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Combate de Marracuene

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123º

Feliz 2 de Fevereiro dia de Combate de Marracuene ou Gwaza Muthine

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Gravura mostrando o Combate de Marracuene.


Combate de Marracuene, ou Gwaza Muthine, foi um combate que se travou
a 2 de fevereiro de 1895, nas proximidades de Marracuene, Moçambique, entre
as forças rongas comandadas pelo jovem príncipe Zixaxa e forças portuguesas
comandadas pelo major Alfredo Augusto Caldas Xavier. A batalha, ocorreu no
contexto das operações de ocupação colonial portuguesa, ao tempo referidas
como as Campanhas de Conquista e Pacificação.

Contexto
Em finais de Janeiro de 1895 uma força portuguesa, comandada pelo
major José Ribeiro Júnior e tendo como segundo-comandante o major Alfredo
Augusto Caldas Xavier, avança para Marracuene, na margem direita do
rio Incomati. Devido a doença do major José Ribeiro Júnior a força passa a ser
efectivamente comandada pelo major Caldas Xavier, o qual foi o responsável
quase único pela condução das operações. Integram a expedição 37 oficiais e
800 soldados.

As forças ronga, totalizando cerca de 4 000 homens, eram comandadas pelo


jovem príncipe ronga nuã-Matidjuana caZixaxa iMpfumo, que ficaria conhecido
na historiografia portuguesa por Zixaxa, e que seria, um ano mais tarde, um
dos prisioneiros deportados para os Açores. O chefe de Moamba já se tinha
aliado aos portugueses e só Matibejana e Mahazul combatiam.

Ao aproximarem-se do local, as forças militares portugueses, que incluíam as


praças indígenas de Angola e da ilha de Moçambique, entrincheiraram-se
num quadrado militar e prepararam-se para o combate. O confronto dá-se na
madrugada de 2 de Fevereiro de 1895. A força portuguesa, disposta em
quadrado, vale-se do poder dos canhões e metralhadoras e consegue rechaçar
os assaltos das forças ronga, que por duas vezes romperam o quadrado, com
enorme bravura de ambos os lados.
No final, a superioridade das armas de fogo ocidentais foram cruciais para a
vitória da tropa Portuguesa. No terreno ficaram mortos cerca dos 66
guerreiros vaRonga. Segundo o relatório do combate, os mortos no local foram
enterrados e os feridos eliminados amontoados e cremados com petróleo,
deixando um cheiro nauseabundo no ar. Do lado português foram
contabilizados 24 mortos e 28 feridos.

Dias depois, os portugueses retiraram-se para Lourenço Marques, enquanto as


forças ronga se reorganizaram em torno de Magude, onde os régulos
Nwamatibyane e Amgundjuana se refugiaram, ficando sob a protecção de
Ngungunhane que lhes aceitou a vassalagem. Mahazul não combateu em
Marracuene, da mesma forma que recusara participar no ataque a Lourenço
Marques.

O confronto de Marracuene é hoje por vezes referido em Moçambique


por Gwaza Muthine, expressão em idioma xiRonga que significa lugar do
trespasse com a lança. Neste contexto muthine significa lugar e gwaza pode
ser traduzido por trespassar, atravessar com uma lança ou ainda azagaiar.

Referências
1. ↑ "História de Moçambique - Formação e oposição", René Pélissier, Editorial Estampa, 3.ª
Edição, Lisboa, 2000, Volume II, pp. 273

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História de 122 anos da


Batalha de “Gwaza Muthine”
em Moçambique
Diz a história que na Batalha de Marracuene (há 122 anos), as forças lideradas
por Nwamatibyana, Zihlahla, Mahazule e Mulungu perderam, quando faziam
face à ocupação colonial portuguesa. Muitos guerreiros tombaram na sua
própria terra, por isso a mesma batalha é conhecida por “Gwaza Muthine”, do
idioma ronga, que traduzido para português sugere-nos o entendimento de
“morrer em casa”. Mas essa derrota tem pouco significado para os nativos de
Marracuene, que fazem questão de enaltecer o espírito heroico dos
antepassados.

