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“Uma cosmovisão é um comprometimento,

uma orientação fundamental do coração,


que pode ser expressa como uma história ou
um conjunto de pressuposições (hipóteses que
podem ser total ou parcialmente verdadeiras
ou totalmente falsas), que detemos
O que é
(consciente ou subconscientemente, Cosmovisão?
consistente ou inconsistentemente) sobre a
constituição básica da realidade e que
fornece o alicerce sobre o qual vivemos,
movemos e possuímos nosso ser.”

James W. Sire, Naming the Elephant, p. 122.


“Uma cosmovisão é um comprometimento,
uma orientação fundamental do coração,
que pode ser expressa como uma história ou
um conjunto de pressuposições (hipóteses que
podem ser total ou parcialmente verdadeiras
ou totalmente falsas), que detemos
O que é
(consciente ou subconscientemente, Cosmovisão?
consistente ou inconsistentemente) sobre a
constituição básica da realidade e que
fornece o alicerce sobre o qual vivemos,
movemos e possuímos nosso ser.”

James W. Sire, Naming the Elephant, p. 122.


“Uma cosmovisão é [...]
sobre a constituição
básica da realidade”
James W. Sire
Sistema de Vida
Abraham Kuyper
A comunidade
da existência
“Deus e homem, mundo e sociedade
formam uma comunidade primordial do ser.
A comunidade, com sua estrutura
quaternária, é, e não é, um dado da
experiência humana. Ela é um dado da
experiência na medida em que ela é
conhecida pelo homem em virtude de sua
participação no mistério de sua existência.
Ela não é um dado da experiência na
medida em que ela não se dá da mesma
forma que um objeto do mundo exterior,
sendo conhecível apenas pela perspectiva
da participação nela.”
A comunidade da existência

Deus Homem Mundo Sociedade


Gênesis 1-3

Deus Homem

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem
harmonia

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem
consubstanciação harmonia

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem
consubstanciação harmonia diferenciação

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem
consubstanciação harmonia diferenciação

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem
conflito

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem
ruptura conflito

Mundo Sociedade
Gênesis 1-3

Deus Homem
ruptura conflito indiferenciação

Mundo Sociedade
política da indiferenciação
“Culturas primitivas são fechadas em
comunidades pequenas e indiferenciadas,
que apresentam uma forte tendência para
o isolamento. Enquanto tais comunidades
primitivas mantêm seu isolamento na história,
não pode existir a questão do
desenvolvimento cultural, no sentido próprio
que é tomado pela historiografia crítica.”

Herman Dooyeweerd, O Critério das Tendências Progressivas e Reacionárias na História.


política da indiferenciação
Judith Butler
e a indiferença de gênero
“Não a fraternidade, mas sim uma falsa uniformidade é o
objetivo para o qual suas brilhantes imagens [da Revolução
Francesa] nos conduzem [...]. Se a multiformidade é a marca
inegável da vida ativa e vigorosa, nossa época busca
concretizar sua maldição em sua busca por uniformidade [...].
Conclama, cada vez mais estridentemente, que, em nossa
sociedade moderna, todas as coisas, por mais distintas que
sejam suas naturezas, devem ser moldadas de acordo com um
único modelo, talhado segundo um padrão singular, ou
derramado num mesmo molde fixo. É como o antigo malfeitor
[Procusto] que, conforme nos narra o mito, obrigava todo
viajante que conseguia sequestrar a deitar-se num leito de ferro,
amputando suas pernas quando estas eram mais longas e
distendendo aquelas que eram mais curtas, até que se
ajustassem precisa e completamente às dimensões do leito.”
KUYPER, Abraham, “Uniformity: the curse of modern life”, In: Abraham Kuyper: A Centennial Reader. Grand
Rapids: Eerdmans, 1998, p. 19-44.
A comunidade da existência

