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Transcrição da Teleconferência

Resultado Trimestral 3T23


CSN (CSNA3 BZ)
14 de novembro de 2023

Operador:

Senhoras e senhores, obrigado por aguardarem. Sejam bem-vindos à teleconferência


da CSN para apresentação dos resultados referentes ao 3T23.

Estão presentes hoje conosco os diretores da Companhia.

Informamos que este evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão
apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia. Em
seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando instruções adicionais
serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência durante
a conferência, queira, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando *0.

O evento de hoje também está sendo transmitido simultaneamente pela Internet,


podendo ser acessado no site de RI da CSN, ri.csn.com.br, onde se encontra
disponível a apresentação. O replay deste evento estará disponível logo após o seu
encerramento, por um período de uma semana, e a seleção dos slides será controlada
pelos senhores.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que algumas das afirmações aqui


contidas são meras expectativas ou tendências, e se baseiam nas hipóteses e
perspectivas atuais da administração da Companhia, podendo haver variações
materiais entre os resultados, performance e eventos futuros, não se constituindo em
projeções. Os resultados reais, desempenho e eventos podem diferir
significativamente daqueles expressos ou implicados por essas afirmações, como
resultado de diversos fatores, tais como condições gerais e econômicas do Brasil e
outros país, níveis de taxa de juros e de câmbio, renegociações futuras ou pré-
pagamento de obrigações ou créditos denominados em moeda estrangeira, medidas
protecionistas nos Estados Unidos, Brasil e outros países, mudanças em leis e
regulamentos e fatores competitivos gerais, em base global, regional ou nacional.

Agora gostaríamos de passar a palavra para o Sr. Marcelo Cunha Ribeiro, CFO e
Diretor Executivo de Relações com Investidores, que fará a apresentação dos
destaques operacionais e financeiros da CSN nos períodos. Por favor, Sr. Marcelo,
pode prosseguir.

Marcelo Cunha Ribeiro:

Bom dia a todos. Obrigado por participarem do call ide resultados da CSN. Faremos,
em primeiro lugar, a apresentação, e depois passaremos a palavra ao nosso CEO, Sr.
Benjamin Steinbruch, para seus comentários, antes de seguirmos com as perguntas e
respostas.

Iniciamos com os slides com os destaques do período, começando destacando um


ponto único da CSN no seu modelo de negócio, que é a sua diversificação, que, neste
trimestre, se provou extremamente importante, uma vez que permitiu um crescimento
robusto do nosso EBITDA de 25%, mesmo em um cenário bastante pressionado para
a siderurgia global.

E não apenas conseguimos gerar maior rentabilidade, mas também aumentar a nossa
geração de caixa. O caixa operacional nesse trimestre chegou a mais de R$1 bilhão, o
que também levou a uma esperada desalavancagem e redução do nosso
endividamento. Isso é um dos destaques que exploraremos durante a apresentação.

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Avançando para o slide seguinte, mostrando uma evolução sequencial do nosso


EBITDA, fica evidenciada a melhoria deste trimestre, onde crescemos 25%. Por outro
lado, aqui também se trata ainda de um trimestre de transição. Ainda há mais para
melhorar, há mais para evoluir, principalmente no nosso segmento de siderurgia, que
neste trimestre sofreu uma pressão do aço importado, uma competição injusta, que faz
pressão sobre preços globalmente, e também no nosso mercado doméstico.

Com isso, o EBITDA caiu 67%, mas foi mais do que compensado por uma evolução
positiva em todos os nossos outros negócios, com destaque para a mineração, que
cresceu mais de 76%, mas também tivemos uma excelente performance no nosso
segmento logístico, com avanços recordes em volumes transportados pela MRF, e
também no nosso segmento de cimentos, que apresentou o melhor EBITDA de sua
história. Com isso, chegamos a esse EBITDA de R$2,8 bilhões, a um crescimento de
R$552 milhões sequencial.

Avançando, passando aos elementos da geração de caixa, em primeiro lugar,


mostramos a evolução do CAPEX, com crescimento de 20%, já esperado, dentro da
nossa expectativa anual de R$4,4 bilhões, com um crescimento na siderurgia em
função de projetos importantes de sustaining, principalmente a evolução da reforma
das baterias de coque, mas também dos precipitadores eletrostáticos da nossa
sinterização.

E, no caso da mineração, o avanço em CAPEX de sustaining, que promove melhorias


operacionais, como temos visto, mas também o avanço do grande projeto de
expansão, que é a P15. E, assim, chegamos a R$1,2 bilhões de CAPEX neste
trimestre.

No capital de giro, tivemos um avanço positivo, uma redução de praticamente R$1


bilhão, de R$3 bilhões para R$1,9 bilhão; uma evolução saudável em estoques,
continuamos reduzindo estoques de produtos acabados; e também no nosso número
de fornecedores, onde continuamos nosso esforço de alongamento de prazo. Neste
trimestre, com mudanças naturais dentro do nosso mix de matérias-primas,
conseguimos avançar em mais de R$1 bilhão nesta conta de fornecedores.

