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ELITISMO NA DANÇA: COMO O BALÉ CONTRIBUI PARA A MARGINALIZAÇÃO

DAS DANÇAS URBANAS PERIFÉRICAS?

Ana Luiza Francisco Dias


Deivid Guido
Isabela Ferreira Ventura
Sara Hellen Ferreira Paulo
Sthefany Guimarães Leandro

INTRODUÇÃO

A presente narrativa vem refletir e produzir conhecimentos sobre o “Elitismo


na dança: Como o balé contribui para a marginalização das danças urbanas
periféricas?” Heller (1970) aponta que o sistema de preconceitos é provocado pelas
integrações sociais em que vivem os homens, e sobretudo pelas classes sociais.
Diante das relações que emergem entre as diferentes formas de expressão
cultural em uma sociedade capitalista, ocorre a busca pela hegemonia de gostos,
valores e culturas, na qual o indivíduo se encontra cada vez mais sufocado por
imposições que levam às grandes desigualdades sociais (ELIAS, 1993).Quando a
dança é compreendida de maneira inconsciente, banalizada e repleta de
comportamentos que tratam o outro como objeto de manipulação e dominação, ela
perde sua essência de celebração e interação entre seres humanos. Nesse
contexto, seu propósito artístico questionador e libertador é prejudicado, resultando
na sua utilização como objeto de discriminação e exclusão.
No contexto cultural das classes sociais menos favorecidas, presenciamos
problemas de preconceitos contra a manifestação da dança, o que impede o acesso
a essa prática de forma consciente e sistematizada. Assim sendo, nossa pesquisa
teve como eixo identificar e interpretar as disparidades existentes entre a
discriminação das danças periféricas urbanas e a supervalorização do balé clássico
como uma arte elitista e exclusivista. Enquanto o balé é amplamente reconhecido
como uma forma de arte clássica e estabelecida, as danças urbanas periféricas,
como o hip-hop, breakdance, funk e vários estilos de danças de rua, muitas vezes
são desvalorizadas e subestimadas.
Diante dessas problemáticas identificadas, consideramos que a
desigualdade e exclusão dentro do mundo da dança é um importante âmbito de
pesquisa e desenvolvimento, já que, ao reconhecer essas disparidades, a
comunidade da dança pode começar a buscar maneiras de diminuir as barreiras e
valorizar todas as formas de expressão artística.
Segundo Paul Bourcier, as mudanças verificadas na arte da música ao longo
do século XII, inaugurando a era da polifonia e do contraponto, também repercutiram
na dança, através de uma pesquisa paralela de equilíbrio e refinamento. Desde a
sua origem, o balé esteve ligado à elite, sendo amplamente representado nos
grandes palcos. Paralelamente a isso, as danças populares igualmente se
manifestavam e se desenvolviam sem nenhum registro ou acompanhamento
histórico.
Neste contexto cultural e artístico das ruas da cidade, procuramos entender
as relações possíveis entre o movimento implícito no processo de criação e o
movimento que se dá no modo de constituição da subjetividade num contexto
marcado pela exclusão social.