Deus Homem Mundo Sociedade


as cosmovisões podem ser
avaliadas em como lidam
com os quatro elementos
da comunidade do ser
(e com suas relações)
Niilismo
Cosmovisões e
Indiferenciação
Existencialismo
o homem e o
homem Psicanálise
Individualismo
Behaviorismo

Cosmovisões e
Nazismo
Indiferenciação
o homem e Comunismo
a sociedade
Fascismo
Liberalismo
Taoísmo
Budismo
Hinduísmo
Cosmovisões e
Indiferenciação Xintoísmo
o homem e o Animismo
mundo
Antirrealismo
Solipsismo
Gnosticismo
Zoroastrismo
Cosmovisões e
Indiferenciação
o homem e
Deus Mitraísmo
Ateísmo
Cosmovisões e
Indiferenciação
Naturalismo
Deus e
o mundo Materialismo
Cientificismo
Astrologia

Cosmovisões e
Indiferenciação Determinismo
o mundo e
a sociedade
Religiões
indígenas
Políticas de Indiferenciação

Deus Homem Mundo Sociedade


gnose
“Por movimentos
gnósticos, entendemos
movimentos como
progressismo, positivismo,
marxismo, psicanálise,
comunismo, fascismo e
socialismo nacional.”
“Mais importante para nossos propósitos do que definições e questões de gênese, são as características pelas quais
podemos reconhecer os movimentos gnósticos como tais. Vamos listar, portanto, as seis características que, juntas, revelam
a natureza da atitude gnóstica.
1. Em primeiro lugar, é preciso salientar que o gnóstico está insatisfeito com sua situação. Isso, por si só, não é
especialmente surpreendente. Todos nós temos motivos para não estarmos completamente satisfeitos com um aspecto
ou outro da situação em que nos encontramos.
2. O segundo aspecto da atitude gnóstica não é tão compreensível: a crença de que os inconvenientes da situação
podem ser atribuídos ao fato de o mundo ser intrinsecamente mal organizado. Da mesma forma, é possível supor que a
ordem do ser como é dada a nós homens (onde quer que sua origem seja buscada) seja boa e que somos nós seres
humanos que somos inadequados. Mas os gnósticos não estão inclinados a descobrir que os seres humanos em geral e
eles próprios em particular são inadequados. Se em uma determinada situação algo não é como deveria ser, então a
falha é encontrada na maldade do mundo.
3. A terceira característica é a crença de que a salvação do mal do mundo é possível.
4. A partir disso, segue-se a crença de que a ordem do ser precisará ser alterada em um processo histórico. De um mundo
miserável, um bom deve evoluir historicamente. Essa suposição não é totalmente autoevidente, porque a solução cristã
também pode ser considerada - a saber, que o mundo ao longo da história permanecerá como está e que a
satisfação salvífica do homem é provocada pela graça na morte.
5. Com esse quinto ponto, chegamos ao traço gnóstico no sentido mais restrito - a crença de que uma mudança na
ordem do ser repousa no domínio da ação humana, de que esse ato de salvação é possível pelo esforço do próprio
homem.
6. Se é possível, no entanto, realizar uma mudança estrutural na ordem dada de ser, que possamos ser satisfeitos com ela
como perfeita, então torna-se tarefa do gnóstico procurar a prescrição para tal mudança. O conhecimento - gnose -
do método de alterar o ser é a preocupação central do gnóstico. Como a sexta característica da atitude gnóstica,
portanto, reconhecemos a construção de uma fórmula para a salvação pessoal e mundial, bem como a prontidão do
gnóstico de apresentar-se como um profeta que proclamará seu conhecimento sobre a salvação da humanidade.
Essas seis características, então, descrevem a essência da atitude gnóstica. Em uma variação ou outra, elas são
encontradas em cada um dos movimentos citados.”
imanentização
do eschaton
“Todos os movimentos gnósticos estão
envolvidos no projeto de abolir a
constituição do ser, com sua origem no ser
divino e transcendente, e substituí-lo por
uma ordem de ser imanente ao mundo,
cuja perfeição reside no domínio da ação
humana. Trata-se de alterar tanto a
estrutura do mundo, que é percebida
como inadequada, que surge um mundo
novo e satisfatório. As variantes da
imanentização, portanto, são os símbolos
controladores, aos quais os outros
complexos estão subordinados como
formas secundárias de expressar a
vontade de imanentização.”
utopia
οὐ + τόπος
não-lugar
“As utopias são visões de um estado futuro
em que os conflitos e problemas da vida
humana tenham sido resolvidos por
completo, em que as pessoas vivam juntas
em união e harmonia, e em que tudo esteja
ordenado de acordo com uma vontade
única, que é a vontade da sociedade
como um todo – ‘a vontade geral’ de
Rousseau, [...] o ‘eu coletivo’. As utopias
contam a história da queda do homem,
porém ao contrário: a inocência e a
unidade de antes da Queda encontram-se
no final das coisas, e não necessariamente
no início – ainda que haja também uma
tendência a descrever o fim como
recuperação da harmonia original.”
SCRUTON, Roger. As vantagens do pessimismo: e o perigo da
falsa esperança. São Paulo: É Realizações, 2015, p. 61-62.
“Então vi um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro
céu e a primeira terra tinham passado [...]. Vi a cidade
santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de
Deus [...]. Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia:
‘Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com
os quais ele viverá. [...] Ele enxugará dos seus olhos toda
lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro,
nem dor, pois a antiga ordem já passou’. Aquele que
estava assentado no trono disse: ‘Estou fazendo novas
todas as coisas!’.” – Apocalipse 21.1-5
“‘Logo será o fim de tudo; e
haverá um novo céu e uma
nova terra’, lemos no
Apocalipse. Se eliminarmos
o céu e conservarmos só a
‘nova terra’, teremos o
segredo e a fórmula dos
sistemas utópicos”