Do lado de contas a receber, tivemos o impacto natural do crescimento do negócio,


principalmente de volumes e preço na mineração, onde tivemos um crescimento de
mais de R$500 milhões no contas a receber.

Com isso, esse capital de giro, como vemos na página seguinte, ajuda de maneira
importante a geração de fluxo de caixa operacional. Neste trimestre, alcançamos mais
de R$1 bilhão. Quando comparamos sequencialmente, fica evidente a sazonalidade e
a volatilidade do negócio. Já é o segundo ano seguido onde temos um começo de ano
com pressões sobre o capital de giro, e aí, ao longo dos trimestres, do 2T até o 4T,
conseguimos reverter esse investimento, gerando bastante caixa.

Neste trimestre, não foi diferente. Tivemos esse EBITDA de R$2,8 bilhões, que se
traduz nesse caixa de R$1 bilhão, após levarmos em conta o CAPEX e,
principalmente, o resultado financeiro.

Esse fluxo de caixa, como vemos no slide seguinte, foi suficiente para promover, pela
primeira vez após alguns trimestres, uma evolução positiva na nossa dívida líquida. A
dívida líquida cai R$1,5 bilhão, ou 4,8%, também em função de iniciativas que temos
tomado para garantir essa redução de alavancagem, como, por exemplo, o pré-

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pagamento de minérios e pré-pagamento de energia elétrica, que Já havíamos


abordado em trimestres anteriores.

E assim, não só a dívida líquida nominal cai, mas também a alavancagem, chegando a
níveis de 2,6x. Já um passo importante frente onde esperamos chegar, que é esse
nível dentro da nossa política de estar abaixo de 2x, mas fizemos neste trimestre um
ajuste no nosso guidance para o final do ano, para estarmos dentro dessa faixa de 2x
a 2,5x, que é o que temos confiança de que poderemos alcançar, dado o momento em
que nos encontramos no ano. Mas, com o avanço do resultado e com as iniciativas
que temos em andamento, já temos a visibilidade de que esse nível de 2x poderá ser
alcançado durante 2024.

Avançando na apresentação, mostramos como essa geração de caixa também ajuda


a construir uma posição muito robusta de liquidez. Estamos dentro da nossa política
de um caixa acima de R$15 bilhões, que nos traz uma cobertura bastante saudável
com relação ao endividamento de curto prazo, um endividamento que será
gradualmente reduzido ao longo dos próximos trimestres.

Temos como objetivo a redução da dívida bruta e sua gradual substituição de


instrumentos de curto prazo por instrumentos de longo prazo, como fizemos
recentemente com a emissão de debêntures de infraestrutura, de R$700 milhões. A
CSN abriu a janela recente de emissões de renda fixa no mercado brasileiro, com
lastros para investimento no nosso setor ferroviário, e faremos uso constante desse
instrumento ao longo dos próximos trimestres para ir alongando e melhorando o perfil
desse endividamento.

Dessa maneira, garantindo essa evolução na direção certa da alavancagem e


alongando esse perfil do endividamento, vamos no caminho de continuar melhorando
os nossos ratings. Temos, por algumas agências, perspectivas positivas, o que indica
a possibilidade de upgrades futuros.

Adentrando agora os destaques por setor, falando um pouco do segmento de


siderurgia, foi um trimestre difícil, de resultados, pressionados, como já mencionei, por
uma competição de aço importado, que tem pressionado preços ao redor do mundo.
Mas, mesmo com esse excesso de aço importado, conseguimos um crescimento
dentro do mercado doméstico, em um ambiente de demanda doméstica ainda mista,
com alguns setores mostrando resiliência e demanda positiva, como o setor da
construção, da distribuição, e alguns setores ainda em fase de desestocagem, como
automotivo, máquinas e equipamentos.

Mas, como destaque positivo, conseguimos manter nossa participação de mercado.


Apenas mostramos uma leve redução no volume total vendido em função da
sazonalidade das nossas vendas ao exterior.

Com relação ao EBITDA, foi bastante pressionado em função de mais um trimestre de


queda de preços, com os preços do mercado doméstico respondendo a essa queda
de preços no mercado internacional e essa pressão do importado. E os custos já
caem, resultado de uma melhora operacional, mas ainda não o suficiente para evitar
margens comprimidas.

As boas notícias operacionais podem ser vistas de maneira mais clara no slide
seguinte, quando evidenciamos o avanço na produção de placas. Temos um avanço
importante de 25%, e isso se traduz, de cara, em um custo de placa 13% mais baixo,

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ainda não totalmente refletido no custo da mercadoria vendida, o que deve se dar ao
longo do 4T. E assim, temos uma expectativa consistente de que essa rentabilidade
unitária vai sair desse piso que mostramos no 3T para números mais positivos nos
próximos trimestres.

Avançando, falando um pouco sobre o segmento da mineração, que teve um trimestre


bastante forte, praticamente todos os KPIs com destaque positivo. Recorde de
produção, ou seja, não só conseguimos vender mais, mas também, dentro dessas
vendas, tivemos mais do nosso minério produzido, e não do minério comprado. A
realização de preços foi bastante forte, não só em função de avanço de preços
internacionais do minério, mas também por conta de preços provisórios de cargas em
aberto de trimestres anteriores sendo ajustados.

