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Gestão Financeira

Capítulo I – Introdução
1.1 As funções da empresa
Podemos dividir uma empresa, internamente, em 5 grandes áreas importantes:

1) Área da direção geral;


2) Área comercial (Marketing);
3) Área da produção;
4) Área da gestão de recursos humanos;
5) Área Financeira.

Todas estas áreas estão relacionadas, não podem haver “muros interiores”. Deve
haver uma coordenação com todas as áreas pois estas influenciam-se mutuamente.

Uma empresa não é um sistema fechado, deve ter relações com o exterior. Fora
da empresa existe o meio envolvente à Empresa. Todas as empresas que estão fechadas
dentro de si estão condenadas.

O meio envolvente é cada vez mais dinâmico e cria oportunidades de negócio,


mas, também, ameaças. Assim, a empresa deve ser também dinâmica para sobreviver no
mercado.
MEIO ENVOLVENTE

Variáveis do contexto económico (que não estão no interior da empresa):

- Taxa de juro ↑ (Prejudicial para empresas endividadas; benéfico para as


restantes)
Estão relacionadas!
- Taxa de inflação ↑

Só conseguimos ganhar dinheiro com aplicações financeiras se a taxa de retorno


for superior à taxa de inflação. Nota: Com inflação, os depósitos a prazo podem
aumentar nominalmente, mas não realmente. (taxa de retorno > taxa de inflação)

- Taxa de câmbio: são um risco no mercado: quem compra e vende fora da zona
euro está exposto a taxa de câmbio, mas podemos proteger-nos fazendo uma operação
swap (previsão taxa de câmbio de uma compra/venda).

- Taxa de desemprego: o ideal é ter uma taxa natural de desemprego.

Se a taxa de desemprego fosse 0% tínhamos uma pressão inflacionista brutal e isso gera
instabilidade económica. Em termos económicos era mau, apesar de todas as pessoas
estarem a trabalhar, mas se lançássemos uma empresa não tínhamos quem recrutar.

Assim, a taxa de desemprego ideal não é a elevada nem a nula, mas sim uma
taxa natural de desemprego que, em Portugal, ronda os 3% a 4%.

- Taxa de evolução do PIB

- Evolução do PSI (Principal Índice de bolsista da Praça financeira portuguesa –


Euronext Lisbon) – exemplo SONAE

Variáveis do contexto tecnológico:

- Investimento em I&D

- Proteção de patentes

- Velocidade da inovação
Variáveis do contexto sociocultural que afetam a vida diária das empresas:

- Hábitos de consumo

- Demografia

- Valores Sociais (ex.: McDonald’s na Índia)

Variáveis do contexto político-legal:

- Estabilidade Política (é preferível estabilidade política pois é mais propício


para o desenvolvimento dos negócios)

- Política Fiscal (carga fiscal é de 38% do PIB) – IRC, IVA, IRS,...

- Política laboral

INTERIOR DA EMPRESA

O diretor Geral tem duas funções:

1 - Planeamento (programar objetivos futuros de curto, médio e longo prazo


traçando o caminho para tal)

2 - Coordenar as várias áreas

Comercial: vendas e compras (engloba o marketing) ≠ Marketing: vendas e técnicas de


vendas

Produção: produzir eficientemente com custos de produção menores, melhorando a


qualidade – através da eficiência tecnológica

Recursos Humanos: responsável pela contratação, despedimento, entre outros.

Financeira: área que trabalha com o dinheiro da empresa, devendo ser eficientes. Tanto
o € que entra como o que sai: devemos encontrar equilíbrio nos movimentos de entrada
e saída do dinheiro.
*Existem dois tipos de equilíbrio Financeiro 1) curto prazo e 2) médio-longo
prazo

1.2. A função financeira e sua evolução


A função financeira de uma empresa ou organização norteia-se, de uma forma
resumida, por dois grandes objetivos, como:

1) O equilíbrio dos fluxos económicos e financeiros

- Os fluxos financeiros e económicos de uma empresa são a contrapartida de


fluxos de bens e serviços (fluxos físicos).

Ex.: compra de MP – entrada de matéria-prima física e saída de fluxo


financeiro para a pagar;

Venda – saída de bens da empresa para o cliente que originam no tempo


entrada de dinheiro (fluxo de bens que origina fluxo de dinheiro)

2) A otimização do conjunto de proveitos financeiros e de encargos


financeiros

- A função financeira deve tomar as melhores decisões em questões relacionadas


com o financiamento e com o investimento que as empresas têm de realizar para
garantir o seu normal funcionamento.
Os proveitos financeiros derivam dos meus investimentos financeiros; quando
me financiam pago encargos financeiros.

1.3. A análise financeira: objetivos e interessados


Capítulo II – Instrumentos de análise
2.1. Os documentos contabilísticos e suas limitações
2.1.1. Material de suporte contabilístico
2.1.1.1. O balanço
2.1.1.2. A demonstração de resultados
2.1.2. Limitações dos documentos contabilísticos
2.2. Informações de carácter extra-contabilístico
2.3. Dos documentos contabilísticos aos documentos financeiros certificados
e preparados para análise
2.3.1. Principais correcções financeiras
2.3.1.1. A certificação 2.3.1.2. A preparação e a arrumação

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