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Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais

Direção Regional da Educação e Administração Educativa


Escola Básica Integrada da Vila do Topo

Ano Letivo 2022/2023

História e Geografia de Portugal - 6.º ano de escolaridade

Ficha de revisões

COLÓNIAS PERTENCENTES A PORTUGAL


No século XVIII o Império
português era constituído por:

 Na Ásia: pelas cidades


de Damão, Diu e Goa na Índia e
ainda por Macau e Timor;

 Em África: por Cabo


Verde, Guiné, São Tomé e
Príncipe, Angola e Moçambique

 Na América: pelo Brasil

ENGENHOS DE AÇUCAR
Neste período Portugal já não
obtinha grandes lucros com o
comércio do Oriente (Índia)
devido à concorrência com
ingleses, franceses e holandeses,
por isso interessou-se mais em
explorar o Brasil.

O tempo quente e húmido


permitiu cultivar grandes
quantidades de cana-de-
açúcar que depois era trabalhada
nos engenhos para ser transformada em açúcar. Além do
açúcar, o Brasil passou a ser bastante importante por causa da
descoberta de ouro e de pedras preciosas.
Bandeirantes: pessoas que foram para o interior do Brasil à
procura de ouro, pedras preciosas e de índios para escravizar.
Fundaram cidades e povoações o que permitiu alargar as fronteiras do
Brasil para além da linha de Tordesilhas.

Engenhos: conjunto de instalações que moem a cana-de-


açúcar e a transformam em açúcar.

GOVERNO DE D. JOÃO V
A descoberta de ouro e de pedras preciosas
desenvolveu o comércio triangular que trouxe grandes
riquezas a Portugal. D. João V tornou-se num dos reis mais
ricos da Europa e concentrou em si todos os poderes
passando a governar como um rei absoluto.

Monarquia absoluta: regime em que o rei concentra em si


todos os poderes.

Poderes do rei:

 Legislativo: fazia as leis

 Executivo: fazia cumprir as leis

 Judicial: julgava quem não cumpria as leis

A vida da corte

 Vivia em luxo e ostentação

 Realizavam-se bailes, teatros, concertos, banquetes e cortejos para mostrar a sua


riqueza

A nobreza

 Tentava imitar a corte no vestuário, na habitação e nos divertimentos.


O clero

 Tinha um grande poder e criou o Tribunal de Inquisição que perseguia e condenava à


morte quem estivesse contra a Igreja Católica, quem praticasse outra religião ou quem
fosse suspeito

Cristãos-novos: nome dado a quem aceitava


converter-se à religião católica. No entanto,
muitos foram perseguidos e condenados à
morte por suspeita de praticarem outras
religiões em segredo.

Autos-de-fé: cerimónias públicas onde os


condenados eram torturados e queimados vivos.

A burguesia

 A alta burguesia enriqueceu com o comércio e tentou imitar o modo de vida da nobreza

 Estes burgueses conviviam em clubes e cafés com artistas, escritores e políticos

Povo

 Continuava a viver em grandes dificuldades

GRANDES CONSTRUÇÕES
Parte das riquezas obtidas com o ouro brasileiro foi gasta na construção de grandes
palácios e conventos.

Por iniciativa régia (do rei):

 Aqueduto das Águas Livres

 Palácio e Convento de Mafra

 Capela de S. Batista

 Solar de Mateus
ESTILO BARROCO

O estilo que caracterizava estas construções era


o Barroco.
Características do estilo barroco:

 Grandiosidade

 Revestimento em talha dourada,


azulejo e mármore

 Decoração abundante com curvas.

 Abundância de estátuas.
Estátua de D.José I no Terreiro do Paço em Lisboa.

LISBOA POMBALINA
Governo de D. José I

Em 1750, D. José I sobe ao trono e nomeia Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro
Marquês de Pombal, como ministro.

TERRAMOTO DE 1755
Lisboa ficou praticamente destruída após o terramoto de
1755:

 Morreram cerca de 10 000 pessoas

 Grande maior parte dos edifícios ficaram em


ruínas

 Perderam-se muitos tesouros como livros,


manuscritos, quadros e objetos de ouro e de prata

Ação do Marquês de Pombal após o terramoto

 Mandou enterrar os mortos e socorrer os feridos

 Mandou policiar as ruas e os edifícios mais importantes para evitar roubos

 Encarregou o engenheiro Manuel da Maia e o arquiteto Eugénio dos Santos elaborar


um plano de reconstrução da baixa de Lisboa.
CARACTERÍSTICAS DA NOVA LISBOA
A baixa de Lisboa é conhecida por baixa pombalina porque o responsável pela sua
reconstrução após o terramoto foi o Marquês de Pombal. Esta reconstrução caracterizou-se por
várias inovações:

 Ruas largas

 Passeios calcetados

 Traçado geométrico

 Prédios da mesma altura com


fachadas iguais e dotados de um
sistema de madeira anti-sísmico

 Rede de esgotos

O Terreiro do Paço deu lugar à Praça do


Comércio em homenagem aos
burgueses que contribuíram com dinheiro
para a reconstrução de Lisboa.

Situação de Portugal neste período

O reino português encontrava-se em crise:

 O comércio enfrentou uma grande concorrência estrangeira que impediu o seu


crescimento

 A agricultura e a indústria não produziam o suficiente, portanto Portugal tinha que


comprar quase tudo ao estrangeiro

 Chegava cada vez menos ouro do Brasil, por isso deixou de haver dinheiro para
importar tantos produtos

 O terramoto de 1755 veio agravar ainda mais a situação do país


REFORMAS POMBALINAS
Para resolver a grave situação que enfrentava Portugal, Marquês de Pombal decidiu fazer
várias reformas:

 Reformas económicas:

 Desenvolveu a indústria apoiando fábricas antigas e criando novas

 Criou companhias de comércio

 Reformas políticas e sociais

 Perseguiu e retirou poder à Nobreza (retirou cargos e riquezas e reprimiu quem


se lhe opusesse)

 Diminuiu o poder do Clero, expulsando os Jesuítas

 Protegeu a Burguesia

 Extinguiu a escravatura no reino (embora continuasse a existir nas colónias


portuguesas).

 Reformas no ensino

 Em 1759 criou Escolas


Primárias (Equivalentes ao 1.º ciclo) para
ensinar a ler, escrever e contar os filhos dos
comerciantes criando assim a Aula de
Comércio para estes. A formação dos filhos da
nobreza ficou a cargo do Real colégio dos
Nobres, fundado em 1761 em Lisboa.

 Reformou a Universidade de
Coimbra em 1772 com o objetivo de dar mais
importância as Ciências Naturais e Físicas
baseando a aprendizagem em aulas práticas.

 Extinguiu a Universidade de
Évora que era controlada pelos Jesuítas.

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