E também, com relação ao custo, tivemos esse impacto positivo de o minério próprio
ajudar nessa melhoria de imagem. Isso junto com um C1 melhor em função de uma
melhor produção, fez com que a margem subisse a 45% e o EBITDA se aproximando
de R$2 bilhões.

Como vemos na página seguinte, todos os elementos do bridge conseguem mostrar


essa evolução positiva, desde ajuste de cargas em aberto de trimestres anteriores,
passando por volume preço no mercado internacional, mas também esse mix do
nosso minério produzido ser mais importante do que o minério de terceiros, um frete
que teve um avanço positivo neste trimestre e o custo C1 sendo reduzido. É assim que
chegamos a esse EBITDA tão forte no 3T, e fica uma expectativa de uma performance
muito positiva ainda até o final do ano, porque todos esses elementos se mantêm.

Passando para os comentários com relação a cimentos, tivemos, como já mencionei, o


EBITDA nominal mais alto da nossa história, mas claramente ainda temos muito por
entregar.

Já mostramos um crescimento com relação ao mesmo período do ano passado de 4%


em termos de volumes, mesmo em um mercado, segundo o SNIC, que está caindo
seus 2%, 3%. Ou seja, conseguimos mostrar que as sinergias nos trazem um ganho
saudável de participação de mercado. E, neste trimestre, mostramos um leve
decréscimo em função de uma redução de velocidade no último mês do trimestre, em
setembro, quando fizemos finalmente a integração definitiva das dez fábricas
adquiridas pela LafargeHolcim com a implementação do nosso ERP.

É natural nesse tipo de transição, nós mantivemos um ritmo um pouco menos


acelerado neste último mês do trimestre. Não fosse isso, teríamos já mostrado
também um crescimento sequencial.

Com relação aos números de receita, já evidenciam uma melhora de preços. Então, o
aumento implícito de preço na casa de 4%, e acreditamos que essa é uma tendência
que deve continuar, e também uma redução de custos. Custos, matéria-prima,
maiores eficiências em função da materialização de sinergias. E, por isso,
conseguimos já mostrar margem subindo quase 4 p.p., para uma transição onde
precisamos chegar a patamares bem superiores. Mas foi um bom trimestre, um
trimestre que nos dá a expectativa de entregar resultados muito melhores no ano de
2024.

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Com isso, terminamos os comentários sobre as unidades de negócio, e eu passo a


palavra à nossa Diretora de Sustentabilidade, Helena Guerra, para falar sobre os
nossos destaques do ESG.

Helena Guerra:

Bom dia a todos. Agradeço, mais uma vez, a oportunidade de apresentar para vocês
alguns dos nossos resultados, os destaques do último trimestre na nossa jornada
ESG.

Como a maior parte dos senhores já sabe, desde o início do ano, no 1T, nós
passamos a produzir um release específico sobre a temática ESG, trazendo
indicadores quantitativos e qualitativos, e também o nosso desempenho perante as
metas que foram estabelecidas.

Como o principal destaque desse período, um ponto que já foi falado no call da CMIN,
mas vale reforçar, a renovação da Declaração de Estabilidade das barragens da CSN
Mineração, assim como também a conclusão das obras de descaracterização da
Barragem do Vigia, que, pela nova legislação, passa agora apenas a ser monitorada
por dois anos, até que ela possa sair formalmente da lista de barragens da Agência
Nacional de Mineração. Então, seguimos avançando na descaracterização de nossas
barragens.

Da mesma forma, evoluímos no que tange ao desempenho da nossa segurança


operacional. Fechamos 2022 com a nossa menor taxa de frequência de acidentes
reportados da série histórica, e agora, no 3T23, um resultado ainda 13% superior ao
mesmo período do ano passado, e também, com expressiva redução na nossa
gravidade e no número de dias perdidos de trabalho dos nossos colaboradores.

Destacar também a importante redução das nossas emissões de gases de efeito


estufa no setor de cimentos. Hoje, o cimento representa 40% das emissões absolutas
do Grupo. Esses números já estão incorporados, todos, às nossas operações de
cimento, e estamos com uma redução acumulada de 7% com relação à meta
estabelecida no ano de 2020.

Também uma melhora substancial nos nossos indicadores ambientais. Dentre eles,
uma redução expressiva no consumo de água, dado um forte reuso de água de chuva
durante esse período. Tivemos muita chuva e a possiblidade de utilizar mais água de
chuva no período e, com isso, uma redução expressiva de 19% no nosso consumo de
água. Também a emissão da nossa licença prévia no nosso projeto de geração de
energia fotovoltaica localizado no Piauí. O projeto que vai ter capacidade de geração
de 1,2 GW , talvez um dos maiores projetos de energia fotovoltaica no país.

Também não poderia deixar de falar rapidamente da nossa agenda de diversidade,


onde seguimos crescendo. Seguimos aumentando a participação feminina na
Companhia, agora com um crescimento de 15% quando comparado ao mesmo
período do ano passado. Somos 6.000 mulheres hoje na CSN, e seguimos em busca
da nossa meta de chegar aos 28% até 2025.

