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[Guia avançado] Como dominar a terapia hipnótica de

Regressão – Parte 2
O método comprovado de 12 passos para dissolver com
sucesso a ansiedade, fobias e traumas
Igor Ledochowski, traduzido e adaptado por Tomás Corrêa

Bem-vindo à segunda parte deste guia compreensivo de terapia de regressão.

Neste artigo, o método de regressão de 12 passos será destrinchado passo a passo.

Então, o mesmo método será mostrado em prática novamente, porém de modo


conversacional!

O método de 12 passos de Hipnoterapia de Regressão

Passo 1: Induzir o transe e regredir, usando Rapport H+


Será normalmente durante o chat inicial com o seu cliente, onde ele te diz sobre o problema
ou questão, que você irá decidar se regressão (ou revivificação) é, de fato, a melhor forma de
terapia para ser utilizada.

Neste estágio, o que você está procurando é a revelação de alguma forte ligação emocional
com algum evento de seu passado, um evento que pode precisar ser considerado.

Uma vez que você se decidiu a proceder com uma regressão:

-“Vá primeiro” e utilize o seu H+ para estabelecer a intenção correta para uma sessão de
hipnose de sucesso

-Seja confiante e cria um forte rapport com o seu cliente, para que ele confie em você o
suficiente para estar disposto à lidar com seu problema.

-Deixe-o saber que você possui as habilidades para ajudá-lo a resolver o seu problema – é
muito importante que ele se sinta seguro com você.

Então, comece pedindo um simples ato de conformidade: por exemplo, que ele olhe e preste
atenção em você.

Uma vez que você obteve aquele ato de conformidade, o próximo passo é criar um mecanismo
de segurança para lidar com qualquer abreação, para caso alguma ocorra.

Em seguida, diga a ele que qualquer som que ele ouvir vai apenas ajudá-lo a ir ainda mais
profundo em sua experiência.
Você quer que ele foque em sua voz e não no som de alguém trabalhando lá fora na rua,
atrapalhando assim a experiência do cliente. Isto é sobre concentração.

A sua voz o guiará o tempo todo e você estará sempre com ele. Esta é uma sugestão para que
ele não se perca de você.

Você o está fornecendo uma linha de vida, então não importa o quão imerso ele estiver em
suas memórias, ele não vai se esquecer de te ouvir.

Você estará ali, o guiando com isto, e a sua voz irá com ele. Isso o dará uma sensação de
segurança e o conhecimento de que ele não estará sozinho neste trajeto.

Diga à ele para sentir a cadeira embaixo dele e para saber que está seguro. Fazendo isto, você
está criando uma âncora de segurança.

Se as coisas ficarem muito feias, por exemplo, se ele começar uma abreação, você será capaz
de trazê-lo de volta e lembrá-lo de sentir a cadeira em baixo dele, que foi associada com o
sentimento de se sentir seguro.

Ele irá se sentir seguro porque você fez a sugestão de que quando ele sentir a cadeira embaixo
dele, ele irá se sentir seguro.

Não precisa ser a cadeira. Poderia ser a respiração dele, um toque no pulso, ou até a pressão
em seus pés se ele estiver em pé.

Não importa qual é a conexão, desde que exista uma associação de segurança conectada à ela.

Uma vez que seu cliente esteja complacente e preparado, comece com a indução hipnótica de
sua preferência.

Por exemplo, você pode utilizar da indução de relaxamento ou guiá-los em uma descida por
uma escada, dando as suas sugestões de transe à cada passo.

Aprofunde o transe até que ele esteja relaxado e seguindo as suas sugestões com facilidade.

Diga em voz alta que em um momento você vai tocar o seu ombro e a emoção do evento do
qual foi falado vai vir à tona.

Ela será forte o suficiente para que seja sentida, mas fraca o bastante para não tomá-lo por
completo. Então, cheque se o seu cliente está de acordo com isto.

Esta checagem, no entanto, depende de sua abordagem. Algumas pessoas são mais
permissivas, enquanto outras são mais autoritárias.

A abordagem permissiva empenha-se em fazer o cliente se sentir bem cuidado, tratando-o de


forma paterna ou materna.

Isto o ajuda a construir novamente a sua confiança, dando-lhe escolhas. Dizendo-lhe para ir de
volta à primeira experiência daquela emoção e lhe perguntando: “você está bem com isto?”, o
dá poder, porque ele precisa fazer uma escolha.

Se ele disser “não”, você pode simplesmente dizer:

[destacado]”Tudo bem. Você sente que não está preparado para isto ainda?”

“Você precisa de algum recurso antes?”, “Há algo que você queira adicionar antes?”
Ele pode fazer escolhas, que naturalmente o empoderarão.

No entanto, a abordagem autoritária poderia dizer algo como:

[destacado] “Vá agora para a sua primeira memória desta sensação”

Este estilo de ser direto e comandante com alguém, se utilizado de forma muito forçada, pode
ser desempoderador, mas ainda sim irá funcionar, e em algumas situações, ele pode ser
necessário. Mas, claro, utilize o seu próprio julgamento para fazer uso da melhor abordagem.