Ontem, na cerimónia de celebração de Gwaza Muthine, o governador da


província de Maputo, Raimundo Diomba, enalteceu o espírito heroico dos
guerreiros do passado e chamou atenção para o envolvimento dos jovens na
defesa do território e da paz. “É mais uma demonstração que persistindo para
uma acção nobre, sempre termina com vitória. A população e os guerreiros
que tombaram aqui, não perderam por completo. Simplesmente, perderam
aquela batalha daquele dia, mas o resultado é o que estamos a viver hoje, que
é a independência de Moçambique”.

A Batalha de Marracuene é tradicionalmente celebrada num ambiente de


festa. O tacho era garantido pela carne de hipopótamo que, naquelas
festividades, era caçado no rio Incomáti, que passa pela vila-sede do distrito
de Marracuene. Mas nos últimos anos, não se conseguem mais hipopótamos,
por isso, ontem, foi usada carne de um cabrito sacrificado para dar sentido ao
ritual. A bebida, essa sim, continua a ser o sumo de canhu, um fruto silvestre
que abunda nas florestas nacionais.

Manter a tradição tem sido o grande desafio para que a história chegue às
próximas gerações. “Sensibilizamos as pessoas a participarem nas cerimónias
como estas que valorizam o próprio dia”, disse Josefina Gomes, líder
comunitária do bairro Guava, distrito de Marracuene.
Para além de actividades culturais, houve espaço para a feira agro-pecuária,
numa altura em que a província de Maputo procura refazer-se, depois da seca
e estiagem dos últimos dois anos. Sobre este assunto, Diomba diz que o
Governo está a tirar ilações, estando a construir e reabilitar barragens como
Moamba Major e Corumana, para permitir encaixe de água para irrigação em
tempo de seca.

http://opais.sapo.mz/index.php/sociedade/45-sociedade/43436-historia-de-
122-anos-de-uma-batalha-nao-perdida.html
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Combate de
Marracuene
De Wikipedia, a enciclopédia livre
História de Moçambique
História de Maputo
Francisco Craveiro Lopes
Combate de Marracuene, ou Gwaza Muthine, foi um combate que se travou a 2 de
fevereiro de 1895, nas proximidades de Marracuene, Moçambique, entre as
forças rongas comandadas pelo jovem príncipe Zixaxa e forças portuguesas comandadas
pelo major Alfredo Augusto Caldas Xavier. A batalha, ocorreu no contexto das
operações de ocupação colonial portuguesa, ao tempo referidas como as Campanhas de
Conquista e Pacificação.

Gravura mostrando o Combate de Marracuene.