Destacar também a evolução constante da Companhia nos seus ratings. Já havíamos


avançado no S&P e Sustanalytics, agora avançamos também no MSI, talvez os três
mais importantes ratings ESG da Companhia.

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Também destacar a primeira operação que fizemos de sustainable linked finance do


Grupo CSN, uma operação de R$500 milhões com o Banco do Brasil, sendo R$250
milhões na CMIN e R$250 milhões na CSN.

E, por fim, talvez um dos principais destaques desse período, a publicação do nosso
primeiro Relatório de Ação Climática. É um documento que vai fazer todos os detalhes
da nossa jornada de descarbonização, em todos os segmentos. Sua publicação foi
orientada pelos princípios do TCFD e está publicado para apreciação de todos os
senhores em nosso website. Muito obrigada.

Marcelo Cunha Ribeiro:

Obrigado, Helena, pelos destaques do ESG. Com isso, encerramos a apresentação.


E, antes da sessão de perguntas e respostas, passo a palavra para o Sr. Benjamin
Steinbruch, nosso CEO, para suas considerações.

Benjamin Steinbruch:

Bom dia a todos. Muito bom estar com vocês agora na apresentação dos resultados
no 3T. Eu vou dar uma passada rápida pelos setores e fazer alguns comentários.

Então, começando pela mineração, que foi apresentado agora pela manhã o resultado
da CMIN, nós tivemos recorde de produção, tivemos os preços em linha com o
mercado, preços bons, que vieram de forma até surpreendente e ficaram a níveis mais
altos do que se esperava.

Tivemos um custo controlado, dentro da previsão que nós tínhamos. Foi um trimestre
muito bom. E o último trimestre também, o preço está dado, vocês sabem, o preço
atual de US$130 por tonelada em nível de mercado, o que vai fazer com que
certamente tenhamos a evolução do que vem ocorrendo no ano, e o 4T continuando
aquilo que aconteceu no 3T em termos de melhora de quantidade. E, com preço já
estabelecido e conhecido, devemos ter uma continuidade em nível de melhoras com
relação à mineração.

Com relação ao cimento, também tivemos crescimento, apesar de o mercado ser um


pouco mais difícil. Acreditamos que o mercado para o último trimestre vai continuar
crescendo dentro daquilo que está previsto. Nós já estamos no meio de novembro,
então acreditamos que vai ser bom, com uma recuperação de preços e com um maior
consumo por parte do cimento.

Na siderurgia, como vocês sabem, desde o começo do ano nós estamos trabalhando
forte em termos de manutenção. Tivemos problemas conhecidos no 4T22 em termos
de aciaria, e estamos trabalhando fortemente. É um processo que demora, mas que já
começamos a ver resultados. E, depois de tanto trabalho desenvolvido durante todos
os meses deste ano, eu acredito que, finalmente, começamos a voltar à normalidade
e, com isso, nossa produção vai ser melhor. Como consequência, o custo também
deve ser menor, e acreditamos que tenhamos um trimestre em continuidade com a
melhora que houve no 3T.

Em infraestrutura, a MRS está superando a previsão em termos de resultado,


colaborando com os nossos números, assim como a energia. Alemanha, Portuga e
Estados Unidos, também com um desempenho bom, dentro do esperado, e também
prestando a sua colaboração para os resultados.

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No caso específico que eu gostaria de comentar, sobre a importação de aço que está
ocorrendo de forma exagerada e desorganizada no Brasil, na verdade, temos que
fazer o mesmo que fazem conosco: a maioria dos países tem 20% de taxação e, em
alguns deles, essa taxação mais cota.

Aqui no Brasil, nós tínhamos 12,5%, baixamos para cerca de 6%, voltamos para 9%,
mas estamos muito defasados com o que é praticado no mundo e praticado contra nós
mesmos. Então, na verdade, teríamos que fazer o mesmo tratamento que está sendo
dado pelos outros países para conosco.

O governo sabe exatamente o que precisa. O setor, e outros setores da economia têm
discutido com o governo bastante, e há muito tempo, e, na verdade, pouco foi feito
com relação a isso. Não precisamos ter, por parte do governo, nem prática, nem
habilidade. É só fazer. É só copiar o que fazem conosco e estaria de bom tamanho.
Não precisamos de nada diferente disso.

Mas não podemos deixar, e desculpem o termo, o Brasil ser ‘o penico do mundo’. Não
podemos permitir que produtos sem qualidade e fora de especificação técnica sejam
importados livremente no Brasil, comprometendo inclusive segurança, e fazendo com
que o mercado se desequilibre completamente.

Então, é, na verdade, um alerta que fazemos, não só com os nossos setores, mas
com todos os outros, porque nós estamos vivendo um período de protecionismo, e o
governo brasileiro não pode ficar diferente do que o resto do mundo está praticando.

Eu acho que já é tempo do governo tomar atitudes duras para proteger de forma eficaz
o emprego e o crescimento da economia. Acho que nós falamos muito em onerar,
arrecadar mais, taxar mais, e ninguém fala em gastar melhor ou gastar menos. Na
verdade, na minha opinião, nós precisaríamos desonerar a economia. Alguns setores
que o governo tem que escolher, na verdade, ele precisa desonerar para poder
crescer, empregar, desenvolver e ter um plano adequado para o crescimento do
governo, para um crescimento da indústria dentro de condições estabelecidas pelo
governo. Eu acho que é necessário, é preciso e já está bastante atrasado.