Nos dois casos, o cliente precisa sentir que o terapeuta é mais forte do que o seu problema –
assim ele terá fé no terapeuta, mesmo quando não terá mais fé nele mesmo.

Assim, diga à ele que você irá contar de 3 até 1 e ele irá voltar para o primeiro momento em
que ele experimentou daquela emoção.

Assegure-o de que assim que ele chegar lá, você vai trazê-lo de volta para que ele esteja
sempre seguro. Será intenso por um momento, mas então terá acabado de novo.

Cheque que ele está de acordo com isto. Então, pergunte se ele está pronto para começar.

Passo 2: Oriente completamente


Aqui, você toca o ombro de seu cliente e diz a ele para voltar no tempo para quando ele teve a
experiência pela primeira vez da emoção da qual ele está tentando mudar.

Pode ser que o seu cliente não vá direto ao evento inicial na primeira tentativa, isto é normal.

Então, continue mandando-o de volta no tempo, até o momento em que ele atinja o evento
inicial, o ponto aonde a emoção apareceu pela primeira vez.

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Aqui estão alguns exemplos úteis de perguntas que você pode fazer para ajudá-los a se
orientar:

-Você está dentro ou fora?

-É dia ou noite?

-Quantos anos você tem?

-Você está sozinho ou com outros?

-O que você vê ou sente?

Fazer este tipo de perguntas é importante porque...

Lembra-se da síndrome de falsas memórias mencionada na parte 1?

O que você não quer é fazer perguntas que acidentalmente sugerem uma porção da
experiência.

Por exemplo, se você perguntar: “Qual a sua idade... por volta de 7 anos?”

Você teria acabado de fazer uma sugestão que poderia estar alterando a memória.
Perguntas neutras, como as mencionadas antes, lhe dá a escolha de se lembrar de qualquer
tipo de situação que possa ter ocorrido.

Porque, quando você pergunta: “Você está dentro ou fora?”, a resposta tem que ser um ou o
outro. Mas você o está dando a escolha de responder baseado no que ele se lembra, ou pensa
que se lembra, em vez de responder com base no que você poderia estar sugerindo.

Por exemplo, se você perguntar: “Você está dentro?”, esta é uma sugestão.

Da mesma forma, se você perguntar: “O seu abusador está presente?”, alguns podem dizer
que não, enquanto outros irão colocar o seu abusador na cena porque eles estão agindo
conforme as suas sugestões.

Então, mais uma vez, você fez uma sugestão com potencial para alterar a memória.

É muito importante que você nunca faça à seu cliente uma pergunta que dê sugestões sobre o
que eles possam encontrar.

Deixe as suas perguntas curtas e reduzidas, para que você não implante um símbolo visual na
experiência de transe do cliente, forçando-o à criar memórias falsas.

Mantenha as suas perguntas limpas e trabalhe APENAS com base nas informações que seu
cliente te der.

Espere pela resposta de cada pergunta para determinar se ele regrediu ao evento inicial ou
não.

Se não tiver regredido o suficiente, gentilmente toque o seu ombro novamente e repita a
contagem 3-2-1 e peça-o para ir ainda mais atrás no tempo para a primeira memória em que
ele experimentou aquela emoção.

Então, faça as mesmas perguntas de orientação novamente para ajudá-lo a localizar a


memória correta.

[imagem]

NOTA IMPORTANTE:

-Perguntar ao cliente a sua idade quando você o está orientando é útil porque, se seu cliente
sofre de um problema particular desde a infância, mas durante a regressão ele regrediu
apenas alguns anos, então você saberá que precisa voltar mais no tempo.

-As pessoas sempre perguntam se é necessário voltar ao evento inicial, aquele que causou o
trauma inicialmente. O que é importante lembrar é que estes eventos iniciais são metáforas, e
não realidades.

Metaforicamente, as pessoas estão presas na idéia de que este evento é que causou o trauma.
Se você voltar lá e consertá-lo, elas pensarão: “ah, que ótimo, está consertado agora. Não há
necessidade agora para mim de ter as versões posteriores deste evento”. Mas não há mágica
no evento inicial. Desde que o cliente acredite que lidou com a causa, então ele terá lidado
com a causa.

Passo 3: Faça Dissociação


Quando um cliente chega ao ponto em que está experimentando a emoção pela primeira vez,
você precisa trazê-lo de volta para que a emoção não o tome por completo.

Deixe-o sentir a emoção muito rapidamente, mas traga-o de volta para ele saber que está
completamente seguro – e que ele continuará seguro durante o resto da sessão.

Então conte 1-2-3, diga à ele que ele está de volta na sala, de volta para o seu “eu” adulto,
seguro em sua cadeira, e simplesmente deixe a cena sumir. Como se ele estivesse assistindo
ela sumindo na distância.

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Há dois pontos muito importantes para manter em mente sobre este passo.

