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ÍNDICE
1 - OBJETIVO
6 - PROPRIEDADES E ENSAIOS
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
7 - CONCRETOS REFRATÁRIOS
8 - ALVENARIA REFRATÁRIA
8.1 - NORMALIZAÇÃO
8.2 - INSTALAÇÃO DE PAREDES REFRATÁRIAS
8.3 - CONTROLE DE QUALIDADE
9 - ISOLAMENTO TÉRMICO
9.1 - DEFINIÇÃO
9.2 - DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS MATERIAIS
9.3- CONDUTIVIDADE TÉRMICA E TEMPERATURA MÁXIMA DE
UTILIZAÇÃO
9.4 - SELEÇÃO DO MATERIAL POR TIPO DE EQUIPAMENTO
10 - INSPEÇÃO EM SERVIÇO
11 - BIBLIOGRAFIA
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
1 - OBJETIVO
Materiais utilizados em outras Indústrias tais como: Siderúrgica, Cimento, etc, são
abordados nessa apostila de maneira superficial.
De uma forma geral, materiais cerâmicos são materiais inorgânicos e que são
fabricados por sinterização a elevadas temperaturas. Desta família de materiais,
podemos citar:
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
SÍLICO- ALUMINOSOS: Si O2 - 40 - 65 %
AL2 O3 - 30 - 50 %
MAGNESIANOS: MgO
CROMÁTICOS: CR2O3
ZIRCONIA: ZrO2
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Uma classe especial de materiais isolantes são os que são formulados para
resistir ao ataque químico de gases que contem enxofre e vanádio. Estes
materiais são denominados antiácidos e são utilizados em fornos de processo que
utilizam óleo combustível ou gás combustível com elevados teores de enxofre com
gás de queima.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
PARALELOS
ARCO / CUNHA
RADIAL, CIRCULAR, BLOCOS ESPECIAIS.
b) NÃO FORMADOS
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
PRODUTOS FORMADOS
PEGA AO AR
PEGA HIDRÚLICA
PEGA À QUENTE OU CERÂMICA
PEGA QUÍMICA
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Podemos observar na tabela acima, que existe uma relação entre a densidade do
material e a sua condutividade térmica. Quanto maior a densidade menor a
quantidade de vazios e maior será a ligação entre os grãos do material. Portanto,
em material densos, a condutividade térmica é maior devido a maior facilidade de
transmissão de calor por condução nestes tipos de material.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Refratários a base de MgO, com teores aciam de 80%, são os materiais clássicos
para ambientes básicos, característicos da industria Siderúrgica, e são
caracterizados pela alta refratáriedade com ponto de fusão do MgO na ordem de
28500C.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Os materiais indicados para a maioria dos equipamentos para a industria petroquímica são
os concretos (principalmente) de pega química e pega hidráulica e tijolos silicosos,
aluminosos ou sílico aluminosos. Os caítulos 7 e 8 desta apostila indicam as especificações,
métodos de aplicação e controle dos materiais utilizados nesta industria.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
5 - PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
CALCINAÇÃO MISTURA
PENEIRAMENTO E
DOSAGEM SINTERIZAÇÃO (QUEIMA)
GRANULOMÉTRICA
CORTE
ENTREGA
Existem diversas matérias primas que são utilizadas na fabricação dos materiais
conformados (tijolos) e podem ser de origem natural ou sintética, como descrito no
capítulo 5.3.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
- menor porosidade/permeabilidade
- maior resistência mecânica
- maior condutividade térmica
- diminuição de ligantes ou cimento
- maior resistência à erosão
- melhor refratariedade
Por outro lado, quanto mais poroso for o material maior é a sua característica
isolante e, consequentemente, menor é a sua condutividade térmica. A correta
seleção da granulometria, a adição de materiais combustíveis que se volatizam
durante a queima do material, tais como serragem ou casca de noz, proporcionam
materiais mais porosos e consequentemente mais isolantes. Vale ressaltar que,
quanto mais isolante for o material, menores serão a sua resistência mecânica,
refratariedade e resistência química.
Após a seleção granulométrica, a matéria prima é misturada com aglomerante
(argila não calcinada, melaço e cal) e com água na proporção adequada. A água é
adicionada visando obter a trababilidade necessária para a conformação
(prensagem) dos tijolos.