Com relação a nós, CSN, seguimos no rumo da desalavancagem, priorizando


segurança de barragem, ESG e os investimentos já começados, que nos trarão
melhores resultados para frente.

Obrigado a todos. Vamos começar as perguntas. Estamos todos à disposição.

Guilherme Rossetto, Bank of America:

Bom dia. A primeira pergunta é para o Marcelo. Eu queria saber sobre alocação de
capital. Vocês anunciaram um dividendo até que expressivo na CSN, mas, quando
olhamos hoje, vemos que a ação da CSN ‘trada’ a um desconto para NAV bastante
relevante. Então, queria que você pudesse comentar um pouco de qual o racional, por
que um dividendo e não eventualmente um buyback dessa ação de mercado, e quais
são as prioridades de alocação de capital para Companhia no curto e médio prazo, se
é desalavancagem, crescimento orgânico e inorgânico, ou continuar pagando bons
dividendos.

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E a minha segunda pergunta vai para Martinez. Se você puder comentar um pouco
das discussões de preço, eventuais aumentos na distribuição. E também, o que você
puder nos passar de cor das negociações do aumento da tarifa de aço, se ela pode
ser implementada, até para entendermos se seria uma tarifa para todos os produtos
ou apenas para produtos planos. Muito obrigado.

Marcelo Cunha Ribeiro:

Guilherme, obrigado pela pergunta. Essa discussão de dividendos versos buyback,


acho que não tem uma resposta muito preto no branco. O que já vimos por
experiência própria é que fazer buyback para recuperar o valor da ação não funciona.
É uma discussão de efeitos muito transitórios. No fundo, o que importa, que está no
cerne da sua pergunta, é você remunerar o acionista.

Então, acreditamos que ter uma política com certa previsibilidade é melhor para o
acionista do que usar de buybacks, que são bastante discricionários e pouco
previsíveis.

Então, como o Benjamin mencionou já em alguns dos nossos CSN Days, estamos em
uma fase de pagar dividendos um pouco maiores do que foram no passado para
remunerar um pouco o acionista, mas tudo dentro de uma lógica de manter a
alavancagem de maneira cadente. Foi isso que foi feito hoje, com esse dividendo
anunciado de R$985 milhões, e a alternativa do buyback sempre vai existir, mas para
nós é preferível manter essa consistência ao longo do semestre.

Passo a palavra para o Martínez.

Luis Fernando Martinez:

Guilherme, bom dia. Sobre a primeira da sua pergunta, ligada ao preço da distribuição,
na verdade, o cenário que trabalhamos para esse 4T é de demanda estável até o final
do ano, e também com preços estáveis. Esse é o cenário que estamos trabalhando.

Hoje, em termos de paridade, para você ter uma ideia, se imaginarmos uma BQ na
China hoje a US$533, US$540, às vezes temos até alguns preços de US$550, uma
BQ aqui no mercado interno variando de R$3.900 a R$4.000, R$4.100, esse prêmio
hoje, com um USD de R$5, está em torno de 15%. Então, não teria ainda razão
nenhuma para ficarmos trabalhando em recuperação de preço.

A nossa ênfase agora é colocar o produto. Tem ainda muito material importado no
mercado. Como o Benjamin já colocou, é uma situação totalmente anômala, injusta,
desleal, um import penetration que está chegando com picos de 25%. Então, acho que
agora a tendência é, até o final do ano, começar a cair essa importação. Na verdade,
esse é o cenário que temos até o final do ano.

Eu não entendi a segunda parte da sua pergunta.

Guilherme Rossetto:

É mais se você pudesse nos dar uma cor das negociações de aumento de tarifa, e
também entender se seria uma tarifa para todos os produtos de aço ou apenas
produtos planos.

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Luis Fernando Martinez:

Do aumento da tarifa, eu não tenho um update do que está acontecendo. O que o


Benjamin bem colocou é que estamos trabalhando em todas as frentes. Então,
particularmente, nós estamos envolvidos nas negociações com todos os stakeholders
do governo, que de alguma maneira influenciam nesse processo.

Mas o mais importante é o que o Benjamin falou: não precisa nem muita ciência, nem
muita tecnologia. É só copiar o que está sendo feito lá fora. Nós estamos em um
mundo desglobalizado, descarbonizado e que precisa, na verdade, hoje, de um
mínimo de proteção. Hoje, Estados Unidos, percebemos claramente que está
completamente protegido com as taxas, com antidump, com 232; a Europa, não
bastasse o que eles colocavam de antidump, foi colocada agora também a questão da
salvaguarda.

Então, o Brasil está completamente fora do mundo até. Eu acho que é uma situação
em que até chega a ser ridículo o que está acontecendo aqui no Brasil, que a indústria
participa hoje com 11%, praticamente, do PIB; em países desenvolvidos, é em torno
de 25%.