Primeiro, o que é uma dissociação? Bem, o problema com o trauma é que as pessoas sentem
as coisas erradas, como medo ou raiva. Muita raiva faz com que as pessoas fiquem perdidas
em suas emoções, perdendo todos os seus recursos. A pessoa fica tão consumida por ela que
perde o impulso de controle e age de forma violenta.

De forma similar, o medo se torna um problema quando ele toma parte de você e faz com que
você mude o seu comportamento. Por exemplo, você sobe 40 andares de escada para evitar
pegar o elevador, por causa do receio de que o mesmo quebre e você fique preso.

O medo por si é algo útil que o mantém seguro. Mas quando você está constantemente
amedrontado, o seu corpo libera alguns reagentes químicos em excesso, tais como cortisol.

Ele começa a se machucar e destruir, porque algumas emoções são destrutivas.

O medo e a raiva são consertos de curto prazo, para quando vale a pena pagar o preço para
evitar uma consequência mais séria.

Por exemplo, um pai iria correr para dentro de uma casa em chamas para salvar o seu bebê?
Com certeza iria, porque perderia muito mais do que alguns químicos em seu corpo se não
fosse.

De mesma forma, alguém iria pisar com força em seus freios e puxar o freio de mão para evitar
uma colisão? Com certeza iria. Poderia arruinar os seus pneus, mas a alternativa seria
consideravelmente pior.

O problema ocorre quando estas emoções negativas se tornam crônicas, especialmente


quando o evento não bate com a força mental e física da emoção.

Não se engane, o medo e raiva habituais te corroem por dentro e te destroem de dentro à
fora. Para evitar que isto aconteça, você precisa de um modo de se proteger deles, e da
tortura mental que eles geram.

De acordo com vários pesquisadores, a assinatura química de uma emoção dura de 5 até 90
segundos. A versão de 90 segundos é a que tem mais pesquisas, então vamos utilizá-la como
referência. O que isto nos diz é que qualquer emoção que dure mais do que 90 segundos
precisa ser recriada.

Uma boa analogia para descrever dissociação é a do dispensador de sabão no banheiro.

Toda vez que você aperta o botão, um pouco de sabão sai. Mas quando as pessoas estão
tomadas pela emoção, é porque elas continuam apertando aquele botão.
É como se o seu dedo estivesse preso à ele.

Se torna um hábito inconsciente, e eles continuam a apertar o botão até que a pia esteja cheia
e o sabão esteja vazando pelas beiradas, fazendo uma bagunça pelo chão.

Então, uma dissociação é uma maneira de te desconectar do maquinário mental que aperta
este botão mental.

Ele coloca uma tampa no dispensador, de modo que apertar o botão não irá mais ativá-lo,
então o medo não é mais acionado. E o melhor jeito de você fazer isso é através de
simbolismo.

Por exemplo, imagine que você esteja de frente para um tigre.

O quão grande ele pareceria? Muito grande.

Você está em perigo? Sim, você provavelmente está.

Agora, imagine o tigre à 1 kilômetro de distância de você. O quão grande ele parece agora?
Você está no mesmo tipo de perigo? Não, você não está.

Então, as idéias de tamanho e distância podem ser utilizadas para nos ensinar de que tudo isto
significa segurança. O modo de lidar com abreações, mencionado na parte 1, é basicamente
sobre dissociação.

Quando você diz para desaparecer com a cena à distância, ou deixar a cena sumir, isto é capaz
de dissocia-la o suficiente para que ela pare de interferir, ajudando o seu cliente a conseguir os
recursos para se livrar dela.

E, em segundo lugar, porque fazer a contagem?

Quando você conta 3-2-1 e diz à seu cliente para voltar para a primeira experiência da emoção,
você está lhe dando um gatilho para algo acontecer. É uma técnica clássica de hipnose.

[destacado] A irá acontecer, e como resultado, B irá acontecer. Você controla A e então a
mente inconsciente irá controlar B.

É uma associação que você está criando através de sugestão.

O gatilho poderia ser bater palmas, estalar os dedos, ou tocar a sua testa. O dispositivo que
você usa não é importante.

O que é importante é que a lógica e o significado de suas instruções sejam claras para a
pessoa.

É por isso que números funcionam bem aqui. 3-2-1 é como “preparar, apontar, vai!”

[destacado] Você usa 3-2-1 para estar na memória e então 1-2-3 para estar dissociado da
memória. 3-2-1 significa que você está avançando para o presente, e 1-2-3 significa que você
está retornando ao passado.

A magia está na sugestão, e mais especificamente no modo com que o seu cérebro a
interpreta.

Então, não fique preso na técnica, porque a magia não está na técnica, mas sim no cérebro da
pessoa.
NOTA IMPORTANTE: Para monitorar o estado de seu cliente, preste atenção aos sinais de
transe, tais como mudanças na cor da pele, olhos trêmulos ou imobilidade. Outros sinais de
transe incluem dilatação de pupila, pulso desacelerado, mudanças nos padrões de respiração,
um olhar fixo ou brilhante, mudanças no reflexo de piscar, no mecanismo de engolir, fatiga ou
fechamento dos olhos, contrações involuntárias musculares, catalepsia de algum membro,
mudanças na voz, e aumento de respostas passivas.