A prensagem das peças pode ser efetua por prensas manuais ou hidráulicas com
capacidade de até 2000 ton. Para uma correta prensagem é necessário o controle
da pressão específica de prensagem, velocidade de prensagem e modo de
preenchimento das formas. Diferentes pressões podem resultar em variações na
densidade, portanto, cada composição possui o valor de pressão de prensagem
adequado.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
NA FÁBRICA NO CAMPO
SELEÇÃO DA MATÉRIA
PRIMA (AGREGADOS)
SELEÇÃO
GRANULOMÉTRICA
SELEÇÃO DO
CIMENTO DE ALUMINATO HOMOGEINAÇÃO
DE CÁLCIO (PRÉ-MISTURA)
ADIÇÃO DE ÁGUA
PESAGEM E
MISTURA
MISTURA APLICAÇÃO
ENVIO AO APLICADOR
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Com relação ao cimento de Aluminato de Cálcio (AL2O3 /CaO), esse tem a função
de ligante dos agregados. Inicialmente foi desenvolvido em aplicações de
construção civil (na Segunda Guerra foi muito utilizado na construção de abrigos -
casamatas). Após o descobrimento de suas propriedades refratárias, quando
misturados com agregados adequados, passou a ser utilizado em fabricação de
concretos específicos para esse fim.
Por esse motivo, foram desenvolvidos materiais de baixo teor de cimento e ultra
baixo teor de cimento, conforme mostrado abaixo:
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
ULTRA BAIXO
TEOR/TIPO DE MATERIAL TRADICIONAL BAIXO TEOR
TEOR
CIMENTO > 10% 6 a 10% < 1%
CaO > 2,5% 1,0 a 2,5% < 1%
H2O na aplicação > 10% < 10% < 6%
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
5.3..3 Cimentos
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
TIPO AL2O3 CaO (%) Si02 (%) Fe2O3 (%) TiO2 (%) Temperatura
(%) limite de uso
(0C)
BAIXA 40-50 30-42 4-10 7-16 1-2 < 1400
PUREZA
MÉDIA 50-66 25-35 2-6 1-3 0-3 1450-1600
PUREZA
ALTA 70-90 8-20 1600-1800
PUREZA
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Identificação do fabricante;
Nome Comercial;
Temperatura máxima de utilização;
Lote;
Data de Fabricação;
Resultados dos Ensaios;
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Data do Certificado.
Os resultados dos testes relatados nos certificados devem estar conforme as
norma de projeto e/ou especificação do material.
A seguir, descrevemos as principais propriedades e os respectivos ensaios.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Conforme mencionado no item 5.1, o fator de empacotamento dos grãos tem forte
influência na resistência mecânica. A Tabela seguinte mostra a diferença de
resistência entre um concreto denso (alto fator de empacotamento) e um concreto
isolante (baixo fator de empacotamento).
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Esse ensaio tem por objetivo determinar a resistência do material, quando sujeito
a um bombardeio de um material abrasivo específico. O ensaio determina a
quantidade de material (em cm³) que é perdido durante este bombardeio.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Esse ensaio não traduz, exatamente, a realidade do processo erosivo que ocorre
no equipamento em operação, pois, nessas condições, o revestimento está sujeito
à altas altas temperaturas, além do fato de que, o abrasivo operacional não possui
a mesma composição química do Carbeto de Silício e o angulo de incidência é
menor que o do teste. Porém, é um ensaio utilizado como comparativo entre os
diversos materiais
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Antes de iniciar o ensaio, o corpo de prova deve ser retificado e seco a 110ºC até
obter massa constante (retirada total da água - em torno de 24 horas).