Contexto
Em finais de Janeiro de 1895 uma força portuguesa, comandada pelo major José Ribeiro
Júnior e tendo como segundo-comandante o major Alfredo Augusto Caldas Xavier,
avança para Marracuene, na margem direita do rio Incomati. Devido a doença do major
José Ribeiro Júnior a força passa a ser efectivamente comandada pelo major Caldas
Xavier, o qual foi o responsável quase único pela condução das operações. Integram a
expedição 37 oficiais e 800 soldados.
As forças ronga, totalizando cerca de 4 000 homens, eram comandadas pelo jovem
príncipe ronga nuã-Matidjuana caZixaxa iMpfumo, que ficaria conhecido na
historiografia portuguesa por Zixaxa, e que seria, um ano mais tarde, um dos
prisioneiros deportados para os Açores. O chefe de Moamba já se tinha aliado aos
portugueses e só Matibejana e Mahazul combatiam.
Ao aproximarem-se do local, as forças militares portugueses, que incluíam as
praças indígenas de Angola e da ilha de Moçambique, entrincheiraram-se
num quadrado militar e prepararam-se para o combate. O confronto dá-se na
madrugada de 2 de Fevereiro de 1895. A força portuguesa, disposta em quadrado, vale-
se do poder dos canhões e metralhadoras e consegue rechaçar os assaltos das forças
ronga, que por duas vezes romperam o quadrado, com enorme bravura de ambos os
lados.
No final, a superioridade das armas de fogo ocidentais foram cruciais para a vitória da
tropa Portuguesa. No terreno ficaram mortos cerca dos 66 guerreiros vaRonga. Segundo
o relatório do combate, os mortos no local foram enterrados e os feridos eliminados
amontoados e cremados com petróleo, deixando um cheiro nauseabundo no ar. Do lado
português foram contabilizados 24 mortos e 28 feridos.
Dias depois, os portugueses retiraram-se para Lourenço Marques, enquanto as forças
ronga se reorganizaram em torno de Magude, onde os régulos Nwamatibyane e
Amgundjuana se refugiaram, ficando sob a protecção de Ngungunhane que lhes aceitou
a vassalagem. Mahazul não combateu em Marracuene, da mesma forma que recusara
participar no ataque a Lourenço Marques.
O confronto de Marracuene é hoje por vezes referido em Moçambique por Gwaza
Muthine, expressão em idioma xiRonga que significa lugar do trespasse com a lança.
Neste contexto muthine significa lugar e gwaza pode ser traduzido
por trespassar, atravessar com uma lança ou ainda azagaiar.

Referências
Gwaza Muthini, na forma como a conhecemos hoje é
um BLUFF HISTÓRICO.
fevereiro 02, 2011
Dos factos

1-A batalha de Marracuene que teve lugar no dia 02 de Fevereiro de 1895 foi uma
de uma série de combates que se deram no local, no âmbito da conquista
portuguesa para a ocupção efectiva. Do ponto de vista português, essas batalhas
eram conhecidas por Campanhas de Pacificação. Para os locais era resistência á
ocupação portuguesa.

Causas da Derrota dos Moçambicanos na Batalha de Marracuene

2-Na Batalha de Marracuene, as forças lideradas por Nwamatibyana, Zihlahla,


Mahazule, Mulungu e Mavzaya perderam, em parte devido a:

a) Superioridade bélica dos portugueses;

b) Traição dos Mavota e Matsolo, que cederam os portugueses para que usassem
as suas regiões como posto avançado das suas forças e na fase decisiva, os
Mavota guiaram as forças portuguesas rumo ao combate de Marracuene;

c) Indisciplina no seio dos guerreiros de Nwamatibyana e seus súbditos, e;

d) Divisões no seio das chefaturas de então, que foram optimizadas pelos


portugueses.
Das
Celebrações do Gwaza Muthini

1-A celebração desta data não é de todo original do Estado Moçambicano. Um ano
após a batalha de Maracuene, em 1896, as autoridades coloniais portuguesas
celebraram o Gwaza Muthini em memória dos soldados portugueses tombados na
vitoriosa batalha. E durante essas celebrações os povos submetidos; os
marracueneses diziam "bayetee" em sinal de total submissão ao colonialista.

2-Aquando da independência, houve apenas três celebrações, nomeadamente em


1974, 1975 e 1976. 1976 Marcou o FIM das celebrações de Gwaza Muthini, uma
vez que o então Estado Socialista Moçambicano achou que 3 de Fevereiro era a
data em que se comemorava toda heroicidade moçambicana e Gwaza também
podia caber no 03 de Fevereiro.

3-Mas por iniciativa de António Yok Chan, um dos leais filhos da terra apoiado pelo
Governo as comemorações de Gwaza Muthini foram reactivadas no dia 2 de
Fevereiro em 1994.