CIORAN, E. M. História e utopia. Rio de Janeiro: Rocco, 2011, p. 90.


“De nada vale deixar de acreditar na
realidade geográfica do paraíso ou em
suas diversas configurações, ele reside
de qualquer maneira em nós como um
dado supremo, como uma dimensão
de nosso eu original; trata-se agora de
descobri-lo aí. Quando o conseguimos
entramos nessa glória que os teólogos
chamam essencial; mas não é Deus
que vemos face a face, é o eterno
presente, conquistado acima do devir
de da própria eternidade.”
CIORAN, E. M. História e utopia. Rio de Janeiro: Rocco, 2011, p. 125.
“De certa maneira,
cada cosmovisão vem
acompanhada de uma
escatologia, uma visão
do futuro que guia e
direciona a vida.”

WALSH, Brian J.; MIDDLETON, J. Richard. A Visão Transformadora. São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2010, p. 30.
“Eles nunca poderiam vencer o inimigo negando
que a vida humana fosse um drama com
significado. Esta noção estava por demais difundida
e arraigada no inconsciente, mesmo dos filósofos;
mas admitindo que a vida humana era um drama
significante, os filósofos deviam anunciar que a
versão cristã do drama era falsa e perniciosa; e sua
melhor esperança de substituir a versão cristã
estava em refundi-la e atualizá-la.” Carl Becker