O que, sinceramente, esperamos é que realmente o governo faça o que tem que fazer
e eleve essa tarifa para no mínimo 25%, que é o que estamos pleiteando. E, mesmo
assim, para muitos produtos, tirando o custo Brasil, temos ainda dificuldade, porque da
usina para dentro, todos são competitivos. O problema é que, além do custo Brasil,
que também existe, enfrentamos dificuldades.

Como o Benjamin também bem comentou, no caso da CSN, particularmente, eu acho


que é até heroico o que temos feito, desculpe até a palavra. Porque cair 5% o preço
em um trimestre combatendo o importado, com uma competição desleal, com um
produto sub-especificado e em uma quantidade absurda, eu acho que é até pouco
cair. Temos feito uma luta muito forte contra esses materiais aqui no Brasil.

E a CSN é diretamente envolvida. Para você ter uma ideia, Guilherme, do que chega
ao Brasil hoje de material importado, 63% vêm na cabeça da CSN. Então, não afeta
tanto os outros players do mercado, porque é material revestido. Então, quem está
aguentando o tranco maior mesmo é a CSN, tanto no material pré-pintado, galvalume,
zincado, folha metálica.

Então, se você olhar a queda de 5% e manutenção do volume, eu acho que é até algo
bastante positivo perto do que estamos enfrentando. Estamos fazendo uma ginástica
aqui, você não imagina como estamos conseguindo mexer em portfólio, em produto,
em espessura, em cliente e em quantidade para poder resistir. Caso contrário, seria
uma queda muito maior.

Porque no zincado, se eu falo aqui de um prêmio de 15% no BQ, no zincado eu chego


a 27%, 28% de prêmio no importado nacionalizado. Então, felizmente, ainda temos um
grupo de clientes e um portfólio de serviços que permite diferenciar e tornar o nosso
pacote irresistível aos nossos clientes.

Essa, basicamente, é uma resposta um pouco mais completa, que permite justificar o
que está apresentado aqui no resultado.

Guilherme Rossetto:

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Está claro.

Marcelo Cunha Ribeiro:

Guilherme, acredito que eu não toquei em um dos pontos da sua pergunta, que era a
questão do desconto de NAV. Só brevemente, realmente, reconhecemos. Acho que
tem duas ações muito relevantes que estamos tomando para reduzir esse desconto de
NAV. Uma é evidenciar ainda mais o valor dos ativos dentro da CSN. Acho que o
exemplo da CMIN é muito claro, uma empresa que tem que se valorizado de maneira
muito expressiva, com a sua ação listada, e isso tem efeito aqui na ação da CSN. E
fazer o mesmo, por exemplo, com a nossa unidade de cimentos, vai ajudar a destravar
esse valor. Isso está nos nossos planos e esperamos conseguir fazê-lo em um
mercado de capitais mais forte ao longo de 2024.

E o segundo ponto é, realmente, reduzir a alavancagem, porque a alavancagem traz a


preocupação da CSN versus CMIN. Vemos isso, inclusive, na performance relativa
entre as duas ações. Então, a redução da alavancagem também vai permitir essa
redução dos descontos do NAV.

Guilherme Rossetto:

Super claro.

Caio Greiner, BTG Pactual:

Boa tarde. Minhas duas perguntas, a primeira, queria explorar um pouco mais as
margens na siderurgia. Desculpe se eu for um pouco repetitivo em relação à pergunta
anterior, mas, olhando o que aconteceu neste trimestre, o custo da placa de vocês
caiu 13% trimestre a trimestre, mas, ainda assim, o CPV por tonelada caiu muito
pouco.

Entendemos como funciona esse lag, demora um pouco para ser completamente
refletido no custo, e mesmo impactar EBITDA, mas eu queria entender como vocês
estão enxergando a margem da siderurgia evoluindo agora para os próximos
trimestres. Deveríamos sentir esse impacto por completo já beneficiando a margem
agora no 4T e no 1T, pensando em 2024?

Eu entendo também que essa equação depende bastante de preço, mas assumindo
que estamos em um cenário extremamente binário e que, se não vemos de fato a
implementação da tarifa entrando, talvez continuemos vendo os preços estáveis de
maneira geral agora, ainda olhando para 2024. Então, só queria que tentassem nos
ajudar um pouco a montar essa equação da margem para a siderurgia agora, olhando
para os próximos trimestres, e em 2024.

A segunda pergunta, queria explorar um pouco mais o guidance de alavancagem de


vocês. Eu queria entender exatamente de onde vocês estão enxergando que vai vir
essa redução, o que vai ter que cair até o final de 2024 para esse nível abaixo de 2x.
Porque, se olharmos para a quebra, pelo menos na conta que fazemos aqui, estamos
olhando e vemos o EBITDA para 2024 muito parecido ainda com 2023. E se
pensarmos na geração de caixa com base nesse mesmo nível de EBITDA e em um
aumento de CAPEX eventual para o ano que vem, amortização dos pré-pagamentos

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de Glencore e de energia e o pagamento de dividendo mínimo, não sobraria muito


caixa para desalavancar.