4-Portanto, o que muda desde 1974 aos nossos dias é o enfoque da heroicidade.
Enquanto durante todo o tempo colonial OS HERÓIS eram os portugueses
tombados na batalha e os moçambicanos diziam Bayetee, desde 1974 os heróis
eram os Moçambicanos tombados na batalha. E Gwaza, passaria para o símbolo
da heroicidade contra a ocupação efectiva do sul de Moçambique.
Da História, da Política e do Problema

Em termos historiográficos, a batalha de Marracuene marcou o princípio do fim do


império de Gaza. A partir dai, os portugueses avançaram em direcção ao kraal de
Ngungunyana, terminando com o assalto final a 28 de Dezembro de 1895, data em
que Ngungunyana, sete das suas tantas mulheres, tio e filhos - entre eles Godide,
foram presos por Mouzinho de Albuquerque e posteriormente deportados a
Portugal onde foram encarcerados até a sua morte na Ilha Terceira em Açores.

Da relevância do Gwaza Muthini

Como historiador, não poria em causa a celebração do Gwaza Muthini como


símbolo da heroicidade dos Marracueneses, na sua saga contra a penetração
colonial. Casos idênticos houvera um pouco por todo o território, como em Niassa,
com os Mataka, os Namarrai na Zambézia, os Makombe-Manica, Sofala e Tete,
entre outros, sem discriminação espacio-temporal. Para os Marracueneses como o
Yok Chan essa batalha reveste-se de grande utilidade política, na medida em que
colocam na agenda política o seu nome e sua honra. Portanto, estamos perante
uma questão de auto-estima.

O questionamento viria porém quando o Governo lhe dedica uma festa de estado,
conferindo assim uma dimensão nacional. Por mim, Gwaza Muthini deve
pernencer um evento local, apoiado pelas autoridades locais e aderida por quem
está interessado em lá ir.

Não vejo mal nenhum muito menos incostitucionalidade em o Estado e Governo


Moçambicanos apoiar a celebração da data. Mas ao mesmo tempo que apoio,
apelo que o mesmo Estado e Governo moçambicanos comecem já a apoiar e
considerar com mesma ênfase outras batalhas importantes, travadas por
guerreiros de outras latitudes que hoje faz um único Moçambique. O mesmo apelo
vai também para os outros filhos, que sigam o exemplo de Antonio Yok Chan. Mas
para tal, a História deve ser conhecida; outro grande desafio.
Da política

Um dos grandes desafios que a nossa classe política enfrenta é a sua falta de
consciência histórica. Tanto os que estão na oposição como os no poder. O povo
também ajuda nesse sentido, dado estar ele a padecer de uma amnésia colectiva.
O 02 de Fevereiro ou "Gwaza Muthini" não constitui nenhum feriado Nacional e
sim uma data em que se comemora a heroicidade dos povos de Marrracuene, que
pode muito bem caber no dia 03 de Fevereiro, como aliás cabem outras "batalhas",
incluindo as anónimas.

A falta do esclarecimento sobre o folclore de Marracuene contribui em grande


medida para o entendimento da dimensão histórica de que esse evento se reveste,
daí a percepção enviesada de ela ser a data representativa de "todas batalhas de
resistência primária" travadas ou no sul de Moçambique ou a nível nacional.

É por isso necessário divulgar a bem da nação e da unidade nacional, todas


batalhas relevantes em que filhos dessa pátria participaram de forma heróica e
vitoriosa contra a penetração mercantil portuguesa, contra a ocupação efectiva e
contra o colonialismo português. A documentação dessas batalhas, detalhes e
divulgação, deverá tomar em conta o interesse constitucional do fortalecimento da
Unidade Nacional bem como na redução progressiva da assimetria do
conhecimento sobre a heroicidade de todo povo moçambicano e ainda na
promoção equitativa e equilibrada dos feitos históricos e a contribuição de cada
região, província, inclusive distrito, para a independência do país. Essa é tarefa
dos políticos; é tarefa política e os historiadores estão ai para ajudar.
O ponto político que quero deixar aqui é de que esta História de Moçambique tem
partido; tal como se reconhece nas primeiras páginas do Vol I da primeira versão
da História de Moçambique. A História Oficial de Moçambique também é
regionalmente falando, tendenciosa e madrasta ao mesmo tempo e isso tudo
contribui em grande medida para a assimetria do conhecimento de que estou a
falar. Isso deve mudar.
Do Problema

Postas as coisas como estão e tomando em conta o exposto na primeira parte


deste texto (os factos) alguns problemas podem ser levantados.