REVISÃO DE LITERATURA

1. Dança como movimento corporal


De acordo com Rangel (2002), a dança é um fenômeno social que tem sido
presente ao longo da história da sociedade, desde os tempos primitivos até os dias
atuais. Ao retratar diferentes épocas e níveis de desenvolvimento social, econômico,
cultural, político e religioso, a dança materializa técnicas, valores e significados das
civilizações. Ela expressa e recria vivências humanas no mundo, refletindo as
influências que o mundo exerce sobre o indivíduo. Segundo Caminada , “na forma
mais elementar, a dança se manifesta através de movimentos que imitam as forças
da natureza que parecem mais poderosas ao homem e que trazem consigo a ideia
de que esta imitação tornará possível a posse dos poderes dessas
forças”(CAMINADA,1999). “A imagem do corpo não está pré-formada, ela é, sendo a
expressão de Mucchielli, “estrutura estruturada”. É através das relações mútuas do
organismo e do meio que a imagem do corpo organiza-se como núcleo central da
personalidade. A atividade motora e sensório-motora, graças à qual o indivíduo
explora e maneja o meio, é essencial na sua evolução” (LE BOULCH, 1990).
O ser vivo, assim como todo o universo, também vive marcado pelo
movimento. “Nosso corpo é constantemente pulsação, expansão e contração”. A
vida é movimento, é dinâmica. Fisiologicamente falando, o movimento corporal é
responsável por várias funções. No entanto, assim como a dinâmica do mundo,
existe uma interrelação e interdependência entre os fenômenos físicos, biológicos,
sociais, culturais, etc. Desta forma, somos marcados pelo mover-se (RICHTER,
2006; SILVA, 2016).
No desenvolvimento dessa pesquisa da dança como linguagem, muitos
aspectos vão aparecer como importantes para a produção da comunicação
não-verbal: quem dança, para quem dança, onde dança e como se dança. São
estas categorias do movimento que constituem as condições de produção de sentido
da linguagem. (LABAN, 1981).
A partir do momento em que significamos o nosso mundo, das coisas e das
pessoas, estabelecemos, ao mesmo tempo, o nosso espaço na sociedade e os
nossos valores sociais. Nesta dimensão do significar dos gestos corporais no
imaginário e nas imagens simbolicamente construídas no discurso corporal é que
estabelecemos uma via de compreensão do significado dos movimentos da dança.
Neste sentido, a dança deixou de ser mero veículo da liberdade de sentimentos para
ser a própria linguagem dos sentimentos praticada pelo discurso
corporal.(ORLANDI, 1990)

1.1 Balé clássico


Segundo registros históricos do século XV, o balé teve sua origem no
Renascimento italiano e posteriormente se difundiu para a França, espalhando-se
pelo mundo ocidental nos séculos XVII e XVIII (MONTEIRO, 2006). De acordo com
Dantas (2007), cada estilo de dança possui sua própria configuração de
corporeidade dançante, e o balé se estabeleceu como um modelo hegemônico por
um longo período.
Durante o reinado de Luís XIV (1643-1715), o balé adquiriu uma importância
significativa, em parte devido ao fato de que o próprio rei era um habilidoso bailarino.
Sob o governo de Luís XIV, tudo era grandioso e espetacular, começando pela
construção do magnífico Palácio de Versalhes. A vida cotidiana se tornou um
espetáculo de beleza elaborada e detalhada, em conformidade com o gosto barroco.
A busca era pela exaltação da natureza, elevando-a a um nível refinado. Enquanto o
movimento natural era o ato de caminhar, no contexto barroco o homem dançava, e
os gestos eram cuidadosamente planejados e estudados (RIBEIRO, 2008).
Dessa forma, a vida na corte era constantemente marcada por espetáculos.
Nesse contexto, os comportamentos individuais e coordenados, regidos por regras
internalizadas e expectativas mútuas, deram origem a um imaginário social que
persiste até os dias de hoje no universo do balé. Nesse contexto, é valorizada a
importância do significante em detrimento do significado, em que o gesto possui
maior relevância do que a emoção que o motiva (BOURCIEU, 2001).
Pode-se concluir que o balé clássico é rodeado por um grande esquema
corporal e físico. Para manter uma colocação postural no balé, é necessário
sustentar o peso corporal com a ponta dos pés. O quadril é a base para uma perfeita
colocação postural, sendo assim essencial o fortalecimento dos músculos dos
glúteos e abdominais, promovendo o alongamento do quadríceps. As escápulas
devem estar coladas para baixo e o peito levantado. Os braços devem estar sempre
arredondados, com o cotovelo suspendendo o braço, sendo por ele a condução do
movimento (Sampaio, 1996).
Por fim, o balé continua sendo carregado de significados e representações
sociais até os dias atuais. Mesmo em períodos de transição, ele se renova enquanto
mantém suas tradições. De acordo com Thaís Gonçalves, o discurso sobre o corpo
está sempre vinculado às relações hierárquicas estabelecidas entre as diferentes
classes sociais, refletindo o conflito entre as classes dominantes e dominadas
(Gonçalves, 2009). Segundo Elias, o ocidente já adotou uma conduta civilizada, no
entanto, o aumento do padrão de vida de grandes segmentos da população,
juntamente com a dependência funcional das classes superiores, resultou em uma
maior contenção individual. Isso gerou pressões por ascensão social por parte das
classes inferiores e uma preservação do status por parte das classes superiores
(Elias, 1993: 256-257).