Após o ensaio pesar novamente o corpo de prova e calcular a perda por erosão,
conforme a seguinte expressão:
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
RCTA X X X X X
CPE X X
MEA X X X X X
CONDUT. X
TÉRMICA
VDL X X X X X
PERDA POR X X X X X
EROSÃO ( * )
POROSIDADE X
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
7 - CONCRETOS REFRATÁRIOS
7.1.1 - PEGA
composição do material;
tipos de fases mineralógicas;
presença de aditivos;
relação água/cimento;
temperatura do concreto e do ambiente.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Existem dois tipos de concreto por tipo de pega. Pega química, onde
endurecimento do concreto se dá pela ação química de um aditivo e pega
hidráulica, onde a pega se dá pela reação de hidratação do cimento de Aluminato
de Ca. A maioria dos concretos existentes no mercado é de pega hidráulica.
Nem toda a água se combina com o cimento para formação de fases hidratadas.
Parte da quantidade de água é chamada de “Água Combinada” e tem a função de
possibilitar as reações de hidratação e a conseqüente resistência mecânica à
baixa temperatura. A outra parte da água, chamada de “Água não Combinada”
tem a função de fornecer fluidez adequada para a aplicação do material
(trabalhabilidade).
b) Tempo de Pega
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
18
16
TEMPO DE PEGA (h)
14
12
10
8
6
4
2
0
0 10 20 30 40 50
0
TEMPERATURA ( C)
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
500
TEMPO DE PEGA (min) 450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
TEMPO DE ESTOCAGEM (DIAS)
SELADO 85%UMIDADE DO AR
7.1.2 - CURA
Inicia-se, então, outra fase denominada cura hidráulica, onde ocorrem as reações
de hidratação proporcionando ao material a resistência mecânica e a resistência a
erosão/abrasão a baixa temperatura. O tempo de início e término dessas reações
é chamado de tempo de cura.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
o tempo de cura, o revestimento deve ser resfriado por aspersão de água ou por
aplicação de um selante que impeça a evaporação da água.
120
100
% DA RESIST. MECÂNICA
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30
Durante o tempo de cura (24 horas) deve-se garantir a água necessária para as
reações de hidratação, através de:
7.1.3 - SECAGEM
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
140
MODULO DE RUPTURA
120
100
(Kgf/cm2)
80
60
40
20
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
TEMPERATURA ( 0 C)
CIMENTO TRADICIONAL BAIXO CIMENTO
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
700
600
C)
0
500
TEMPERATURA(
400
300
200
100
0
0 10 20 30
HORAS
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
400
TEMPERATURA (0 C)
300
200
100
0
0 5 10
HORAS
7.2 - NORMALIZAÇÃO
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
TEMPERATURA (ºC) (1) 1095 1260 1370 1480 1595 1705 1760
Nota (1): VDL não pode ser maior que 1,5% quando seco durante 5 h na
temperatura definida acima.
PROPRIEDADE (1) N O P Q R S T U V
TEMPERATURA (ºC) (1) 925 1040 1150 1260 1370 l430 1595 1650 1760
MEA @ 110ºC Kg/m³ 880 1040 1200 1440 1520 1520 1600 1680 1680
Nota (1): VDL não pode ser maior que 1,5% quando seco durante 5 h na
temperatura definida acima.
DENSOS
PROPRIEDADE (1) ANTIEROSIVO REGULAR
A (3) B C A B
ISOLANTES
ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
(Kcal/mhºC)
NOTAS:
7.3 - ANCORAGENS
DISPOSITIVO
REVESTIMENTO FIGURA (s)
RECOMENDADO
Concreto Isolante ou Denso -
Alta Espessura Grampo V, Y ou Tridente 19, 20 e 21
Concreto Antierosivo - baixa Malha hexagonal, malha
espessura ( t 25,0 mm) articulada, grampo coroa ou 22, 23, 24 e 25
grampo S
Revestimento sujeito à
temperatura de operação Grampo G com Tela 26
350ºC e Fire Profing
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
FIGURA 19 - Grampo V
FIGURA 20 - Grampo Y
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
FIGURA 25 - Grampo S
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
a) Grampos V ou Tridente
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
b) Grampo Y
A malha é constituída de tiras com rasgos laterais para permitir a correta ligação
entre os hexagonais. Um modelo possui tiras com alturas diferentes, com o
objetivo de possibilitar ligação entre os hexagonais pela região inferior da malha.
O outro modelo possui pernas iguais, com o principal objetivo de permitir a
soldagem de todas as tiras e hexágonos ao equipamento, nas regiões de
emendas das tiras (conforme figura 28).