O Gwaza Muthini era uma celebração dos colonialistas portugueses, alusivo a sua
vitória contra os marracueneses. Após a independência os moçambicanos de
Marracuene tomaram a "tradição" e desta feita, mudaram do herói. Agora os heróis
eram "todos aqueles que tombaram, derrotados" na batalha de Marrracuene.

a) Faz sentido celebrar uma batalha perdida? Lembre-se que a Batalha de


Marracuene foi uma rasia autêntica. Em todas batalhas de resistência contra a
penetração colonial o Império de Gaza de Ngungunyana perdeu: Coolela,
Chaimite, Marracuene.

b) Albino Magaia conhecido intelectual moçambicano é da mesma opinião que a


minha, de que celebrar Gwaza Muthini é uma humilhação visto que históricamente
os "reis locais" faziam Bayetee, prostrando-se á humilhação portuguesa.

c) Por causa da nossa fraca imaginação poítica e falta da consciência histórica,


ergue-se hoje um "Gwaza" de heróis dissociada de toda sua história; e apenas útil
para o ego de alguns políticos.

d) Quando o Presidente da República nos seus discursos nos diz que Moçambique
é pátria de Heróis é porque é mesmo. A nossa missão como historiadores e
intelectuais e servos deste país é trazer esses heróis ao conhecimento das
gerações contemporâneas e futuras.
Mas isso não implica inventá-los no discurso porque existem ou existiram de facto.
É apenas uma questão de compromisso com o saber e com a pátria.

Chegado aqui, resta-me dizer que Gwaza Muthini, na forma como a conhecemos
hoje é um BLUFF HISTÓRICO.

História de Marracuene e Macaneta


País Moçambique
Província Província de Maputo
Distrito Distrito de Marracuene
Moçambique - uma história
Moçambique é um país africano, localizado na costa leste do continente que tem tido uma história turbulenta e
colorida, desde que o explorador português Pedro da Covilhã pousou âncora na presente cidade da Beira em 1487.
O único país ao longo desta costa a ser colonizado pelos Portugueses, pensa-se que o nome Moçambique tenha
sido derivado do nome de um dos primeiros comerciantes árabes "Sultan Mussa Ben Mbiki".

O país
Moçambique passou quase cinco séculos como colônia Portuguesa, o que terminou em 1975, embora com uma
guerra civil em curso nessa altura, uma dependência econômica da África do Sul e secas incapacitantes, significou
que o seu desenvolvimento foi prejudicado até meados de 1990.

O partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), abandonou oficialmente o marxismo em


1989. Depois disto, o partido adotou uma nova Constituição em 1990 e abriu o caminho para eleições
multipartidárias e uma economia de mercado livre. Enquanto a guerra civil se desenrolava durante esse tempo, um
acordo de paz negociado pela ONU entre a Frelimo e as forças rebeldes da Resistência Nacional de Moçambique
(Renamo) trouxe formalmente o fim aos combates em 1992.

Marracuene e Macaneta
Macaneta é uma ilha penínsular apenas 33km ao norte de Maputo e forma uma parte do distrito de Marracuene,
dentro da província de Maputo. Anteriormente conhecida como Vila Luísa, Marracuene está situada às margens do
rio Incomáti.

De acordo com os livros de história, Marracuene foi, em 2 de Fevereiro de 1895, o local de uma batalha decisiva
entre o comandante Português António Enes e o imperador Ronga, Gungunyane. Os Portugueses derrotaram as
forças Ronga através do uso de fuzis de repetição e uma metralhadora e o aniversário dessa batalha é comemorado
cada ano pelos seus moradores.