1.2 Hip hop


Alguns trabalhos sobre a história da Dança de Rua já foram publicados, mas
faz-se necessário maior aprofundamento de como ela saiu das ruas e chegou ao
mesmo nível de popularidade e presença nos palcos profissionais como as outras
danças clássicas (SANTOS, 2011).
Apesar de ter fortes vínculos com a dança e música, o Hip Hop é uma cultura
que engloba mais alguns elementos(FOCHI, 2007). O termo foi criado por Kevin
Donavan, mais conhecido como DJ Afrika Bambaataa, no final da década de 1960,
para nomear as festas realizadas no bairro do Bronx, em Nova Iorque (GUSTSACK,
2003; ZENI, 2004).
O próprio nome da dança já evidencia onde esse estilo surgiu. Uma das suas
primeiras manifestações ocorreu em meio à crise de 1929, ocorrida nos EUA e que
afetou o mundo, quando muitos estabelecimentos foram obrigados a demitir seus
funcionários para reduzir gastos. Entre esses funcionários estavam músicos e
dançarinos, e a maneira que encontraram para se sustentar e exercer sua profissão
foi ir às ruas fazer shows por alguns trocados (VARGAS, 2005).
Segundo outros autores (GUSTSACK, 2003; JANOTTI, 2003; RIBEIRO 2006;
VALDERRAMAS e HUNGER, 2007), a cultura Hip Hop emergiu na década de 70, a
partir de conflitos sociais, por disputas de território, que tinham como consequência
agressões e mortes. Foi quando o DJ Afrika Bambaataa, um dos precursores do
movimento Hip Hop, incentivou que as gangues resolvessem suas diferenças por
meio da dança, ou seja, as “batalhas” de Dança de Rua.

1.3 Break
Um dos maiores difusores da Dança de Rua foi o filme “Beat Street”, lançado
em 1984. No Brasil tinha o nome “Na Onda do Break”, que conta a história do
surgimento do Hip Hop e mostra uma disputa de break entre gangues, com a trilha
sonora de Afrika Bambaataa. Outro grande difusor foi Michael Jackson no clipe do
disco “Thriller”, onde incorporou movimentos de break em suas performances
(GEREMIAS, 2006).
O Break anuncia que sua função, enquanto linguagem artístico-corporal, é
mostrar o discurso do corpo, na sua relação consigo mesmo e nas relações que se
estabelecem entre o corpo e o real. A arte dos breakers é o freestyle. Esta dança
alcança sua maior visibilidade artística no momento do Racha. Nesta guerra de b.
boys, o desafio parece atrair a necessidade de incorporar ao movimento uma
qualidade expressiva.
1.4 Freestyle
O Freestyle é a dança espontânea, tornada presente através da linguagem do
Break, naquela linha discursiva na ordem das atitudes interiores. Neste discurso
“estilo livre”, o estado alterado da consciência eleva a percepção para outros níveis
comunicacionais (ALVES, 2001).

