Você está na página 1de 5

Imprimir

FOCO NO MERCADO DE TRABALHO

CITOSOL,

0
s e õ ç at o n a r e V
CITOESQUELETO E
FORMAÇÃO DE
PROTEÍNAS
Renata Morais dos Santos

Fonte: Shutterstock.

Deseja ouvir este material?

Áudio disponível no material digital.


SEM MEDO DE ERRAR
Agora que já sabemos um pouco mais a respeito da estrutura da célula, o
que mantém a sua forma e sustento, responsável por diversas funções na
célula, incluindo a movimentação celular e execução de contrações

0
musculares, vamos resolver a situação apresentada.

s e õ ç at o n a r e V
Você, no lugar do professor de Biologia Celular, saberia explicar a seus
alunos a estrutura e o funcionamento das células para que ocorra a
hipertrofia do músculo? Quais os componentes da célula estão
envolvidos? A estrutura e a forma de todas as células são iguais?
Relacione este conteúdo aos filamentos citoplasmáticos.

Primeiramente, para atender essa demanda, você deve se recordar dos


conceitos aprendidos referentes ao citoesqueleto, os filamentos que o
compõem e a função de cada um deles.

O citoesqueleto, presente no citosol da célula, é responsável por


sustentar a forma da célula. Trata-se de uma espécie de esqueleto que
além da sustentação confere os movimentos celulares. Composto por três
tipos de filamentos proteicos dispostos em uma espécie de rede, ele se
associa a diferentes proteínas, dependendo do tipo de filamento e o tipo
da célula, desempenhando funções distintas.

Os microfilamentos, filamentos intermediários e microtúbulos que


compõem o citoesqueleto têm características próprias, formados através
da polimerização de proteínas, e podem resistir a tensões, serem flexíveis
e estáveis. Os filamentos citoplasmáticos que participam de vários
fenômenos celulares, mas talvez sejam mais conhecidos por participar da
contração muscular, são os microfilamentos, os mais finos e flexíveis,
distribuídos por todo o citoplasma de todas as células eucariontes. Os
microfilamentos são encontrados principalmente na parte mais periférica
da célula (córtex celular) e são formados pela proteína actina. Para
participarem do fenômeno de contração muscular precisam se unir a
proteínas acessórias, neste caso, a proteína motora miosina. As miosinas
são capazes de hidrolisar ATP em ADP quando se associam aos filamentos
de actina, promovendo o deslizamento de um filamento sobre o outro. É
importante neste momento explicar aos alunos que o citoesqueleto está

0
presente em todas as células, mas, neste caso, como estamos

s e õ ç at o n a r e V
relacionando-o às células musculares, é necessário situar esta estrutura
nos músculos esqueléticos e fazê-los compreender o mecanismo de
contração e relaxamento muscular, envolvendo os sarcômeros. O
processo de contração envolve ainda liberação de neurotransmissor
(acetilcolina) por meio da sinalização sináptica, o que envolve a bomba de
sódio e potássio na membrana plasmática, liberação de íons de Ca2+ pelo
retículo sarcoplasmático e a interação com as miofibrilas ou fibras
musculares.

A prática de exercícios físicos estimula a produção de proteínas pelas


miofibrilas (fibras musculares), tornando-as mais grossas, com repetidas
sessões de treinamento de força, os músculos aumentam de tamanho,
uma vez que os estímulos mecânicos associados aos estímulos hormonais
e metabólicos resultam em hipertrofia muscular.

Neste caso, é importante enfatizar que a prática de exercícios em alta


intensidade pode aumentar o estresse oxidativo das células e ao invés de
ser benéfico para o aumento da imunidade tem efeito contrário.

Cabe lembrar que baseado nos conhecimentos adquiridos nesta seção,


existem outros caminhos para a resolução desta situação-problema, esta
foi somente uma possibilidade apresentada. Busque alternativas,
podemos sempre aprimorar.

AVANÇANDO NA PRÁTICA
A IMPORTANTE PROTEÍNA DA PELE
Para introduzir essa situação, considere o texto retirado de uma matéria
publicada no site G37 em 2018. “Um churrasco em uma residência fez 10
vítimas, todas com queimaduras após uma explosão ao utilizarem álcool
líquido próximo à churrasqueira. As vítimas chegaram ao hospital com

0
queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau” (G37, 2018).

s e õ ç at o n a r e V
Os acidentes por queimaduras ficam em segundo lugar no mundo,
quando comparados aos acidentes com fraturas. As queimaduras podem
ser classificadas de acordo com a profundidade e extensão da lesão,
quanto maior a extensão e maior a profundidade da lesão, maior a
gravidade.

Assim, imagine que você que é membro de uma equipe de consultoria de


uma empresa que atua com capacitação de profissionais da saúde e
estava em uma capacitação para profissionais de uma grande clínica
médica. Durante o evento você foi indagado a respeito do acidente
ocorrido e como você avalia a importância da pele em nosso organismo.
Pensando na estrutura do tecido danificado pela queimadura, as células
da epiderme tiveram as suas estruturas alteradas. Relacione este fato aos
filamentos proteicos que compõem o citoesqueleto e apresente a sua
importância para a estrutura das células.

RESOLUÇÃO 

Para atender aos questionamentos, o consultor poderia enfatizar que


sabemos que a pele é um órgão composto por diversos tecidos e
tipos celulares especializados, que exercem funções fundamentais
para a vida, como a termorregulação, sensibilidade, proteção contra
agressões exógenas, de natureza química, física e biológica, contra a
perda de água para o exterior, dentre outras funções.

Como estudamos, as células conseguem se sustentar e manter a


forma devido à presença do citoesqueleto, estrutura presente em
todas as células. Os filamentos proteicos que compõem o
citoesqueleto são os microfilamentos, microtúbulos e os filamentos
intermediários. Estes últimos são os mais abundantes nas células que
sofrem estresses mecânicos, por serem os mais resistentes, capazes

0
de suportar altos níveis de tensão e deformação, que os outros dois

s e õ ç at o n a r e V
filamentos não suportam, se rompendo facilmente. Desta forma, ele
está presente nas células musculares, cardíacas e a pele. São
formados por diferentes proteínas fibrosas, que se unem aos
filamentos intermediários dependendo do tipo celular.

A pele, nosso tecido epitelial, é formado por três camadas


interdependentes: a epiderme, derme e a hipoderme, todas contendo
queratinócitos (células diferenciadas responsáveis pela produção de
queratina). A queratina é uma proteína fibrosa, que apresenta
conformação rígida, elasticidade e impermeabilidade à água. Está
presente também em nossos pelos e unhas, conferindo resistência.
Apesar de conferir resistência e proteção à nossa pele, os danos
causados à célula com as queimaduras danificam estas estruturas e
rapidamente as camadas mais internas da epiderme devem aumentar
a síntese de queratina para suprir os danos causados pela lesão,
repondo as proteínas e reerguendo a sua estrutura.

Mas, vale lembrar que as lesões mais graves muitas vezes são
irreversíveis e necessitam do auxílio de tratamentos, medicamentos e
outros procedimentos para se recuperarem.

Você também pode gostar