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
d) Grampo S ou Coroa
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Esse processo não é muito utilizado na Indústria Petroquímica, porém, por ser um
processo de alta produtividade, é importante que sejam efetuados esforços para a
sua maior utilização. Entretanto, deve tomar os seguintes cuidados:
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Especificação do Revestimento;
Especificação de Compra;
Fabricação do Concreto;
Testes de Recebimento;
Armazenamento do Material;
Planejamento do Serviço no Campo;
Qualificação do Procedimento de aplicação e dos aplicadores;
Acompanhamento da Aplicação;
Homogeneização, dosagem e mistura
Aplicação
Cura
Secagem
Inspeção Final;
Testes do Material como Aplicado.
Para concretos agulhados, a adição de agulhas deve ser realizada na fase de pré-
mistura com o misturador em operação. Para tal, é necessária a utilização de uma
peneira para que ocorra a distribuição das fibras de maneira uniforme.
Existem diversos tipos de misturadores, sendo que, os mais comuns são os tipos:
planetário, tambor rotativo de eixo vertical e pás rotativas de eixo horizontal. Para
concretos de pega química (antierosivos), recomenda-se misturador tipo
planetário, já para concreto isolantes, recomenda-se tambor rotativo.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Normalmente o fabricante informa uma faixa de água recomendada para cada tipo
de material. Excesso de água provoca aumento na porosidade e redução de
propriedades mecânicas.
Para checar se essa dosagem está correta utiliza-se o teste de bola, definido pela
norma ASTM C 860. Esse teste consiste em fazer uma pelota do material com as
mãos. Sobre a superfície da bola deve ficar visível uma fina película de umidade.
Atire a bola para cima, a cerca 30 cm e torne a apanhá-la. Se a bola deformar ao
ponto de escoar por entre os dedos é porque está muito úmida e a quantidade de
água deve ser reduzida. Se a bola quebrar, a quantidade de água é insuficiente.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Esse teste é de fácil execução e pode ser utilizado tanto na qualificação quanto
durante a aplicação.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
DERRAMAMENTO (CASTING)
- Compactação Manual
- Vibração interna
- Vibração externa
- Fluência livre
SOCAGEM
- Socagem Manual
- Socador Pneumático
- à seco
- à úmido (Wetguning)
- por spray
A Tabela 14 informa a relação dos equipamentos utilizados nas diversas
aplicações.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Balde Granulado -
Equipamentos diversos (baldes, caixa de isopor, engates -
rápidos, instrumentos nível e prumo, etc.)
a) Derramamento
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
A altura em que o material é despejado (altura do lance) não deve ser excessivo,
pois pode causar segregação de material e/ou preenchimento incorreto junto a
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
As juntas frias devem ser minimizadas, pois reduzem a vida útil do revestimento
pela penetração de gás ou coque petroquímico.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Observa-se pela tabela acima, de que, quanto mais denso for o material maior é a
necessidade de uma melhor compactação e mais rigoroso e trabalhoso deve ser o
método de aplicação.
Cada grão possui sua própria freqüência de vibração, sendo que baixas
freqüências (1550 ciclos por min) movimentam agregados grandes e altas
freqüências (1200 a 20000 ciclos por min) movimentam grãos menores.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Freqüência de Vibração
Amplitude de Deslocamento
Tempo mínimo e máximo de vibração
Aceleração das partículas durante a vibração
Altura máxima de cada camada
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Esse processo possui boa produtividade, principalmente pelo fato de que não é
necessário montar e desmontar formas.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
recém refratadas.
FIGURA 37 - Detalhe do Bocal de Projeção e Perda por Rebote
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Antes da aplicação, deverão ser colocadas guias de madeira que servirão para
orientar a espessura do refratário à ser aplicado. Essa madeira deve ser retirada,
antes da aplicação do lance seguinte.
A altura máxima de cada lance deve ser determinada em painel de teste, com
base no tempo de refratamento do painel e tempo de início de pega. Essa altura
pode ser calculada conforme a seguinte equação:
HL = Ap x Tp
PxT
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Este método de aplicação já vem sido utilizado em outras industrias, tais como
siderúrgica e construção civil. A bomba de projeção específica para este fim
projeta o material já umedecido pela mangueira. O material é projetado na parede
após contato com o ar injetado na ponta do bico de projeção.