Passo 4: Reframe
[imagem]

Este passo é muito importante para suavizar a ansiedade durante a regressão.

Apesar de seu cliente estar apenas experimentando a emoção por um momento muito breve,
as chances são de que este momento seja muito intenso e acerte nervos emocionais. Então, é
muito importante que você o assegure novamente de que, não importa o quão intenso foi, ele
está completamente seguro agora.

Por exemplo, em um exemplo de fobia de cobra, quando a mulher retornou para a primeira
experiência, você poderia ouvir distintivamente o medo na voz dela.

Ela estava quase chorando. O hipnotista perguntou a ela se ela estava dentro ou fora, se ela
estava sozinha ou com outros. Então, ele imediatamente à trouxe de volta:

[destacado] “Um dois três, adulto na sala, a cena está longe, deixe-a desaparecer na distância.
Totalmente, você vê, totalmente desaparecendo – qual a sua idade agora? Qual a sua idade na
sala comigo agora?”

[destacado]”Você tem 42 anos não é? Isto foi algo forte, não foi. Foi uma correria, você está se
acalmando agora, está certo. Cumpri a minha promessa? Foi intenso, não foi? Mas você está
bem agora, não está? Você superou isso, não importa o que passou lá atrás, não foi? Você está
fazendo um ótimo trabalho, você deveria estar orgulhoso de si mesmo. Porque, acredite ou
não, a parte mais difícil já foi, você sabia disso?”

Ele explicou a ela que a sua versão mais nova pensou, naquele tempo, que ela não iria
sobreviver. Então ele disse: “Mas você e eu sabemos que ela sobreviveu a isto, porque, caso
contrário, nós não estaríamos tendo esta conversa agora, certo?”

Este é o reframe, dizer ao adulto que eles sabem de algo que a sua versão mais nova não
sabe. Dizer a eles que não importa o quão intenso ou aterrorizante a experiência foi, eles
superaram, sobreviveram a ela.

Eles sabem que é verdade porque eles estão aqui agora. A sua versão mais nova
provavelmente não pensou que ele sobreviveria, mas o adulto sabe que ele passou por isto
porque aqui ele está, neste ponto de sua vida.

Este estágio é sobre checar como o adulto está lidando. Porque para um cliente que teve uma
fobia tão intensa, o hipnotista teve que fazer com que a pessoa apenas entrasse um pouco na
memória e experimentasse a intensa emoção por um período muito breve, em condições
controladas.
Passo 5: Ache dois pontos de segurança
A idéia aqui é que o adulto/criança se lembre de uma experiência e do sentimento de
segurança antes e depois do evento traumático inicial.

Há duas coisas para se ter em mente neste estágio. Primeiramente, o evento inicial se refere
ao evento que causou o trauma em primeiro lugar.

Você precisa voltar à aquele evento inicial? Não. Você pode usar qualquer memória, porque as
memórias são simplesmente representações metafóricas se seu passado. As razões para usar a
memória inicial são:

-É algo sobre crença. Se a pessoa acredita que este evento é onde tudo começou, então ela
acreditará que ali é onde termina. Quando aquilo não mais o incomodar, então ele acreditará
que aquilo não precisa mais afetá-lo. É a crença que muda e não necessariamente a memória.
E uma vez que as crenças mudam, tudo muda.

-Você poderia trabalhar com a memória mais recente e liberá-la, mas se eles tiverem outras
memórias sobre o mesmo sentimento, eles podem acidentalmente recriar o problema
pensando nelas. Voltando para a primeira memória cria-se a sensação de que eles
resolveram todos os eventos, em vez de que eles resolveram apenas o último.

Você pode fazer regressão em algo que aconteceu recentemente, mas o que realmente
importa é a atitude da pessoa no fim da sessão. Ela sente que o problema foi resolvido?

A segunda coisa para se ter em mente é que não há um adulto ou criança dentro do cliente, só
há ele mesmo. Isto é apenas um símbolo que é útil para mudar o modo com que a pessoa se
relaciona à memória.

Com o ciclo de segurança para segurança, você precisa identificar um momento de segurança
antes e um depois do evento. Houve um momento antes do incidente em que o cliente estava
seguro, e um momento depois também.

Obtenha esta informação perguntando ao adulto. No exemplo da fobia de cobra, a pessoa se


sentiu segura logo antes do incidente acontecer. No entanto, ela só foi se sentir segura
novamente horas depois, quando estava sentada no colo de seu pai.

Aqui vai outro exemplo. Se o seu cliente revela que quando criança, uma vez ele se perdeu
quando estava brincando com um amigo no parque, então esta é sua âncora. É o momento
logo antes em que sua diversão se transformasse em medo e trauma.