O distrito de Marracuene tem uma área de superfície de 703 km2 e uma população estimada de aproximadamente
61 000 habitantes. O povo acredita que o nome Marracuene refere-se ao proprietário original / operador de
transporte do barco que fazia a travessia entre o lado terreste do rio e a Macaneta. Seu nome era Muzrakwene, o
chefe de segurança para o então Rei Maphungaa.

Desde a descoberta de Moçambique pelos seus inquilinos coloniais, Marracuene e própriamnete Macaneta em si
foi considerada um destino turístico muito popular devido à sua longa praia de 33,8 km junta ao Oceano Índico.
Anteriormente, a vila também serviu como um elo fundamental no sistema de caminhos de ferro de Lourenço
Marques e um ponto chave na rota do comércio popular.

Macaneta forma a Península de Marracuene e é constituída por uma estreita faixa de terreno arenoso, estendendo-
se numa direção norte-sul com aproximadamente 12km de comprimento, 2 km de largura, e uma altitude de 65
metros. Forma a barreira entre o estuário do rio Incomáti e o canal de Moçambique.

As praias da Macaneta são magníficas, talvez esta a razão de têr sido um destinatório favorito para férias durante o
tempo colonial , e numa curta viagem até ao sul da ilha na Ponta da Macaneta, encontra-se um velho navio
naufragado e também se pode vislumbrar a ilha da Xefina.

Hoje, Moçambique é um país pacífico, com uma economia em crescimento, um lugar turístico ideal com uma
cultura fantástica e um boa cozinha assim como uma diversidade grande de pessoas.

Ligação externa
Marracuene
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Marracuene é uma vila moçambicana, sede do distrito do mesmo
nome (província de Maputo). Encontra-se situada na margem direita do
rio Incomati. Durante o período colonial, Marracuene era conhecida pelo nome
de Vila Luísa.

Foi nesta localidade que se travou, a 2 de Fevereiro de 1895, uma batalha, que
ficou conhecida como Gwaza Muthine ou combate de Marracuene, entre as
forças rongas comandadas pelo jovem príncipe Zixaxa e forças portuguesas
comandadas pelo major Alfredo Augusto Caldas Xavier. As forças portuguesas,
apesar de muito menos numerosas, ganharam a batalha graças à sua
disposição em quadrado (a tática do «quadrado de Marracuene»).

A vila é atravessada pela Estrada Nacional nº 1, rodovia que a liga à cidade


de Maputo, a sul, e à vila da Manhiça, a norte.[1] Além disso, possui uma
estação ferroviária do Caminho de Ferro do Limpopo.[2]
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Marracuene exalta mártires de Gwaza Muthini
Artes & Letras

Marracuene exalta mártires de


Gwaza Muthini
admin Send an email2 de Fevereiro, 2019

0 lido 1 minuto

Em Marracuene houve festa e das grandes. Uma festa colorida pela presença do
Governo, sociedade civil, artistas e diferentes comunidades. Celebravam-se 124
anos da batalha de Gwaza Muthini em oposição à penetração estrangeira em
Moçambique.

Para proporcionar acepipes aos festeiros, foram abatidos cinco hipopótamos, dos
quais três entregues aos serviços distritais para o consumo e outros dois sob
gestão do regulado e outra nomenclatura.

Sob o lema “Promovendo a cultura, nossa identidade, a paz e turismo”, a festa em


Marracuene compreendeu vários momentos, com destaque para a deposição de
uma coroa de flores, saudação ao povoado local, visita de feiras, dança e música.
Entre os artistas estava um grupo de anciãos da Swazilândia que com a
indumentária típica e empenhando paus mostrou o que de melhor tem a cultura
suázi.

Texto: Frederico Jamisse


frederico.jamisse@snoticicas.co.mz
Marracuene – monumento aos soldados portugueses do combate de 1895.

Missa realizada pelos soldados Portugueses em Marracuene após do Combate


de 1895

Combate de Marracuene ou Gwaza Muthine

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