BECKER, Carl. Heavenly City of the Eighteenth-Century Philosophers. New Haven: Yale University Press, 1978, p. 123.
“[...] a ideia da Providência
não estava, de modo algum,
morta, mas apenas
secularizada e subordinada
agora à ideia de Progresso na
Terra. A história tinha um
desígnio benéfico, ou meta,
realizável.”
WALSH, William Henry. Introdução à Filosofia da
História. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1978, p. 281.
Política segundo a Bíblia
Como a igreja se relaciona com o governo civil
Erros comuns no relacionamento
do cristão com a política
Cinco visões equivocadas
1. O governo deve impor religião
• 1. Jesus fez distinção entre seu reino e o reino de César (Mateus 22.20-21)
• 2. Jesus não tentou obrigar as pessoas a crerem nele (Lucas 9.52-54)
• 3. Não há como impor fé autêntica (Mateus 11.28-30; Atos 28.23; Romanos 10.9-10)
• 4. O reino de Deus não é deste mundo (João 18.36)
2. O governo deve excluir religião
• 1. Não faz distinção entre os motivos para a lei e o conteúdo da lei
• 2. Desconsidera a vontade dos cidadãos
• 3. Transforma liberdade religiosa em ausência de religião
• 4. Restringe a liberdade religiosa e a liberdade de expressão
• 5. Ignora a tradição religiosa fundante da nação brasileira
• 6. Afasta o governo dos ensinos bíblicos sobre o bem e o mal (Romanos 13.4; 1Pedro
2.14)
• 7. Ignora a possibilidade do povo de Deus aconselhar seus governantes (Daniel 4.27;
Lucas 3.19; Atos 24.25; Isaías 13-23; Jeremias 46-51; Ezequiel 25-32; Amós 1-2;
Obadias; Jonas; Naum; Habacuque 2; Sofonias 2)
3. Todos os governos são perversos e demoníacos
• 1. Interpretação errada de Lucas 4.6 (ver João 8.44)
• 2. Ignora a soberania de Deus sobre os governantes (Daniel 4.17)
• 3. Ignora o papel dado por Deus aos governos civis (Romanos 13.1-7; 1Pedro 2.13-14)
• 4. Cria uma equivalência moral entre bons e maus governos
• 5. Ignora que alguns homens de Deus foram governantes civis (como José)
4. A igreja deve se dedicar ao evangelismo, não à
política
• 1. Uma visão muito restrita do evangelho e do reino de Deus
• 2. O “evangelho todo” inclui uma transformação da sociedade
• 3. A Bíblia fala sobre política, e não podemos deixar de pregar e obedecer estes textos
• 4. Deus instituiu tanto a igreja quanto o governo para restringir o mal no mundo
• 5. Cristão têm exercito influência positiva sobre os governos ao longo da história
5. A igreja deve se dedicar à política, não ao
evangelismo
• 1. Ninguém diz isso, mas vive assim na prática
• 2. É uma tentação pecaminosa em tempos de engajamento religioso na política
• 3. Muitos acreditam na igreja, mas não acreditam em Deus
• 4. Nossa principal e maior missão é pregar o evangelho de Jesus (Mateus 28.18-20)
Um caminho melhor
Influência cristã expressiva sobre o governo civil
Corroboração bíblica para a influência cristã na
política
• Daniel era “governador de toda província da Babilônia” e “chefe principal de todos os
sábios da Babilônia”, vivendo com frequência na “corte real” (Daniel 2.48-49)
• O profeta ordena que os engajemos com a construção e prosperidade das cidades onde
estamos exilados (Jeremias 29.7)
• José estava debaixo apenas do Faraó, o rei do Egito (uma nação não-judaica),
auxiliando nas tomadas de decisão do Faraó (Gênesis 41-45)
• João Batista foi até Herodes para repreendê-lo pelo seu pecado (Mateus 14.3-4; Lucas
3.18-20)
• Paulo discursou às autoridades políticas e as repreendeu pela má administração da
justiça (Atos 24.24-25)
• Existem passagens bíblicas específicas que ensinam sobre política (Romanos 13.1-7;
1Pedro 2.13-14)
Exemplos históricos de influência cristã sobre
governos seculares
• O fim do tráfico de escravos na Europa com William Wilberforce
• Martin Luther King jr. e o fim da segregação racial nos EUA
• As Escolas Dominicais e as primeiras escolas mistas do mundo
• O sistema de pesos e contrapesos de Montesquieu
• O parlamentarismo como fruto do modelo presbiteriano
• O constitucionalismo como influência do relacionamento eclesiástico com a Bíblia
As obrigações de todo cristão como cidadão do
mundo
• Obrigação de votar bem
• Obrigação de entender o seu contexto político
• Obrigação de fiscalizar os políticos
• Obrigação de cobrar punições a todo e qualquer político corrupto
• Obrigação de apoiar os bons irmãos que se engajam no serviço político
• Obrigação de orar ao Senhor para que os políticos se comportem segundo a vontade de
Deus
Princípios bíblicos sobre as
funções do governo civil
A punição dos malfeitores e o louvor dos bons
• No Antigo Testamento
• Sangue por sangue (Gênesis 9.5-6)
• Governo contra a Anarquia (Juízes 17.6)
• Justiça aos pobres e desfavorecidos (Salmo 82.2-4)
• Rapidez nos castigos (Eclesiastes 8.11)