E então, depois do evento traumático, se ele estava sendo abraçado pelos pais e se sentindo
seguro de novo, então esta é sua outra âncora.

Ajudar o seu cliente a encontrar estes pontos de segurança durante uma regressão é muito
importante, pois ajuda-os a colocar o evento e suas emoções associadas em contexto,
fazendo-o menos traumático.

NOTA IMPORTANTE: Em alguns raros casos, aonde o trauma foi significante ou recente, pode
ser que o cliente nunca tenha se sentido seguro de novo, então você pode utilizar a situação
de estar na sala com você agora como o momento seguro após o evento traumático.
Passo 6: Explique o ciclo de segurança à segurança ao adulto
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Explique que você vai pedir à seu cliente para entrar na cena no ponto onde ele estava seguro
antes do evento traumático.

Então, peça a ele para avançar rapidamente pela parte intensa da cena, até o momento de
segurança depois do evento. É importante dizer a ele que não será nada próximo da
intensidade que ele sentiu da primeira vez.

Quando seu cliente estiver pronto, instrua-o a fazer o que você explicou, pedindo à ele para
entrar na cena no local de segurança antes do evento, e então pedindo-o para se mover
rapidamente pelo evento traumático, para o local de segurança depois do evento. Então,
conte 1-2-3 e traga-o de volta ao presente, na sala, à salvo com você.

Você está preparando a expectativa do cliente, deixando-o na cena, movendo rapidamente e


então ele está seguro de novo, e então saindo da cena.

Para a moça da fobia de cobra, estar no ônibus, e então estar em casa novamente com seu pai,
eram os momentos em que ela se sentiu segura.

Apesar do fato de que ela ainda estava se sentindo aterrorizada após o evento, o pensamento
de sentar no colo de seu pai e ficar confortável fez com que ela sorrisse e risse. Ela estava
tecnicamente segura muito tempo antes disso, mas ela não se sentia segura.

O ciclo de segurança à segurança é uma forma de ressignificar a memória, para dar à ela um
significado diferente. É uma questão de contexto simbólico. Mudar o significado de algo
muda a experiência inteira.

Por exemplo, se alguém perguntasse se poderia queimar a sua mão, você diria que não. Mas se
ele fizesse claro que iria queimar ou a sua mão ou a de seu filho – e você tivesse que decidir
qual a mão que se queimaria – você iria escolher a sua própria mão porque simbolicamente a
situação tem um significado diferente agora.

Outro ponto para se ter em mente é este: Durante este passo com a mulher da fobia de cobra,
ela ficava amedrontada pela memória da experiência.

Assim que o hipnotista notava a mudança em sua expressão facial e em seu tom de voz, ele
imediatamente a trazia de volta, dizendo que ela estava segura na sala, para deixar a cena
sumir.

Então, é importante continuamente monitorar o seu cliente e responder à qualquer mudança


similar, porque, caso contrário, você arriscaria deixar o trauma ainda pior.

Você pode fazer este ciclo algumas vezes, cada vez entrando e saindo mais rápido da
experiência. À cada iteração, a emoção se tornará menos e menos intensa, porque o seu
cliente perceberá que tudo termina de forma completamente segura.

Passo 7: O hipnotista orienta o adulto e o adulto orienta a


criança
O próximo passo envolve o hipnotista explicar ao adulto que, enquanto como criança ele não
sabia que sobreviveria à experiência, o adulto sabe. O adulto está aqui seguro com você na
sala hoje.

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Isto deve ser feito enquanto eles estão em transe, e pode ser feito perguntando ao adulto
como a sua versão mais nova reagiria se soubesse que ele passaria por uma experiência muito
desagradável em breve mas que ele estaria à salvo de novo depois dela.

Pergunte à ele como isto teria impactado-o em sua versão mais nova? Naturalmente, isto teria
feito ele se sentir muito melhor.

Então, neste passo, o hipnotista orienta o adulto, então o adulto orienta a criança, e então faz
uma outra iteração da experiência. Mas desta vez, a criança sabe que ficará bem novamente
após a experiência.

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Então, você poderia dizer:

[destacado] “E se você dizesse à sua versão mais nova que ele estaria seguro novamente após
a experiência? Isto não faria uma grande diferença? Então vá e diga à ele deste modo especial
que só você sabe, que ajudaria a criança você”

E então peça ao adulto para entrar novamente na iteração, para o momento seguro antes do
evento, passando pelo evento, até o momento depois do evento quando ele se sentiu seguro,
e então de volta ao presente com você.

Por mover-se rapidamente pela iteração, de segurança à emoção intensa até a segurança
novamente, o evento inteiro começa a se misturar como uma única memória, que apenas
aconteceu de possuir uma reação incomum no meio.

Tente passar por esta iteração 3 ou mais vezes, dizendo ao sujeito que a cada vez que eles
passam por isso novamente, a emoção menos e menos intensa. Você quer que eles passem
pelo evento até que a emoção tenha reduzido significativamente.