1.5 Street Dance


Saindo do espaço público e anônimo das ruas, as academias de dança e de
ginástica resgataram esses construtos culturais do Hip-Hop. Assim, Afrika
Bambaataa fundou, em 1973, a organização “Zulu Nation”. E tornou-se mais tarde
uma instituição internacional não-governamental ligada ao Hip Hop e continua ativa
até os dias atuais, possuindo sedes em alguns países, inclusive no Brasil
(RECKZIEGEL, 2004).
Este movimento ficou conhecido, por muitos, como Street Dance, uma
referência aos estilos e gestos rítmicos advindos dos Estados Unidos. É preciso
reconhecer que o Street Dance alcança um âmbito muito grande no espaço urbano.
Jovens de toda a cidade, de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais,
experimentam a rebeldia da dança Break através do Street Dance. A via de acesso
da cidade a esta arte é o ambiente particular das academias. Portanto, a cidade foi
se apropriando da cultura Hip-Hop tornando-a um bem de consumo (ALVES e DIAS,
2004).

1.6 Funk
A cultura foi evoluindo e o Hip-hop foi se definindo. Nesta trajetória, o
movimento Funk foi se dissociando da cultura Hip-hop, mas mesmo assim, o legado
histórico os unia por uma gênese comum que aproximou muito estas culturas no
imaginário social (ALVES e DIAS, 2004).
METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi baseada em pesquisas bibliográficas de cunho


acadêmico. Em meios midiáticos como; Google Acadêmico, Revista Scielo e
Repositório Institucional da UFMG.
A pesquisa bibliográfica é fundamental para a escrita de um artigo. Tal
modalidade de pesquisa é adotada, praticamente, em qualquer tipo de trabalho
acadêmico-científico, uma vez que possibilita ao pesquisador ter acesso ao
conhecimento já produzido sobre determinado assunto.

Segundo FONTANA (2018 p. 66):

[...] Por ser basilar na formação educacional de qualquer indivíduo, a


pesquisa bibliográfica deve se rotinizar tanto na vida profissional de
professores e de pesquisadores, quanto na de estudantes. Essa rotinização
se faz necessária pois esse conjunto amplo de indivíduos possui o interesse
de conhecer as mais variadas, plurais e distintas contribuições científicas
disponíveis sobre um determinado tema. É a pesquisa bibliográfica que
oferece o suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez
que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na
construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do
tema e na elaboração do relatório final.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante das pesquisas bibliográficas realizadas, conseguimos entender as


origens da exclusão social na dança. De acordo com Elias, tudo que lembrasse as
classes inferiores e que não expressassem gestos nobres e refinados era mantido à
distância pela alta classe da corte absolutista. Assim, data-se de muito antes essa
segregação na dança.
As classes mais baixas, em busca de ascensão social, adotavam a dança
elitizada. O balé clássico era a própria representação da nobreza europeia,
mostrando sutileza, disciplina, aparência física impecável e elegância. Contudo, a
chegada do Modernismo quebrava os paradigmas estéticos que vigoravam na arte
da dança teatral. As novas danças contestavam as rígidas regras do balé como se
quisessem apagar os resquícios aristocráticos desta arte. (ALMEIDA, 2014).
Principalmente, as danças de rua, que surgiram há poucas décadas e hoje
são um dos estilos mais conhecidos e praticados no mundo, devido ao seu poder de
alcance social e história contemporânea, fazendo-se muito presente nos meios de
comunicação (VALDERRAMAS e HUNGER, 2009). Entretanto, antes de ter esse
reconhecimento, passou e ainda vem passando por discriminações.
Para Rodrigues (2004), a Dança de Rua é uma modalidade de dança que
teve sua origem nas classes mais humildes da sociedade, as quais buscavam na
música e na dança uma forma de expressão de sua realidade, sofrendo influências
de todos os lados, da televisão, de outros estilos de dança, de outros povos e da
mistura da cultura do negro norte-americano.
O termo “danças de rua” remete a um emaranhado de relações sociais
específicas, englobando danças que ao mesmo tempo simboliza, vangloria, critica,
resiste, adapta-se, e se faz constituída por relações de poder entre seus(suas)
fazedoras(es). No entanto, toda essa complexidade de assuntos foi negligenciada ao
longo da história, estando invisibilizada pelos assuntos referentes às questões
formais que fornecem especificidades estéticas à dança de rua (SANTO,2020).
Em contraposição com o balé clássico, a dança de rua executava os
movimentos de outro modo e não demonstravam preocupação com questões
relacionadas à simetria dos corpos (SANTOS,2020) . Por mostrar essa
despreocupação com a organização nos espaços cênicos, as danças de rua foram
consideradas simples e alvos dediscriminação. Além de ser realizada por pessoas
da periferia, sendo descrita pela crítica de dança Suzana Braga (1998, p. 213) como
“sem sofisticação artística, mas muito antenada com modismos do tipo movimentos
de rua."

