seguir:
Representação algébrica expand_more
Representação trigonométrica expand_more
Propriedades envolvendo módulo
Agora vejamos os aspectos de cada propriedade:
|z + w| ≤ |z + w|
O módulo da soma de dois complexos é menor ou igual à soma dos

módulos das parcelas.
|z ⋅ w| = |z| ⋅ |w|
O módulo do produto de dois complexos é igual ao produto de seus

módulos.
z |z|
=
w |w|
O módulo do quociente de dois complexos é igual ao quociente de seus

módulos.
Forma trigonométrica - operações
Se z = r ⋅ cis α ew ′ ′
= r ⋅ cis α .
Produto expand_more
Potência expand_more
Complexos e polígonos regulares

Imagine um número complexo z, de módulo unitário (|z| = 1) e ângulo
α. O que ocorre se elevarmos z sucessivamente a expoentes inteiros?
Será que sempre obteremos uma quantidade finita de complexos
diferentes? Em qual condição essa situação ocorre?
Exemplo 7
Seja z cis 40 Como 40 é um ângulo submúltiplo de 360 o que

∘ ∘ ∘
= .
ocorre quando calculamos as potências sucessivas de z 1 , z 2 , z 3 , …?
Solução
Veja que z n = 1
n
. cis nα = cis nα.
∘
Ora, se α é submúltiplo de 360°, é claro que se n então

360
= ∘ = 9,
20
9
z = 1.
Ou seja, nesse caso, ocorre uma periodicidade na potência, pois

10 9
z = z ⋅ z = z.
Exemplo 8
Seja z cis 48 O que ocorre quando calculamos as potências

∘
= .
sucessivas de z 1 , z 2 , z 3 , …?
Solução
Veja que z n
∘
= cis 48 n.
Note que 48 não é submúltiplo de 360

∘ ∘
.
Mas será que há infinitos complexos nas potências

sucessivas de z n ?
Será que há algum múltiplo de 48 que seja também

∘
múltiplo de 360 Qual é a consequência desse fato?

∘
?
O mínimo múltiplo comum (MMC) entre 48 e 360 vale

720, o dobro de 360. Então, se elevarmos cis 48 ∘
sucessivamente aos expoentes de 1 a 15, o que

ocorre?
Note que a imagem sugere que obtemos um polígono estrelado de

quinze lados (porque de 48 em 48 não se fecha uma volta). Mas, é
∘ ∘
claro, ainda assim, obtemos uma quantidade finita – ao todo, quinze

complexos distintos.
Exemplo 9
Se z = cis (10√2) ∘ , o valor aproximado de argumento de z é 14, 14 ∘ .

Será que as potências sucessivas de z n geram uma quantidade finita de
números complexos ou não?
Solução é um número irracional
Pergunta essencial: andando de 10√2 graus em 10√2 graus, e

partindo o complexo z, alguma hora o afixo pode voltar a coincidir com
o afixo de z? A resposta é negativa pois não há inteiros n e m de tal
forma que n. 10√2 = m ⋅ 360, uma vez que √2.
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Os argumentos principais dos números complexos z = −3 + 3i e

w = 2 − 2i valem respectivamente:
A 135º e 315º
B -225º e 315º
C 135º e 45º
D -225º e 45º
E 135º e -45º

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ERepresentando%20no%20plano%20de%20Argand-
Gauss%20%5C(z%5C)%20e%20%5C(w%5C)%20fica%20claro%20que%20seus%20afixos%20est%C3%A3o%20n
180%5E%7B%5Ccirc%7D%20%3B%20180%5Cright%5D%5C)%2C%20a%20op%C3%A7%C3%A3o%20correta%20
Questão 2
Dado complexo z = 2 cis 15

∘
, em quais quadrantes estão os
complexos z e z ?
5 9
A 1º e 3º
B 1º e 2º
C 1º e 4º
D 2º e 2º
E 2º e 3º

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EBasta%20perceber%20que%20s%C3%A3o%20argumentos%20de%20%5C(z%5E5%5C)%20e%20
Questão 3
Uma representação trigonométrica de (1 − i) 10 é:
A
∘
−32 cis 90
B
∘
32 cis (−90 )
C 32 cis(270)
D
∘
−32 cis (270 )
E
∘
32 cis 90

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EComo%20%5C((1-i)%5E2%3D-
2%20i%5C)%2C%20podemos%20concluir%20que%20%5C((1-
i)%5E%7B10%7D%3D(-2%20i)%5E5%3D-32%20i%5E5%3D-
32%20i%3D32(-
i)%5C).%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
Questão 4
Multiplicando os complexos 2 cis 44 e 3 cis 46 , obtemos o

∘ ∘
complexo:
A 6
B -6
C 6i
D −6i
E 3

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EOra%2C%20para%20multiplicar%20dois%20complexos%20na%20forma%20trigonom%C3%A9tr
Questão 5
Se elevarmos o número complexo Z a potências inteiras

∘
= cis 15
sucessivas, quantos números complexos diferentes serão obtidos?
A 8
B 12
C 16
D 18
E 26

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EBasta%20observar%20que%20%5C(360%5E%7B%5Ccirc%7D%20%2F%20150%3D24%5C).%20Lo
Questão 6
Quantos são os complexos comuns aos conjuntos a seguir?
n
∘
A = {z ∣ z = ( cis 30 ) ,n inteiro }
n
∘
B = {z ∣ z = ( cis 45 ) ,n inteiro }
A 2
B 3
C 4
D 6
E 8

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
video-
player%20src%3D%22https%3A%2F%2Fplay.yduqs.videolib.live%2Findex.html%3Ftoken%3D05a52b4001cc4de
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video-
player%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
note_alt_black
Teoria na prática
Determine todos os complexos que satisfazem a equação z 6 = 1 .
Questão 1
O argumento principal do complexo z = 2 − 2√ 3i vale:
A 30º
B 60º
C –30º
D –60º
E 90º