Isto pode ser feito muito rapidamente, apenas dizendo:

[destacado]“Volte para lá, passe pela experiência, e saindo da experiência novamente”

Passo 8: Ressignifique o Adulto


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Enquanto ele ainda está em transe, traga o adulto de volta à sala para que a cena desapareça.

Neste momento, você quer deixar o adulto pronto para ajudar a sua versão mais nova, já que
eles viveram a mais e sobreviveram ao evento traumático, além de terem ganho mais recursos
que não possuíam quando criança.
Explique ao adulto que ele irá voltar novamente para a época do evento e falar com a criança,
com a versão mais nova dele mesmo, para ajudá-lo a entender o que vai acontecer e que ele
estará seguro novamente após o evento.

O evento pode ter acontecido, mas a criança estava a salvo antes, e ficou a salvo depois.

Passo 9: o Adulto orienta a Criança


Depois da ressignificação, faça o ciclo de novo e deixe com que o adulto ajude a sua versão
mais nova.

A idéia é que o adulto ajude a criança a entender que tudo estava seguro e bem antes do
evento, e que tudo estará seguro novamente após o evento.

Isto é porque, não importa quão traumático foi o evento, ele sobreviveu.

Então novamente, coloque o adulto no ciclo, de volta no tempo, movendo do momento de


segurança ao segundo momento de segurança, porém tendo o adulto dizendo à criança que
está tudo bem.

O evento durou algum tempo, mas acabou agora. A criança estava a salvo antes e depois do
evento. Ela sobreviveu.

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Isto é terapia cognitiva. A palavra orientar implica em empoderamento e sucesso. Quando o


adulto está falando com a sua versão criança, isto é apenas simbolismo. Ele está lá apenas para
falar com ele mesmo.

Orientando a criança, o adulto está assumindo uma posição de poder, e se você tem poder
como adulto, você também tem poder como criança, porque ambos estão coexistindo na
mesma pessoa.

O adulto está reunindo recursos assim como uma boa mãe ou pai faz para ser um modelo para
o filho, o que ajuda a criança. Então, quando a criança vai passar pela experiência novamente,
isto se torna uma memória empoderadora. O que costumava traumatiza-lo agora se torna
algo que o empodera.

Passo 10: Faça esses ciclos várias vezes e ressignifique cada um


deles
Faça o ciclo até que a emoção tenha sido completamente sugada e substituída por paz, ou até
mesmo alívio.

Você pode fazer isto checando com o adulto que:

-Ele se sente seguro

-Sabe que tudo acabou bem

-Está fazendo um grande trabalho


-A emoção está menos e menos intensa à cada vez que ele experimenta novamente

E como hipnotista, você vai notar uma diferença física significativa como resultado de paz,
alívio ou até mesmo do empoderamento que ele sente agora.

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Neste ponto, você deve sempre ser positivo, sempre encorajando, lembrando o cliente do bom
trabalho que ele está fazendo e como ele está perfeitamente seguro.

Este passo é basicamente sobre repetição. Uma vez que ele tenha aceitado o ciclo de
segurança à segurança como uma metáfora para ficar seguro no geral, você apenas continua à
fazê-lo, enfatizando a segurança à segurança e desenfatizando o problema.

Repetindo o ciclo você está condicionando a nova resposta, de modo que ele tenha uma
experiência de referência forte de não ter mais o problema.

Continue repetindo o ciclo até que não haja mais dúvidas, então ele se lembre da nova
memória como uma em que o trauma não é mais traumático, mas ao contrário, empoderador.

Passo 11: Perdão


Este passo envolve fazer o adulto perdoar a todos que eles possam ter culpado no passado
pelo evento traumático.

Perdoando ele pode liberar a emoção negativa que esteve latente em sua mente inconsciente
por anos.

O adulto pode também falar à criança como está orgulhoso dela, como corajosa ela é.

A criança era pequena quando o evento aconteceu.

Não tinha muitos recursos.

Talvez haviam pessoas naquela época que tinham mais recursos, como irmãos, pais ou outros
adultos.

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Talvez tenha sido possível que eles tivessem protegido a criança, feito alguma coisa diferente
que faria toda a situação menos amedrontadora ou a eliminaria totalmente.

No entanto, é hora do adulto perdoar a todos os envolvidos no evento.

O que quer que tenha acontecido pode ter resultado na criança sentindo ressentimento ou
raiva em direção à outras pessoas – então é importante ouvir o adulto perdoar à cada um
deles em voz alta. Ou, se ele se sentir mais confortável, ele pode fazer isso apenas
mentalmente.

Mas é importante que ele vá à cada pessoa individualmente e diga à ela:

-como ele se sentiu sobre o que aconteceu


-o quão irritado ou assustado se sentiu

-o que ele pensou que a outra pessoa deveria ter feito, mas não fez

E então, perdoar à cada pessoa na melhor forma possível.

Por fim, o adulto deve perdoar à criança.

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O evento não foi culpa da criança, porque ela era apenas uma criança na época. O adulto pode
ter sofrido como resultado do que aconteceu, mas não foi culpa da criança.