- baixo rebote
- menor tempo de cura
- equipamentos mais portáteis
- menor distância bico x parede
- produtividade compatível com projeção pneumática (em torno de 0,8 ton/hora)
Mesmo considerando estes pontos, este método possui potencial para ser
utilizado em ewquipamentos petroquímicos, principalmente em fornos onde não há
necessidade de agulhas, dependo dos critérios de projeto.
h) Socagem
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Somente deverá ser misturado material que seja aplicado no máximo dentro do
período de 15 min. Após a mistura e hidratação. A quantidade de água à ser
utilizada deverá estar rigorosamente dentro dos limites estabelecidos pelo
fabricante do material, variando de acordo com o tipo de produto.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Excesso de material deve ser removido até que o material e a malha hexagonal
esteja alinhada. Excessos de material acima de 1,5 a 2,0 mm de altura
provocaram queda de material e redução de espessura do revestimento.
Esse processo, também, pode ser utilizado no preenchimento de juntas de campo
de materiais vibrados. Normalmente, para grandes peças, o refratamento é
realizado em peças separadas. Quando na montagem e soldagem das peças no
campo, é deixado uma faixa de 100 mm do refratamento para preenchimento no
campo. Esse preenchimento poderá ser realizado com material de pega química
aplicado por socagem.
Esse sistema pode ser montado utilizando as recomendações das normas série
ISO 9000, onde requisitos, tais como: responsabilidade da alta administração,
controle de processo, controle de não conformidades, inspeção e treinamento,
podem contribuir para o entrosamento necessário dentro da empresa.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
- Testes do Material;
- Testes de Qualificação de procedimento e operadores;
- Testes da Ancoragem;
- Inspeção durante a aplicação;
- Inspeção do material aplicado, antes e após secagem;
- Testes dos corpos de prova testemunhas da aplicação.
a) Testes do Material
O material, somente deve ser aceito, se os resultados dos testes atenderem aos
requisitos da especificação de projeto ou da folha de dados do fabricante.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
- Inspeção visual.
- Densidade
- Resistência mecânica
- Perda por erosão
- Variação dimensional
c) Testes da Ancoragem
Verificar:
Executar:
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Ao término dos serviços, a firma deve preparar um “Data Book”, contendo todos os
documentos gerados na obra.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Chefe da Obra;
Supervisores;
Inspetores;
Planejadores;
Executores.
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8 - ALVENARIA REFRATÁRIA
8.1 - Normalização
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
a) ASTM C 27-84
50 34 1763
60 35 1785
70 36 1804
80 37 1820
85 - -
90 - -
99 - -
TIJOLOS DE SÍLICO-ALUMINOSOS
Modulo de Ruptura
CPE tminºC (mpa)
- Super Duty 33 1743 4,14
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
20 1065 0,640
23 1230 0,770
26 1400 0,860
28 1510 0,960
30 1620 0,1090
32 1730 0,1520
33 1790 0,1520
NOTA 1: VDL DEVE SER NO MÁXIMO 2%
A argamassa tem por objetivo a fixação e vedação dos tijolos, impedindo assim,
o fluxo de ar ou gases entre os mesmos.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
c) Aplicação da argamassa
- projeto do equipamento
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
- espessura da parede
- necessidade de estanqueidade ao fluxo de gases
- condições operacionais e
- facilidade de manutenção.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
e) Juntas de dilatação
e) Juntas de dilatação
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Verificar:
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
9 - ISOLAMENTO TÉRMICO
9.1 - Definição
Existem outros materiais tais como: vidro celular, espuma Fenólica, aerogel de
sílica, etc que são menos utilizados.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
B 46 a 56 43 a 52 1426
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
EQUIPAMENTOS OU TUBULAÇÕES
TANQUES TUBULAÇÕES TORRES, VASOS E BOMBAS, TURBINAS E
PERMUTADORES DE ACESSÓRIOS DE CALDEIRAS
TETO COSTADO AÉREAS ENTERRADAS CALOR TUBULAÇÃO
LÃ DE VIDRO, LÃ DE ROCHA X X X X
E LÃ CERÂMICA EM MANTA
SILICATO DE CÁLCIO X X X X X X X
LÃ DE VIDRO EM FELTRO DE X X X X X
LAMELAS
ESPUMA RÍGIDA DE X X X X
POLIURETANO
LÃ DE VIDRO, LÃ DE ROCHA X X X
E LÃ CERÂMICA EM PAINEL
SÍLICA DIATOMÁCEA X X X X X X X
LÃ DE VIDRO, LÃ DE ROCHA X X
E LÃ CERÂMICA EM TUBO
LÃ DE VIDRO, LÃ DE ROCHA
E LÃ CERÂMICA EM FLOCOS (1) X
EMBALADOS EM SACOS
TÉRMICOS OU NÃO
Nota: (1) - Para Válvulas.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
10 - INSPEÇÃO EM SERVIÇO
b) Condições operacionais
Por outro lado, se ocorrerem variações operacionais não previstas nos critérios de
projeto da unidade, provavelmente a vida útil prevista do equipamento irá reduzir.