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EBasta%20observar%20que%2C%20ao%20representar%20o%20complexo%20no%20plano%20de
Gauss%2C%20forma-
se%20um%20%C3%A2ngulo%20de%2060%C2%BA%20no%20sentido%20negativo.%20%3C%2Fp%3E%0A%20%
Questão 2
O produto dos complexos 2 cis 15 e 3 cis 75 é o complexo:

∘ ∘
A 6i
B −6i
C 6
D −6
E 5

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EMultiplicando%20os%20m%C3%B3dulos%20e%20somando%20os%20argumentos%20obtemos
Considerações finais
Ampliamos o conceito de número para incluir os chamados números
complexos, assim como suas operações aritméticas e suas diversas
representações. Percebemos que tais objetos permitem um tratamento
puramente algébrico, mas sua representação no plano de Argand-Gauss
aumenta imensamente nossa compreensão de seu comportamento.
Sugerimos, através de exemplos, que, com a inclusão dos números

complexos na discussão, equações de um determinado grau n
possuem, de fato, n raízes.
É importante ressaltar que não se imagina o mundo da Engenharia e da

Física sem a existência de números complexos, em especial na
Engenharia Elétrica e afins.
headset
Podcast
Agora, encerramos o tema falando fazendo um breve resumo dos
principais tópicos que foram abordados ao longo dos módulos.
Explore +
Sugerimos, especialmente para quem deseja se aprofundar nesse tema,
consultar o extraordinário Portal da Matemática da OBMEP, do Instituto
de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), onde você pode rever materiais
de extrema qualidade!
As palestras sobre esse tema, ministradas no Programa de

Aperfeiçoamento de Professores de Matemática do Ensino Médio
(PAPMEM), são também uma excelente referência. Veja na playlist do
IMPA no YouTube.
Referências
ANDREESCU, Tito. Números complexos de a a z. Fortaleza: VestSeller,
2010.
LIMA, Elon Lages et al. A matemática do ensino médio. 10. ed. Rio de
Janeiro: SBM, 2012. v. 3. (Coleção do Professor).
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02/11/2023, 15:17 Introdução aos números complexos

Introdução aos números complexos

A construção do conceito de número complexo, suas representações

O entendimento do conceito dos números complexos é fundamental

Introdução aos números complexos

Definir número complexo por meio de sua representação algébrica.

Operações com números complexos na

Números complexos e sua representação

Neste vídeo, o especialista aborda os principais conceitos e

1 - Introdução aos números complexos

Número complexo é complexo?

Eis sua fórmula:

Ocorre que, analisando a equação x 3 − 15x − 4 = 0, por exemplo,

Mas, quando substituímos p = −15 eq = −4 na expressão de

No mínimo é uma expressão estranha, pois como seria possível a

Ao designar √−1 por i, supondo que essa excentricidade possua

Analogamente (2 − i) 3 = 2 + 11i e, então, a expressão anterior

Essa situação curiosa sugeriu a conveniência de se investigar um novo

Em verdade, veremos, no desenrolar deste conteúdo, a bela

Veja a demonstração da solução:

Como não há valor real x − 1 que elevado ao quadrado se iguale a −1,

Mas note que, se incluirmos o mágico i abordado anteriormente em

O que chamamos de números complexos são as duas raízes da

Veja: operando “na marra” essas expressões como operamos com

Ou seja, 1 + i satisfaz à equação dada.

Admitindo que podemos operar a expressão X = (2 − 3i)(3 − 4i)

como operamos radicais, qual será o resultado obtido?

Como o habitual, multiplicando “todo mundo” do lado esquerdo por

X = (6 − 12) − (8i + 9i)

Potência da unidade imaginária

Tabela: Análise da potência i n quando n é um número natural.

Percebe-se que há uma periodicidade nos valores obtidos de i n . Ou

Calcule o inverso de i, ou seja, i −1 … .

Ora, se nos fosse solicitado racionalizar o denominador da expressão

denominador por √2.

Então, é natural, nesse caso, multiplicar numerador e denominador pelo

Representação algébrica de um número complexo

Onde a e b são números reais e i é a nossa raiz de −1, ou melhor, o

Nesse caso, dizemos que a é a parte real e b é a parte imaginária do

Se a parte imaginária de um objeto como esse vale zero, ou seja, b = 0,

dizemos que o número complexo se torna um número real (usual).

Claro, essa discussão visa sugerir que nosso propósito

N - Conjunto dos números naturais.

Z - Conjunto dos números Inteiros.

Q - Conjunto dos números racionais.

R - Conjunto dos números reais.

C - Conjunto dos números complexos.

Então, estamos ampliando progressivamente o conceito de número,

Determine a parte real e a parte imaginária do complexo resultante do

Tratando o produto de 1 + i por 1 − i como tratamos expressões

z = 1.1 + 1(−i) + i.1 + i(−i)

Claro que poderíamos usar o conhecido produto notável,

Note que esses objetos são no mínimo curiosos. O

Em analogia ao plano cartesiano, usamos dois eixos, designados como

Exemplo de representação geométrica no plano de Argand-Gauss.

Represente os números complexos indicados no plano de Argand-

Basta associar os complexos dados, respectivamente, aos afixos

Represente os números complexos indicados no plano de Argand-

Logo, os afixos correspondentes são P 1 (1; 0), P 2 (1; 1), P 3 (0; 1) e

Módulo e conjugado de um número complexo

Representação do segmento orientado.

Assim, naturalmente, como aplicação imediata do teorema de Pitágoras,

Além disso, definimos como número complexo conjugado z̄, de um