Como no passado ele era apenas uma criança, o adulto tem que aceitar este fato, e perdoar a
criança, tendo uma conversa aberta e franca sobre o evento.

O papel do perdão não é tecnicamente importante em uma regressão.

A regressão pode ser feita com sucesso apenas removendo o trauma da memória.

Porém, o propósito do exercício de perdão é evitar que a pessoa crie um novo trauma, se
torturando mentalmente após tudo isso, pensando: “eu sou estúpido, porque tive que sofrer
este tempo todo?”. Ele pode se bater tanto que pode acabar criando um novo problema.

Estes pensamentos irão fazer ele se sentir tão mal sobre o evento que podem recriar alguma
forma de trauma, por apenas se sentir mal sobre ele de uma forma diferente. Então, o perdão
é basicamente uma ressignificação, que desenha na areia e diz:

[destacado] “Sabe, nós não precisamos mais pensar sobre isso”

Não é necessário mais retornar ao assunto, reviver o passado.

Toda esta estratégia de perdão é apenas uma metáfora para mudar o significado. Dizer que o
que aconteceu, aconteceu, mas você não precisa mais ficar preso à isto.

[destacado] “O que eu quero que você faça quando eu digo para perdoar à esta pessoa em
termos do evento é o seguinte: não estou pedindo para que você ame esta pessoa, respeite-a
ou aceite qualquer coisa que ela tenha causado. Você pode fazer qualquer uma destas coisas
se quiser, ou nenhuma delas, certo? Quando eu digo perdão, é uma questão especificamente
de cortar estes laços. Você não precisa se apegar a mais nada disso. Você está além disto, faz
sentido?”

NOTA IMPORTANTE: quando o adulto está falando com a criança sobre o evento (e a
perdoando), é importante que ele sempre fale de forma gentil. Se ele está tendo problemas
para fazer isto, é uma indicação de que ele precisa passar mais tempo neste passo praticando
o perdão, para que ele possa deixar isto para trás e seguir em frente.

Passo 12: Reintegração


O passo final no processo é reintegrar a criança e o adulto, para permitir que a criança “cresça”
com os novos recursos que o adulto ganhou através de sua vida e como resultado de processo
de hipnoterapia.
O adulto perdoou a criança e deu à ela um abraço para mostrar que não há mais nenhuma
culpa, ressentimento ou sentimentos difíceis sobre o que aconteceu.

Para começar a reintegração, peça ao adulto para imaginar se juntando com o corpo da criança
e se tornando um só com a criança.

É importante que este processo não seja acelerado, que ele use o tempo que for preciso para
que ele sinta este emergir mental de criança e adulto.

O próximo passo envolve guiar o adulto/criança integrado por todos os estágios de sua vida –
começando da época em que o evento aconteceu, mas desta vez em sua nova posição cheia
de recursos.

[imagem]

Fazendo isto, tenha certeza de nomear os estágios de desenvolvimento pelos quais você o está
conduzindo.

E então, para acabar a reintegração, dê à ele um presente hipnótico no final. Isto depende,
claro, do tipo de trauma pelo qual o seu cliente passou.

Mas sempre enfatize a segurança e o fato de que eles sobreviveram até agora.

Uma vez dado o presente hipnótico, você pode contá-lo para fora do transe, trazendo-o de
volta para a sala, se sentindo refrescado, relaxado e cheio de energia. É importante não
apressá-lo, mas deixa-lo voltar ao estado normal de acordado devagar e confortavelmente.
Isto pode demorar apenas alguns segundos ou alguns minutos, dependendo de como ele se
sente e em sua prontidão para retornar.

NOTA IMPORTANTE: como sempre, teste, teste e teste o seu trabalho, uma vez que a pessoa
saiu do transe! Isto é para confirmar que não há alguma emoção deixada para trás ou algo
mais com que você precise lidar durante a sessão.

Bônus: Hipnoterapia de Regressão feita Conversacionalmente


Apesar de que a terapia de regressão não é um processo que pode ou deve ser corrido, para
ajudá-lo a colocar o método de 12 passos em prática, abaixo está um exemplo de como usá-lo
em uma conversa rápida.

Este exemplo foi pego de uma conversa com uma moça que sofria de fobia de pássaros. Por
ser uma conversa e por ser feito tão rapidamente, alguns dos passos parecem se juntar. Mas
eles estão todos ali.

Passos 1 à 3: Regressão, orientação e dissociação

Cliente: Eu tenho este terrível problema.

Hipnotista: Parece que isto está realmente te afetando.


Cliente: Está.

Hipnotista: Como você se sente?

Cliente: Terrível.

Hipnotista: Mas não é a primeira vez que se sentiu assim, é?

Cliente: Não, tive isso por anos.

Hipnotista: Por quantos anos?

Cliente: Parece que para sempre, sempre foi assim.

Hipnotista: Qual a sua idade na primeira vez que sentiu isso?

Cliente: 12 anos.