Condições não previstas durante a campanha da unidade tais como: aumento de
velocidade de gás, disparos de temperatura ou ciclos de paradas e partidas, são
fatores que aumentam a probabilidade de falhas.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
10.3.1 - Erosão
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Pode-se adotar alguns cuidados que visam reduzir o efeito deletério dessas
dilatações diferencias, que são:
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Soluções:
10.3.3 - Vibração
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Atualmente, não há uma teoria clara que explique esse processo de deterioração,
porém suspeita-se que ocorre um coqueamento interno de gases que penetram no
revestimento devido a redução de temperatura no interior do revestimento. No
mercado, ainda não temos um material específico que resista a esse tipo de
ataque.
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Revestimentos monolíticos
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
- Chaparia;
- Pré Aquecedores de ar;
- Juntas de Expansão
Existem materiais refratários resistentes a esse ataque que são chamados de anti-
ácidos. Pela experiência de campo, o concreto semi-isolante tem apresentado
menor desempenho que concretos isolantes. Pelo lado do processo, deve-se
utilizar, sempre que possível, óleos combustíveis tipo BTE (baixo teor de enxofre).
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REFRATÁRIOS E ISOLANTES
Estudos específicos foram realizados para avaliar o quanto que uma atmosfera
rica em hidrogênio afeta a resistência e estabilidade dos refratários.
Os refratários que contem sílica não devem ser utilizados em processos contendo
hidrogênio acima de 10950C.
Esse problema atinge principalmente blocos refratários que são instalados junto à
queimadores desregulados e/ou desalinhados.
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Uma das formas de contornar este problema é utilizar materiais com agregado de
sílica fundida (contração zero) ou materiais com fibras orgânicas (XPR), que criam
maior porosidade no revestimento facilitando a retirada da água nas situações de
injeção de vapor d’água ou em potes de selagem.
a) Parede Fria
Falhas que levam à queda de parte do revestimento refratário, não são aceitáveis,
em qualquer situação, devido a elevação na temperatura da chaparia do
equipamento, acima dos limites do material metálico.
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b) Parede Quente
Além disso, componentes internos de reatores, que são projetados como parede
quente, não possuem qualquer acesso para inspeção.
- Perda de Espessura
- Trincas
- Desintegração
- Queda de Material
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- Erosão
- Laminações, etc.
As trincas superficiais são medidas por meio de escala milimétrica e/ou fio de
arame delgado, determinando-se sua profundidade, largura, comprimento e
distribuição.
Não existem critérios normativos para aceitação de trincas. Deve-se ficar atento,
porém, nos seguintes pontos:
1. trincas com larguras menores que 1,6 mm são normais. O inspetor deve se
preocupar com aberturas das trincas, principalmente em regiões onde ocorrem
penetração de gases e formação de depósitos;
b) Erosão:
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c) Ataque químico:
d) Esfoliações (laminações)
As áreas laminadas com coque são de difícil remoção e o martelo de 250 g não
é suficiente para remoção das laminações e a posterior avaliação da espessura.
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11 - BIBLIOGRAFIA
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