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É este o trunfo da experiência estética: ter possibilidade de expressão


autêntica, em meio às demandas do discurso hegemônico, em vigor no âmbito
social. Pela arte é possível ser de outra maneira, não como fuga da realidade, mas
como ação pessoal de reconstrução dessa realidade, a partir do olhar de si
(ALVES,2004).
A cultura Hip-hop não está longe desta proposição. A arte corporal das ruas,
representada pela dança break, é um movimento genuíno de ressignificação do ser
no meio cultural. Através da dança break os jovens das ruas têm conseguido forjar
outros modos de ser jovem, tomando para si a autoria de uma vivência, que está
longe de ser uma sobrevivência, mediante o quadro de exclusão sócio econômico
instituído (ALVES, 2004).
Oliveira (1997) contribui, salientando que, observa que nas camadas médias
contemporâneas da sociedade, a adolescência vem experimentando em relação aos
seus comportamentos, viver sonhos, valores, preferências, símbolos e expectativas ,
baseado em padrões culturais globais.
Assim, ao enfrentar o elitismo na dança e ampliar as oportunidades para as
danças urbanas periféricas, podemos construir uma comunidade mais rica, diversa e
igualitária, onde todas as formas de expressão artística possam florescer e ser
apreciadas em seu devido valor. A dança tem o poder de unir, inspirar e contar
histórias diversas, e é fundamental que abramos espaço para todas as vozes e
estilos se expressarem, desafiando as estruturas de exclusão e promovendo a
igualdade de oportunidades para todos os dançarinos.
Em conclusão, o pressuposto "Elitismo na Dança: Como o balé contribui para
a marginalização das danças urbanas periféricas?" revela a necessidade urgente de
conscientização e ação no sentido de promover a diversidade no mundo da dança. É
crucial reconhecer que todas as formas de expressão artística merecem igual
respeito e oportunidades, independentemente de seu contexto cultural, social ou
estilístico. Ao abraçar a diversidade, não apenas valorizamos as danças urbanas
periféricas, mas também enriquecemos o cenário artístico como um todo. Diante
disso, cabe aos financiadores e patrocinadores no mundo da dança desempenhar
um papel fundamental na criação de espaços inclusivos, garantindo acesso
equitativo a recursos e investindo em programas de formação e divulgação. Dessa
maneira, é possível ampliar a visibilidade e valorização das diversas formas de
dança.
Por conseguinte, o público e os consumidores de arte têm uma função de
extrema importância na valorização e promoção das danças urbanas periféricas. Ao
escolherem assistir, apreciar e apoiar espetáculos, eventos e produções que incluam
essas formas de expressão, eles estão contribuindo para a mudança de percepção e
para a valorização dessas danças. Ademais, a colaboração entre esses diferentes
agentes é fundamental para o sucesso da proposta de intervenção apresentada.
Somente através do trabalho conjunto e da conscientização coletiva é que será
possível transformar o mundo da dança em um ambiente mais inclusivo e
representativo. Assim sendo, para verdadeiramente transformar o mundo da dança
em um ambiente inclusivo, vibrante e representativo, é essencial abraçar a
diversidade e combater o elitismo. Dessa forma, poderemos refletir a pluralidade de
talentos e histórias que compõem nossa sociedade.
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