Hipnotista: Ótimo! Volte lá. (aqui a regressão está sendo feita. Você poderia dizer,
alternativamente: “Tudo bem, você tinha 12 anos. Então pense sobre esta menina de 12
anos.” Deste modo, a dissociação e regressão estariam sendo combinadas em uma única frase)

Hipnotista: Então, o que aconteceu? (Orientação)

Cliente: XXX aconteceu.

Hipnotista: Tudo bem, mas você percebe que está aqui agora e que isto foi lá, certo?
(dissociação)

Passo 4: Reframe

Hipnotista: E você possui muitas habilidades e recursos que pequenas garotas não tinham
naquela época. Seria justo de se dizer isto?

Cliente: Com certeza.

Passos 5 à 10: Pontos de segurança, ciclo segurança à segurança, orientação e ressignificação

Hipnotista: Você também sabe que, não importa o quão terrível foi no passado, ela sobreviveu,
certo?

Cliente: Sim.

Hipnotista: O que aconteceu quando tudo acabou?

Cliente: XXX aconteceu. (você tem agora o ponto de segurança)

Hipnotista: O que você acha que precisaria acontecer para que a garotinha não se assustasse
no passado?

Cliente: Bem, XXX.

Hipnotista: Se isto estivesse lá, como teria sido o resultado?

Cliente: Bem, os pássaros estariam lá, mas eu não teria ficado assustada.

Hipnotista: Como você teria ficado?

Cliente: Eu teria rido disto porque eu sabia que estava segura. (ressignificando a criança e
mudando a crença).
Hipnotista: Ótimo. Isto é interessante, não é, que você pode estar com os pássaros e saber
que está segura.

Hipnotista: Então, e se você pudesse torcer o espaço e tempo e pegar todas as coisas que você
sabe agora sobre este evento do passado? E se você pudesse enviar a sua presença de hoje de
volta e embrulhar a garotinha nela, de modo que ela sabe que estava segura e que
sobreviveria. Você acha que isto iria ajudá-la?

Cliente: Com certeza.

Hipnotista: Como você acha que ela iria se sentir?

Cliente: Bem, sabendo que isto terminaria eventualmente teria feito toda a diferença do
mundo.

Hipnotista: Como?

Cliente: Porque ela sabe que vai terminar e sabe quando vai terminar.

Hipnotista: Bem, e se você pudesse se imaginar projetando todas estas habilidades nela para
ela saber que está segura? Ela precisaria continuar com medo?

Cliente: Não.

Hipnotista: Como ela ficaria, em vez disso?

Cliente: Ela ficaria XXX.

Hipnotista: Então, você está me dizendo que quando você pensa sobre esta menina de 12 anos
agora, com todos estes recursos, que ela está se sentindo XXX? É isto que está me dizendo?

Cliente: Definitivamente.

Hipnotista: Como você acha que ela se sentiria?

Cliente: Ótima. (toda a ressignificação)

Hipnotista: Então, ela precisa ter medo de pássaros?

Cliente: Não.

Hipnotista: Como você se sente sobre os pássaros?

Cliente: Na verdade, me sinto ok.

Hipnotista: Tem certeza?

Cliente: Sim.

Hipnotista: Como você sabe?

Cliente: Eu não sei, só me sinto.

Passo 11: Perdão

Hipnotista: Você se sente bem o suficiente para deixar tudo isto para lá e seguir com sua vida?

Cliente: Com certeza.


NOTA IMPORTANTE: o risco de fazer regressões conversacionalmente é que uma ou duas
linhas podem nem sempre fazer o que você quer que ela façam. Neste caso, apenas volte lá e
conserte os problemas. Para isto é que a técnica de 12 passos serve, para que você saiba o que
fazer a cada ponto, apenas no caso de que tome mais trabalho levá-los de um ponto à outro.

Passo 12: Integração

Este passo pode ser feito por presunção, como abaixo:

Hipnotista: Já que você pode ver a sua versão mais nova com todos estes recursos extras,
como você pensa que teria crescido com isto como memória, em vez do modo que você
cresceu até hoje?

Cliente: Bem, eu teria me sentido muito melhor sobre isto.

Hipnotista: Bem, o que é isto?

Cliente: Bem, eu teria XXX, YYY e ZZZ, e eu teria me sentido WWW.

Hipnotista: E como você está se sentindo agora?

Cliente: Como WWW.

Hipnotista: Então, você está me dizendo que você chegou neste mesmo ponto, mesmo que
por uma rota diferente?

Cliente: Bem, parece que sim. (reintegração feita)

Ou a reintegração poderia ser ainda mais simples:

Hipnotista: Enquanto você pensa sobre os 12 anos, como se sente agora?

Cliente: Bem, está ok.

Hipnotista: Tem certeza?

Cliente: Definitivamente.

Hipnotista: Como você sabe?

Cliente: Bem, isto não me afeta mais.

Hipnotista: Bem, isto é interessante. Acho que isto significa que tudo está mudado agora, não
é?

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