Então, eu queria, na verdade, ouvir de vocês, talvez seja para o Marcelo, se eu estou
com alguma premissa errada. Se, na verdade, vocês enxergam, sim, o EBITDA
crescendo, e daí viria essa redução da alavancagem, ou se vocês enxergam, sim, uma
geração de caixa mais expressiva para 2024. Ou se, na verdade, o caminho é outro.
Se vocês planejam fazer mais pré-pagamento, se tem alguma operação de venda de
ativo ou participação engatilhada para sair. Queria entender um pouco mais os dois
pontos. Obrigado.

Marcelo Cunha Ribeiro:

Caio, obrigado, Muito boas as perguntas. Realmente, essa margem da siderurgia teve
um pouco de um efeito interno nosso, que não é só custo e preço, mas sim a
participação do nosso negócio Alemanha. Nosso negócio Alemanha vinha gerando
margens duplo-dígito alto pela situação de crise energética na Europa, uma situação
muito positiva de spreads de sucata versus o preço do perfil estrutural, e houve uma
normalização razoavelmente rápida dessa situação entre o 2T e o 3T. Ou seja, as
margens voltaram à sua normalidade, e a sazonalidade na Alemanha também não
ajuda. Em julho e agosto são feitas as grandes paradas para manutenção na
Alemanha.

Então, a comparação sequencial do 2T com o 3T tem uma contribuição negativa do


negócio da Alemanha bem importante. Fica difícil de comparar só com base em preço-
custo do mercado doméstico.

Acho que a boa notícia é que o volume, pelo menos, na Alemanha volta a crescer. Os
preços se estabilizaram, o preço da sucata também deu uma recuada. Então,
voltamos a ter margens interessantes na Alemanha.

E a situação aqui, que é o mais relevante, é uma de, como comentamos, estabilidade
nos preços, e aí sim o lag vai nos ajudar. Ou seja, esse desempenho mais positivo da
produção, com diluição de custos fixos, ele aconteceu mais no final do trimestre, ou
seja, mais para setembro, o que faz com que esse custo da produção ainda esteja nos
estoques, que vai ser traduzido em custo da mercadoria vendida ao longo do 4T.

Então, a margem, sim, vai ter uma direção bem positiva ao longo do 4T, buscando
esse duplo dígito ao longo dos próximos trimestres. Então, com relação à perspectiva
de margem e lag, é isso.

Com relação à alavancagem, a sua pergunta também é super pertinente. Essa não é
uma conta muito difícil de ser feita. Obviamente, embute premissas bem incertas,
como, por exemplo, o preço do minério para o ano que vem, mas em linha com
premissas de consenso, você tem razão.

Por isso, vamos buscar esse número de estar abaixo de duas vezes com as iniciativas
de reciclagem do capital do grupo, como já temos sido vocais a respeito. É aí inclui
esse IPO de cimento, que já falamos, inclui buscar um sócio para o nosso negócio de
energia e assim por diante.

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Transcrição da Teleconferência
Resultado Trimestral 3T23
CSN (CSNA3 BZ)
14 de novembro de 2023

É isso que faz com que a conta possa fechar, sim. São iniciativas que já estamos
trabalhando, não é algo tempo futuro, é algo tempo presente, que dá para ser feito
durante o ano de 2024.

Caio Greiner:

Maravilha, Marcelo. Super claro. Obrigado.

Ricardo, Safra:

Bom dia. Parabéns pelos resultados. Eu tenho duas perguntas. A primeira, sem querer
insistir muito nesse ponto de preço de aço no Brasil, mas tentando entender um pouco
qual é o carrego do preço de aço no último mês do trimestre passado, como ele se
compara, de repente, com a média do trimestre passado, e se conseguirem dar uma
perspectiva de como foi o preço realizado em outubro e o preço que vocês têm já em
novembro. Seria interessante para termos uma noção de como pode evoluir agora no
4T.

E a segunda é sobre os resultados de cimento. Eles foram melhores que o consenso,


e a mensagem do call pareceu bastante positiva para a margem. Queria entender o
quanto do aumento de rentabilidade no 3T pode ser atribuído a sinergias e, de
repente, qual é o incremento que vocês esperam versus esse nível atual de 23%, sem
considerar preço de cimento mais alto, que parece ser o base case da Companhia.
São essas perguntas. Obrigado.

Luis Fernando Martinez:

Ricardo, na verdade, no preço, como eu comentei anteriormente, não tem carrego.


Praticamente, estamos trabalhando com uma situação de estabilidade de preços para
o 4T. Eventualmente pode haver alguma pequena variação em função do mix de
produtos, mas não há nenhuma grande variação prevista de preço. É exatamente isso.

Edvaldo Rabelo:

Ricardo, sobre cimentos, basicamente, já temos uma evolução muito positiva na


captura dessas sinergias. Até já comentamos em outros colos que, depois da
operação da LafargeHolcim, enxergamos oportunidade de sinergias ainda maiores, e
hoje vimos evoluindo em todas as frentes, todas as linhas possíveis de sinergias.

Essas sinergias vão, obviamente, se incorporando aos resultados da Companhia ao


longo do tempo, e já vemos uma evolução, já uma incorporação neste 3T.