• No Novo Testamento
• Romanos 13.1-7
• 1Pedro 2.13-14

• Pergunta: O governo também deveria “dar a outra face” (Mateus 5.39)?


E as leis civis de Israel?
• Relação de descontinuidade entre o Antigo e o Novo Testamentos
• Israel era uma teocracia religiosa
• Não havia separação clara entre religião e governo civil
• Israel representa um povo específico no plano divino para a humanidade
Desobediência civil
• Devemos sempre lembra que “no momento em que os magistrados vão além dos
limites de sua autoridade, tornam-se semelhantes aos ladrões, usurpadores e
violadores” (Harro Höpfl).
• Governantes não possuem autoridade para nos fazer pecar contra a maior autoridade
que existe sobre todos eles. Desta forma, os cristãos devem opor-se a todo sistema
político totalitário. Mais do que um direito, isto é um dever (Êx 1.17,21; Dn 3.18; 6.10;
Et 4.16; Mt 2.8,12; At 4.18,20; 5.29).
• O jurista britânico William Blackstone, conhecido por ter escrito os Comentários sobre
as Leis de Inglaterra, a primeira grande obra da jurisprudência inglesa desde as
Institutes de Edward Coke, estabeleceu que as leis não possuem validade se
contrárias à lei maior, “ditada pelo próprio Deus”.
Desobediência civil
• Pedro nos ensinou que se a autoridade governamental nos envia ao pecado, é melhor
obedecer a Deus que a homens (Atos 5:29). Em Atos, ele sofreu todas as chicotadas
que a lei lhe ordenava, mas desobedeceu a ordem de parar de pregar.
• Paulo escreve aos coríntios que até chegou a fugiu de uma tentativa de prisão: “Em
Damasco, o governador nomeado pelo rei Aretas mandou que se vigiasse a cidade
para me prender. Mas de uma janela na muralha fui baixado numa cesta e escapei
das mãos dele” (2Coríntios 11:32,33).
• John Bunyan, famoso autor de O Peregrino, seguiu a tradição petrina e foi preso três
vezes por pregar ser licença do Estado e por não frequentar a igreja oficial. Passou
doze anos em uma cadeia inglesa, onde escreveu sua clássica obra.
• Em Êxodo 1.19, lemos as parteiras hebreias desobedecendo a ordem real de executar
todos os recém-nascidos do sexo masculino bebês. Justamente por causa desta
desobediência, o texto diz que “Deus fez bem às parteiras” (Êxodo 1:20).
Desobediência civil
• Quando Daniel foi pego desobedecendo o decreto real que lhe proibia de fazer suas
orações, ele declarou? “contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum” (Daniel 6:22).
Para ele, sequer poderia ser considerado um delito ele ter desobedecido à lei que lhe
proibia de agir segundo sua fé.
• Jezabel, nos tempos de Elias, mandou matar todos os profetas hebreus, mas Obadias
escondeu vários profetas numa gruta.
• De baixo do Nazismo, muitos cristãos abrigaram e protegeram judeus na sua casa,
contrariando as ordens de Hitler.

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