Obviamente, foi dito aqui pelo Benjamin e pelo Marcelo também, o cimento teve, nos
últimos meses, no último trimestre, uma evolução em um mercado um pouco mais
difícil, onde esperamos agora, já vimos no último trimestre uma recuperação de
preços, e essa recuperação de preço chegando mais, acontecendo nos próximos,
vamos ver com maior vigor essa evolução das sinergias.

E sobre as margens que esperamos, a CSN tinha nos cimentos margem acima de
30%. Com a incorporação da LafargeHolcim, essas margens imediatamente caíram,
porque a Holcim operava com 20% de margem. Mas, de novo, com a incorporação
das sinergias, vamos ver, nos próximos trimestres, margens acima de 30%, o que

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Transcrição da Teleconferência
Resultado Trimestral 3T23
CSN (CSNA3 BZ)
14 de novembro de 2023

seria uma recuperação normal esperada, com potencial podendo ser ainda maior do
que estamos comentando aqui.

Ricardo:

Obrigado.

Daniel Sasson, Itaú BBA:

Boa tarde. Minha primeira pergunta, talvez para o Martinez ou para o Marcelo, vocês
comentaram um pouco sobre, de repente, na parte de custos, os benefícios dessa
redução no custo de produção de placas serem mais visíveis a partir do 4T,
transitando pelos resultados. Eu só queria entender se vocês veem espaço para o
custo de produção de placa que já caiu bem, aquela queda que vocês mostraram para
R$3.500 por tonelada, se tem mais espaço para cair.

E minha pergunta vai muito na linha de o Martinez ter comentado que o preço de HRC
no Brasil na casa de R$3.900 a R$4.100, R$4.000 por tonelada, que realmente ajuda
a explicar um pouco dessa margem bem comprimida no trimestre.

E a minha segunda pergunta, tentando insistir um pouco mais na pergunta anterior


sobre cimento, Edvaldo, fica claro, as capturas de sinergia começando a ficar mais
evidentes aqui, uma recuperação a mercado, sua margem EBITDA está voltando para
23%. Daqui para frente, vocês veem ainda oportunidades para crescimento via M&A
no setor? Vocês acham que é ainda uma via explorável, ou vocês acham que, a partir
de agora, eventuais limitações dos órgãos antitruste poderiam tornar negociações
mais difíceis? Só para entender um pouco como vocês veem, talvez, os próximos
passos depois das capturas de sinergia que estão começando a se materializar em
termos de crescimento do negócio? Muito obrigado.

Marcelo Cunha Ribeiro:

Sasson, obrigado pela pergunta. Com relação ao custo, sim, tem espaço para cair
mais; já caiu mais, na verdade. Quando pegamos pega os números de outubro, eles
mostram um número mais baixo ainda do que esses R$3.400, R$3.500.

Tem aí movimentos nas matérias primas que podem tornar mais difíceis quedas
posteriores. Já vimos como está o minério, como está o carvão e o coque. Mas, ceteris
paribus, sim, o custo continuou caindo e vai ajudar nessas margens, como já tinha
dito.

Com relação a cimentos e à consolidação, o setor de cimentos no Brasil continua


fragmentado quando comparado com outros mercados grandes e maduros. Portanto,
não é de se descartar que surjam novas oportunidades, tanto na parte de cima do
ranking, quanto na parte de baixo do ranking. Tem situações que enxergamos que são
instáveis, que podem gerar oportunidades.

Se realmente vai haver limitações do ponto de vista concorrencial, é muito localizado,


como é todo o mercado de cimentos. Mas entendemos como funciona essa lógica na
discussão com o CADE, passamos por um processo bem longo na discussão com a
LafargeHolcim. Então, acreditamos que seriam limitados os pontos e regiões onde
teríamos dificuldades em implementar novas oportunidades de crescimento
inorgânico.

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Transcrição da Teleconferência
Resultado Trimestral 3T23
CSN (CSNA3 BZ)
14 de novembro de 2023

Daniel Sasson:

Muito obrigado, Marcelo.

Operador:

Não havendo mais perguntas, encerramos neste momento a sessão de perguntas e


respostas. Gostaria então de passar a palavra ao Sr. Marcelo Cunha Ribeiro, CFO e
Diretor Executivo de Relações com Investidores, para suas considerações finais.

Marcelo Cunha Ribeiro:

Gostaria de agradecer mais uma vez a todos por participarem. Obrigado pela atenção
e pelas perguntas. Gostaria de encerrar colocando aqui a nossa convicção de que
estamos em um caminho de recuperação dos nossos resultados. Teremos um fim de
ano ainda mais positivo.

E gostaria também de convidá-los a participarem do nosso CSN CMIN Day, que vai
acontecer daqui a um mês. Em nosso site Relações com Investidores, já vai ser
colocado um ‘save the date’, e vamos enviar também no nosso mailing para que vocês
possam acompanhar.

Obrigado a todos, mais uma vez, e tenham um bom dia.

Operador:

A conferência da CSN está encerrada. Podem desconectar as suas linhas, e tenham


um bom dia. Obrigado por usarem a Chorus Call.

“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e
completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da
qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos
ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta
transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o
conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da Empresa que realizou o evento transcrito pela
MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva Companhia para mais
condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição”

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